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CAPÍTULO SESSENTA E NOVE
coisas verdes.
7ª temporada, episódio 14
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TIMOTHY ESTAVA FAZENDO as omeletes na frigideira no apartamento de Callie e Arizona. Callie observou sua namorada enquanto ela despejava pedaços de coisas verdes em um copo.
— O que é isso? — Ela questionou, seu rosto franzido e seus olhos olhando para a bebida com desgosto.
— É um smoothie de couve e suco de maçã. — Respondeu Arizona, colocando a bebida na bancada.
Callie ergueu a bebida na frente dela enquanto observava o conteúdo. — Também tem pedaços. Eu não bebo pedaços. — Ela reclamou, — Por que Tim não pode ser aquele que faz meus smoothies matinais hoje?
— Porque ele está preparando o café da manhã para você e para o bebê. — Disse Arizona, — Vamos lá, você não pode tê-lo fazendo smoothies todas as manhãs.
— Na verdade, eu não me importo. — Timothy falou com um encolher de ombros, — Mas beba o smoothie, Callie. É nutritivo.
Ele sentiu o ódio leve que Arizona tinha por ele, e mesmo que ele entendesse que ela não era a maior fã de Callie ficar grávida de seu filho, ainda assim, o garoto é uma parte dele.
No entanto, ele não discutiu com elas, sabendo que a co-parentalidade não era tão fácil quanto parecia. Todo mundo só precisava de algum respeito mútuo e tolerância.
A porta do apartamento deles se abriu e Mark entrou carregando um copo térmico na mão. — Então, Norah me trocou por Alzheimer esta manhã. — 3le murmurou, — Ooh, Tim está aqui? A comida cheira bem.
— Mark, diga à mulher que eu posso beber uma xícara de café normal. — Callie virou a cabeça para ele, implorando por ajuda.
— Claro que pode. — Ele respondeu com um encolher de ombros enquanto caminhava até a cozinha.
— Ah, espere, Mark. — Interveio Arizona, — Você está ciente de que existem estudos que ligam a cafeína ao trabalho de parto prematuro, baixo peso ao nascer e outros defeitos congênitos?
Mark estreitou os olhos para os pedaços verdes de bebida, escondendo seu rosto de nojo. — Essa gosma parece ótima, — ele afirmou em vez disso, — eu digo que você fica com a gosma.
Callie zombou deles, — Ok, vocês três não podem simplesmente ditar o que eu posso comer e beber.
— Ninguém está ditando nada. Mas você está grávida agora, então as coisas têm que ser diferentes. Ajuda, vamos desistir da cafeína também.
— Isso não ajuda ninguém.
— Bem, que tal colocarmos isso em votação? — Mark sugeriu, e eles concordaram com a cabeça: — Todos a favor de Callie beber café, levante a mão.
A grávida levantou a mão e fez uma careta para os outros três, que estavam com as mãos abaixadas.
— Todos a favor da gosma?
Três braços dispararam no ar, e a mulher grávida soltou um grunhido frustrado.
— Ótimo.
Timothy dividiu as omeletes em três porções, adicionando uma pitada de tempero em cima delas. Ele assobiou enquanto colocava os pratos no balcão da cozinha, passando o café da manhã para os três atendentes. — Você não fez um para si mesmo? — Mark perguntou ao homem mais jovem.
— Bem, o que está na sua frente deveria ser meu, mas eu tenho que chegar ao hospital em dez, então você pode ficar com ele. — Timothy respondeu enquanto lavava rapidamente as panelas e espátulas na pia. — Ah, e Callie, se realmente estiver com um gosto muito ruim, podemos congelá-lo em picolés, talvez tenha um gosto melhor.
Os olhos de Callie se arregalaram de alegria
imediatamente. — Excelente ideia! Estamos congelando o resto!
Timothy enxugou as mãos na toalha de mão antes de pegar suas coisas e o pager do balcão da cozinha. — Tchau, pessoal. — Ele virou a esquina antes de abaixar a cabeça para o estômago de Callie, — Até logo, garota.
— Ele está se saindo melhor nessa coisa de co-parentalidade do que eu esperava. — Callie admitiu enquanto pegava o espinafre em seu prato.
