CAPÍTULO 51 - CAEL MARTEL
Cael Martel
Uma semana antes...
Tomé, Nina, Juan, Aldo e João estavam dentro da sede, sentados em volta da mesa. Todos estavam ali, pois precisava de muita ajuda se eu quisesse enganar Yuri Martel.
- Vou aproveitar que o Yuri está em reunião para conversar pessoalmente com todos! Como avisei a todos aqui, dia 12 de Outubro é aniversário do Yuri (não era aniversário do Yuri, mas eles não poderiam saber o real motivo) e, mais que qualquer um aqui nessa montanha, sabemos do que ele fez para nos ajudar. Sem a ajuda dele, já estaríamos na rua.
- Apenas achamos estranho você fazer uma festa, já que nunca vimos você fazer antes! – disse o Tomé olhando para todos.
- Como eu disse, ele é muito importante para montanha! Vou aproveitar que ele recebe visitas constantes dos advogados do meu pai para entramos no plano. Primeiro: eu preciso de um motivo convincente para ir a Porto Alegre.
- Fazer o que em Porto Alegre Cael? – perguntou Juan.
- É lá que está o presente dele.
- Vai viajar tudo isso para buscar um presente? - - perguntou o Tomé do outro lado da mesa.
- Pelo amor de Deus, deixe eu explicar pra depois vocês fazerem perguntas! O importante aqui é o que cada um vai fazer. Tomé vai ser responsável em nos chamar "com urgência" no dia 12, dia da viagem e de esperar nós sairmos para encontrar com o João fantasiado de advogado.
- Entendido! – respondeu os dois ao mesmo tempo.
- Juan e Aldo, ficarão responsáveis por tocar a sirene da represa, dia sim e dia não, inclusive quando tiver saindo a Porto Alegre. Também ajudará a Nina a arruma a sede, a preparar o jantar e colocar flores.
- Sy Cael!
- Mas que desculpa nós vamos usar para essas flores? Já que você odeia flores?
- Sei lá, a gente inventa um dia santo aí! – disse o Aldo.
- Já tiemos lo Santo Padre burro – disse o Juan dando um cutucão no Aldo.
- Mas temos o dia de Nossa Senhora! – disse a Nina numa voz suave.
- Só que ele sabe que não acredito em nada disso! Precisamos de mais.
- Ele sabe que você não acredita em nada, mas não que o pessoal da montanha não possa conhecer Nossa Senhora.
- Isso! Diga que o pessoal da montanha é devoto de Nossa Senhora. Quero que encha essa casa de flores, assim como todos os postes da montanha. Diga que é para santa.
Dia anterior
A semana correu normal. Precisaria leva-lo em para longe dali quando as flores chegassem das cidades em volta. Centenas de dúzias de rosas plantadas nas cidades da região chegariam um dia antes, por isso precisaria tirá-lo de dentro da montanha e fazer o caminhãozinho atravessar a cidade bem na hora que eu tivesse com ele dentro da arena.
- Por que não acenda as luzes da cidade e da arena para mostrar a ele? Tenho certeza que ele vai amar, assim como você que nunca viu tudo aceso? – perguntou o Tomé.
Bom, todos os álibis estavam formados, agora precisaria apenas que ele caísse na nossa. Algo que seria impossível de fazer. E de fato foi terrível. Eu elaborei de forma errônea o meu depoimento em Porto Alegre, o que deixou-o muito puto. Treinamos o João em "Como falar como um advogado chato!", caso dessa algo errado. Como eu sabia que nada na Terra o desistiria de vir comigo, precisaria que o Tomé e mais um advogado aparecesse na montanha para intimá-lo a comparecer na "suposta" reunião com o meu pai, caso ele ainda se recusasse a ficar. Uma ultima sirene fora suficiente para ve-lo se despedir de mim, com o coração partido. Coração partido fiquei eu que nunca tinha o desapontado, mas seria para o seu bem.
