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CAPÍTULO QUARENTA E DOIS
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— EU SEI QUE todos vocês já ouviram muitos rumores, e sinto muito por isso. E o que estou prestes a dizer será difícil de ouvir, e também sinto muito por isso. O clima econômico é.. Bem, todos vocês sabem o que é, nas próximas semanas, o Seattle Grace Hospital se fundirá com o Mercy West.
— Gostaria de poder dizer que todos vocês sobreviverão à fusão, mas há tantos empregos. E o conselho e eu temos algumas decisões difíceis a tomar. Estou do seu lado, pessoal. Estou torcendo por cada um de vocês. Tudo o que posso dizer é: por favor, dêem o seu melhor.
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6ª temporada, episódio 3
Norah alcançou Meredith e Cristina, que ficaram ansiosas e estressantes enquanto esperavam o elevador.
— Conversei com Callie ontem à noite sobre os residentes de Mercy West, — compartilhou Cristina, — ela disse que eles não são uma droga. — O elevador chegou e as três entraram no espaço apertado.
— Você está segura por causa de Derek. — Ela disse a Meredith. — Você está segura por causa de Sloan e que você é a melhor aluna de Derek. — Ela disse a Norah, que deu de ombros para ela.
— Izzie está segura por causa do câncer. Alex é o novo favorito de Bailey. — Ela zombou em descrença, — Você sabe, mesmo George teria sido poupado porque ele é o cara de Owen. Cardio tem sido uma porta giratória por aqui, e ninguém me protege.
— Então Arizona é o seu disfarce? — Perguntou Meredith.
— Ela é à prova de fusão. Ela mantém criancinhas vivas. Ninguém gosta de uma criança morta. — Cristina respondeu com sinceridade, — Além disso, eles estão sob anestesia metade do tempo. Quão ruim pode ser?
Norah levantou uma sobrancelha para a confiança aleatória de Cristina. — Eles são humanos de bolso, Cristina. — Ela lembrou, — Eles atacam você com lagartos de borracha, então esperam que você lhes dê doces. Eles são literalmente crias do inferno.
— Hum... Mas você sabe o que mais é o inferno? — Cristina perguntou, e Norah olhou para ela com curiosidade. — Você e Sloan. Eu moro do outro lado do corredor e posso ouvi.
— Ah, — Norah acenou para ela com um sorriso, — mas eu chamo isso de céu.
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— Você sabe, nós realmente deveríamos dormir um pouco antes das rodadas. — Sugeriu Meredith.
— Dormir é para os fracos. — Discordou Cristina, — Dormir é para os residentes de Mercy West.
— Acabei de fazer uma cirurgia de substituição do shunt. Estou bombeada para algum trauma agora. — Acrescentou Norah.
Elas se encostaram no posto de enfermagem no pronto-socorro, esperando que o telefone tocasse para que pudessem obter informações sobre um caso de trauma. No entanto, sua atenção foi atraída por Alex, que se aproximou deles com uma expressão alarmante. — Não diga nada sobre a peruca. — Ele sussurrou com urgência.
— Estou de volta. — Declarou Izzie enquanto contornava os cantos, — Sim, estou adiantada, mas tanto faz. Estou de volta. — As três residentes deram um passo para trás enquanto olhavam para o cabelo dela, tentando ao máximo esconder o horror em seus rostos. — E porque eu estive fora por tanto tempo, o primeiro trauma que vem por aquelas portas, é meu. Entendeu?
Alex lançou um olhar para as três mulheres que implorava para que não caíssem na gargalhada. Por mais que tentassem, elas lutavam para manter os olhos longe da peruca notavelmente perturbadora. — É incrível, certo? — Perguntou Izzie.
— O que?
— O que é incrível?
— Huh?
— A peruca. — Izzie apontou o óbvio.
— Oh, parece tão real, eu não poderia nem dizer. — Afirmou Cristina, brincando. Norah estava fechando a boca ao seu lado, tentando afastar um sorriso.
— Eu sempre quis tentar ser ruiva, então pensei que agora é a hora.
— O que há de errado com seu próprio cabelo?
— É um cabelo de quimioterapia com penugem de pêssego, — respondeu Izzie, — eu realmente queria deixar meus pacientes à vontade, fazê-los se sentirem confortáveis.
Elas assentiram e Cristina sussurrou cuidadosamente para as outras duas residentes: — Ela parece uma esposa de Stepford. Alguém tem que dizer a ela.
— Ela não pode lidar com isso. — Meredith afirmou com um sorriso estranho estampado em seu rosto. — Só não olhe.
— Você parece uma esposa de Stepford, Iz. — Norah falou, e tanto Alex quanto Meredith viraram suas cabeças para a morena; Cristina bufou alto. — Você sabe, aqueles com uma paixão por, hum... Limpeza? — A morena coçou a cabeça enquanto Alex lhe lançava um olhar, — Foram as palavras de Cristina.