— Sim, bem, ele ainda é um residente. Ele ficará preso no hospital a maior parte do tempo. — Arizona falou com um leve rosnado em seu tom.
Mark franziu as sobrancelhas para ela, mastigando a comida de dar água na boca. — Ainda assim, Robbins, você tem que admitir que ele está lidando com isso muito bem.
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7ª temporada, episódio 15
Eram seis da noite quando Norah se sentou na cadeira vazia do posto de enfermagem no pronto-socorro. Ela abraçou o grande saco de Doritos contra o peito enquanto mastigava as batatas fritas.
Ela torceu o nariz para o pequeno pacote de batatas fritas que Cristina estava segurando. — Isso é rancho? — Ela perguntou, — Eca.
— Você não pode julgar minhas fichas de máquina de venda automática de um dólar, querida. — Cristina fez uma careta de volta para ela com uma carranca no rosto, — Onde você conseguiu esse Doritos?
— Eu fiz Mark correr para a loja antes que ele entrasse. — Norah compartilhou e mastigou a batata na boca.
— Droga, eu deveria fazer Owen fazer isso.
Meredith tinha acabado de entregar uma prancheta para uma enfermeira antes de encontrá-las na estação. Um olhar cansado em seu rosto quando ela foi entregue mais uma prancheta de outra enfermeira. Ela olhou para as duas amigas, que estavam comendo enquanto se balançavam nas cadeiras de rodinhas.
— Vocês duas vão me ajudar ou vão apenas sentar e comer batatas fritas? — Ela finalmente repreendeu o par.
Cristina e Norah trocaram um olhar antes de dar de ombros. — Eu fiz quatro bypasses de pop feminino consecutivos hoje. Esta é a primeira cadeira que vejo desde as sete da manhã, e esta é a primeira comida que como desde ontem, — afirmou a primeira, — escolho batata salgadinhos.
— Doritos? — Nora ofereceu. Meredith estreitou os olhos enquanto continuava rabiscando na prancheta. A morena suspirou e pegou um punhado de batatas fritas do saco antes de enfiá-lo na boca de Meredith.
O telefone da estação começou a tocar e Cristina recostou-se na cadeira com indiferença. Meredith rapidamente gesticulou para Norah pegar o telefone enquanto ela ainda estava mastigando as batatas fritas.
— Você trouxe isso para si mesma, sabia? — Cristina disse a Meredith: — Você se ofereceu para ajudar a administrar o pronto-socorro.
— Emergência Seattle Grace Mercy West. — Falou Norah, e o interlocutor do outro lado começou a notificá-la sobre o paciente. — Entendido, obrigada. — Ela desligou o telefone e virou-se para as residências curiosas. — Há uma suspeita de aplicação em uma criança de dez anos. — Ela informou.
— Vamos chamar Robbins. — Meredith notificou uma enfermeira que voltou com um aceno de cabeça antes de voltar para Cristina. — Sabe, eu vi uma necessidade e a preenchi, como qualquer bom candidato a Residente Chefe.
— Candidato a Residente Chefe Sadomasoquista, talvez. — Cristina deu de ombros, e Norah gargalhou. Meredith riu de sua piada com um largo sorriso no rosto. — O que há com você? — A primeira questionou, um pouco preocupada: — Você está alegre.
— Sim, totalmente nada sombrio e sinuoso. — Acrescentou Norah concordando.
— Ah, você sabe, são as, uh, drogas de fertilidade. — Meredith respondeu, — Nós aumentamos. Estou cheia de hormônios.
Norah arqueou uma sobrancelha para ela. — Por que sua droga de fertilidade parece funcionar melhor do que meus antidepressivos?
Meredith deu de ombros em resposta. — Mas você sabe o que é alegre? — Ela perguntou: — Meus peitos. Eles são enormes. Eu deveria gostar de peitos grandes?
— Oh, Deus, não. — Cristina franziu as sobrancelhas, — Eles vão fazer você cair.
— Caindo escada abaixo. — Norah fez uma careta, — Não, Mer. Existem maneiras mais graciosas de dizer tchau, sabe?
Cristina bufou enquanto Meredith levantava uma sobrancelha para a morena, que continuava comendo os Doritos. — Você tem certeza de que seus antidepressivos estão funcionando?
