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CAPÍTULO SETENTA E DOIS
incubadora humana.
7ª temporada, episódio 19
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SOFIA ROBBINS LAWRENCE TORRES
1 SEMANA, 1 LB, 1 OZ
NORAH ENTROU NO quarto de paciente de Callie com Mark atrás dela. — Bom dia, Callie. Relatório do bebê! — Ela anunciou e acenou com o telefone no ar.
— Oh, dê-me, dê-me, dê-me!
— Ela está movendo o braço como se estivesse acenando. — Apontou Norah enquanto o vídeo era reproduzido em seu telefone. O som dos gritos encantados de Timothy pode ser ouvido durante todo o vídeo, seguido por sua voz arrulhada. — Ela ainda não abriu os olhos, mas ela só parou de respirar uma vez na noite passada.
— E pegue isso... — Mark prefaciou, e Callie tirou os olhos da tela do telefone momentaneamente. — A hemorragia cerebral dela ainda é de grau um.
Ela engasgou e olhou para o vídeo pausado com um olhar apavorado em seu rosto. — Boa menina! Ela parece maior. — Ela disse com o sorriso mais largo no rosto, antes de franzir as sobrancelhas, — Ela está maior?
Bailey riu levemente, balançando a cabeça. — Tudo bem. Alguns de nós ainda estão trabalhando. — Ela afirmou antes de afastar o casal da sala.
Cristina arqueou uma sobrancelha para a morena enquanto seus olhos desciam para o estômago dela. Um sorriso tocou em sua boca conscientemente quando Norah lhe deu um rápido high-five antes de sair correndo da sala. Ela balançou a cabeça com o humor elevado da outra.
Cristina sempre sabe.
Quando eles saíram da sala, Mark roubou um beijo antes de plantar alguns em seu pescoço. — Ei, você sabia que eu sou o padrinho da sua sobrinha? — Ele perguntou excitado, e ela balançou a cabeça para ele, trazendo seu rosto para a frente. — Quer tomar um café?
Sim, eu quero muito, mas não posso.
— Já bebi um esta manhã e tenho pacientes de teste para atender. — Respondeu Norah, o que, é claro, não era verdade. Ela jurou para si mesma reduzir sua ingestão de cafeína... Dependendo de quanto tempo essa promessa duraria.
— Hum... Tudo bem, então. Eu te amo!
— Te amo mais.
Mark deu alguns passos na outra direção antes de voltar, acelerando o passo de volta para o lado dela. — Você é tia de Sofia, e eu sou padrinho! — Ele falou como se fosse uma nova informação para ele, — Quão grande é isso?!
Norah bufou, balançando a cabeça para ele radiante, sorrindo de orelha a orelha. Uma parte dela derreteu ao vê-lo assim.
Ah, apenas espere, amor, apenas espere.
★
Era mais um dia de teste clínico do Alzheimer, o que significava mais um dia de esperança e desespero, mas Norah se sentia mais animada do que o normal.
Ela estava com um humor melhor do que quando estava tomando antidepressivos - que ela quase cortou todo o uso depois de concordar em participar de sessões extras de terapia; seu psiquiatra definitivamente não estava satisfeito com seu anúncio.
— O pulso é 102. — Norah notificou o estranho aumento na frequência cardíaca do paciente.
Derek estreitou os olhos antes de se mover para o paciente. — Você está nervoso, Ed?
— Sim, é como ir ao dentista, só que pior. — Respondeu o paciente com uma pequena gargalhada.
— Bem, isso vai acabar antes mesmo de você saber que começa. — Derek o assegurou com um aceno de cabeça. A enfermeira entrou na sala de cirurgia com o pacote lacrado na mão, pronta para mais instruções. — Dra. Grey vai fazer o exercício agora. Mas você não vai sentir nada.
Quando Meredith começou a perfurar o crânio do paciente, ele grunhiu e se contorceu na cama com a cabeça ainda no lugar. Os monitores começaram a apitar rapidamente, e sua frequência cardíaca estava subindo lentamente; os cirurgiões e o anestesista estavam confusos.
— Ed, tente relaxar, ok? — Norah tentou, mas o paciente continuou lutando na mesa.
— Tudo bem, pare, pare. Apenas puxe para trás. — Derek instruiu Meredith. Ela fez o que disse, afastando a furadeira, e o zumbido desapareceu. — Vamos tirar a auréola. Ele está tendo um infarto do miocárdio.
Os pares de mãos foram rápidos para entrar em ação, tentando tirar o metal da cabeça do paciente - mas era tarde demais.
— Flatline. — Norah declarou assim que o monitor tocou um bipe constante. Derek começou imediatamente a ressuscitação cardiopulmonar, e ela cobriu o rosto do paciente com a bolsa ambu; as enfermeiras já estavam empurrando um carrinho de emergência.