- As sirene está tocando Yuri... você tem trabalho há fazer – disse ao homenzarrão que fazia bico de criança.
- É muito injusto que está fazendo comigo. Eu nunca fiquei um dia longe de ti desde que sai daqui.
- Se vamos passar os restos dos dias juntos, não será o ultimo!
Deixei-o ao pé da montanha quando rumei na estrada de terra direto a Porto Alegre. Liguei o rádio e lá tocava uma das músicas que eu não havia escolhido para noite, mas ela tocou tanto meu coração que eu necessitava aprende-la para noite. Abri o porta luvas e de lá tirei um celular. Liguei para vendedor de ternos da loja, apenas para conferir se ela poderia atender a linha de ternos que eu queria, no caso Gucci. 03 horas e meia de muita correria e cheguei à cidade. Primeira coisa a fazer seria experimentar e comprar o terno. Estava na cara dos outros vendedores o quão invejavam a venda, mas o assunto principal era unanimidade em tirar meu cabelo e barba. Terno comprado, a correria agora seria para ir até o shopping comprar as alianças.
- Eu gostaria daquela de ouro branco, jateada e com um filetinho, do tamanho de um fio de cabelo bem no meio – disse para vendedora que arregalou os olhos no par de quase R$ 4000 reais.
- E o senhor gostaria de marcar o seu nome e a data? – perguntou a belíssima moça.
- Apenas Cael! – disse fazendo-a abrir um belo sorriso.
- Então Cael, pretende gravar os nomes ou deixa-las assim?
"Puta que pariu, eu não tinha pensado nisso! eu terei que me assumir para a moça. Cael Martel, a moça vai ganhar R$ 4000 reais em você e ainda você quer dar satisfação?!"
Esse é um típico pensamento do Yuri.
- Sim, eu gostaria de gravar nome e data – disse a moça – Por Favor, na menor grave Yuri e na menor Cael.
- Dois nomes lindos, sabia?!
"Por R$ 4000 reais qualquer nome seria lindo!"
- O poderia voltar em 03 horas, pois precisarei levar ao centro para gravar?
- Com certeza!
- E Cael? – chamou a bela moça entregando um papelzinho com um nome gravado - compre um bom champagne. Se possível, esse aí que anotei.
- Com toda certeza moça!
Eu respondi apenas com um sorriso de canto a canto. Continuei pelos corredores do Shopping enquanto ele enchia de pessoas. Parei na loja de ternos caros e me imaginei dentro deles. Imaginei a cara de bobo do Yuri a me ver num terno, imaginei a noite que teria com ele. Imaginei tanto que senti um frio na barriga e uma explosão de felicidade.
- Você é o Cael? – perguntou uma moça gordinha.
Agarrada a sua saia, tinha uma garotinha de pele pálida e carequinha. Faltava um dente na frente formando aquela famosa janelinha. Era visível que a cora tinha algum problema de saúde.
- Sim... sou o Cael!
- Você não deve me conhecer, mas sou de Poti também! Essa é a Cora. A Cora quando crescer quer ser como você – disse ela puxando a menina para frente.
Eu me ajoelhei para ficar na altura da cora. Ela era tímida ao ponto de colocar o vestido da mãe na frente do rosto, mas a vi corar e uma de suas bochechinhas fazer uma covinha de felicidade.
- Você quer ser igual a mim? – perguntei estendendo a mão para ela – venha me dar um abraço apertado então.
- Vai Cora, o Cael está pedindo!
Ela apenas fez "hum-hum" balançando a cabeça negativamente.
- Mas você queria ser que nem o Tio Cael, vai dar um abraço nele.
- Vem cá. O tio Cael vai ensinar tudo para você – disse chamando ela com minhas mãos.
- Vai filha! – insistiu a moça empurrando a pequena mocinha.
E por fim ela veio e me deu um mega abraço apertado. Perderia facilmente para o Yuri no quesito abraço de urso. Ela ficou quase um minuto sem me soltar. Olhei para a mãe dela que retribuiu piscando um dos olhos. Quando ela se afastou, vi que mexia na minha barba. Detesto que mexam na minha barba, mas ela não. Ela me deixava leve.