— Quero dizer, estou começando a cortar, então.
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— Ei, Lawrence. — Alex gritou quando Norah passou por ele no saguão. Ela deu uma volta rápida nos calcanhares e caminhou de volta para o homem. — Você é boa em forjar assinaturas?
Ela levantou uma sobrancelha para ele, olhando para a grande pilha de arquivos ao lado dele. Ela tinha um sorriso no rosto quando cruzou os braços acima do peito. — O que eu ganho?
Ele suspirou em derrota antes de ceder. — Eu vou comprar o seu almoço para a semana? — Ele ofereceu, — E jantar. E faça seus gráficos. Olha, eu tenho um jogo para começar.
— Tudo bem, acordo. Mas estou fazendo meus próprios gráficos.
April, que tinha ouvido a conversa deles, franziu a testa em desacordo. — Isso é antiético e provavelmente ilegal. — Afirmou; Alex lançou-lhe uma carranca enquanto Norah apenas deu de ombros, já pegando um quarto dos arquivos sobre a mesa e uma caneta da mesa.
Enquanto ela começava a copiar a assinatura de Alex nos muitos arquivos, uma mão serpenteou ao redor de sua cintura. Ela foi recebida por uma xícara de café que deslizou para o seu lado. — Obrigada, amor. Meu turno termina em... — Ela olhou para o relógio, — Meia hora, no máximo.
Mark espiou por cima do ombro dela enquanto ela tomava um gole do cappuccino, e ele estreitou os olhos para ela rabiscando. — Você está falsificando a assinatura de Karev? — Ele questionou, e ela assentiu casualmente. — Isso não é... Eu não sei, ilegal?
— Comida grátis para a semana supera a legalidade.
Ele hesitou por um momento antes de assentir com aprovação, sabendo que ela tinha comido muito naqueles dias. — Que é razoável. — Ela riu e deu um beijo em sua mandíbula; ele virou a cabeça para capturar os lábios dela com os dele.
— Você sabe, esses arquivos não vão crescer pernas e fugir. — Ele sussurrou sugestivamente, — Quarto de plantão? O que você diz? Já faz um tempo desde-
O pager de Norah tocou, e ele gemeu de aborrecimento, olhando o pager na mão dela como se o aparelho o tivesse provocado pessoalmente. Deu certo, de uma forma ou de outra.
Ela devolveu os arquivos para a pilha acabada de Alex antes de se voltar para Mark com um sorriso no rosto. Ela riu e o puxou para baixo para um beijo rápido nos lábios antes de acenar.
— O pequeno Sloan tem que esperar.
— O que? — Mark soltou um suspiro ofendido quando ele olhou para ela em descrença. — Grande Sloan!
Sua voz um pouco alta demais fez com que as enfermeiras próximas virassem a cabeça para ele; Alex arqueou uma sobrancelha para o atendente, parecendo bastante perturbado. Ele gaguejou em suas palavras antes de balançar a cabeça e seguir na direção oposta.
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Norah estava do lado de fora da sala de exame, já vestida com suas roupas de uso diário desde que seu turno havia terminado. Ela olhou para a varredura de raios-X que estava sendo mantida contra a luz por Lexie; o paciente tinha uma faca alojada na lateral do cérebro, mas seu estado neurológico parecia intacto.
Isso definitivamente soou como um milagre de algum tipo.
Ela empurrou a porta silenciosamente, espreitando a cabeça ligeiramente para dentro do quarto. — Parece que a lâmina aterrissou no seio maxilar. — Mark apontou, — As chances são de que a própria faca esteja tamponando qualquer sangramento importante. Provavelmente é melhor apenas ir em frente e abrir o crânio.
— Ou podemos simplesmente levá-lo para a sala de cirurgia e tirar essa coisa. — Jackson deu uma sugestão, mas o atendente levantou uma sobrancelha para ele.
— Sério, Avery? Basta puxá-lo para fora? — O atendente levantou uma sobrancelha para ele em um tom levemente exasperado, — Deixe-me adivinhar. Você quer sair daqui cedo para ir ao jogo, assim como todo mundo.