Norah estava além de confusa.
E ela se sentiu mal.
★
— O ECG dele está bem? — Webber questionou no momento em que o paciente já falecido estava sendo levado para o necrotério.
— Ele nunca reclamou de dor no peito. — Respondeu Norah, e Meredith concordou com a cabeça. — Fizemos os exames e não havia nada em sua história que pudesse sugerir que isso acontecesse.
— Não foi culpa sua, — Derek disse as residentes antes de voltar para o chefe, — foi um IM enorme. Depois de informarmos a família do Sr. Beckert, ligarei para a FDA e apresentarei um relatório formal.
— Existe uma chance de que eles possam encerrar o julgamento? — Meredith perguntou.
— Oh, não importa. — Derek declarou com os braços cruzados, — Eu vou desligar isso, até a autópsia.
As residentes viraram a cabeça para ele com os olhos arregalados. Norah exalou pesadamente, balançando a cabeça. Sua decisão foi sensata e provavelmente esperada, mas ainda assim a incomodava.
Meredith se ofereceu para levar o pacote lacrado de volta ao escritório enquanto Norah se dirigia à UTIN.
★
O apartamento estava bem quieto naquela noite.
Norah estava folheando algumas revistas médicas distraidamente. Ela estava tentando aprimorar seus conhecimentos sobre Alzheimer, mas sua mente estava ocupada em outro lugar.
Seus pensamentos pararam quando Mark saiu do quarto, vestindo uma camiseta. — O quê? Seu namorado é muito gostoso? — Ele brincou, e ela revirou os olhos para ele.
Ela ergueu uma sobrancelha curiosamente enquanto ele caminhava até a cozinha e abria os armários acima dele. — Vinho ou uísque? — Ele perguntou, e ela olhou para ele sem expressão.
— Nenhum?
— Ah, vamos lá. Estamos abastecidos com álcool, e você está bebendo suco. Isso está errado. — Ele apertou os olhos, — Vinho? Ou as coisas difíceis? Acho que temos um pouco de tequila em algum lugar.
— Obrigada, mas vou ficar com meu suco de maçã. — Ela continuou bebendo do canudo enquanto ele pegava dois copos vazios do armário.
Ele lhe enviou um olhar de desaprovação. — Aquela coisa está cheia de açúcar.
— Essa coisa está carregada de álcool. — Ela estreitou os olhos para ele antes de admitir, — Eu não posso beber, Mark.
Ele tinha o olhar mais perplexo de todos os tempos em seu rosto, o que a deixou mentalmente sem jeito. Claramente, ele era um completo idiota quando se tratava de dar dicas.
Meu idiota total, no entanto.
Ela soltou uma gargalhada quando ele se aproximou dela; suas sobrancelhas estavam tão unidas com um olhar sério em seu rosto. Ele colocou sua caixa de suco de lado e a levantou sobre a bancada.
— Quem é você, e o que você fez com minha Laurie?
O sorriso inabalável em seu rosto o deixou ainda mais intrigado do que antes. Ela enganchou dois dedos na bainha de sua calça de moletom e o puxou para mais perto dela, seus braços descansando em seus ombros, cruzando atrás de seu pescoço.
Ela estava olhando para os lábios dele, desta vez, e ele percebeu. Confuso, mas seduzido, ele abaixou a cabeça e pegou seus lábios.
Sua mão que estava viajando para cobrir suas bochechas foi interrompida por ela agarrando seu pulso. Ela redirecionou a mão dele para baixo - lenta e nervosamente - até que a palma dele descansou acima de seu estômago.
Levou dez segundos para ele finalmente entender o que ela estava insinuando - sim, ela contou.
Afastando-se do beijo, seus olhos baixaram para a mão, depois voltaram, encontrando os olhos dela - várias vezes. Seus olhos se arregalaram duas vezes, e sua boca se abriu, mas além de pequenos suspiros, nenhuma palavra saiu dele.
— Mark, amor, você se importa de dizer alguma coisa?
— V-você está grávida? — Sua voz saiu em um pequeno sussurro, e ela podia ouvir o leve grito de espanto por trás dela.
— Oito semanas. — Ela confirmou com um único aceno firme.
Em outro longo momento de silêncio, o par de olhos azuis disparou para cima e para baixo, entre a mão dele e os olhos dela. Ela franziu as sobrancelhas para ele, — E-eu sei que as coisas foram difíceis entre nós por um tempo... Mas você está nisso?
— Você está? — Ele perguntou em vez disso; ela notou a ligeira incerteza sob sua voz excitada. — Quero dizer, isso é totalmente não planejado, e se você não estiver pronta, eu entendo; se você estiver... — Sua boca se curvou um pouco enquanto ele segurava os dois lados do rosto dela, — Eu estarei ao seu lado, não importa o que você decidir, eu estou em tudo. Então?
