Capítulo único
Todo ser humano tem medo do amor, medo de amar e de ser amado. O amor, de fato, é algo que ninguém sabe explicar como funciona, como surge ou uma definição do que seja.
Apesar disto, somos reféns desse sentimento. Até os mais insanos já experimentaram deste sentimento.
O amor é algo que mesmo tentando, acabamos presos nele.
Há quem diga que nunca amou!
Porém, há aqueles que se derretem ao contar suas histórias de amor. Se apaixonam de novo com uma simples lembrança de algo que já passou. E são esses, que defendem esse sentimento com todas as suas forças.
Não podemos esquecer daqueles que já sofreram por causa dele.
E, céus, se fôssemos enumerar as pessoas que já sofreram por amor, essa história seria maior do que a Bíblia Sagrada e o alcorão juntos.
Posso dizer que alguns desses defendem o amor, pois eles acreditam que precisa aprender com os erros para achar sua alma gêmea.
Bom, e há pessoas como Louis. Ele não se encaixa nessas pessoas listadas acima. Ele está no grupo dos que estão desacreditados de que esse sentimento realmente exista.
O amor que, para ele, já foi algo belo, hoje é algo sem sentido.
Por que alguém, em sã consciência, fica tão vulnerável perto de outra?
Porque uma pessoa estranha se torna mais importante do que tudo que você sempre amou?
Como alguém se apaixona em questões de dias?
Por que alguém faria coisas insanas para alguém que ama?
Essas são algumas das perguntas que Louis tenta se responder desde que terminou seu último relacionamento. Ele achava que aquilo que tinha duraria para sempre, mas o cara o surpreendeu. E como Louis gostaria que fosse de um jeito bom.
O garoto diz que ainda está se recuperando da traição e acima de tudo, diz que nunca mais irá amar alguém novamente.
Não deseja ser trocado novamente, ainda mais quando esse alguém diz à você que está completamente apaixonado por outra.
É uma dor que deixa uma marca bem profunda. Mas as dores passam e essa é a ideia que Louis vem aderindo para si.
Viver sozinho é melhor do que fazer loucuras por alguém que pode não te amar.
Por que o amor quebra, queima e acaba. Ao menos, foi assim que aconteceu com Louis.
Ao entrar numa cafeteria perdida no meio de Londres, Louis sentiu o cheiro que tanto amava além do café. Era um perfume que sempre fora apaixonado. Olhou ao seu redor uma mesa vazia e por sorte tinha uma no final do estabelecimento.
Fez seu pedido e foi até a mesa com seu cappuccino de chocolate em mãos, sempre amou o sabor, mesmo que todos digam que parece mais um chocolate quente ou qualquer coisa com achocolatado.
O perfume se fez presente de novo enquanto Louis caminhava até a mesa e para sua surpresa e felicidade, o dono do perfume, que se encontra de costas, estava na mesa ao lado.
Seria maluquice demais se sentar na mesma mesa só para poder apreciar o cheio da suas coisas favoritas juntas?
Se gosta tanto, por que não tem um?
Simples! Porque acabaria enjoando ao sentir todos os dias.
Pegou seu livro depois de sentar e abriu na página que tinha marcado. Se engana quem acha que ele fez isso para ler a intrigante história, na verdade, assim ele poderia analisar se a pessoa combina com o perfume que tanto gosta.
Era um homem e isso já era um ponto positivo. Um homem que aparenta ser muito bonito mesmo, seria mais ainda se não estivesse de cabeça abaixada enquanto rabiscava alguma coisa num caderno com capa de couro, talvez?
É, definitivamente era de couro.
O sujeito tinha tatuagens nas mãos e isso dava para se ver de longe até. Seu cabelo é curto, mas Louis em poucos minutos percebeu que tem uma mania de passar a mão no cabelo, como se estivesse o atrapalhando. Provavelmente tinha um cabelo longo e cortou recentemente, deduziu o moreno.
O homem tinha pernas longas, então é alto. Bom, com certeza é mais alto que Louis já que seus ossos parecem ter se esquecido de se desenvolverem.
O moreno a sua frente bebericou seu café, ainda de cabeça abaixada, e isso fez Louis se lembrar de seu próprio pedido notando que ainda não havia bebido nada que havia no copo.
Voltou seus olhos para o livro a sua frente e tentou ler enquanto bebia seu delicioso cappuccino, mas não conseguiu se concentrar por muito tempo. Seu maior defeito era a curiosidade e ser enxerido demais. Levantou seu olhar para a mesa do homem e levou um susto, ele não estava mais lá. Olhou para sua mesa e estranhou o fato de que suas coisas ainda estavam ali.