— Ou ele sabia que, como parece que a faca não atingiu nenhuma artéria ou veia importante, uma extração controlada seria mais segura e menos invasiva do que uma craniotomia completa. — Disse Norah por trás.
Mark olhou por cima do ombro, um pequeno sorriso puxando seus lábios. — Isso é verdade, Avery? Foi por isso que você sugeriu que pudéssemos tirar isso da cabeça dele? — Seu tom mudou para um visivelmente mais satisfeito.
Antes que Jackson pudesse responder, Norah retomou com um sorriso: — Não, ele ainda quer ir ao jogo.
Jackson lançou um pequeno olhar para ela - com cuidado para não ser notado por Mark - e soltou um suspiro. — Sim, isso também... É verdade.
— Ei, eu estou bem com isso. — O paciente falou embriagado, — Vamos apenas fazer o que ele... Ou-ou ela disse.
Norah sentiu uma cutucada em seu ombro e se virou para ver Meredith chamando por ela com um olhar conflitante no rosto. A última respirou fundo antes de deixar escapar: — Você é a melhor residente em Neuro.
— Uh... Eu espero que sim? — A morena levantou uma sobrancelha para ela.
— Norah, isso é uma afirmação, não uma pergunta. — Disse Meredith, — Ouça, uma paciente que veio com o pulso quebrado alegando que ela chegou em casa do trabalho e escorregou da escada. Normal, certo? Mas, menos de trinta minutos depois, ela disse que escorregou ao tentar tirar as decorações do feriado-
— É fevereiro. — Norah interrompeu com as sobrancelhas franzidas, e Meredith estalou os dedos com suas palavras.
— É isso que eu estou dizendo! — A última exclamou: — Eu não sou a única imaginando coisas, certo?
A morena balançou a cabeça. — Soa como alguma forma de... Demência, para mim. — Ela especulou, — Não posso ter certeza. Hum... Você reservou para ela uma tomografia computadorizada?
— Ainda não, mas eu vou, agora.
— Ei, Mer. — Norah gritou antes que a outra residente se afastasse, — Quem é a paciente?
— Adele Webber.
— A esposa do chefe? Ela não está aposentada? Como ela 'chegou em casa do trabalho'? — As perguntas de Norah fluíram como um riacho. As palavras de Meredith ficaram presas no fundo de sua garganta, seu rosto pintado de preocupação. — Sim... Ela tem que fazer uma tomografia computadorizada, tipo, rápido. Eu vou levá-la, se você quiser?
Meredith olhou para a morena como se ela fosse a salvadora da destruição do planeta Terra. — Sim, por favor. Obrigada.
Quando ela voltou a sair, Norah espiou de volta paraa sala de exames, onde os cirurgiões ainda estavam decidindo o curso do tratamento para o paciente. — Ei, Mark, estou levando um paciente para uma tomografia computadorizada bem rápido. Vejo você depois?
— Sim, tudo bem. Vou demorar um pouco aqui também. — Ele respondeu e ouviu a porta ranger novamente. — Eu te-
A porta se fechou antes que ele pudesse terminar, e ele enviou aos residentes um sorriso desajeitado. Ele ergueu os olhos para Jackson, que estava inexpressivo e perguntou: — Por que Avery esta tão... Amuado?
— Porque ele está triste e... Solteiro. — Lexie respondeu.
Mark olhou para a residente, que também tinha um olhar azedo no rosto. Ele suspirou com a lembrança de Timothy com um olhar amargo semelhante algumas semanas atrás. — Grey, não seja uma idiota e traga Tim de volta. E Avery, hora de melhorar seu jogo.
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7ª temporada, episódio 16
Callie saiu do apartamento dela e de Arizona, indo direto pelo corredor e destrancando a porta com uma chave reserva que ela tinha. — Mark? Norah? — Ela gritou, mas só foi recebida com risadinhas e o som de água corrente.
Ela foi direto para o quarto e abriu a porta do banheiro. — Puta merda. — Norah pulou e estava perto de escorregar enquanto Mark a pegava.
— Torres, sério?
— Seu vidro não é transparente, e eu não me importo. — Callie balbuciou, seu tom urgente, — E eu preciso da sua namorada agora, não de você.