— Estou dentro, claro, estou dentro. — Ela afirmou com certeza e viu seus olhos brilharem. Os sorrisos em seus rostos eram incomparáveis.
— Estamos tendo um bebê!
Ele acabou envolvendo seus braços ao redor dela, apertando-a em um abraço apertado enquanto enterrava o rosto em seu pescoço; ela estreitou os olhos.
— Mark Sloan... Eu sou a única com hormônios - por favor, me diga que você não está chorando! — Ela exigiu. Ele tossiu uma risada, balançando a cabeça em resposta.
— Um bebê... — Ele levantou a cabeça e afrouxou o abraço; ela jurou que podia ver o brilho vago em seus olhos. — Nosso bebê!
Sua mão pousou de volta em sua barriga; mesmo sabendo que ainda não havia uma protuberância, sua boca ainda estava em forma de 'O' enquanto ele olhava com admiração.
— Eu vou ser pai, e você vai ser mãe. — Ele engasgou, — Devemos nos casar?
— Ei, ei, você já me engravidou antes de eu terminar minha residência. — Ela retrucou com um olhar desinteressado em seu rosto, — Você deveria estar me agradecendo por não ser a manchete do noticiário de amanhã.
— Sim, sim. — Ele sorriu e voltou para o armário para pegar duas taças de vinho.
— O que você está fazendo? — Ela perguntou enquanto ele despejava o restante de seu suco em um dos copos, e abria uma garrafa de vinho e a colocava em outro copo.
— Já que você não pode beber, você vai tomar seu suco de maçã em um copo de vinho. — Afirmou e passou-lhe o copo, no qual ela se absteve de rir. — Porque isso, — ele colocou a mão na barriga dela novamente. — merece um brinde.
Eles tilintaram seus copos e beberam suas bebidas. Norah riu enquanto olhava para seu namorado bombeado com serotonina. Ele parecia uma criança de cinco anos que tinha acabado de ganhar seu brinquedo favorito de aniversário, quase explodindo de alegria.
— Oh não, eu vou ter dois filhos em vez de um. — Ela gemeu.
Mark tomou um gole de vinho e assentiu com entusiasmo. — Sim! Espero que sejam gêmeos! — Ele exclamou antes de gaguejar quando voltou com os olhos dela arregalados de terror. — O-Ou não?
— As crianças me aterrorizam, lembre-se disso.
— No entanto, há um crescendo em seu útero agora. Puta merda - nosso bebê está crescendo dentro de você!
— É... É assim que funciona?
Ele colocou o copo de lado e se abaixou, cutucando seu estômago suavemente. Ela o teria esbofeteado se não fosse por sua adorável reação e seus olhos que estavam praticamente brilhando como estrelas.
Ele se inclinou para mais perto do tecido de sua camisa e falou em um sussurro: — E-Ei, pequeno... Eu sou seu pai, e-e você é meu filho... Oh meu Deus.
★
2 DIAS DEPOIS
Norah entrou no vestiário dos residentes depois de terminar seu turno. Os residentes estavam trocando suas roupas de dia enquanto conversavam entre si - exatamente o grupo de pessoas que ela queria ver.
Ela respirou fundo antes de limpar a garganta ruidosamente, ganhando a atenção de todos. — Uh... Olhe, eu não tenho ideia de como anunciar isso, mas hum-
Ela lentamente enfiou a mão no bolso de seu jaleco branco, tirando a imagem de ultra-som que ela obteve naquela manhã. Os olhos dos residentes se arregalaram e alguns de seus queixos caíram.
— Oh meu Deus? — April e Lexie exclamaram em uníssono. — Você está grávida?! — Os olhos da última estavam arregalados, olhando para ela em choque e descrença.
— Sim... Eu tenho um ser crescendo no meu útero, e uh- woah.
Suas palavras foram cortadas por Timothy, que se lançou em sua direção e a envolveu em um grande abraço; palavras de felicitações encheram a sala. — Eu estava me perguntando quando você ia me dizer, porra, que eu vou ser tio. — Ele falou, e ela levantou uma sobrancelha para ele.
— Você sabia? Como?
— Algo para você se perguntar, hein? — Ele sorriu. Ele enfiou a mão no bolso dela e pegou outra cópia da foto do ultrassom. — Ei, Nor, nossos filhos vão crescer juntos!
Os olhos dos dois irmãos se arregalaram de excitação.
— Droga... Sloan engravidou você no seu quarto ano de residência? — Jackson levantou uma sobrancelha para ela, e ela o retribuiu com um encolher de ombros e um sorriso.
Alex soltou um assobio. — Acho que alguém está fora da corrida de Residentes Chefes. — Ele sorriu, e Timothy jogou uma caneta nele antes que Norah pudesse fazê-lo.
