CAPÍTULO 41 - YURI MARTEL
Yuri Martel
Fiquei hipnotizado com a felicidade do Cael em ver a Avenida Paulista. Ele estava boquiaberto com a quantidade de pessoas, carros que circulavam, ônibus, taxis a nossa volta.
- É assim todos os dias?! – perguntou ele ainda com sorriso no rosto.
- Sim, sim! Aos finais de semana fica um pouco mais calma, mas geralmente é assim!
Esse seria o mês mais ímpar da vida do Cael, prometi que o faria experimentar todas as experiências do mundo de uma só vez. Seria o nosso "Bucket List". Continuamos nosso passeio pela Paulista durante um tempo. Ele se comportava como uma criança em parques de diversões, não conseguia parar de olhar para os lados. Fora que esse Bucket List era de longe, um dos melhores presentes que eu poderia ter dado a ele,. Parei em frente ao grande "M" amarelo do Mc Donald's.
- Jura? – perguntou ele ver abrindo a porta da lanchonete.
- Lógico! Desde que fui para a reabilitação eu não sei qual o gosto dum Mc Donald's.
Entramos no restaurante e me deleitei com aquele cheiro maravilhoso, misturado com aquele monte de "bips" indicando que as comidas estavam prontas.
- Está ouvindo? – perguntei fechando os olhos e apontando para o teto – o som da maravilha dos lanches.
- Nossa, maravilhoso! – respondeu ele revirando os olhos.
- Cala a boca! Vem com o pai que eu garanto – disse entrando numa fila – você tá todo jecão com medo de filas.
Apenas gargalhei quando ele me respondeu com o dedo do meio. Eu peguei 04 lanches para mim, mais uma coca e mais batata frita. Pro Cael eu peguei a metade.
- Na foto parecem bem maiores!
- Não fale mal deles. Se quiser pode comer 30 deles que eu deixo. Fique bem a vontade.
- Eu continuaria a comer se parasse de me olhar com essa cara de bobo!
- Você tá lindão com essa barba suja de molho! – disse rindo alto.
Ele me deu um soco no ombro e voltou a comer seu lanche.
- Aiiiiiiiiii, voltamos à pré-história me batendo dessa forma? – disse esfregando o local da pancada.
- Lógico! Fica ai tirando sarro de mim só porque não conheço nada! Ainda por cima na frente de um monte de gente.
- Olha, que ironia do destino! Lembra quando diziam na montanha que eu não saberia identificar uma vaca de uma galinha?
- E agora vai descontar tudo em mim?
- Por mais tentador que seja descontar tudo o que você fez em mim, não, eu sou uma alma boa! Pelo menos gostou do Mc Donald's?
- É bom, mas precisamos comer uns 03 ou 04 desses matar a fome!
- Entendeu porque eu disse "vem com o pai!"? Sei de tudo aqui da minha terra.
Comemos o nosso lanche e saímos pela Paulista novamente. Precisaríamos achar um hotel para ficarmos. Como meus passeios com Cael seriam bem caros, logo pensei em hospedar no Fórmula 01 da Brigadeiro. Mas antes passei na VIVO e compramos um celular para usarmos na viagem.
- Yuri, como seu tutor, eu só peço uma coisa – disse ele estendendo a mão para aperta-la no acordo.
- Sim senhor! – respondi batendo continência.
- Não me faça de bobo.
Sei lá porque aquela carinha de pidonho partiu meu coração. Como eu poderia magoar alguém que me fizera um pedido daqueles tão lindinho e verdadeiro. É isso que amo o Cael, sinceridade.
- Nunca! Nunca mesmo! – disse apertando sua mão.
Saímos da loja da VIVO e continuamos o passeio pela Avenida.
- Cansado? – perguntei enquanto ele contorcia o pescoço para olhar os prédios.
- Bem cansado, mas sabe quando você está feliz e não conseguiria dormir, mesmo se quisesse?
- O que? Eu lindo ouvir isso de ti!
- Para de ser chato Yuri! Tudo tem que ficar me comparando: "Ai que lindinho! Ai como mudou! Nossa como tá assim!. Porra, você não queria me ver bem? Então para com essa chatice!
