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CAPÍTULO SETENTA E NOVE
amor e família.
8ª temporada, episódio 14
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MARK ESTAVA OUVINDO seus roncos leves enquanto ela estava deitada em seu peito nu. Em um capricho de decisão, ele se sentou de repente, fazendo com que a cabeça dela escorregasse de seu peito, e ela aterrissou em seu colo, um suave 'oof' escapando de seus lábios.
— Que diabos? — Norah murmurou enquanto esfregava os olhos.
— Feliz Dia dos Namorados para você também. — Ele sorriu e a cumprimentou com um beijo na testa. — Oh, ei, vamos lá, você já está dormindo? — Ele murmurou quando ela começou a cochilar.
— Eu preciso dormir antes que Kai comece a acordar.
Ele a puxou para cima da cama, e ela soltou um som de protesto antes de trazer as pernas para cima dele. Seus braços se estenderam por baixo dele e ao redor de seu corpo, sua cabeça deitada em seu ombro.
— Você é um bebê grande. — Ele riu enquanto a abraçava com um aperto forte.
— Nosso bebezinho se recusou a ficar deitado, então não consegui dormir muito na noite passada.
— Bem, você não vai esta noite, também.
Ela levantou a cabeça para lhe enviar um olhar sem graça. Envolvendo as pernas ao redor dele, ela se moveu para mais perto de seu corpo enquanto ele recuava e encostava as costas na cabeceira da cama.
— Você está me abraçando como um coala. — Ele apontou com uma risada. — Não que eu me importe.
— Apenas me deixe abraçar e dormir. — Ela murmurou.
Ele soltou um longo 'hmm' antes de afirmar: — Eu quero mais do que carinho, no entanto.
— Okay. — Ela deu de ombros e se levantou dele, rolando e caindo de pé. Ele a encarou sem palavras quando um segundo atrás ela estava toda sonolenta e fofinha, e agora ela tinha saído da cama com um sorriso malicioso no rosto.
— Ok, eu quero abraçar agora. — Ele resmungou enquanto puxava o edredom sobre si mesmo, olhando para ela com descrença.
— Nah. Engula isso, amor. — Ela piscou para a fome por trás daqueles olhos azuis que ficaram escuros.
— Oh, diabos não, Laurie. Você vem aqui e su-
Quando Kai começou a chorar, ela acenou para ele com um sorriso no rosto; ele puxou o edredom sobre a cabeça, xingando silenciosamente sob ele.
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— É acampamento? — Arizona perguntou enquanto ela e Mark entravam no hospital. — Quero dizer, ela acha que eu vou acampar no Dia dos Namorados?
— Eu não sei. — Ele deu de ombros antes de arrulhar Kai que estava amarrado em sua frente. O menino fez um barulho antes de voltar a dormir.
Eles caminharam pelo corredor onde os lados estavam decorados em rosa, vermelho e muitas, muitas flores – era quase impossível perder a ocasião.
— Bem, ela está tentando me surpreender. Estou lhe dizendo, a surpresa vai ser, eu vou deixá-la na encosta de uma montanha. — Arizona divagou. — Quero dizer, você acha que acampar é sexy? Não é sexy.
— Você não pode levar um bebê para acampar. Sofia vai odiar. — Ele apontou enquanto se aproximavam do pai da menina. — Mas, para sua sorte, Sofia tem três pais.
Eles caminharam até onde Timothy estava esperando o elevador com Lexie parada atrás dele. Os dois assistentes compartilharam um olhar sobre a tensão perceptível no ar entre os dois residentes.
— Você tem planos esta noite? — Arizona perguntou ao residente, e antes que ele pudesse responder, ela o cortou: — Porque se você fizer isso, cancele. Você vai levar Sofia hoje à noite.
— Ah, claro. — Timothy concordou com um encolher de ombros.
Mark levantou uma sobrancelha com a concordância sem hesitação do jovem. — É Dia dos Namorados. Você não tem planos com o oftalmologista ou algo assim? — Ele perguntou curioso, e Arizona o cutucou para calar a boca. — Ow- ei, apenas perguntando!