- Então Cora, quer ser que nem o Tio?
- Quero! – respondeu ela enfiando as mãozinhas na minha barba, tateando meu rosto.
- Quer ser uma amazonas, montar em touros grandes?
Ela me fitou sério, sem responder.
- Ela não quer ser que nem você por causa dos rodeios, ela quer ser que nem você por causa do cabelo comprido. Ela gostaria de ter essa cabeleira. Ela só fala do seu rabo-de-cavalo.
Aquela resposta foi como um tiro no meu coração. Doeu tanto que não conseguia pensar, respirar, falar nada. Apenas senti meu rosto quente e a garganta apertada.
- Cora, poderia ir até o bebedouro e encher esse copinho de água para o tio Cael? – pediu a mãe.
A menina concordou mais que depressa e saiu correndo procurando um bebedouro.
- Me desculpe ficar assim, é que achei que estivessem falando dos rodeios.
- Imagine! Acho que ninguém entenderia isso a não ser nós duas. Cora nasceu com câncer e convive com ele há 06 anos. O tratamento fez com que ela não tivesse cabelo. Entçao desde que entende por gente, é apaixonada por cabelos. Um dia levamos ela a um estouro da boiada e lá ela o viu. "Quando crescer quero ser que nem o Cael!". Não pelo que faz na arena, mas pela imensa cabeleira amarrada num rabo de cavalo. Então eu disse a ela que você é um príncipe que mora no alto da montanha. E que só os belos príncipes tem cabelos compridos. Desde então, ela disse que quer ser igual a você, princesa e cabeluda.
- Eu não sabia disso!
- E não há como saber. O tratamento dela é feito aqui. Poucas vezes ela foi liberada para ir a Poti. Dessa vez ela está indo em definitivo.
- Como assim, foi curada?
- Não. É exatamente porque não há mais o que fazer que ela está sendo liberada!
- Não pode ser! Eu... eu sinto muito senhora! – disse tentando não chorar.
- Mas não fique assim Cael, esse abraço foi o melhor presente que ela poderia gaahar.
Segundo depois a menininha apareceu com o copinho de água na mão.
- Toma aqui tio Cael – disse ela estampando um sorriso imenso e mostrando aquela janelinha.
Eu apenas bebi a água num gesto de bondade.
- Foi a melhor água que bebi na vida, sabia?
- Se quiser eu busco mais?
- Não filha, o Tio Cael já bebeu muita!
- Não senhora, eu ia adorar outro copo desses.
E por simples que fosse o gesto, ela saiu correndo pelo Shopping com aquele vestido vermelho de bolinhas brancas. Ela voltou na mesma rapidez que foi. Bebi a água novamente fazendo rir.
- Agora o tio Cael precisa ir, tem muito trabalho a fazer – disse dando um abraço apertado em Cora – Quando estiver em Poti, por favor, passe lá na montanha.
- Tá vendo filha? O Príncipe te chamou para ir lá na montanha – disse a mãe pegando a menina no colo.
Nos despedimos. Mesmo aquela cena tendo me deixado triste e me mostrado pequenos valores, eu me sentia bem. Sentia bem até parar em frente ao cabeleireiro. Lá havia uma placa, pequena, mas com algo que fez meu coração sair pela boca: "Faça aqui a sua doação de cabelos para o Hospital do Câncer". Eu fui tomado por uma explosão de energia boa. Daquelas que te fazem rir que nem idiota, mesmo quando ninguém mais te entende. Sai correndo pelos corredores do Shopping a procura da garotinha e de um pensamento que martelava na minha cabeça "O que o Yuri faria?".
- Ei, Cora? – chamei a menina que estava de mãos dadas com a mãe – Cora?
A menina soltou da mão da sua mãe e correu para os meus braços, ganhando mais outro longo abraço de urso. Esperei até que sua mãe nos alcançasse para dar a boa noticia.