- Quase nunca abre a Boca, quando abre vem a galope – disse arrancando um sorriso dele - eu estou elogiando você por ter mudado tanto. É bacana ver como você tem um lado Cael que não conhecia.
- Ah, mas é sério! Cada peido que eu dou você tem que ficar sitando como eu mudei! Toma no cu.
- Ok, parei! Então, para registrar nosso primeiro dia aqui em São Paulo, vamos fazer nossa primeira Selfie. Liguie o celular e foquei em nós. Pra sair n foto comigo, você precisa estar perto de mim. Foi quando o puxei para um abraço mega apertado ao ponte de ve-lo ficar vermelho na câmera. Tiramos uma foto e depois tentei gravar nosso primeiro vídeo.
"Olhe para o vídeo e diga o que está achanado do nosso primeiro dia.
- Legal!
- Não, quero que fale algo bacana!
- Estou achando super legal! – dizia ele num sorriso travado.
- Ñão faça essa cara de bobo!
- Você quer muita coisa não acha?
- Quero que você seja você!
- oiestougostandomutiodaquiedetodos!
- empolgante. Bom registro 01 do nosso priemeiro dia em sampa. Beijo pra nós dois quando voltar pra montanha!"
- Temos que mudar seu jeito de falar em frente as câmeras.
- você gosta de tudo muito rápido! Primeira vez que liga uma camêra em frente a um celular.
A caminhada continuou bem gostosa pela Avenida. A cada prédio, a cada estilo de pessoas, a cada coisas que ele jamais imaginou, uma pergunta e o mais gostoso era vê-lo boquiaberto com as respostas. O ápice do seu orgasmo foi quando chegamos a uma loja de aluguel de carros.
- ISSO AQUI É... UM... ? – perguntou ele quase lambendo a vitrine.
- Camaro amarelo? Pode falar sem babar, por favor?
- De verdade?
- Todo ele de verdade – respondi – vamos, vamos entrar e dar uma olhada nele.
- E.... podemos?
- Lógico! Vamos lá.
Entramos na loja e logo fomos atendido por uma simpática mulher.
- Por favor, estamos procurando por um modelo esportivo. Pra dizer a verdade, acho que já achamos o que viemos buscar.
O Cael me olhou torto, sem entender o que eu estava planejando. Dei uma piscada para ele, sinalizando para confiar em mim. Ela nos encaminhou até o Camaro aonde abriu as portas e começou a detalhar todas as configurações, em voz alta, como se tivesse decorado o manual. A moça começava a dizer algo e ele logo a interrompia com as configurações certas. Ele, com certeza, deveria conhecer aquele carro por inteiro.
- O que está esperando para entrar nele? – perguntei tirando-o do transe.
- Posso...?
- Lógico! – respondeu a simpática moça.
- Deve! E não, não vai no passageiro, vamos, entre pelo lado do motorista – mandei empurrando-o para dentro do carro.
Eu dei a volta de no carro e entrei no passageiro.
- Acho que você não ficou assim, nem pelo Zebu.
- É a coisa mais linda do mundo!
- Um carro caro assim tem que ser lindo mesmo. E ai, pronto pra dar uma volta? – perguntei deixando ele com uma cara assustada.
- O que deve tá de brincadeira, só pode!
- Não, vamos dirigir ué? Ou você acha que andaremos a pé esses dias todos?
- Temos dinheiro, mas, se comprarmos um carro desses, não vai sobrar nada! – disse ele cochichando.
- Comprar? Quem aqui disse comprar?
- Então...?
- Vamos alugar apenas! Fica ai brincando enquanto eu vou lá mexer com a papelada. Não mexa em nada sem o pai aqui – disse dando um tapa no ombro dele.
Fiquei quase por uma hora com a moça da locadora. Ela só faltou tirar xerox de meu pinto, porque do resto, ela tirou tudo. O Cael, do outro lado do pátio, ia olhando vários carrões.
- Curtam bastante o carrão – disse a moça abrindo a porta para mim quando o deixaram do lado de fora.
- Vamos curtir, com toda certeza! – disse fechando a porta, colocando o cinto e olhando para o Cael.
Ele estava tremendo de medo por estar com a mão no volante. Estendi a mão pra ele que estava coma mão gelada.
