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CAPÍTULO SETENTA E CINCO
definitivamente fez o trabalho.

8ª temporada, episódio 3

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DEPENDE!

Os residentes do quinto ano marcharam até a diretoria da sala de cirurgia animadamente. Era o dia de seu primeiro caso como cirurgiões-chefe; os atendentes estarão apenas observando ao lado deles, apenas para intervir quando for absolutamente necessário. Eles rapidamente examinaram o quadro branco, sorrisos surgindo em seus olhares.

— OR 3, sim! — Cristina exclamou de alegria. — Eu amo OR 3.

— Espere, ressecção intestinal? — April estreitou os olhos para o quadro antes de se virar para Alex, — Eu pensei que você tinha um caso de pediatria.

— Eu troquei no último minuto. — Alex murmurou.

— Oh, hey, eu tenho OR 4. — Norah apontou enquanto saboreava sua sagrada xícara de café. — É a mais larga, mais espaçosa, tão menos... Apertada. Minha sala de cirurgia favorita maravilhosa!

Ela sorriu para o quadro onde a enfermeira tinha acabado de escrever seu nome, onde ela estaria cortando um aneurisma - sozinha.

— Mark está bem com você horas de pé por um aneurisma? — Meredith perguntou.

— Eh, Mark não é meu dono. Eu sou a dona dele. — Norah deu de ombros para ela, tomando um gole de seu café. — E ele não ousaria lutar comigo, então.

Cristina levantou uma sobrancelha quando o nome de Jackson foi escrito no quadro. — Oh, plásticos. Eu pensei que você fosse o Gunther. — Ela riu, — Desperdiçando todo o seu capital em mamoplastias, hein?

— Plásticos não são tudo sobre mamoplastias, sabe? — Norah defendeu fortemente.

— Oh, querida, você odeia plásticos. — Cristina sorriu de volta para ela.

— É um lábio leporino. Estou mudando a vida de uma criança hoje. — Jackson corrigiu com um tom irritado antes de apontar a cabeça para o próximo nome escrito. — Olhe para Kepner. Ela está consertando um joelho ruim. — Ele bufou e se virou para a residente, — Boa maneira de atirar para as estrelas, garoto.

April ignorou sua provocação e deu um passo à frente antes de se virar para os residentes em uma fila. — Ok, pessoal. Uh, vocês também começam a ensinar laboratórios de habilidades hoje. Eu fiz uma programação para o mês. — Ela informou.

— Ooh, isso vai ser divertido. — Norah era a única que parecia interessada nisso.

— A agenda está no quadro do meu escritório. — Afirmou April; os residentes deram uma segunda olhada em suas palavras.

— No seu o quê?

Com relutância, April empurrou a porta de seu escritório, permitindo que os outros residentes entrassem. Seus olhos se arregalaram de surpresa com o lugar aconchegante.

— Quando conseguimos isso? — Questionou Cristina.

— Uh, nós não. — A ruiva sorriu sem jeito quando os residentes assumiram seu escritório. — É para a Chefe dos Residentes, na verdade.

Alex caminhou até o sofá e se deitou imediatamente, afagando os travesseiros sob a cabeça. — Isso é bom, — ele comentou, — eu posso dormir aqui.

— Sim, eu peguei isso no Craigslist. — April brincou. — E é meu.

— Ei, saia daqui. — Norah empurrou as pernas de Alex para longe. O último sentou-se para permitir seu espaço, e ela se jogou no sofá, que era, de fato, macio e confortável. — Ah, isso é bom.

Cristina caminhou até o quadro de avisos, seus olhos se estreitando com os nomes listados em linhas e colunas de cinco. — Uh, por que meu nome está nisso? — Ela questionou.

April se apressou e instruiu os residentes na sala. — Estes são os laboratórios de habilidades do estagiário deste mês, — ela anunciou, — cada um de vocês recebeu um laboratório de habilidades para ensinar.

— Não, eu não posso ensinar hoje, — Cristina zombou, — eu estou em uma válvula mitral.

— Ok, bem, então apenas troque com um desses caras. — Insistiu April, mas todos os outros residentes tiveram que passar por cirurgias; Norah jogou a cartada grávida quando os olhos do Chefe dos Residentes pousaram nela. — Pessoal, vamos lá. Eu dividi isso de forma justa.

— Vamos lá. Todas as cirurgias que fazemos este ano podem acabar nas bancas. — Jackson raciocinou, e os residentes concordaram com a cabeça.