- Você sabe quem eu sou Cora? – perguntei empunhalando as duas mãos na minha cintura.
- Príncipe Cael!
- Exato! E sabe aponde eu moro?
- Num castelo!
- Mais do que isso. Moro no topo de montanha alta, alta, alta. Tão alta que há dias que as nuvens tocam o topo. Lá de cima da para ver o mundo inteiro. Sou dono dos lagos, de todos os animais que moram ali, dono das nuvens.
- De tudo isso? – perguntou a garotinha boquiaberta.
- Tudinho e muito mais! Porém, eu fiz 36 anos! E sabe o que acontece quando um príncipe faz 36 anos?
- hum-hum – respondeu ela balançando a cabeça.
- Ele e casa e vai morar em outro castelo!
- E agora?
- Exato pequena Cora. Hoje vim aqui a procurar um novo príncipe ou uma nova princesa para morar lá.
Ela apenas exclamava soltando pequenos gemidos. A mãe dela me olhava encabulada.
- Por acaso você não conhece algum príncipe ou princesa que queira morar lá conhece?
- Eu, eu, eu – disse ela estendendo a mão para o alto e dando pequenos pulinhos.
- Será?
- Sim, sim, sim, sim, sim! – continuava ela a pular, enquanto olhava para os lados a procura de alguma concorrente.
- Você serias capaz de tomar conta de todo o meu reino e ainda usar todo esse cabelão? Saibas que lá não usamos coroas de ouro. Príncipes e princesas usam chapéus e tranças.
- Eu quero, eu quero, eu quero - berrava ela chamando atenção do Shopping inteiro.
- Mas você seria capaz mesmo de usar esse chapéu e uma bela trança Princesa Cora?
- Mãe diz pra ele que sim – pediu ela quase arrancando o vestido da mãe.
E pisquei para ela e pedi que concordasse.
- Então a minha busca está terminada! No dia que seu chapéu ficar pronto, vá até a minha montanha que eu a nomearei como nova princesa.
Ela batia palmas e saltitava pelo Shopping. Depois pedia que elas me acompanhasse ao cabeleireiro para fazer a doação.
- Tudo senhor? – perguntou o rapaz.
- Exato!
Em 01 hora deixei tudo que em anos eu acumulei, num pequeno saco plástico destinado a Cora. Depois, a primeira coisa que fiz, foi sentir o meu rosto. Fiquei massageando-o por muito tempo. Era quase um orgasmo. Me olhei no espelho e lá estava o novo Cael, cabelo raspado na lateral ao ponto de aparecer o couro branco do cabelo. Subia num degrade de maquina zero e parava na 01. Em cima, deixei uns 04 dedos para poder fazer penteados. Meu cabeleireiro me ensinou alguns truques que, a partir de agora, eu precisaria fazer. Mas o fiz pentear bem para a ocasião de hoje à noite. A barba estava na máquina 01 e estupidamente desenhada. O degrade do cabelo casava com o degrade da barba.
Eu me olhei e apenas sorri. Passei numa loja de óculos escuros aonde o vendedor me ajudou a comprar um Ray Ban que combinasse com meu rosto. Depois de andar por meia hora no centro de Porto Alegre, deixei a Cora e sua mãe numa loja de perucas. Paguei para que fizesse o penteado que a Cora desejava. Decidi não esperar pela fila de customização de perucas do hospital, então paguei particular. Depois me despedi das duas, deixando o convite de nos visitar a montanha bem enfatizado. Agora só faltava mais uma coisa, visitar o Alan. Minha maior preocupação era ter algum familiar que me hostilizasse, mas não. Ele estava sozinho, pois era ainda não era horário de visitas. Fui até a recepção e perdi mais de uma hora insistindo para ser atendido fora do horário. Após muita conversa, consegui infinitos 10 minutos para falar com ele. Meu coração estava acelerado enquanto caminhava pelos corredores brancos. Por fim, parei no quarto 304. Bati na porta e apenas uma voz respondeu que poderia entrar.