Ele apenas deu de ombros enquanto Norah levantava uma sobrancelha para a outra mulher. — Quero dizer, eu estou- estamos meio que no meio de algo. Mark Sloan! — Ela esfregou o rosto dele com sabão quando ele começou a atacar seu pescoço; ela adorou, é claro, mas não na frente de seus amigos - essa foi uma linha que ela traçou.
Callie abriu a boca para falar, mas foi cortada quando Arizona apareceu atrás dela. Os olhos da loira se arregalaram. Ela rapidamente se virou, de costas para o casal no chuveiro.
— Eu não quero beber a gosma. — Callie gritou. Norah jurou que a teria encharcado com o chuveiro se a primeira não estivesse grávida.
— Ela precisa beber a gosma. É nutritivo para ela e para o bebê! — Arizona protestou, limpando a garganta.
Norah ergueu um pouco a cabeça para dar uma olhada no copo de coisas verdes que Arizona tinha na mão. A bebida - se é que você pode chamar assim - não parecia nem de longe agradável, muito menos consumi-la. Mark soprou uma das bolhas na cabeça dela, e ela deu um tapa no peito dele.
— Eu uh... Por que eu estou isso? — A morena perguntou: — Onde está Tim?
— Hospital. — Arizona murmurou, — E se perguntarmos a Mark, ele ficaria do lado de Callie. E você não toma partido.
— Isso... Isso meio que soa como se você estivesse tentando- Mark, pelo amor de Deus! — Norah enxugou a água dos olhos e cuspiu a água que entrou em sua boca; Mark tinha dado uma gargalhada.
Ela franziu a testa para o casal que ainda estava esperando na porta do banheiro. — Parece que você está me pedindo para escolher um lado. — Ela bufou.
— Vamos, apenas escolha um. — Disse Callie, olhando para ela com olhos suplicantes. Ela estava olhando para o copo de... Gosma com olhos assassinos; seu rosto se transformou em um em desgosto.
— Callie, beba a gosma.
Callie soltou um ruído traído, e Arizona sorriu em vitória, empurrando a bebida na mão de sua namorada. — Lawrence, eu odeio você. — A mulher grávida gemeu.
— Obrigada. Você vai beber a gosma de cheiro horrível porque você interrompeu nosso-
— Sexo, sim. Desculpe, obrigada, e nos vemos no trabalho! — Arizona gritou antes de fechar a porta do banheiro. O barulho de protesto de Callie ainda podia ser ouvido quando elas fecharam a porta do apartamento.
— Amor, nós temos amigos muito, muito estranhos. — Norah franziu as sobrancelhas para ele. Ela deu uma boa olhada no homem na frente dele, memorizando cada característica dele. — Além disso, eu já te disse que você é ridiculamente gostoso?
— Você sabe o que dizem: tire uma foto, dura mais.
Mark tinha acabado de se afastar do chuveiro, a água ainda escorrendo pelas pontas de seu cabelo. As gotas rolaram pelo seu rosto até o pescoço. Seu físico largo, a nitidez de suas clavículas, para baixo e para baixo.
— Por que precisamos de mais tempo quando já temos para sempre? — Ela olhou de volta para encontrar seus olhos, os olhos azuis escuros e sua cabeça inclinada para um lado.
— Então por que você ainda está olhando, Laurie? Eu sou todo seu.
★
Mais um dia no teste de Alzheimer foi mais um dia de esperança e desespero.
A sala de cirurgia estava tão quieta quanto em qualquer outro lugar. Uma foi porque todos estavam nervosos sobre se o medicamento seria administrado ou não. Norah e Meredith estavam de cada lado do atendente do Neuro.
— Tudo bem, Allison, o anestésico está pronto. — Derek notificou o paciente, — Eu só preciso fazer uma pequena incisão, e nós já devemos estar prontos, ok?
Meredith pediu o envelope, e a enfermeira abriu o selo para que ela recuperasse o conteúdo. A cabeça de Norah se animou enquanto a outra residente abria o jornal com cuidado.
As residentes se entreolharam, seus sorrisos sob as máscaras elevando o humor de toda a sala de cirurgia.