Virou os olhos para a direção do banheiro e não tinha movimento. Ou o homem era rápido, com suas longas pernas, ou Louis havia se perdido na leitura sem mesmo ter percebido.
- Sabia que tinha alguém me olhando - Uma voz grossa soou atrás de si a assustando e quase derramando sua bebida toda nele mesmo.
- Perdão? - Olhou para onde a voz surgiu e gelou ao ver que era o homem da mesa ao lado.
- Eu senti algo estranho como se tivesse alguém me observando - disse parando na sua frente - Tenho a ligeira impressão de que era você.
- Eu? - Olhou em seus olhos e, céus, que íris é essa... um perfeito verde claro como se lá dentro tivesse lindas esmeraldas - Eu não estava te observando, na verdade, eu tava lendo até o senhor aparecer.
- Senhor? Você acha que tenho quantos anos? - Disse indignado enquanto sentava no espaço a frente.
- Pode se sentar... Eu devo não me importar mesmo - Fechou seu livro e focou toda minha atenção ao homem que estava indignado a sua frente - Eu não sei, talvez 25?
- Errou, eu tenho 24 anos...
- Nossa eu passei muito longe né? - Um sorriso se formou no rosto do homem no final da frase e seus olhos desceram até a capa do meu livro.
- Aliás, eu adoro esse livro. A escrita desse autor é divina - Disse jogando suas costas no assento - A cada capítulo eu me sentia ainda mais parte da história. Em qual parte você está? - Disse apoiando os cotovelos na mesa e sua cabeça nas mãos que estavam juntas.
- Estou na parte que... - Fica difícil pensar com um homem desses te olhando fixamente, Louis observou. Ele não é de ficar assim. Toma jeito, pensou. - Estou na parte que a personagem principal se perde no meio de suas próprias confusões e fiquei sabendo que ele consegue retomar tudo de um jeito tão genial.
- Ele realmente consegue e, sem dúvidas, foi uma das melhores partes do livro. Porém, eu acho que o final é de fato o melhor. - Fez sinal com as mãos para dramatizar sua afirmação - Ainda mais quando ele...
- NÃO - Gritou por instinto e ganhou olhares de todos os tipos - Não da spoiler. Não acredito que você é desse tipo. - Cruzou seus braços e se encostou no assento enquanto ele ria.
- Não, mas eu queria ver sua reação. - Deu uma pausa para rir da pobre moça e voltou a dizer - Eu faço isso sempre que posso.
- Preciso te informar que você não vai para o céu. - Ganhou mais uma série de risos com o que disse.
Acho que vou tentar fazê-lo rir mais vezes porque sua risada é tão gostosa de se ouvir. Esse foi o pensamento mais louco que Louis tivera desde seu término.
O que está acontecendo aqui? Por que ele estaria sendo tão receptiva com esse cara?
Pensava que era seus hormônios pedindo por uma bela noite de amassos, mas na verdade, não queria era admitir que o homem tinha um charme natural, uma linda voz rouca que a fazia querer ouvi-lo falar por horas.
E assim seria se o telefone dele não tivesse começado a tocar, alguém o chamando para ir fazer alguma coisa obviamente mais importante do que conversar com uma estranha maluca.
- Eu queria continuar conversando, mas eu preciso mesmo ir - Queria mesmo? Por que será que essa frase é sempre usada quando não é verdade?
- Tudo bem, até porque ficar conversando com um estranho que estava te olhando é super legal - Não conseguiu não fazer papel de patético. Nunca mais o veria mesmo.
- Então você afirma que estava me olhando, eu sabia - Riu se apoiando na mesa com os braços e se curvando até o, agora, envergonhado moreno - E aliás, eu realmente adoraria te conhecer melhor, estranho.
- Eu digo o mesmo para você, estranho.
Era como se ambos não quisessem que aquilo fosse um adeus, mas sabiam que aquilo iria acontecer. Depois dali, nunca mais se veriam novamente.
E foi naquele momento que Louis percebeu que a vida era assim. As pessoas entram na sua vida, mexem com você de algum jeito inexplicável e depois, simplesmente, vão embora.
Porém, sempre tire boas lembranças e aprendizagens, pois o que te derruba também te torna mais forte.
"Qual era o nome dele mesmo?"
Fim...
Acho que vou me dedicar a escrever oneshot, o que acham??
Eu preciso muito que você comente e diga o que achou dessa história, é muito importante pro meu crescimento nesse ramo.
Aceito qualquer tipo de crítica e sugestões de temas que você queria ler.
Qualquer erro que você tenha notado, pode me avisar.
Um beijo e até a próxima 😊
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top