- O que foi? – perguntou ele ao sem entender.
- Vai dar tudo certo? – perguntei para ele.
Ele me fitou por uns segundos, tentando decifrar o que eu queria dizer com aquele gesto. Depois abriu um sorriso, me abraçou bem apertado.
- Não vai querer um beijo, vai? – perguntei arrancando uma gargalhada gostosa.
Ele me abraçou de novo e me deu um beijo quentinho na bochecha.
- Essa barba sua espeta tudo a boca.
- Se você quiser eu tiro, o que acha? Ai você raspa esse cabelo...
- Como liga o carro Yuri Martel? – cortou ele ainda sorrindo – a gente não pode dar um pedacinho da mão que você já quer o braço.
- Não é só o braço que eu quero, você sabe disso!
- YURI – disse ele me empurrando.
- CAEL – respondi empurrando ele de volta.
- Agora sério, como faço pra... cara, fazer tudo?! Porque nunca dirigi um carro como esses?
- começa ligando a ignição e depois vamos andando de boa na Paulista.
- De boa na Paulista? – perguntou ele arregalando os olhos.
- Ninguém vai morrer, vamos logo.
Ele deu a partida e acelerou soltando um ronco maravilhoso e logo abriu um sorriso largo.
- Cael, apenas vá. Vamos por um som você curtir – disse ligando o som.
A palavra "Reading" apareceu no painel.
- alguém deixou um CD aqui dentro! Vamos, coloca esse carro logo na rua.
E aceleramos ao som de um violão, acredito espanhol, mas a língua eu nunca tinha ouvi na minha vida. o Cael aumentou o som, apenas o fitei com cara de "Ué, quem estava todo cagadinho de medo?!", mas ele apenas sorriu. Deixei a criança percorrer a Paulista inteira e voltar. Ele gostou tanto daquela música que repetimos ela aproximadamente 300 vezes.
- Vai furar o Cd, sabia disso?
- Dá ele pra mim!
- Já esqueceu o Camaro? Agora vai ficar todo caidinho por causa da música islâmica ou sei lá o quê?
- Ela é linda! (Vide música postada no início do capítulo)
Depois de darmos umas voltas pela Paulista paramos no hotel. Fizemos o check-in e subimos direto no quarto.
- Já viu uma dessas? – perguntei apontando para a cama de casal imensa que tinha no nosso quarto. Arranquei a camiseta e pulei com força em cima dela – ah, isso e maravilhoso, macio, fofo, geladinho.
Ele tirou sua botina, sua camiseta, depois a calça, ficando apenas de cueca, assim como eu, e sentou-se na ponta da cama. Como uma dama do século 19.
- Ah vai a merda Cael! Levanta, vai até a porta do quarto e pula aqui com toda força.
- Para Yuri!
Fui até ele e comecei a empurra-lo com o pé, derrubando no chão.
- Para de graça!
- Para você! Vai logo. Curta a vida rapaz!
Ele se levantou todo carrancudo. Foi até a porta e correu com toda velociade pulando o mais alto que conseguiu em cima da cama e começou a gargalhar ao cair.
- Vai lá! Pula de novo e de novo.
E foi o que ele fez. Pulou mais umas 04 vezes até os dois caírem no chão. Continuamos a gargalhar até perder as forças.
- Cara, vão expulsar a gente do quarto. Estamos parecendo duas focas que caiu no chão e começaram a rir – disse.
- Por favor, nos expulsem! – pediu o Cael chorando de tanto rir – Yuri Martel, definitivamente você tem problemas mentais. Dos mais sérios que existe!
- Diziam isso a todo tempo, sabia? Eu amo viver e amo isso tudo que estamos fazendo. Amo ser feliz e fazer pessoas felizes.
- Só não sei como um cara tão gente boa quanto você veio para aonde parou!
- Só hoje você: andou de avião, andou de metrô, conheceu a Paulista, comeu Mc Donald's...
- Mas não gostei tanto assim do Mc Donald's! – cortou ele.
- Cala a boca e vai gostar de tudo que eu mandar. Andou de Camaro...
- E conheci uma música foda!
- Jura? Aquela música tosca você adorou assim?
- Sim, com toda certeza! Aquele violão e aquela voz me lembra algo. Me deixa bem – dizia ele me olhando.