— Você... Traidora!
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— Ei.
— Ei de volta.
Timothy colocou sua bandeja de comida em frente a Norah, com Lexie ao lado dele; a última tinha um olhar exausto e sem esperança grudado no rosto enquanto enfiava o garfo na salada. Norah ergueu uma sobrancelha para seu irmão, sinalizando para sua namorada ao lado dele.
— Ela está preocupada com a fusão. — Explicou Timothy, — Quer dizer, todos nós estamos.
— Eu deixei cair sacos de sangue por todo o chão hoje. Então eu perdi um paciente esquizofrênico. — Lexie vociferou e empurrou uma batata frita em sua boca. — Oh meu Deus - eu vou ser cortada do programa, não vou? Eu vou ser demitida quando a fusão acontecer, então eu vou ficar desempregada, e eu vou perder meus amigos, e-
Timothy a interrompeu com um beijo rápido. — Ninguém está perdendo ninguém. — Ele assegurou, entregando a ela sua tigela de batatas fritas.
— Eu não sei, faz 'sentido' para mim. — Norah deu de ombros em um tom cantante, fazendo com que Lexie entrasse em pânico e enfiasse outro punhado de comida estressantemente em sua boca.
Timothy olhou para a irmã. — Não está ajudando em nada, Nor.
— Então vocês dois estão... Oficialmente juntos agora? — A irmã curiosa perguntou: — Como - finalmente? Porque eu posso ou não ter apostas para cobrar.
As bochechas de Lexie estavam levemente vermelhas, e Timothy assentiu. Ele bufou em seu rubor, ganhando um tapa rápido dela.
Os assentos vazios ao lado deles rapidamente foram preenchidos com os três rostos familiares. Cada um deles parecia pálido ou cansado - provavelmente não dormiam há mais de um dia, o que parecia ser uma nova norma em todos os residentes.
— Tudo bem, em primeiro lugar, eu não sou mais sua residente, e seus rostos pálidos não são mais meus patinhos. Então, se um de vocês estragaram tudo, é por sua conta. — Norah falou, apontando a colher para os três.
— Não, nós não estragamos tudo, Dra. Lawrence. — Nina assegurou, — Mas hum... Você tem algum aviso sobre a fusão?
— Além do que vocês sabem, não. — Respondeu Norah, balançando a cabeça. — Por que você está me perguntando?
— Porque... Uh... Você sabe- — Jace falou hesitante.
— Basicamente porque você e o Dr. Sloan são uma coisa, então nos perguntamos se você pode saber algo mais do que nós. — Kirian terminou a frase de Jace, dando um tapinha nas costas do último.
Norah estreitou os olhos para os três e lentamente pousou a xícara de pudim. — Lee, Thompson, Rook... Vocês três estão preocupados? — Ela ergueu uma sobrancelha para eles, e eles assentiram rigidamente em resposta.
Jace coçou a cabeça com um sorriso hesitante. — S-Sim, quero dizer... É-É possível que pudéssemos-
— Eu criei vocês melhores do que isso! — Ela retrucou, fazendo o residente mais jovem pular um pouco, seus olhos arregalados. — Vamos lá, vocês todos - todos os cinco aqui - são os melhores do seu ano. Então, vão se preocupar em como vão confortar seus amigos que serão cortados e enfiem suas dúvidas no rabo.
Eles acenaram com a cabeça cansadamente para a residente mais velha, e Timothy riu, — Bonito discurso, Nor. Muito parecido com uma mãe.
Os residentes do segundo ano bufaram, e Norah retribuiu a cada um deles com um olhar fulminante, que os calou instantaneamente. Eles passaram por seus casos juntos enquanto almoçavam no refeitório.
Norah teve uma estranha sensação de orgulho ao ver seus então internos agora se tornando residentes.
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Mark estava olhando para ela de longe, observando-a rir entre os residentes em sua mesa. Derek rastejou até ele por trás e o assustou, fazendo com que o cirurgião plástico revirasse os olhos para o outro.
— Olhe para ela. — Mark falou com admiração, — Os patinhos a amam.
Derek seguiu o olhar de seu melhor amigo antes de concordar com a cabeça. — Muito parecida com uma mãe. — Ele comentou.
Mark virou a cabeça para Derek, seus olhos se estreitaram. — Ela te daria um tapa se ouvisse você dizer isso.
— Ah, não, ela não vai. — O neurocirurgião sorriu, — Eu sou seu mentor, e ela quer casos de Neuro.
— Tenho certeza de que é o contrário. — Afirmou Mark, — Ela é sua melhor aluna, e você mal pode esperar para ensinar a ela tudo o que sabe.