— E eles adoram escolher os resultados ruins. — Acrescentou Alex amargamente.

— Isso pode afetar a bolsa que eu recebo. — Cristina suspirou e caminhou até o resto esparramado no sofá. — Quero dizer, não é apenas vida ou morte, April. Agora são nossas carreiras.

— Ok, como é isso? Quem tiver o pior resultado hoje ensina todos os laboratórios de habilidades durante todo o mês. — Sugeriu Meredith, e todos votaram a favor; April ficou sem palavras.

— Jackson vai perder. — Norah zombou, e o residente arqueou uma sobrancelha para ela. — Mark gosta de trabalho preciso. E eu me lembro dele reclamando da sua sutura no rosto de um cara outro dia.

Ele balançou a cabeça com um suspiro e pegou seu telefone quando o ouviu apitar. Uma carranca cresceu em seu rosto ao ler o texto, a zombaria da morena já tinha sumido. — Vocês receberam este e-mail? — Ele perguntou, mas todo mundo estava ouvindo April gritando com seu atraso e sugestão insana, então enxotando-os para fora de seu escritório.

Os olhos de Jackson se arregalaram. — Uau. Webber renunciou. — Ele compartilhou em voz alta, — Ele não é mais o chefe de cirurgia.

As conversas pararam imediatamente quando eles viraram a cabeça para o anúncio repentino. O grupo de residentes então desviou o olhar para Meredith, que tinha um olhar de culpa no rosto, sabendo que Webber havia assumido a culpa por ela depois de todo o problema com o ensaio clínico.

Norah imediatamente pegou seu telefone para checar seu e-mail; seus olhos se arregalaram com o dobro do tamanho com o aviso. — Maldito inferno - Owen Hunt agora é o chefe de cirurgia?

A morena deu uma olhada em Cristina, que parecia absolutamente sem noção. Esta última tinha a mesma expressão que o resto dos residentes - chocados e intrigados. — O quê?!

Norah parou na frente da pia, esfregando as mãos e os braços na sala de lavagem. Derek estava ao lado dela, também esfregando, mas apenas para observar. Ele tinha um sorriso orgulhoso que não passou despercebido por ela. — Nervosa?

— Não. Porque se eu ficar nervosa, posso acabar tendo um ataque de pânico já que estou sem meus antidepressivos. — Ela murmurou de volta para ele.

Quando ele não respondeu, ela virou a cabeça para o atendente, apenas para ver uma carranca preocupada em seu rosto. — Derek, estou brincando. Leve uma piada.

— Você está prestes a operar o cérebro de alguém.

— Mais um motivo para fazer uma piada. — Ela deu de ombros, e ele a retribuiu com uma risada nervosa enquanto continuava esfregando as mãos. — A propósito, como vão as coisas com Zola?

Ele suspirou pesadamente, — Eu não tenho certeza, honestamente. Estamos lidando com adoção internacional aqui.

— Seria ótimo ela ter você e Mer como pais, ou até mesmo ter uma família. — Ela ofereceu, — Confie em mim, eu sei. — Ela estalou o pescoço de um lado para o outro antes de perguntar novamente: — As coisas ainda estão difíceis entre você e Mer?

— Sim.

— Bem, é uma merda ser você, Shepherd. — Ela declarou sem rodeios, e ele revirou os olhos para ela. — Oh, vamos lá, não fique de mau humor na minha cirurgia. — Ela riu, — Você vai resolver as coisas... Porque você vai ter ciúmes de Mark e de mim, e nós estaremos provocando você por isso.

Antes que ele pudesse atirar de volta, a porta se abriu, fazendo com que os dois virassem a cabeça para Mark, que estava ao lado da porta. Nora suspirou. Ai vamos nós de novo.

— Mark, antes que você fale, eu estou perfeitamente bem. — Ela riu de sua respiração ofegante, obviamente, ele tinha acabado de correr da cirurgia de Jackson.

— Tem certeza?

— Sim, eu tenho certeza. — Ela lhe lançou um olhar sem graça, — O bebê está dormindo, eu acho, porque eu não estou com fome, então... Isso é uma vantagem.

— Ok, ok... — Ele exalou, — Mas se você conseguir-

— Mark.

— Você sempre pode tomar um-

— Mark.

— Não, eu quero dizer isso! Você deveria-

— Mark, eu acho que ela entendeu. — Derek riu para o casal, balançando a cabeça. — Ela vai ser incrível. Pare de se preocupar.