Este paciente foi delegado para receber: AGENTE ATIVO
Meredith mostrou o papel ao marido animadamente, que também sorriu sob a máscara. — Tudo bem, bom. Você quer comemorar perfurando alguns buracos? — Derek ofereceu.
— Eu adoraria. — Respondeu e entrou no campo cirúrgico na frente da cabeça do paciente.
— Ok, na marca preta. Fácil de entrar, fácil de sair. — Derek lembrou e entregou a sua esposa a broca. — Preparar?
Meredith não respondeu. Em vez disso, ela franziu a testa para a cabeça do paciente antes de olhar de soslaio para o atendente e residente morena.
— Qual é o problema? — Ele perguntou: — Apenas vá em frente e comece.
— Eu não posso. — Ela admitiu e deu um passo para trás. Os funcionários da sala de cirurgia trocaram um olhar confuso entre si, um olhar semelhante ao do atendente do Neuro.
— Não pode o quê?
Meredith deu outra boa olhada e até apertou os olhos para procurar a marca preta. Tudo o que ela podia ver eram bolhas de cores; sua visão estava embaçada. Finalmente, ela balançou a cabeça e se virou para Derek. — Eu não posso vê-lo.
Os olhos de Norah se arregalaram com as palavras da outra residente. Agora, isso vai ser um problema.
Derek olhou para sua esposa por um bom tempo, uma mistura de preocupação e não compreensão pintada em seu rosto. — Ok... — Ele pegou a furadeira da mão dela e entregou para sua outra residente, — Dra. Lawrence?
— Okay.
★
Norah estreitou os olhos para Timothy, que estava sentado no banco do lado de fora do hospital. Ela caminhou até seu irmão e se sentou no banco ao lado dele.
— Lexie está seguindo em frente, — ele murmurou, — com Jackson.
Ela franziu as sobrancelhas com as palavras dele, um pouco surpresa. — Você está bem com isso?
— Claro que não, — ele zombou levemente, então suspirou, — mas eu não posso prendê-la em um relacionamento que ela não quer... O destino não quer ficar junto, curiosamente. E eu tenho um filho agora, e o garoto está fazendo minha cabeça girar também.
— O que você quer dizer com isso?
Timothy respirou fundo antes de expirar. — Talvez eu seja paranóico ou algo assim, mas eu acho que Arizona está tipo... Me excluindo do nosso filho... — Ele disse a ela com um sorriso tenso, — Quero dizer, eu entendo. Ela ama Callie, ela ama a criança, mas ela nunca me pediu para fazer parte da porra da vida dela.
Norah olhou para o olhar doloroso por trás dos olhos de seu irmão antes de balançar a cabeça. — Você sabe, desde que você era criança, você era esse menino doce que é tão fácil de atacar porque você não revida.
Ele arqueou uma sobrancelha para ela, — Você quer que eu lute com a mãe do meu filho maravilhoso?
— Não, seu idiota. — Ela revirou os olhos, — Defenda-se. Você tem direitos dos pais. Eu não estou dizendo que ela não tem, mas você está deixando ela te intimidar agora. Esse é o seu filho, também.
— Mas-
— Tudo bem, você pode não ter uma palavra a dizer no relacionamento delas, — ela o cortou, — mas decisões agindo sobre essa criança? Você tem que lutar por isso. Lutar por seu filho.
Ele deixou suas palavras penetrarem e assentiu; ela balançou a cabeça em seu sulco preocupado.
— Nós nunca tivemos uma grande figura paterna como exemplo, — ela declarou com um longo suspiro, — mas você deve saber que você já é melhor do que nosso pai já foi.
Quando ele se inclinou mais fundo contra o encosto do banco, ela virou a cabeça para ele. Ela sorriu para seu irmão mais novo, que tinha um sorriso crescente no rosto. — Ugh, eu conheço esses olhos.
— Que olhos? — Ele perguntou, por curiosidade.
— Seus olhos característicos do pequeno Timmy quer um abraço desde que você tinha cinco anos. — Ele estava prestes a replicar o contrário, mas quando ela abriu os braços, ele finalmente cedeu. Ele se moveu para mais perto em seu abraço enquanto ela ria.
— Eu vou ser um ótimo pai?
— Você vai ser brilhante. Eu sei disso.
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