Timothy estreitou os olhos para o cirurgião plástico. — Pare de se intrometer na minha vida amorosa patética ou não, Sloan.
— Eu tenho planos esta noite. — Lexie falou atrás deles, e três pares de olhos se voltaram para ela enquanto ela mudava desajeitadamente de uma perna para outra. — Eu tenho um encontro quente. Como um encontro quente de verdade. Com... Jantar e-e chocolates e flores.
— Lex, você é alérgica a flores. — Timothy suspirou, e seu rosto ficou vermelho. — Pare de divagar.
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— Nós vamos receber zilhão de Valen-traumas. — April gritou com entusiasmo enquanto esperava no posto de enfermagem do pronto-socorro, esperando ansiosamente por uma ligação do despacho. — Aposto que algumas delas serão boas cirurgias para nossas diretorias.
— Bem, não é dia de St. Patty. Esses são bons traumas. — Disse Alex. — Acidentes de carro, brigas de bar.
— Eu prefiro a época do Natal. — Norah disse com um encolher de ombros enquanto assinava um gráfico. — As pessoas caem de escadas enquanto penduram luzes, escorregam na calçada e caem de costas. Basicamente, as pessoas são apenas pessoas, e bum - brilhante traumatismo craniano e espinhal. É o Neuro-céu.
April olhou para Norah, um pouco perturbada com o olhar apavorado no rosto dela.
— Sim, o Dia dos Namorados é todo engolido anéis de noivado e caras que jogam fora suas costas transando. — Alex murmurou amargamente.
— Você está apenas amargo porque você não tem um encontro. — April bufou.
Alex suspirou e levantou a cabeça de seu gráfico. — Primeiro de tudo, o Dia dos Namorados não é para ter um encontro com uma garota. Não, é para pegar as garotas que não têm encontros. — Afirmou, — Além disso, eu tenho que estudar para as minhas pranchas.
Jackson levantou a cabeça de seu gráfico, notando os ombros e olhares de 'sim, isso faz sentido' nos rostos dos outros residentes. — Você já está estudando?
— Claro. Você não está? — April estreitou os olhos para ele enquanto Alex e Norah se viraram para ele com curiosidade.
— Não, eu estou. — Jackson limpou a garganta com um aceno firme, suas sobrancelhas juntas.
Norah bufou com o olhar alarmante atrás de seus olhos. — Não, ele não está. — Ela provocou com um sorriso, e ele atirou-lhe um olhar.
— Você começou? — Ele perguntou.
— Eu tenho incomodado Shepherd desde o ano passado. — Ela deu de ombros, — Quero dizer, você viu ele me dando um olhar como se eu estivesse irritando ele pra caramba? Isso é porque eu estou.
Jackson estava coçando a parte de trás de sua cabeça estressantemente quando Owen se aproximou por trás deles, enviando uma carranca para as decorações brilhantes e amorosas. — Quem colocou tudo isso?
— Eu fiz. — April respondeu brilhantemente, mas seu sorriso vacilou quando o olhar da atendente a encontrou. — Bem, a pesquisa mostra que um ambiente alegre reduz o estresse e ajuda os pacientes a se sentirem mais-
Seus olhos se arregalaram de pavor quando Owen pegou um ursinho de pelúcia de papel no balcão e o esmagou em seu punho antes de sair furioso. A residente gaguejou enquanto piscava para seu ursinho de papel agora amassado.
— Uau.
Antes que Norah pudesse deixar escapar algo que faria April se sentir ainda pior consigo mesma, ela foi arrastada pelo braço. Seu prontuário e caneta foram deixados na bancada enquanto ela cambaleava pelo pronto-socorro e encarava a residente em pânico.
— Eu... Tenho um encontro quente. — Lexie afirmou com firmeza.
— Hum, viva? — Norah arqueou uma sobrancelha para ela.
— É Zola.
— Oh. — Ela piscou e bufou, — Você está de babá? No Dia dos Namorados? Isso é... Bastante deprimente.
— Sim, mas n-essa não é a questão. A questão é, — Lexie respirou fundo e exalou bruscamente, — você sabe como alguém... Te deixa toda tonta porque ele... Porque ele conhece você.