- Tá! E tem a música do violão. Cara, você passou um dia comigo, agora imagina o que aconteceria se passasse um ano. Todos os dias vendo coisas novas, experimentando comidas, conhecendo lugares, ouvindo centenas de músicas, conhecendo pessoas. Pessoas boas, assim com você, só traz coisas boas. Mas há pessoas que tem intuito de fazer coisas boas, mas utilizando outros métodos de felicidade, no caso as drogas.
- Entendi! E o que é droga? Se quiser falar, lógico!
- No inicio é tudo lindo e legal. Você usa drogas sintéticas e não tão prejudiciais, como ecstasy ou LSD. A sensação é de sermos maravilhosos, das pessoas a nossa volta serem as melhores. Você ama tudo e a todos. Você não entende que está dependente até não conseguir se divertir sem drogas. Digo, você não consegue ir numa balada e ficar sóbrio. Isso te deixa com uma puta ansiedade do caralho e nada te agrada. Depois vem as drogas pesadas, como no meu caso, a cocaína. Como disse, no começo é tudo lindo, até você perceber que precisa dela, assim como você precisa de água no seu corpo. No começo é só diversão. Depois entra outro estágio, aonde você consegue se divertir ainda com a droga, mas no dia seguinte você encara a "ressaca", que no caso das drogas, é uma depressão muito foda. Essa depressão que leva muitas pessoas que usam a procurar mais. Porque ninguém quer ficar sentindo aquela sensação ruim. E no estágio final você já não sente prazer em usar e muito menos prazer após. É só depressão atrás de depressão. Mas como eu disse, seu corpo entende que entorpecente faz tanta falta no seu corpo como a água faz. Nesse estágio, se você não tiver uma boa estrutura familiar, você já era.
Ele ficou me encarando por um bom tempo. Talvez analisando as informações e criando situações dentro da sua cabeça, mas o semblante era triste.
- Mas não quero que fiques triste. Disse isso apenas para você entender que nunca deve fazer isso, entendeu?
- Lógico!
- Agora me da um sorriso? – pedi fazendo cócegas nele.
Ele ria que se matava e isso me deixava com o coração explodindo de felicidades. Eu estava completamente apaixonado por aquele jeca.
- Sabe, é que não imagino você, tão bacana vivendo essa vida. você é tão legal, tão bacana, com um jeito bom de ser.
- Então não imagine. Vamos curtir nosso passeio.
- Ainda tem mais hoje? – perguntou ele com uma cara de preguiça.
- Hoje não! Hoje vamos descansar, pode ser? Vamos deixar o Camaro dormir quentinho lá embaixo enquanto ficamos aqui no quarto, à 00h18min, com frigobar cheio de bebidas. Que também querem dormir.
- Yuri Martel, você é foda!
- Eu sei!
- Mas, como estamos deitados no chão do hotel, com os pés em cima da cama vazia, vou considerar seu pedido. Opa, espera ai – disse me levantando num pulo e indo até minha mochila.
Catei o meu celular, liguei a câmera e deitei ao lado dele.
- O que vai fazer?
- Quero deixar tudo gravado para quando voltarmos para montanha.
- Que gravar o que!
- Para de ser jeca. Seja um cara da cidade grande e despojado.
- Nem sei o que significa despojado – disse ele balançando a cabeça negativamente.
- Relaxado, descontraído. Faça isso apenas nas nossas férias, pode ser?
Ele me encarou, como sempre analisando tudo o que eu oferecia a ele. Peguei o celular, me encostei bem encostado nele, ao ponto de sentir sua pele macia, quente e os pelos do braço dele. Baixei o Facebook no celular. Já que meu pai excluiu minha conta numero 01, era hora de reabrir a conta numero 02. Lá tinha a opção "Ao Vivo". Foquei a selfie em nós dois e apertei o Play.
- Olá, aqui quem fala é o Yuri Martel. Seu Yuri Martel que estava sumido.
- Aqui quem fala é o Cael.
- Estamos aqui deitado no chão do nosso quarto de hotel para falar com vocês.
- Isso mesmo!
- Somos primos, apesar de não parecer nada! Eu sou lindo, gostoso e tatuado.