— Oh, por favor, Norah ainda pode chutar sua bunda mesmo se ela estiver carregando um embrião dentro dela. — Cristina bufou para Alex enquanto caminhava até a residente grávida. — Parabéns... por finalmente nos contar.
— Espere aí... Quantos de vocês já sabiam? — Norah questionou. Seus olhos se arregalaram um pouco quando ela viu quatro mãos levantadas no ar - Timothy, Cristina, Meredith e Alex.
— Seus peitos ficaram enormes nas últimas semanas. — Explicou Meredith, — E você está comendo em dobro durante o almoço... O o jantar... E os intervalos frequentes para lanches entre eles.
— Eu trabalho com Peds, eu só... Sei. — Alex sorriu de volta.
Norah tentou não ficar impressionada, mas sentiu que sua expressão facial a havia entregado. Timothy levantou a foto na frente do peito e virou a cabeça para a irmã.
— Bebê Sloan. — Ele deixou escapar em uma voz aguda que a fez sorrir, — Oh, ei, parece um pequeno feijão!
★
Mark esfregou o maxilar tenso quando parou na frente da sala dos atendentes. Os atendentes lá dentro estavam todos esparramados, tomando café, batendo papo, lendo ou cochilando.
Um sorriso nervoso estampado em seu rosto; um sentimento misto de emoção e ansiedade o dominou.
Ele soltou um grunhido quando recebeu um chute na parte de trás do tornozelo. Sibilando de dor, ele se virou para ver Bailey parada atrás dele com as mãos nos quadris, olhando para ele com um olhar inexpressivo.
— Oh. — Ele engasgou, — Ela já te disse?
Bailey cruzou os braços na frente do peito, olhando para ele sem graça. Ele parecia ter encolhido um pouco quando estudou o olhar amargo no rosto dela.
— Bem, hum... V-Você pode pelo menos tentar parecer feliz? — Ele perguntou com uma risada estranha, — E-eu quero dizer, esse é o meu filho, e-
— Que diabos você está falando? — A atendente mais baixa estalou para ele, calando-o instantaneamente. Ele franziu as sobrancelhas confusamente e lentamente levantou a foto em sua mão para o rosto dela.
— Eu... — Bailey apertou os olhos para a foto do ultrassom antes de olhar para ele com descrença; ele não gostou desse olhar. — Você nocauteou minha favorita.
— Ai, ai, ai!
Mark finalmente cambaleou até a sala onde os outros atendentes olharam para ele e Bailey, confusos, enquanto a última o atacava com tapas e socos. Ele estava protegendo a cabeça enquanto a atendente menor o golpeava com um olhar furioso em seu rosto.
— Ow, ok, isso dói. Bailey, pare- ai!
— Eu estava pedindo para você não bloquear as malditas portas. — Ela gritou, — E você- você engravidou minha residente?!
— Você o quê? — Os atendentes ouviram os gritos de Bailey e ficaram todos em choque enquanto Mark sofria sob seus punhos.
— Ela está se referindo a Norah, ou você... — Derek parou quando Mark lhe lançou um olhar severo. — Certo! Espere, Norah está grávida?
Mark conseguiu passar para ele a foto do ultrassom, e os atendentes se reuniram para olhar.
— Uau, ela está grávida. — Ele anunciou com entusiasmo, — Ei, Bailey, pare. Você não quer bater no pai de uma criança ainda não nascida. Você pode fazer isso depois.
Ele conseguiu afastá-la de Mark, que tinha suor escorrendo pela testa. — Nossa, como um corpo tão pequeno, você tem uma força tão grande. — Ele murmurou baixinho e ganhou um olhar de Bailey.
Derek estava sorrindo para Mark com os braços abertos, e o primeiro deu um grande abraço no futuro pai. — Parabéns!
— Obrigado, cara. — Mark sorriu, — Ei, hum... Eu sei que você e Gray estavam- — Derek o cortou antes que ele pudesse terminar sua frase, e os dois compartilharam uma risada.
— De quanto tempo ela está? — Arizona perguntou enquanto caminhava em direção a ele para dar uma olhada na foto.
— Oito semanas. — Mark anunciou com orgulho, segurando-o na frente dele. O pequeno feijão na imagem foi o suficiente para puxar seu sorriso de uma orelha a outra.
— Oh, espere até Callie ouvir isso! — A loira saiu correndo imediatamente.
Abraços e desejos passaram pela sala dos atendentes, e o sorriso no rosto de Mark se alargou. Ele olhou para a foto mais uma vez, sentindo todo o orgulho e admiração crescendo em seu peito.
A pequena figura na foto era seu filho - seu filhinho. Ele soltou um suspiro profundo, como se o conhecimento finalmente tivesse afundado. — Eu vou ser pai.