Norah murmurou um 'obrigada' em silêncio antes de se voltar para o cirurgião plástico, que respirou fundo e assentiu. — Tudo bem. — Mark cedeu antes de olhar para Derek, — Bem, já que estamos todos aqui... Norah e eu decidimos que você fosse o padrinho do nosso filho.

O neurocirurgião arregalou os olhos surpreso, olhando entre seus dois melhores amigos; Norah acenou de volta para ele com certeza. — Eu adoraria, sim. — Ele respondeu com um largo sorriso.

— Incrível! — Mark caminhou para frente e beijou sua namorada antes de se abaixar em seu estômago. — Ei, pequeno, por favor, fique dormindo pelas próximas horas, hum?

Derek deu a residente um olhar interrogativo, e ela simplesmente deu de ombros para ele. Ela desligou a água e ergueu as mãos no ar; Mark deu-lhe um último beijo antes de ir para a galeria.

— Com ciúmes, Shepherd?

— Cala a boca.

Norah bufou antes de entrar na sala de cirurgia, sentindo o ar acolhedor saudando-a enquanto as enfermeiras a ajudavam com o vestido e as luvas. Ela caminhou até a ponta da mesa, onde o paciente havia sido colocado um tempo atrás. Respirando fundo e exalando pelo nariz, ela estava pronta para isso.

— Tudo bem, equipe. Tudo pronto? — Ela recebeu acenos de confirmação da equipe na sala de cirurgia. Derek, que estava atrás dela nas sombras, assentiu também; seus olhos se estreitaram em um sorriso.

Ela olhou para a galeria, onde os residentes do quinto ano observavam, junto com alguns residentes mais jovens, como Nina Lee, que tinha seu bloco de notas habitual na mão.

Mark e Timothy estavam sentados um ao lado do outro, o último fazendo sinal de positivo para ela. Ela tinha um sorriso sob a máscara enquanto olhava para a cabeça do paciente.

— E que comece a diversão.

8ª temporada, episódio 4

O carro de Mark estava cheio de presentes e mais coisas do chá de bebê naquela manhã, mas ele havia dirigido para a floresta depois de descobrir que seu residente premiado estava sendo apreendido sob seus olhos.

— Derek! — Ele gritou, sua voz alta acima do som de marteladas no deck de madeira. — Você está tentando roubar meu cara.

O grupo de homens levantou a cabeça de seu trabalho, observando Mark marchar até Derek com um olhar desinteressado em seu rosto. — Ele é meu cara. — Ele exclamou, — Avery, entra no carro!

— O quê?

— Mark-

— Você esteve se aproximando dele a semana toda. Você nem estava interessado nele até ver o quanto ele significava para mim. — Mark afirmou, seu tom consideravelmente duro, — Eu não tenho tempo para ensinar se eu puder ajudar.

— Mark-

— Mas estou aproveitando o tempo com Avery porque ele aprende rápido e pode fazer uma z-plastia melhor do que eu poderia no nível dele!

Jackson ficou surpreso com o elogio repentino enquanto olhava para o cirurgião plástico. — Eu posso?

Não tão bom quanto Norah poderia em seu terceiro ano, mas ainda assim, tanto faz.

Mark cruzou o braço sobre os quadris, olhando para o homem mais jovem antes de seus olhos se desviarem para outro cara no convés. — Tim, por que você está aqui? — Ele questionou com as sobrancelhas franzidas, — Eu pensei que você estivesse com sua irmã?

— Uh... Eu pensei que você estava com ela? — Timothy olhou para ele e enxugou o suor da testa enquanto observava o rosto do outro homem cair.

— Oh Deus. — Mark guinchou, — Ela vai me matar. E-E nosso filho não terá um pai. Oh não, isso é ruim- — ele deu alguns passos em direção ao seu carro antes de voltar para o grupo, olhando incisivamente para o homem de olhos verdes.

— Avery, entra no carro!

8ª temporada, episódio 5

Norah estava sentada entre April e Jackson no auditório enquanto mais funcionários do hospital entravam na área. Ele lentamente colocou sua xícara de café de lado, fora do alcance da morena, quando percebeu que ela estava olhando para ela.

— Eu não posso acreditar que Altman adiou nossa cirurgia para grandes rodadas. — Reclamou Cristina enquanto deslizava para a fila na frente deles. — É apenas uma palestra chata.

— Seu marido disse que era obrigatório. — Meredith a lembrou, e ela bufou em aborrecimento.

