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- Eles já estão no local - informou Sunny entrando no quarto que eles haviam alugado em um hotel perto do local determinado. Fechou a porta e sentou na cama de casa enquanto observava Noby e Yuna se preparando, mas uma barata que saí por baixo da cama chama a atenção dela, matando-a com o pé - Porque nós estamos nesta pocilga, tinha um hotel muito melhor aqui ao lado.

- Para maior discrição e menor locomoção, então se contente - respondeu Noby checando a sua arma e depois meteu-a no coldre, a seguir pegou na espada de Sunny que estava em cima da cama - Prometo que cuidarei muito bem dela.

- É melhor mesmo...

- Aconselho vocês a manterem-se longe da rua, se por acaso decidirem lutar com eles, estamos em hora de ponta, então haverá muitos civis passando.

- Certo, certo, vamos lá antes que eu perca a minha empolgação - disse Yuna empurrando Noby após eu dar o meu aviso, abriram a porta e saíram, mas isso não impediu dela voltar para deixar um aviso bem desnecessário - Ahm, quase me esquecia, se vai realizar alguma das vossas fantasias de casal, sugiro que não destruam tudo aqui, porque eu acho que o serviço de quarto daqui daria conta do recado no final.

- Espera, o que? - Sunny demorou uns segundos a mais para entender - Sua filha da...

Yuna fechou a porta dando uma leve risada de satisfação, depois olhou para Noby que não havia achado nenhuma graça.

- Isso foi mesmo necessário?

- Claro que não, mas foi hilário, nisso eu não tenho dúvidas - riu de novo, mas não foi na dela abanando a cabeça como sinal de reprovação para a sua atitude - Meu Deus, tu sabes mesmo estragar o clima, vamos lá seu pamonha.

Saíram do hotel estava chovendo, mas mesmo assim a quantidade de pessoas passando não diminuiu, até parecia que estava havendo um festival, mas eram apenas pessoas indo para a escola ou trabalho.

- Há muitos civis, vamos evitar trazê-los para fora.

- Tenho noção disso, e a última coisa que eu iria querer seria lutar limitada - posicionaram-se na porta, e Yuna queria derruba-la , mas já estava aberta - Curioso, parece que não teremos trabalho para chegar até eles.

Logo que na entrada havia um homem morto no chão com o seu ombro arrancado a dentada e com um guarda chuva enfiado na testar. Yuna agachou para analisá-lo.

- Não me digas que eles fazem uma boa equipe - perguntou Noby olhando indignado para o resto do corredor cheio de homens mortos de várias maneiras - Porque se for o caso, eles estão arrasando com tudo.

- Também estou surpresa, eles combinaram os ataques para a derrota-los rapidamente - respondeu Yuna levantando, começaram a passar por cima dos corpos - Eu diria que fizeram 24 segundos aqui no máximo.

Os corpos não paravam, desde as escadas até o corredor no primeiro andar, ninguém sobreviveu para contar a história. De repente o rádio na cintura de Noby toca, eu não estava aguentando ouvir Sunny resmungando a cada 2 minutos, então decidi contactá-los.

- Ainda não encontraram eles?

- Ainda não, só encontramos os 30 cadáveres que eles deixaram pelo caminho, mas creio que estamos perto.

- É melhor eu ir aí para reforço, não acham - perguntou Sunny carente de ação - Só por precaução.

- Aguenta os cavalos Rambo, quando a coisa apertar, nós chamaremos vocês com todo o gosto, mas até lá... - respondeu Yuna - Aproveitem a cama e façam algo de útil.

- Cala a boca, sua...

Yuna desligou o rádio e posicionaram-se na porta onde ficava um dos chefes das tríades e quando entraram, encontrou Mena conversando com o homem que estava em uma cadeira, e enquanto Ulim assistia sentado como um cãozinho bem comportado.

- Por favor, eu dou tudo o que vocês quiserem, só me deixem viver...

- O seu irmão manda cumprimentos - afundou a mão em seu peito retirando o coração - E se tivesses sido mais criativo com as palavras, daria a você uma morte mais rápida.

Em poucos segundos, o homem deitando a cabeça por cima da secretaria. Mena gentilmente deixou o coração em cima da mesma e retirou um lenço no bolso do homem para limpar as suas mãos.

- Yuna Nate, chegaste a tempo de ver a melhor parte - disse Mena se aproximando com um sorriso psicopata - E porque uma visita em uma cidade tão turbulenta como esta, e podes por favor apresentar-me o teu namorado, só pelo olhar já vejo que é um bom partido para você.

- Ele é só um parceiro e nada mais, mas mudando de assunto, tens de vir comigo agora, porque o teu pai quer invocar uma criatura imparável e nós somos as peças essenciais para que isso aconteça, então...

- Olha que curioso, o meu pai entrou em contato comigo a uma hora atrás dizendo que virias até mim com essa exata conversa, e sabe o que me pediu para fazer? - Os braços dele começaram a flamejar - Arrancar a tua cabeça e levar em uma bandeja até ele...

- Apesar de eu estar curiosa para ver você tentar, eu não vou lutar com você, vim fazer exactamente o oposto disso... - Ulim começou a rosnar olhando para Noby, e Mena preparava uma carga de fogo, mas Yuna agarra no braço dele - Parece que terei de abrir os teus olhos pela maneira mais difícil.

Abraçou ele e juntos atravessaram a janela caindo do primeiro andar para a rua onde havia muita gente e estava chovendo bem forte, os dois levantaram e se encararam. Mena tentou usar o fogo, mas a chuva o impedia.