Derek suspirou e assentiu com as mãos nos quadris. — Tudo bem, você não está errado. Ela é uma gênia natural e literal.
Minha pequena gênia, Mark sorriu para si mesmo.
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Norah, Cristina, Alex e Izzie caminhavam em grupo enquanto se aproximavam de Meredith no posto de enfermagem; a última tinha um olhar nervoso no rosto enquanto segurava o telefone na mão.
— O que está acontecendo? — Alex perguntou: — Você nos chamou.
— Verifiquem seus e-mail. — Meredith respondeu firmemente.
— Para que?
— RH. Se você for cortado, receberá um e-mail.
Seus olhos se arregalaram quando eles imediatamente tiraram seus telefones do jaleco branco. Norah foi rápida em acessar seus e-mails; embora ela tivesse uma estranha sensação de confiança depois de 'repreender' os segundanistas durante o almoço, ela ainda cruzava os dedos silenciosamente enquanto esperava a tela carregar.
— Eu não recebi um, mas tenho estado calma durante esta crise. Tenho estado calma, — continuou Meredith, — mas se um de nós for cortado, não ficarei calma.
Norah rolou algumas páginas — aliviada quando não havia correspondência nova.
— Sem e-mail.
— Estou bem.
— Eu estou bem também.
— Estou seguro.
— Bom! Vê? Eu sabia. Eu sabia. — Meredith exclamou, — Eu sabia que nenhum de nós seria cortado.
— No entanto, — Norah acrescentou grosseiramente, — esta é apenas a primeira rodada.
Ela colocou o telefone de volta no bolso antes de sair correndo do posto de enfermagem. Ela não perdeu tempo em ir para o vestiário dos residentes.
Havia poucos - muitos, na verdade - residentes que já estavam chorando. Alguns estavam olhando para o esquecimento, e outros estavam se confortando.
Norah virou a cabeça e encontrou quatro dos cinco residentes que procurava - um deles estava hiperventilando no meio dos quatro. Ela caminhou até eles, com as sobrancelhas franzidas; Timothy deu-lhe um sorriso que a deixou parcialmente aliviada, sabendo que seu irmão estava a salvo do corte.
Nina balançou a cabeça ao lado de Jace, que havia enterrado o rosto nas palmas das mãos; Kirian o acalmando com as mãos em suas costas com um sorriso de lábios apertados. Norah ergueu uma sobrancelha para eles. — Ele-
— Não. — Respondeu Kirian, o que deixou Norah ainda mais confusa do que antes.
— Estou seguro. — Jace soluçou, — S-Só... Isso me assustou pra caramba - oh meu Deus.
Norah exalou pesadamente, apertando a ponta do nariz e balançando a cabeça. — Pelo amor de Deus, você me assustou pra caramba, Thompson! — Ela repreendeu o homem antes de se virar para seu irmão, — Tim, e quanto a Lexie?
— Ela ainda está em cirurgia. — Respondeu Timothy, — Tenho certeza de que ela também está bem.
Nora assentiu. — Thompson, se você vai me assustar assim de novo, eu pessoalmente vou chutar seu traseiro. — Ela ameaçou, e Jace finalmente sugou suas lágrimas, assentindo. Kirian, Nina e Timothy riram da mal-humorada residente mais velha.
Ela balançou a cabeça para eles e se virou; Mark estava encostado no batente da porta esperando por ela. Ela caminhou até ele e se inclinou para um beijo. — Estou segura. — Ela murmurou.
— Claro, você está, pequena gênia. — Ele sorriu enquanto aprofundava o beijo, mas ela o empurrou antes que ficasse intenso. — Muito parecido com uma mãe lá atrás. — Ele brincou, e ela lançou-lhe um olhar.
Timothy os alcançou antes de partirem. Enquanto caminhavam por corredores após corredores, eles encontraram uma multidão de funcionários chorando, especialmente enfermeiros.
Mark apertou algumas de suas mãos, desejando-lhes boa sorte e assim por diante. Norah também sentiu pena deles e abraçou alguns, já que era próxima dos enfermeiros desde o primeiro dia no hospital. Timothy estava dando socos e high-fives para literalmente todos.
— Ryan, meu homem. — Mark falou enquanto apertava a mão de um enfermeiro, — Sinto muito por você ir.
Eles trocaram mais algumas palavras antes de Ryan se aproximar e abraçar Norah - um pouco longo demais na opinião de Mark. Quando eles finalmente soltaram o abraço, o rosto de Ryan estava um pouco rosado com um comportamento tímido tomando conta dele.
Mark ergueu uma sobrancelha para ela quando o enfermeiro se afastou, e Norah riu do olhar ciumento no rosto de seu namorado. — Ele me entregava os melhores casos. — Afirmou.