— Mais uma hora de sono, é isso. — Alex sorriu e dobrou seu jaleco branco para colocar sob a cabeça.

— Ah, não. Não vai ser chato. — Disse April, — Esta é a mãe de Jackson, Catherine Avery.

Jackson se mexeu desconfortavelmente em seu assento enquanto Meredith perguntou: — Ela é urologista, certo?

— Sim. Eu a conheci quando era estagiária na Mercy West. — April respondeu, — Ela é incrível.

— Ela é uma lunática. — Corrigiu Jackson com os olhos arregalados.

— Você é outro garoto com problemas com os pais? — Norah arqueou uma sobrancelha para ele, e ele assentiu secamente. — Maravilhoso.

— Ela é brilhante. — Insistiu April, — Ela diz essas coisas que te chocam, mas quando você pensa sobre elas depois, elas mudam toda a sua vida.

— Ou eles arruinam sua vida inteira. — Jackson brincou, afundando em seu assento em uma tentativa de esconder sua presença. — Ela é tóxica. Ela é uma intrometida. Minha mãe não tem limites. Esteja avisado.

Alex falou de seu suposto sono, — Ei, é por isso que você despachou Lexie para fora do estado?

Norah virou a cabeça para o homem ao lado dele. — Você enviou Lexie para fora do estado?

Apesar de todo o conflito entre irmão e Lexie que ainda estava acontecendo desde que Timothy não conseguia superar seus sentimentos, ela ainda respeitava o relacionamento deles, mas ao mesmo tempo zombava de seu irmão por ser um idiota.

— Quem esconde sua namorada debaixo de uma pedra enquanto sua mãe vem à cidade? — Cristina bufou.

— Alguém que tem um cirurgião hipercrítico como mãe. — Meredith respondeu casualmente, virando a cabeça para Jackson, que estava sentado atrás dela. — Entendo.

Ele a devolveu com um sorriso tenso, embora ainda quisesse desaparecer do auditório.

Norah bocejou e se acomodou em uma posição confortável em seu assento. Ela inclinou a cabeça para trás e fechou os olhos, esperando tirar um cochilo rápido antes que a conversa começasse.

No entanto, antes que sua mente pudesse tentar cochilar, uma voz alta e retumbante a acordou assustada.

— Acorde todo mundo! — As palavras de Catherine Avery fizeram Norah ter um olhar culpado em seu rosto. — Eu sei, eu sei, são grandes rodadas, onde temos que sentar e ouvir alguém falar sobre como alguém fez algo e aqui está como eles fizeram, e não há café suficiente no Brasil para isso.

A sala riu levemente da piada; Norah ergueu uma sobrancelha para o rosto horrorizado de Jackson.

— Bem, hoje não. — Catherine retomou, — Hoje, vamos fazer. Hoje eu vou mudar uma vida e talvez fazer história médica também. E eu não posso fazer isso sozinha, então quem quer dar um passo para o futuro comigo?

April soltou um alto 'whoo' alto, e todos viraram a cabeça para ela; a Chefe dos Residentes olhou de volta com os olhos cheios de pavor quando ela foi a única que respondeu. Ela não queria nada mais do que enfiar a cabeça no chão como um avestruz.

— Ok. Tudo bem. Isso é um começo. Vamos ver se eu consigo mais um pouco. — Catherine sorriu, e seu rosto permaneceu esperançoso. Ela virou a cabeça para os bastidores e sinalizou para um homem: — Ryan, querido, você pode vir aqui, por favor?

O homem cambaleou desajeitadamente, um sorriso no rosto enquanto olhava para a sala cheia de cirurgiões. — Todo mundo, esse é o Ryan. — Ela apresentou, — Ryan, você poderia mostrar a todos o que estamos aqui para fazer hoje?

Ryan lentamente desfez o nó de seu roupão e o largou completamente, permitindo que o tecido caísse no chão. Os cirurgiões engasgaram e uma onda de murmúrios irrompeu enquanto seus olhos se arregalavam para a genitália do homem. Os homens fizeram uma careta como se pudessem sentir isso pessoalmente; as mulheres ficaram de queixo caído.

— Senhoras e senhores, gostaria de convidar alguns residentes muito sortudos para participar do primeiro transplante de pênis deste país. — Anunciou Catherine. Os residentes na sala estavam de boca aberta, e alguns se animaram de interesse enquanto os outros ainda estavam estremecendo.