— Sim. Mark me faz sentir assim, — admitiu Norah, — mas eu estou supondo que você está falando sobre Tim?
— Sim. — A residente mais jovem suspirou pesadamente. — Eu estou... Apaixonada por ele. E-E eu sempre fui apaixonada por ele. E isso está me deixando louca porque ele sabe que eu sou alérgica a flores, e ele sabe quando estou inventando coisas, e ele apenas... Ele sabe.
Norah sorriu enquanto a residente mais jovem resmungou em frustração. Hora de brincar de cupido, ela pensou. — Então diga isso a ele, exatamente isso.
— Mas ele és -
— Lexie Grey, — ela a cortou bruscamente, — se você acha que ele se afastou de você, você está errada. Eu estou torcendo por você. Porque, francamente, eu gosto muito mais de você do que daquele oftalmologista ou algo assim.
— V-você acha? Quero dizer, que ele-
— Eu sei.
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Norah inverteu os passos quando viu Mark parado na frente de uma sala de radiologia, olhando para os exames à sua frente. — Por que Kai ainda está amarrado em você? — Ela perguntou, entrando no quarto.
— Vamos apenas dizer que eu falhei em deixá-lo na creche. — Mark admitiu timidamente. — Bem, as enfermeiras o amam. Além disso, ele adora se eu continuar andando por aí, e ele nunca chorou.
Como se fosse uma deixa, Kai começou a se mexer e a fazer barulho, e Mark estreitou os olhos para o filho. Norah bufou levemente e carregou o menino para fora do carrinho antes que ele pudesse chorar. Os pequenos choros cessaram quase de uma vez.
— Ele é um filhinho da mamãe. — Mark soltou uma zombaria ofendida com as mãos nos quadris.
Norah concordou com a cabeça e colocou a mão nas costas de Kai enquanto ele começava a cochilar novamente. — Ele é.
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Lexie desceu pelo corredor familiar, o tapete da mesma cor sob seus pés levando à porta do apartamento de aparência familiar. Ela estava balançando Zola em seus braços enquanto carregava uma bolsa de bebê; seu coração estava martelando em seu peito quando ela tocou a campainha.
— Um segundo! — A voz de Timothy explodiu de dentro, deixando-a mais nervosa do que já estava. Ela ouviu o clique da fechadura da porta, e ela se abriu. O rosto confuso e surpreso que a cumprimentou a fez sentir como se suas pernas estivessem prestes a ceder.
— Oi, oi? — Ele falou; ela piscou quando percebeu que estava olhando para ele sem palavras.
— Eu pensei que talvez as, uh, as meninas pudessem ter um encontro para brincar. — Ela afirmou com um sorriso enquanto Zola tagarelava em seus braços. — E, hum, nós poderíamos, uh... Conversar, você sabe, sobre coisas... Porque há algumas coisas que eu queria dizer-
Ela parou quando notou que seu cabelo estava úmido e a gola de sua camisa estava molhada. — Ah, é... Julian está aqui? — Ela sentiu suas bochechas esquentarem, — Eu vou, me desculpe uh, incomodar-
— Estou sozinho neste apartamento, na verdade. — Timothy finalmente falou, — Quero dizer, com Sofia, é claro.
— E-está tudo bem, eu sou apenas... Estúpida da minha parte em vir aqui. — Lexie riu nervosamente, já se afastando da porta como se fosse cumprimentá-la em um inferno. — Hum, ha, tenha uma noite agradável e-
Suas palavras morreram quando Timothy agarrou seu braço antes que ela pudesse recuar pelo corredor. Houve um longo silêncio entre os dois; foi finalmente interrompido quando Zola riu das faixas coloridas em torno de seu pulso.
— V-Você não tem um encontro ou... Ou algo assim? — Lexie perguntou, sua voz baixa.
Ele levantou uma sobrancelha para ela, balançando a cabeça. — Eu faria, se você entrar.
— Mas Julian-
— Essa foi uma conexão. — Ele piscou para ela antes de abaixar a voz, — Arrependido totalmente. — Suas palavras definitivamente a pegaram de surpresa, mas ela deve admitir que se sentiu exultante com aquela informação.