- Parece que a vantagem é toda minha - disse Yuna sorrindo, e todas gotas que caiam sobre ela congelavam instantâneamente.

- Eu não teria tanta certeza se fosse você - juntou as mãos exibindo várias facas - Vamos ver se consegues proteger todos aqui...

Quando ele tenta atirar para todos os lados, Yuna agacha tocando no chão fazendo surgir paredes altas de gelo grosso cercando eles isolando-os de todos a volta, mas não chegando em cima para que a vantagem sobre Mena prolongasse.

- Agora é só tu e eu - disse Yuna apertando a sua luva - Dessa vez é pra valer...

Enquanto isso no 1° andar,Noby desviava dos latidos de Ulim que quebravam a barreira do som e atrasavam com tudo pela frente e tentava pensar em um jeito de calar ele.

- Droga, se continuar assim estarei morte em alguns minutos - ligou o seu comunicador e perguntou - Sunny, por acaso a tua katana recebeu algum tipo de encantamento?

- Alguns, mas porque a pergunta? - logo que ela disse isso, Noby pegou na espada e no latido seguinte ele fez um corte no ar e o efeito do ataque dividiu-se em dois atingindo dois locais diferentes sem tocar nele.

- Nada não, apenas curiosidade - desligou o comunicador e olhou para Ulim - Agora você cai, lobo gigante.

Cortou vários latidos até chegar bem na frente de Ulim e tentou ataca-lo, mas Ulim mordeu a espada e atirou-lhe contra a parede quebrando ela e deu um rugido no chão fazendo Noby cair para o andar de baixo em cima de um cadáver.

- Parece que ele não vai facilitar as coisas - disse levantando, e teve de dar um pulo para trás, porque Ulim quase que caia em cima dele - Espera aí, quase me esquecia que tu és um Shinigami, então ouve-me primeiro.

- Mas porque me daria o trabalho de ouvir um humano? - Ulim não mexeu a sua boca, mas Noby ouviu tudo.

- Um lobo Shinigami que se comunica por telepatia, agora posso dizer que já vi tudo nessa vida - respondeu Noby guardando a espada - O que eu irei dizer agora, pode salvar a tua vida e a de Mena.

Falando nele, após Noby dizer aquilo, Mena entra pela porta da frente como se estivesse sido jogado, Noby esquiva e quem apanha ele é Ulim, Yuna aparece logo a seguir com o punho erguido, pronta para lutar mais.

- Anda cá, seu pirralho teimoso - Noby pega no ombro dela, fazendo-a parar - O que foi, eu ainda não terminei de colocar um pouco de juízo na cabeça dele.

- Acho que não será mais necessário, certo Ulim? - a lobo gigante abanou a cabeça concordando.

- O que você está fazendo seu idiota, não ouviu as ordens de meu pai? - disse Mena tossindo sangue, Yuna havia machucado muito ele, mas ela também não tinha ficado intacta - Eles são o inimigo.

- Se fosse o caso meu jovem, eles não se dariam o trabalho de tentar conversar conosco - respondeu Ulim com uma aura paternal - Então vamos ouvir o que eles têm a dizer...

Não perdendo tempo com detalhes, Noby resumiu a situação o máximo possível para o entendimento deles.

- Apesar da tua explicação ser convincente, não acho que o meu pai seria capaz de algo assim - a teimosia de Mena irritava Yuna.

- Olha moleque, porque você não volta pra Tokyo e pergunta directamente para o teu pai - gritou dando um soco na parede - nós temos um mundo para salvar, não é Noby, então dêem licença e não façam a gente perder tempo.

Lentamente andaram até a saída, mas que os chama dessa vez é Ulim.

- Esperem! - olhou para Mena e continuou - O que precisamos fazer?

- Simples, vocês vêm conosco agora e o meu pessoal trata do resto... - respondeu Noby continuando a andar.

No quarto do hotel, eu continuava a observar pelas câmeras a movimentação da polícia que chegou uns minutos depois deles terem saído de lá, e como Elizabeth havia previsto, alguns agentes da Mythpool estavam no local.

- Nenhum sinal deles? - perguntou Sunny brincando com uma faca - Até perdi a empolgação...

- Isso porque você descarregou toda ela na cama, francamente... - respondi com a mão na cara, de repente a porta é destrancada - Quem é?!?

Não houve resposta, então peguei no rifle e Sunny em duas pistolas, apontamos na porta inquietos.

- Somos nós, não dispa..., mas que diabos aconteceu com a cama? - perguntou Yuna entrando com as mãos para o ar - Ok, vocês seguiram o que eu disse muito a letra, não acham?

- Yuna, há comentários que devias guardar para ti mesma...- respondi recebendo as pistolas das mãos de Sunny antes que houvesse algum "acidente" - Vejo que estás bem amassada, e onde está Noby?

- O meu pessoal já levou eles para um local seguro, agora... - disse Noby entrando, ficou encarando a cama sem entender nada - Alguém pode explicar isto?

- É que... - Sunny deu uma risada inocente.

- Sabem o que mais, nem quero saber...preparem-se porque em 1 hora estaremos a caminho do aeroporto, Paris não pode esperar a gente por mais tempo.

- A capital do amor, onde os casais aproveitam o máximo para fazer...

- Nem penses em terminar a frase! - Eu e Sunny tivemos de intervir, ela já estava passar dos limites.

- Mas eu não ia falar nada de mal...francamente...

Fim de Capítulo.


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