— Graças a um caso de câncer de pênis, Ryan passou por uma penectomia completa onze meses atrás. — Ela apresentou, — Boas margens o deixaram basicamente curado e livre do câncer, então isso se foi. — Ela deu a ele um high-five antes de voltar para a sala de cirurgiões, — E hoje, estaremos substituindo a outra coisa que Ryan perdeu. Um doador adequado se tornou disponível aqui no Seattle Grace Mercy West, e Ryan generosamente concordou em voar para fora e fazer deste dia uma oportunidade de ensino. Quem quer participar?

Quase todos os residentes ergueram os braços para o céu com olhares ansiosos em seus rostos, ansiosos por ter um lugar nesta cirurgia única na vida com a grande Catherine Avery. — Olá! É mais assim. — Ela exclamou com um sorriso largo.

— De repente, estou interessada em plásticos novamente. — Murmurou Norah.

— Isso é urologia. — Jackson murmurou.

— É um transplante. Plásticos estarão envolvidos.

Ele balançou a cabeça e olhou para sua mãe perturbadoramente enquanto braços de residentes ansiosos o cercavam como árvores de bambu. Norah ergueu a sobrancelha ligeiramente quando viu uma figura nas primeiras filas de pé de seu assento.

— Uh, Mark Sloan, plásticos. — O cirurgião plástico limpou a garganta, — A reconstrução peniana não é a abordagem padrão em casos como esses? Por que um transplante?

— Bem, eu posso responder a sua pergunta com uma pergunta. — Catherine prefaciou assertivamente, olhando diretamente para o Chefe de Plásticos. — Você gosta do seu pênis?

Sua pergunta provocou risadas entre os cirurgiões. O grupo de residentes perto do meio do auditório rapidamente fingiu tossir para a amiga; Norah instantaneamente afundou em seu assento, seus olhos se arregalaram de horror.

Mark limpou a garganta novamente antes de se voltar para a mulher ousada no palco. — Ele faz o trabalho.

— Oh, definitivamente fez o trabalho. — Derek meditou, e os atendentes ao redor dele bufaram.

Norah engasgou com o oxigênio, silenciando a tosse quando sentiu alguns olhares pousando sobre ela... E sua barriga obviamente grávida.

— Mer, eu vou matar seu marido. — Ela gritou internamente, cobrindo o rosto aquecido. Ela fez uma nota mental para bater em Derek Shepherd na próxima vez que o visse. — Eu preciso viajar na minha cabeça para uma dimensão diferente.

— Eu disse, 'esteja avisado'. — Jackson tentou e resmungou embaraçado.

— Se um dia, não estivesse lá, você não iria querer de volta? — Catherine continuou: — Ou você ficaria satisfeito com um órgão reconstruído que tem muito pouca função?

Mark estreitou os olhos, sua orelha rosada. — Satisfeito? Não. Mas isso não é-

— Nem Ryan aqui. — A mulher interrompeu, — Sim, este é um terreno novo. Mas aqui está um jovem com toda a sua vida pela frente, com a vontade de vivê-la como um homem inteiro, com bravura e altruísmo para ajudar avançar a ciência médica ao longo do caminho. Então vamos dar uma mão ao Ryan. Vamos!

Ryan tinha um sorriso estranho, enquanto Catherine tinha o maior sorriso no rosto enquanto os cirurgiões explodiam em vivos aplausos.

— Ei, querida, Mark está congelado em seu lugar. — Cristina informou enquanto se virava para a morena que estava com os olhos fechados.

Norah balançou a cabeça freneticamente. — Eu estou no meu lugar feliz, e eu não quero me importar. — Ela choramingou, — Não, na verdade, eu me importo... Deus - eu preciso sair daqui. Eu preciso sair - argh!

— Ei, pequeno, seu pai fez um transplante de pênis hoje. Sucesso total, o paciente está além de satisfeito. Além disso, a lanchonete só tinha sanduíches de atum, o que é nojento. Mas o café frio é pior.

— Mark, você realmente tem os tópicos mais estranhos para compartilhar com nosso filho. — Norah riu, deitada ao lado dele no beliche de baixo em uma sala de plantão.

Ele levantou a cabeça e estreitou os olhos para ela. — Somos cirurgiões. Meio que só temos cirurgias para falar. — Ressaltou. — A menos que você queira que eu conte ao nosso filho como você quase bateu no padrinho deles?

Ela franziu as sobrancelhas, balançando a cabeça. — Sim, não. Qualquer coisa menos isso.