★
3 SEMANAS DEPOIS
Mark segurou o cabelo dela para trás enquanto Norah vomitava no vaso sanitário, um barbante ou xingamento após ela expelir o conteúdo.
Ele reprimiu um bocejo com a boca fechada - a última vez que ele bocejou enquanto ela estava jogando suas tripas, ele foi atacado, terrivelmente.
— Os enjoos matinais deveriam ser chamados de enjoos do dia inteiro. — Resmungou Norah quando finalmente se levantou. — E você deve ser grato que eu te amo.
— Eu sei, eu sou, e eu te amo mais. — Ele retribuiu seu mau humor com um sorriso sonolento, esfregando suas costas suavemente enquanto ela enxaguava a boca. — Sabe, eu estava pensando, eu posso limpar nossas coisas no quarto de hóspedes e transformá-lo em um berçário.
Ela ficou na frente da pia por um momento, olhando para seu reflexo no espelho.
— Péssima ideia? — Ele perguntou, suas sobrancelhas franzidas em seu silêncio.
— Parece brilhante, mas... Temos batatas fritas?
Ele apertou os olhos a seu pedido. — Eu... Acho que você pegou a última bolsa dois dias atrás. — Ela cerrou os dentes enquanto estreitava os olhos para ele. — Mas eu vou para a loja 24 horas agora, se você quiser?
Ela balançou a cabeça. — Você pode pegá-los amanhã, por favor, não pegue o rancho... Ainda temos sorvete, sim?
— Norah, são quatro da manhã
— Seu filho quer sorvete.
Ele cedeu, já caminhando em direção à cozinha. Ela escovou os dentes e gargarejou com a boca, antes de calçar os chinelos macios e seguir para a cozinha.
Ela se sentou no sofá, e ele lhe entregou a tigela de sorvete napolitano coberto com Froot Loops. Ele estava começando a cochilar ao lado dela desde que tinha seu turno até meia-noite.
Ela moveu sua cabeça suavemente para seu colo para ele se deitar. Abraçando a almofada azul em seu peito, ele deu um beijo suave em seu estômago enquanto seus olhos se fechavam. — Boa noite, pequena.
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1 SEMANA DEPOIS
Norah sentou-se na maca ao lado de Cristina, que se concentrava em seus gráficos. Callie estava empurrando as duas, seu rosto suando. Fazia cinco semanas desde o acidente e seus ferimentos estavam se curando lentamente, agora ela estava trabalhando para recuperar sua força física.
— Sofia acenou para mim hoje. — Norah ergueu a cabeça para a mulher que estava ofegante enquanto mastigava o saco de batatas fritas em sua mão. — Foi uma onda pequena, minúscula, absolutamente adorável. Batatas fritas?
— Não está ajudando, Norah. — Callie brincou, e a residente deu de ombros.
— Sabe, suas feições pequenas e olhos grandes desencadeiam uma resposta hormonal em humanos. — Cristina falou amargamente, — É autônomo. É o que nos impede de comê-los.
Ela olhou para a morena, que parecia horrorizada antes de colocar uma mão tranquilizadora em suas costas. — Não se preocupe, querida. Este feto é muito Sloan para comer.
— Você é terrível, Cristina, realmente horrível. — Norah balançou a cabeça antes de levantar a cabeça para Callie, que estava rindo das palavras da outra residente. — Como você conseguiu que ela fosse madrinha de Sofia?
— Nenhuma ideia.
— Pronto para voltar? — Cristina perguntou a Callie.
— Mais uma volta. — Insistiu esta última e continuou empurrando a maca por mais uma volta pelo chão. As três cirurgiões encontraram Meredith no posto das enfermeiras, que estreitou os olhos para elas com curiosidade.
— O que, vocês duas perderam uma aposta? — Ela questionou e seguiu ao lado delas. Ela enfiou a mão no saco de batatas fritas e tirou um punhado delas, colocando-as na boca.
— Elas são minha novas fisioterapeutas porque fazem o que eu digo. — Explicou Callie.
— E o filhote de Sloan é um acompanhante. — Acrescentou Cristina com um encolher de ombros, e Norah franziu a testa com o apelido.
— De quem são esses gráficos?
— Altman. — Resmungou Cristina, — Ela está sendo ridícula. Não vejo uma cirurgia cardio há um mês. Por isso roubei seus prontuários, então estarei preparada quando ela voltar rastejando.
— Grey, sente-se. Eu preciso da resistência. — Callie falou.
Norah puxou as pernas para trás para permitir outro espaço na maca, e Meredith pulou. — Ah, então nós testamos novamente Adele Webber. — A última mencionou, — Ela é pior do que pensávamos.
— Sim, ela está declinando muito rápido. — Norah assentiu, — Bem, a vantagem é que ela vai entrar no julgamento, eu acho... Chips?