— Agora, você poderia entrar e assistir as crianças enquanto eu cozinho? Eu tive que lavar meu cabelo quando Sofia decidiu... Quer saber? Basta entrar. — Ele deu um passo para o lado da porta, — Ribeye estará pronto em trinta minutos... Os espargos vão ser temperados com pimenta e uma pitada de sal, então poderíamos, sabe, como você disse, conversar.
Lexie sorriu ao entrar no apartamento dele; o sorriso em seu rosto estava lá a noite inteira.
Ele a conhece.
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8ª temporada, episódio 15
— Mulher de 65 anos entra no pronto-socorro em estado de choque, — prefaciou Jackson, — apresenta-se com uma massa abdominal pulsátil e em expansão. Vá.
— A triplo A rompido. — April respondeu depois de um momento de reflexão. — Eu levaria o paciente direto para a sala de cirurgia e acessaria a cavidade peritoneal através de uma incisão vertical na linha média.
Meredith caminhou até eles na frente da sala de cirurgia com um olhar curioso no rosto. Ela olhou para Norah, que tinha um papel cheio de rabiscos e pequenas palavras enquanto murmurava baixinho, então olhou para o baralho de cartas de estudo na mão de Jackson.
— Vocês estão estudando para as bancas orais no meio do dia?
April assentiu enquanto agendava o quadro de cirurgia. — Apenas outro benefício de ter um colega de estudo. — Ela deu de ombros, — Você deveria ter um.
— Eu tenho um. — Meredith brincou, — É só que minha estúpida colega de estudo está muito ocupada tentando salvar seu estúpido casamento para realmente me ajudar a estudar.
— Você não pode culpar Cristina. — Norah levantou a cabeça de sua folha de papel. — Hunt é um idiota.
— Onde está o Mini McSteamy?
— Ligação com papai-McSteamy.
— Bem, você sabe o que é melhor do que um colega de estudo? — Alex sorriu, — Um lacaio do estudo. Confira. — Ele ergueu a cabeça para o grupo de internos no posto de enfermagem e apontou para um deles. — Ei, você, garota de cabelos castanhos, você acordou.
Uma jovem estagiária correu até ele com uma pilha de cartas nas mãos. — Uh, incidente de trauma ou uma situação cirúrgica?
— Você está intimidando seus estagiários para fazer perguntas de estudo? — Norah ergueu uma sobrancelha para ele, sem se impressionar. — Você não deveria arranjar alguém... Que saiba mais sobre as coisas?
— Quem é seu colega de estudo? — Meredith perguntou à morena.
Norah tomou um gole de café antes de responder: — Seu marido e sua irmã. Principalmente Lexie, estou colocando sua memória fotográfica em bom uso.
A outra residente arqueou uma sobrancelha para ela, — Então você está usando minha irmã?
— Ah, não, não me faça parecer mal, Mer. Estamos ajudando uma à outra. — Norah sorriu de volta, — Ela está me ajudando a estudar, e eu estou ajudando ela a se reconciliar com meu irmão. É um ganha-ganha.
Meredith franziu as sobrancelhas antes de assentir com um suspiro. — Ok, isso é justo. Ela está miserável.
Norah viu a residente em questão andando pelo corredor com um olhar estressado no rosto.
Lexie foi até o posto das enfermeiras e largou os prontuários na bancada com um baque alto, fazendo com que Timothy, que estava cochilando, levantasse a cabeça. Ela começou a divagar sobre o que a estava incomodando enquanto ele pegava as muitas barras de granola de seu jaleco branco e as passava para ela.
Pelo olhar nos olhos de seu irmão, ela sorriu para si mesma com conhecimento de causa.
— Eles não são mais miseráveis.
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— Lexie, você chamou? — Norah entrou na sala de radiologia, apenas para encontrar a residente mais jovem estudando alguns exames junto com Amelia Shepherd. — Amy, oi! — Ela sorriu, — Quando você chegou aqui?