Mark bufou e deitou a cabeça no colchão. — Sabe, garoto, você já tem tantas pessoas ao seu lado. — Ele sussurrou, certificando-se de que Norah não pudesse ouvir o que ele estava murmurando para o filho deles. — Sua mãe, seu pai, seu tio Tim, Callie e Arizona no final do corredor... Seu padrinho, que quase foi espancado por sua mãe - não diga a ela que eu disse isso - você será absolutamente amado por todos.

— Mas acima de tudo, sua mãe e eu vamos te mostrar o que é o verdadeiro amor. Não é fácil encontrar, realmente. Eu nunca soube que poderia amar tanto alguém até conhecê-la. — Ele sorriu para si mesmo, cada palavra que disse cheia de autenticidade.

Foi seu maior alívio que seu bebê fosse dominado pelo amor, ao contrário do que ele e Norah haviam experimentado na infância.

— Ei, Laurie?

— Sim, amor?

— Eu quero o melhor para o nosso pequeno. — Ele prefaciou, — Então podemos fazer com que Addison faça o parto do nosso filho?

Ela sorriu com um aceno de cabeça, — Não há ninguém melhor. — Ele sorriu de volta para ela enquanto ela penteava seu cabelo, seu rosto descansando perto de seu estômago; ele ainda estava sussurrando palavras para ele.

Os murmúrios diminuíram um pouco depois e foram substituídos por roncos suaves. Ele ainda tinha o braço em volta dela, e sua testa descansava contra sua cintura.

A sala escura iluminou-se quando a porta se abriu e Timothy entrou silenciosamente. Ele gentilmente fechou a porta atrás dele e caminhou até a cama, cumprimentando sua sobrinha ou sobrinho.

— Oh, uau, você nem se deu ao trabalho de me dizer oi agora? — Norah olhou para ele.

— Oi para você, minha querida irmã.

— É mais parecido com isso. — Ela zombou levemente enquanto ele se inclinou sobre o homem adormecido na cama e baixou o rosto para sua barriga.

— Oi, feijãozinho, é o tio Timmy aqui. — Ele balbuciou, — Estou muito triste hoje, mas você e sua prima estão fazendo meu dia muito melhor.

— Ei, não xingue a criança! Deus, você fala com sua filha com essa boca? — Ela sibilou para ele e deu um tapa na mão dele antes que ele pudesse cutucá-la. — E não use meu filho como seu terapeuta - espere, por que você está triste?

— Porque um tolo chamado Avery enviou Lexie para um estado diferente. Quer dizer, eu não faria isso. — Ele continuou falando em uma voz aguda, e sua irmã suspirou para ele. — E agora sua mãe vai me dar um sermão sobre o quão irremediavelmente estou apaixonado por ela, o que, eu admito, eu estou.

— Tim, você precisa transar. — Ela brincou, — Quer que eu marque um encontro para você? Ouvi dizer que uma terceiranista está apaixonada por você. Ou posso fazer Callie... Ai.

Timothy virou a cabeça para Norah e viu o rosto dela enrugado, as sobrancelhas franzidas, e ela respirou fundo, olhando fixamente para o estômago. — A-algo errado? — Ele perguntou preocupado.

— Oh Deus, isso não é bom. — Ela murmurou e afundou no travesseiro. — Contrações falsas, suponho.

— Suponhe? Isso não é bom o suficiente. — Ele sussurrou para ela antes de dar um tapa no rosto de Mark, apesar do protesto de Norah.

O homem adormecido deu um pulo de uma vez, atingindo Timothy debaixo do queixo, e o último bateu a cabeça no beliche de cima, gemendo de dor.

— Nossa, Tim, o que você está... Norah, o que há de errado?

— Contrações falsas.

— Tem certeza?

— Eu penso que sim.

— Você tem certeza?

— Eu- ooh, droga, isso dói. Maldito inferno.

Mark estava silenciosamente em pânico e gaguejou suas palavras. Antes que ele pudesse sair ou se sentar da cama, ela agarrou seu braço e agora estava agarrando-o.

O minuto seguinte passou dolorosamente, com Norah apertando as mãos enquanto Mark tentava ao máximo não choramingar; Timothy os observou enquanto dava um grande passo para longe do alcance de sua irmã.

— Mark, eu sinto por você, cara. — Ele riu, cruzando os braços sobre o peito de forma divertida.

O cirurgião plástico lançou ao residente um olhar severo através de seus olhos doloridos. — Timothy... Cale a boca.

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