Cristina abriu sua prancheta e seus olhos se arregalaram, afogando completamente as palavras das outras duas residentes ao lado dela. — Ok, viu?! Veja, eu deveria estar nisso! — Ela exclamou, batendo com a caneta na cirurgia no prontuário com violência, — Como eu posso ter uma chance de ser o Chefe dos Residentes se eu não posso fazer o que eu sou boa.?
— Você não. — Norah sorriu, — Isso é um concorrente a menos para nós.
Cristina lançou-lhe um olhar antes de bater o gráfico sobre sua cabeça; a morena grunhiu de dor enquanto Meredith ria de suas travessuras infantis.
Norah levantou a cabeça para Callie atrás deles. — Sofia segurou minha mão também, sabe? Ela é forte.
— Eu te odeio. — Callie resmungou com o sorriso do residente.
— Alex, você não... Você vai ser demitido! — Eles ouviram a voz de Lexie ressoando pelos corredores quando fizeram uma curva na esquina.
— Eu vou ser o Chefe Residente. — Alex corrigiu, com o peito alto e as mãos cruzadas nos quadris.
— Sim, não se você não trabalhar mais aqui.
— Bip-bip! — Norah imitou o som de uma buzina de carro, fazendo com que Lexie com ar incrédulo e Alex com ar orgulhoso recuassem, permitindo que a maca passasse.
— Ele solicitou dinheiro a um paciente. — Expôs Lexie, e os residentes na maca viraram a cabeça para Alex.
— Oh, você está pegando agora?
— Não, é para a minha coisa de garoto africano. — Alex insistiu.
— É contra tantas regras! — Lexie exclamou.
— Quem se importa? — Ele gemeu, — A velha bruxa pode morrer, deixando seu dinheiro para salvar crianças moribundas. Mas em vez disso, ela provavelmente vai deixar para seus gatos- que provavelmente a odeiam também. — Ele balançou a cabeça e colocou sua pasta na beirada da maca. — Ei, Norah, seu pai é um milionário, certo?
— Você está pedindo dinheiro a uma mulher grávida? — Cristina retrucou: — Afaste-se, Evil Spawn. — — Hum... Quem é mesmo? — Norah se fez de boba, e ele resmungou de frustração enquanto os outros residentes riam. — Relaxe, Alex, você vai pensar em alguma coisa. — Ela deu de ombros, — Embora, eu voto para solicitar o dinheiro de sua dama dragão.
Meredith e Callie bufaram; Lexie soltou uma zombaria afiada enquanto Alex sorriu de volta para ela presunçosamente. Norah passou seu saco de batatas fritas para a residente mais jovem, que começou a comer por estresse enquanto caminhavam com a maca.
★
4 SEMANAS DEPOIS
Norah estava sentada perto do posto de enfermagem, atualizando um prontuário. Desde que sua barriga de bebê começou a aparecer, as enfermeiras vinham zumbindo com palavras emocionantes e parabéns.
— Como está meu feijãozinho? — Timothy perguntou enquanto passava um recipiente de café da manhã caseiro no balcão; Os olhos de Norah se arregalaram de alegria. Ele se inclinou, seu dedo pronto para cutucar, mas sua irmã deu um tapa em sua mão.
— Mãos para si mesmo, tio Timmy.
— Ai. Os hormônios da gravidez incluem tapas extra-dolorosos? — Ele assobiou.
Ela deu de ombros, jogando uma uva em sua boca. — Sua sobrinha ou sobrinho está se saindo brilhantemente. — Ela passou para ele a mais nova foto de ultrassom que ela havia tirado naquela manhã e sorriu. — Como está Sofia?
— Ela sorriu para mim. — Timothy anunciou com um olhar apavorado em seu rosto, — E ela abriu os olhos quando me sentei ao lado dela. Acho que ela sabe quando o papai está lá.
Ela enfiou a comida no recipiente com uma carranca no rosto. — Você sabe que eu odeio feijão cozido?
— Sim, eu sei. Mas, bem, seu filho pode adorar. Quem sabe?
Derek se apressou com uma nova pilha de gráficos em sua cabeça. — Oh, ei, uau - mais café da manhã. Estou com ciúmes. — Ele riu. Norah ofereceu-lhe uma uva, mas o atendente recusou depois de receber o olhar acalorado de seu irmão. — Você viu Mark?
— Ele está desmaiado em uma sala de plantão. — Ela informou; seu rosto enrugou depois de mastigar os feijões cozidos. Timothy lançou-lhe um olhar azedo, mas seus olhos estavam repreendendo-a para terminar.
— O que você fez com ele?
— Ah, não, foi o que ele fez consigo mesmo. — Corrigiu Norah, com a mão sobre a barriga, — Vamos apenas dizer que ele passou a noite limpando o quarto de hóspedes em nosso apartamento, então eu juro que ele ficou acordado a noite toda conversando com este pequeno.