- E esqueceu de falar que está gordo! Olha o panceta do menino.
- Teu cu! Tô parrudo! Tô bear agora.
- Oi!
- Já falou "oi', agora fala outra coisa.
- Eu que sou moreno, cabelos morenos, olhos morenos, barbudo, trincado...
- Isso aqui não é perfil do Scruff, Grindr, Hornet pra você ficar ai falando de ti... galera, ele não sabe o que é Scruff porque mora no sítio.
- Não sei e nem quero saber! E você também mora no sitio, otário!
- Mas vim de Sampa.
- Problema é seu! Agora mora no sitio, tira leite de vaca, mata gado, monta em touros, usa traje gaúcho. Tá todo prendado o menino que chegou lá não sabendo a diferença de uma maça e um porco.
- Seu cu!
- Ele fica nervoso e apela pra xingamentos. Que bostão.
- Falou aquele que ficou todo cagado no avião hoje. Galera primeira vez dele no avião e no metrô também. Parecia uma menina de 05 anos se equilibrando e ficou meia hora para aprender a dizer "Anhangabaú".
- Fiquei mesmo. Nunca ouvi essa palavra.
- Coloca o nome da sua filha de Anhangabaú. Fala "tchê" pra nós. Galera, não é bonitinho o sotaque gaúcho dele?.
- Com certeza, você queria que eu falasse paraense?!
- Sei que tem muitas perguntas aqui, muitas dúvidas, mas nós não temos de responder perguntas...
- Porque nós já vamos agitar hoje. Viemos de muito longe pras nossas férias.
- Muito longe
- Sem falar que estamos andando de Camaro amarelo porque esse doente só sabe gostar desse carro.
- Cada um com seus gostos. Eu de Camaro e você de Mc Donald's.
- Seu toba! Vou acordar amanhã e vou trancar você aqui no hotel.
- No mínimo é porque não quer dividir todo o café da manhã do Hotel comigo.
- Vai tomar no seu cu Cael. A galera vai achar que eu só como...
- Você só come Yuri!
- Vai ver logo o que vou comer!
- Enfim, viemos de longe pra ir pra night!
- Night Cael? Minha avó falava night! Mas vocês entenderam. Vamos só tomar uma ducha, juntinhos.
- Juntinhos não, porque aquele box nunca caberia você comigo!
- Puta que pariu, o cara me conheceu ontem e fica trolando só porque eu amo comer!
- Fala logo que nós vamos sair já...
- Fala você que nunca falou nada na internet!
- Fala logo Yuri!
- Primeira vez que ele tá se vendo numa câmera e tá com vergonha. Brasil todo tá te vendo.
- Vai logo porra!
- Bom, logo mais a noite nós vamos em algumas boates...
- Algumas?
- Lógico! Cala a boca e segue o pai aqui.
- Ok, logo estaremos em várias boates. Só olha do lado de fora e ver um Camaro amarelo.
- E o Yuri lindão, barbudo e PAR-RU-DO.
- E ver o Cael, lindão, barbudo, cabeludo e dentre outros.
- "Dentre outros"? Cara, você é muito minha avó!
- Cala a boca!
- Então, convido a todos a juntar com a gente hoje. Porque temos muitas novidades aí.
- Novidades pro Brasil todo!
- Isso aí! Beijão do Yuri aqui que estava morrendo de saudades de todos vocês.
- Beijo do Cael aqui!
- Deixa ele que ele é tímido! Beijão.
- Beijão.
CONEXÃO FINALIZADA
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Nota do autor:
Boa tarde pessoal
Entendo que músicas vão muito de gosto pessoal de cada pessoa. O livro se chama Yuri Martel, ele é personagem principal. Mas ele nasceu através do Cael. da Necessidade de contar sobre o Cael. E o mais engraçada ainda, é que estava numa viagem e essa que postei, música tocou num pub. Então meu cérebro pirou, pois eu só conseguia imaginar um homem nela. Rústico e solitário. E todas às vezes que a ouvia eu dizia "Preciso fazer esse homem sair de dentro de mim, foi quando comecei a escrever.!"
Engrraçado como um minuto pode mudar tudo. Então, como todo respeito, toda essa história origninou através dessa musica tocada no Pub.
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