- Meu Deus do Céu! Chefe? – perguntou ele arregalando os olhos para mim.
Eu apenas sorri.
- Você... está... como eu posso dizer? Esplêndido! Nunca em mil anos acharia que o viria assim.
- Nem eu! Eu vim vê-lo como você está?
- Não tão bem como você chefe, mas estou!
- Tudo isso foi minha culpa? – perguntei segurando a sua mão.
Ele olhou bem espantado para mim e continuou a conversa:
- Acho que graças a nossa briga eles descobriram mais. Disseram que meu pulmão está cheio. Ficarei aqui por mais um ou dois dias até melhorar. O chefe sabe, né?
- Mas você faz o tratamento, não faz?
- Sim! Por isso estou indo embora logo.
- Isso é bom!
- Queria saber se aquele lance de rezar pros animais quase mortos funcionaria comigo?
- Você não é animal! E não sei se funciona de verdade!
- Eu vi o que o chefe é capaz de fazer. É um dom lindo!
- Eu apenas rezo e eles se levantam, mas não sei se sou eu quem faz tudo isso ou é apenas coincidência!
- Eu também não acreditava aé ver o Yuri. Eu vi do que ele é capaz, então eu acredito no Chefe.
Eu apenas tive que concordar com a cabeça.
- E eu também sei por que está aqui. Mas a minha resposta é não!
- Você sabe que não pode sair de lá, não sabe?
- Você disse que é apenas coincidência, não disse? Mas eu acredito em você, assim como acredito no Yuri.
- Então não vá. Peço-te isso.
- Eu tenho família e amigos. Sem falar que perdi, talvez, a única coisa que me prendia lá... afinal, você cortou o cabelo, ou seja, cumpriu sua promessa.
Senti meu rosto arder.
- Sim, eu cumpri minha promessa!
- Pois bem, me deixe seguir a minha vida. Assim eu posso também achar o meu amor.
- Por favor, não vá!
- Apenas me responda isso Cael: Você ficaria lá, caso eu tivesse no seu lugar?
Mas fiquei em silêncio contemplando o rosto sereno do Alan.
- Então estamos entendidos, não estamos?
- Acho que sim!
- O faça muito feliz, porque ele vai precisar!
- Com certeza!
- Adeus! – disse indo até ele e dando um beijo em sua testa.
- Adeus! – respondeu ele chorando – O chefe está lindo, lembre-se disso!
Sai de Porto Alegre após pegar as alianças. E peguei a estrada rumo a Poti. 03 horas de muito batidão, eis que a pequena cidade cercada com represas e duas montanhas surgem a minha vista. Meu coração estava aceleradíssimo. Cortei toda a cidade e corri pela estrada de terra, pois o sol estava se pondo. Fechei os vidros para que ninguém me visse com o novo visual. Avistei a sede feita de madeira e lá estava o motivo de toda essa minha mudança, sentado, encarando o meu carro. Sentia uma locomotiva dentro de mim enquanto me preparava para descer. Coloquei os óculos escuros, abri a porta do carro. Desci para abrir a porteira e meu sorriso explodia na minha cara. Caminhei calmamente a ele que tentava decifrar quem eu era.
- Meu tio anda investindo em vocês advogados. Ele vos pagam belos cortes de barba, cabelo, óculos escuros, mas ainda insiste em ternos baratos. Qual o seu nome? – disse ele se levantando e encarando o nada.
- Meu nome Cael Martel e esse não é um terno barato. É um GUCCI!
Tirei meu óculos escuros então sua ficha caiu.
- Achei que ganharia um abraço? –disse dando um tapinha no seu rosto.
Seus olhos não pararam de percorrer meu corpo, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.
- Por favor, fala algo que estou ficando sem graça!
- Eu te amo mais que tudo no mundo seu filha da puta! – disse ele vindo me dar um abraço apertado.
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