— Aham.
— Porque ele tinha uma queda por ela em seu ano de estágio. — Timothy esclareceu com um sorriso, e ela virou a cabeça para ele. — O quê? Ele me disse. — Ele deu de ombros inocentemente.
Mark estreitou os olhos para a mão, depois voltou para Norah, que caiu na gargalhada. — Ugh... Deveria ter me contado antes.
— Onde está a graça nisso? — Ela piscou de volta quando chegaram ao posto de enfermagem, onde Derek, Meredith, Cristina, Owen e Lexie estavam.
Lexie deu um grande abraço em Timothy, e seus rostos se iluminaram, sabendo que estavam a salvo do corte. Cristina parecia sobrecarregada porque foi expulsa da Pediatria.
— Eu tenho uma ideia.
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Quatro pares de casal estavam no canto do campo de beisebol, e um grande cooler cheio de cerveja estava no chão arenoso. Cristina estava com o taco de beisebol na mão e Derek com a luva agachado perto dela.
— Desculpe, eu não tenho tempo para jogos. — Cristina murmurou, — Eu tenho que voltar para o hospital.
— Ela está certa. — Meredith concordou, — Ela tem que voltar para o hospital.
— Nós não vamos falar sobre o hospital. — Derek falou, andando em sua posição. — Estamos aqui para jogar beisebol.
— E beber cerveja. — Acrescentou Mark enquanto passava as garrafas de cerveja para todos. — Bebam sua cerveja.
Timothy tirou a tampa de sua garrafa e a trocou pela garrafa fechada de Lexie. — Como posso beber cerveja quando todos os meus amigos foram demitidos? — Ela resmungou, mas ainda assim pegou a cerveja que foi entregue a ela.
— Sabe, me desculpe. Estou indo embora. — Cristina começou a se afastar, mas Owen a impediu. Ele a ajudou a colocar o equipamento de proteção e a puxou de volta para a frente da máquina.
— Agora acerte a bola!
— Eu não quero acertar a bola. — Cristina grunhiu de frustração. A bola ainda disparou apesar de seu protesto, e ela pulou um pouco para trás, chocada e surpresa com a velocidade dela. Todos se divertiram enquanto a mulher gaguejava.
— O que, você está tentando- — Cristina balançou a cabeça antes de se posicionar com relutância.
— Você precisa parar de pensar no que vai acontecer, e você precisa se concentrar no que está bem na sua frente. — Disse Owen.
— Vamos, Cristina! Acerte a bola como se fossem casos de Peds! — Gritou Nora.
Lexie tossiu em sua bebida antes de franzir as sobrancelhas para a residente mais velha. — Isso foi... Escuro. — Ela comentou, e os irmãos Lawrence compartilharam uma risada.
Quando a bola voltou a ser lançada, Cristina conseguiu acertá-la de longe. Todos estavam aplaudindo ruidosamente seu sucesso; ela estava emocionada, gritando de excitação enquanto sorrisos largos cresciam nos rostos de todos.
Norah deu uma cotovelada em Timothy; o último levantou uma sobrancelha para ela, e a primeira o empurrou para o centro. Cristina entregou o bastão para o jovem, e ele se posicionou rapidamente, com um sorriso competitivo pintado no rosto.
A máquina disparou a bola, na qual ele a acertou suavemente; o grupo assistiu enquanto a bola voava para longe em direção ao outro lado do campo. Todos estavam torcendo por seu acerto. Os olhos de Lexie se arregalaram em choque enquanto Norah sorriu conscientemente, bebendo sua garrafa de cerveja.
— Tim era um atleta infernal no ensino médio. — Ela disse à mulher mais jovem, que olhou para ela com curiosidade. — Equipe de natação, atletismo e capitão de beisebol.
'Uau' foi tudo que Lexie conseguiu dizer enquanto olhava para o namorado com estrelas nos olhos.
— Olhe isso. — Norah sorriu enquanto pegava uma das bolas de beisebol no chão. Ela se posicionou e jogou a bola para Timothy. Derek ainda tinha que registrar a bola quando o jovem já a pegou em sua mão.
— Norah... Não no rosto! — Timothy respondeu com uma carranca sem graça antes de arremessar a bola de volta para ela. Norah rapidamente saiu do caminho e se escondeu atrás de Mark, que riu dela.
— Mulheres gostam de homens com reflexos rápidos. — Ela sorriu enquanto Lexie corava levemente; Meredith e Cristina os encararam, ambas concordando silenciosamente.
— É assim mesmo? — Mark sussurrou em seu ouvido, e ela descartou sua pergunta com um beijo para calá-lo.
O homem sorriu tolamente para ela, e eles brindaram com a cerveja, balançando enquanto os cirurgiões aproveitavam o resto da noite.
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