Derek bufou e assentiu. — Sim, definitivamente soa como Mark. — Ele clicou a caneta antes de entregar o prontuário para a residente, observando seus olhos brilharem de prazer. — Vejo você na cirurgia.
Norah se levantou em pura excitação, cuidadosamente tentando roubar os feijões cozidos.
— Honorah Arielle Lawrence! — Gritou Timothy; seus olhos se arregalaram para ele gritando seu nome completo. — Meu pequeno feijão precisa de proteína e fibra, então é melhor você comer agora mesmo!
Ela piscou para ele antes de levar outra colherada à boca. — Timothy, você é meu pior irmão.
— Eu sou seu único irmão, e você me ama.
Ela gemeu, revirando os olhos enquanto murmurava baixinho: — Como diabos Callie conseguiu continuar com isso?
★
3 SEMANAS DEPOIS
Norah tinha acabado de chegar ao saguão com sua primeira xícara de café da semana, tomando lentamente como se fosse um vinho sagrado para ela saborear.
— Ei, Incubadora Humana. — Cumprimentou Cristina, e Norah suspirou com o apelido. — Como está sua prole Sloan?
— Indo bem.
Alex caminhou até elas, carregando vários arquivos nas mãos. Jackson estreitou os olhos quando um arquivo foi empurrado para ele. — O que é isso?
— O que é isso? — Alex zombou de sua pergunta: — É seu filho. Seu filho africano.
— Ah, isso está acontecendo?
— Hoje?
— Hoje à noite! O primeiro grupo chega aqui hoje à noite - eu venho lhe dizendo isso a semana toda! — Alex brincou, olhando sério para os residentes: — Olha, cada um de vocês tem seu próprio filho. Alguns deles estarão viajando com a família, alguns deles são órfãos, então você está no comando de seu filho, certo? Como seu... Seu embaixador.
Ele estava prestes a passar um dos arquivos para Cristina, mas rapidamente retirou a mão. — Espere, não. Você não pode tê-la. Norah pode tê-la. — O arquivo foi passado para a morena, que franziu as sobrancelhas para ele, que parecia além de estressante.
— Ele está derretendo. — Lexie provocou.
— Acidente de trem. — Jackson assentiu com um sorriso.
— Evil Spawn agora é Madre Teresa.
— Não se esqueça, eles chegam aqui esta noite! — Alex gritou quando os residentes começaram a se dispersar.
— Eu acho que é um trabalho brilhante, realmente. — Norah falou, fazendo com que ele levantasse uma sobrancelha curiosamente para ela. — Oh, você está agradecido por eu estar de bom humor hoje. Meus hormônios da embriaguez podem te empurrar para baixo de um trem.
Seus olhos se arregalaram com a mudança repentina de tom dela, e ele balançou a cabeça em silêncio com um sorriso forçado antes de sair correndo.
Ela se sentou na cadeira e abriu seu arquivo, começando a ler a pasta que lhe fora designada enquanto voltava a saborear sua cafeína.
Espinha bífida? Essa é nova.
★
Norah estava ao lado de Derek na sala de cirurgia com Adele Webber acordada. Depois que um de seus pacientes anteriores desistiu do ensaio clínico, o espaço foi substituído pela esposa do chefe.
Foi uma decisão afortunada, mas sua memória deteriorada foi uma grande preocupação para os cirurgiões.
— Ok, Adele, eu preciso que você respire fundo algumas vezes para mim, ok? — Derek se dirigiu ao ligar a furadeira. A broca zumbiu no crânio de Adele enquanto Norah irrigava a área seguindo o procedimento do atendente.
Uma enfermeira entrou na sala de cirurgia com o pacote lacrado e esperou ao lado da residente; Meredith olhou para a enfermeira com cautela.
Depois que Derek terminou de perfurar, Norah colocou seu aparelho de lado e enfiou a mão na pasta, retirando cuidadosamente o conteúdo. Seu coração batia rápido, esperando e torcendo para que Adele tivesse uma chance.
Este paciente foi delegado para receber: AGENTE ATIVO
Norah trocou um olhar alegre com Derek, ambos sorrindo sob suas máscaras. O que ambos não notaram, foi o sorriso nervoso vindo de Meredith enquanto ela escondia um olhar culpado.
— Ok, eu vou fazer a injeção — Derek informou e tirou a seringa da embalagem, — E, uh, você não deveria sentir isso. — O agente ativo foi lentamente pressionado na cabeça de Adele, e todos na sala de cirurgia relaxaram instantaneamente.
Todos... Exceto um.
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O grupo de cirurgiões se reuniu na UTIN, olhando para o cronômetro enquanto Sofia estava sendo cronometrada para seu teste de transporte infantil. Ela finalmente estava saudável e grande, pronta para receber alta e ser trazida para casa.