— Esta manhã. — Amelia respondeu com um sorriso. — Derek rejeitou meu pedido de ajuda, e a Dra. Gray aqui me disse que você poderia ajudar a convencê-lo.
Norah ergueu uma sobrancelha curiosamente, caminhando até os exames. Havia uma foto de um menino recortada na frente dos exames cerebrais; ele tinha um sorriso largo no rosto. — Diga-me o plano aqui.
— Posso remover o tumor e a carótida doente juntos. Tudo o que tenho a fazer é inserir cateteres-balão através do fêmur, colocá-los em posição precisa, inflá-los para interromper o fluxo sanguíneo, fazer duas arteriotomias e, em seguida, alimentar um shunt heparinizado no local e restabelecer o fluxo sanguíneo.
Norah franziu as sobrancelhas enquanto repassava o procedimento em sua cabeça. Ela virou a cabeça para Amelia, que a olhava esperançosa. — Isso soa complexo... A pergunta é, qual é o prazo?
A irmã Shepherd suspirou com as mãos na cintura. — 90 segundos, — ela informou, — mais do que isso, e ela desmaia.
— Oh, — a residente assentiu com uma carranca, — isso definitivamente soa complexo. — Ela deu um passo mais perto dos exames antes de se virar para Lexie. — Precisamos montar um simulador.
— Mas... Derek precisa aprovar?
— Chame-o durante sua cirurgia com ele. — Norah sugeriu, e Lexie tinha um olhar inseguro em seu rosto. — Ele vai te odiar um pouco, mas ele vai desistir de te expulsar. — A residente mais velha apontou para a foto recortada com os scans, — Faça isso por esse garoto.
Lexie cedeu e foi procurar o neurocirurgião em questão; Amelia olhou para Norah de forma impressionante. — Armadilha de culpa, ideia incrível.
— Funciona como um encanto.
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Amelia e Lexie constantemente tentaram e falharam durante a simulação, mas suas esperanças permaneceram quando uma ideia surgiu delas.
Norah caminhou pelos corredores procurando por Derek, que não apareceu uma vez sequer para dar uma olhada. Ela finalmente o encontrou no posto de enfermagem do lado de fora da sala de cirurgia, onde ele havia acabado de devolver um prontuário para uma enfermeira.
— Shepherd!
O neurocirurgião olhou por cima do ombro ao chamar seu nome enquanto Norah se aproximava dele. — Por que você está me chamando de 'Shepherd ' nesse tom? — Ele perguntou, e ela pousou um olhar aquecido para ele. — Ei-
— Não, não. Não 'ei' agora. Eu vou falar, e você vai ouvir, ok? — A residente falou, e o atendente assentiu com atenção. — Amelia é uma ótima cirurgiã - não, não me interrompa, seu idiota - ela é uma cirurgiã brilhante, mas você a está tratando como se ela não conhecesse suas coisas. Ela está perto de ter sucesso e, quem sabe, talvez algum apoio de seu irmão pode fazer uma grande ajuda.
Derek franziu as sobrancelhas para ela. — É um gliossarcoma que invadiu a artéria carótida. — Lembrou ele, — O paciente pode ter um derrame se o removermos, você sabe disso.
— Eu também sei que se eu fosse a pessoa que trouxesse o caso para você inicialmente, você realmente daria uma olhada. — Ela respondeu diretamente, seu tom firme, ganhando um olhar do atendente. — Trate sua irmã como você me trata, que tal isso?
Ela levantou a pasta de scans na frente dele, mas ele balançou a cabeça. — Você não entende. — Ele suspirou, — Ela é-
— Uma ex-viciada em drogas. — Ela terminou suas palavras e revirou os olhos para o olhar surpreso em seu rosto. — Derek, eu conheço Amelia muito antes de conhecer você. Eu fui voluntária no centro de reabilitação antes de começar a faculdade de medicina. — Ela compartilhou, — E se você quer saber uma coisa sobre sua irmã - ela está sempre brigando. Você tem que parar de vê-la quando criança.
Derek baixou os olhos para os scans em sua mão, hesitando. Ela revirou os olhos antes de colocar as pastas nas mãos dele; ele finalmente cedeu e deu uma olhada mais de perto nas varreduras do cérebro.
— Esta será uma cirurgia muito difícil e complexa-
— É uma cirurgia aparentemente inoperável. — Ela citou com um sorriso, — E pelo olhar em seu rosto, você está dizendo que sim. Ou foi tudo apenas para conversar?
Ele ergueu os olhos para encontrar os olhos, soltando um longo suspiro. — Estamos dizendo que sim.
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Norah assistiu Amelia e Derek trabalharem juntos no modelo de simulação. Lexie se juntou a eles, pegando o cronômetro na mão.
— 91 segundos. — Lexie informou, e Amelia resmungou.
— Isso-
— Vai funcionar. — Derek terminou a frase de sua irmã. — Vai dar certo. Vamos descansar um pouco as mãos antes de tentarmos de novo. E Norah? Pare de mastigar as batatas.
— Observe-nos. — A residente lançou-lhe um olhar de desgosto com o saco de batatas fritas apertado junto ao peito. Ela entregou um pedaço para Lexie, em seguida, deu outro para Amelia, ignorando-o completamente enquanto as três mulheres riam.
— Como você conseguiu que ele cedesse? — Amelia perguntou com um sussurro enquanto Derek olhava para elas.
Norah sorriu presunçosamente, estalando a língua. — Culpa de tropeçar. — Ela respondeu com uma piscadela.
A porta dos laboratórios de habilidades se abriu, e Norah virou a cabeça para o som borbulhante com o qual estava muito familiarizada. Seus olhos se iluminaram ao ver Mark carregando um Kai acordado em seus braços.
— Ah, ei, Amy- Amelia. — Ele cumprimentou com um sorriso, — Eu pensei que Derek tinha rejeitado seu pedido?
— Norah e Gray mudaram sua mente dolorosamente teimosa... — Ela parou quando viu o garotinho olhando para ela. — Quem é o menino?
— Pequeno Kai. — Respondeu Norah, tirando o menino dos braços de Mark. Kai murmurou antes de deitar a cabeça no ombro de sua mãe, sua pequena mão alcançando seu pescoço. Derek sorriu ao vê-los enquanto Amelia estava surpresa.
— Oh, uau, ele é seu filho? — Ela questionou em puro choque. — Mark Sloan tem um filho? — Ela perguntou novamente, virando a cabeça para seu irmão, — Mark tem um filho com Norah... Uau... E a última vez que estive aqui, nós- uau.
Derek parecia ter captado a desconfiança nas palavras de sua irmã. — 'Nós uau'? O que isso significa?
— Nada. — Amelia afirmou, olhando de lado para ele antes de olhar para frente, pegando o sorriso de Norah.
O neurocirurgião olhou entre as duas, e uma carranca curiosa se formou em seu rosto. Lentamente, um olhar de choque e alarme apareceu em seu rosto. — Você... A última vez que Amy esteve em Seattle... Vocês duas-
— O que te faz pensar que nós duas-
— Bem, para começar - você não está negando! — Ele engasgou, olhando para frente e para trás entre as duas mulheres enquanto Lexie bufava no canto. Amelia apenas deu de ombros quando Derek se virou para Mark, — Certamente você tem algo a dizer?
Kai riu, e quando seu pai tentou carregá-lo de volta, ele segurou firme em sua mãe, virando a cabeça. Norah bufou ao ver o olhar azedo no rosto de Mark. — Na verdade não. — Ele admitiu, — Ela é minha agora, não é?
Ele olhou para Norah com o olhar mais querido em seu rosto enquanto ela encostava seu nariz com o de Kai. Abaixando a cabeça, ele descansou o queixo no ombro dela enquanto o filho levava o pequeno punho ao rosto.
— Ambos são tudo o que importa. — Ele falou novamente enquanto Kai segurava sua bochecha. Ele tentou novamente, gesticulando com as mãos na frente de seu filho - desta vez, o menino deixou sua mãe e foi enterrado nos braços de seu pai. — Sim!
Amelia os observou, ainda atordoada. — Esse é o Mark com a qual crescemos?
Derek assentiu com um bufo. — Sim.
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