— Cinco, quatro, três, dois, um - isso é uma hora!
Todos aplaudiram a criança, que inclinou a cabeça para os adultos. — Você conseguiu, garotinha! — Arizona sorriu orgulhosamente enquanto Timothy ia colocar o cinto de sua filha.
Norah e Mark ajudaram a colocar as coisas do bebê em uma bolsa. Ela o encontrou olhando para ela - bem, não para ela, mas para o inchaço em seu estômago - com um grande sorriso no rosto.
— Tolo estupefato. — Ela murmurou.
Ele riu e roubou um beijo. — Seu idiota apaixonado.
— Ok, vamos.
— Espere, espere, espere, espere - coloque-a no chão. — Interveio Callie com um olhar preocupado em seu rosto.
— Eu tenho o monitor de apnéia, o 02... — Arizona falou: — Oh, Callie, você precisa roubar alguns daqueles cobertores da UTIN, eles são os melhores-
— Ok, todo mundo, pare, pare, pare, pare! — Callie levantou a voz de repente, fazendo com que todos parassem no que estavam fazendo.
Timothy gentilmente colocou o carregador de volta na mesa enquanto Norah se endireitou; Mark esfregou pequenos círculos na dor nas costas dela.
— Ela não está pronta. Não, ela não pode sair. E-Ela é vigiada por médicos 24 horas por dia-
— Ela ainda vai.
— Ok, bem, seus pulmões. Ela pode pegar RSV.
— Bem, qualquer criança pode pegar RSV. — Raciocinou Arizona, confusa.
— Ela não vai entrar em um carro! Não é seguro! — Callie gritou; sua voz que começou a ficar trêmula fez Norah sentir uma pontada no nariz. — Não é seguro - a última vez que ela esteve em um carro, ela quase morreu! Nós duas quase morremos! T-Tire ela dessa coisa! Dê ela para mim, Tim, eu não estou brincando - tire ela dessa coisa!
— Não, não, não... Não... Chore. — Norah ergueu a cabeça para o teto enquanto suas lágrimas ameaçavam cair. Uma série de maldições silenciosas saiu de sua boca; Mark caminhou até ela com uma pequena risada.
Ele os moveu para o lado da UTIN onde os soluços de Callie seriam mais suaves, e ela enterrou o rosto na lateral do ombro dele. Ele esfregou suas costas suavemente quando ela resmungou em frustração.
Owen ergueu uma sobrancelha para ele, e o cirurgião plástico murmurou duas palavras: 'Hormônios da gravidez' - antes de fazer uma careta quando um punho bateu em seu peito.
— Eu te odeio. — Ela murmurou antes de bater no peito dele novamente.
— Nah, você não, e eu amo- ow! — Ele sussurrou de dor quando ela o atingiu pela terceira vez. — D-Desde quando os hormônios afetam a força física?
Ela murmurou algo que ele não conseguiu decifrar enquanto ouviam as palavras de Bailey para Callie ao fundo.
— Diga oi para sua tia Nor. — Timothy sussurrou para Sofia enquanto caminhava até eles, passando a garotinha para a tia. Ele deu um beijo suave na cabeça de sua filha antes de voltar para arrumar as malas do bebê.
Norah observou enquanto Sofia arrulhava em seu ombro, sua pequena mão alcançando seu nariz. Mark estava rindo da expressão em seu rosto quando o bebê gorgolejou com um pequeno guincho que fez suas sobrancelhas franzirem.
— As crianças não me aterrorizam, na verdade, mas os bebês muitas vezes sim. Ah, ela é tão fofa. — Ela derreteu com a visão, — Olhe para ela, Mark.
Seu sorriso suavizou, não para o bebê, mas para a forma como Norah olhava para Sofia apesar de sua alegação de medo. Foi maternal.
— Nós vamos ser bons pais, certo? — Sua voz estava baixa e insegura dessa vez, — Quero dizer... Eu não tive bons pais como exemplo.
— Eu também não. E é por isso que nunca vamos deixar nosso filho crescer do jeito que crescemos. Eles vão crescer sabendo o que é o amor, porque nós vamos mostrar isso a eles. — Ele assegurou, — Nós seremos pais incríveis, Norah. Os melhores.
— Promete?
— Prometo, e... — Ele abaixou a cabeça, dando um beijo em seus lábios, — Selado.
Um sorriso cresceu em seu rosto, o que a fez levantar uma sobrancelha para ele com curiosidade. — Ah, olhe, — ele acenou com a cabeça para o bebê em seus braços, — Sofia está dormindo.
— Ela o que? — Ela arregalou os olhos para o bebê cuja a baba estava em seu ombro. — Mark, socorro.
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