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CAPÍTULO TRINTA E NOVE
como você se apaixonou por ela?

5ª temporada, episódio 19

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NORAH E MARK entraram nos elevadores, e a porta se fechou atrás deles. — Derek está voltando hoje. — Ela mencionou, e ele respondeu com um zumbido. Ela levantou uma sobrancelha para ele; os cortes na testa ainda estavam cicatrizando, mas sua mão foi liberada para a cirurgia.

— Eu disse a ele para se desculpar com você, no entanto, — ela acrescentou, — em um tom áspero... Eu o chamei de cérebro de ervilha.

Ele estreitou os olhos para ela. — Então você basicamente o repreendeu? — Ele perguntou, e ela encolheu os ombros com um sorriso. Ele abaixou a cabeça para ela antes de enterrar o rosto em seu pescoço.

— Mark, eu tenho certeza que há câmeras neste lugar. — Ela respirou.

— Hum... Deixe que eles aproveitem o show e tenham inveja de nós. — Ele simplesmente murmurou, deixando um rastro de beijos até sua clavícula.

Ela o empurrou de volta ao seu lugar quando os elevadores tocaram e um grande grupo de outros funcionários do hospital entrou. Eles recuaram para a esquina enquanto o lugar rapidamente se tornava claustrofóbico; conversas e discussões trocadas entre médicos e enfermeiros, o som de folhear páginas e jornais preenchiam a falta de espaço.

— Você está me fazendo sentir coisas, Laurie. — Ele sussurrou em seu ouvido, e ela sorriu. Ela deu um pequeno passo para trás para que suas costas pressionassem contra a frente dele; ele descansou o queixo em cima da cabeça dela.

Quando as portas se abriram novamente, a maioria das pessoas que entraram, saíram uma após a outra.

Norah cruzou os olhos com o atendente que entrou; Mark se mexeu um pouco, mas ela colocou mais peso sobre ele, fazendo suas costas baterem contra a parede. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios quando ela descansou a cabeça em seu ombro.

Derek estreitou os olhos para a posição deles - ela se apoiando nele, ambos encurralados no interior do elevador - antes de dar a ela um breve aceno de cabeça e ignorar Mark; Nora suspirou.

O silêncio era alto.

Derek limpou a garganta antes de se virar para a residente. — Você está ao meu serviço hoje?

— Fui especificamente expulsa do Neuro hoje. — Respondeu Norah, — Bailey está no caso de Izzie. Nāo se preocupe, você vai se sair bem.

No andar seguinte, Norah se afastou do peito de Mark antes de lhe dar um beijo. Ele tinha um sorriso indisfarçável no rosto quando ela saiu dos elevadores. Ela suspirou, olhando para os dois homens que estavam o mais longe possível um do outro no espaço estreito.

— É melhor vocês dois se desculparem um com o outro. — Ela apontou para os dois, — Eu não me importo se vocês vão... Eu não sei, beijar? Apenas... Consertem as coisas.

Os dois homens se entreolharam estranhamente quando a porta se fechou.

Norah foi até o posto das enfermeiras, onde Meredith e Cristina estavam. — O que há com a gola alta? — Ela questionou, arqueando uma sobrancelha para a escolha de roupa da última. — Tempo de Seattle muito frio para você?

— Owen a sufocou enquanto dormia - é por isso que ela está se escondendo. — Meredith explicou, — Então ela o abraçou. — A mulher de pé no meio fez uma careta para ela, sem palavras, enquanto Norah ofegava.

— Uau... Quero dizer, você quer que eu bata nele?

— Isso não seria necessário, obrigada. — Cristina balançou a cabeça e virou a cabeça para o outro lado, — E Mer, sério? Eu disse que estou bem. Vamos seguir em frente.

— Gola alta não está bem. — Meredith discordou, — Você não está bem. Seu namorado não está bem.

— Seu namorado está bem? — Alex a questionou enquanto caminhava até as três com uma expressão mista de preocupação e inquietação.

— O que?

— Estar cortando cérebros hoje. — Afirmou. — Ele está bem para estar de volta?

— Sim. Claro. — Meredith respondeu, — Derek está bem.

— Eu estava lá para a carnificina dele na sala de cirurgia, lembra? — Ele zombou antes de balançar a cabeça, — Este não é um paciente qualquer hoje. Esta é Izzie.

— Shepherd está bem, Alex. — Tranquilizou Norah, e o homem pareceu se acalmar um pouco. — Izzie vai ficar bem também. Então pare de franzir a testa, ou você vai ficar com rugas na testa antes de completar trinta anos.

Norah finalmente deu alta para seu paciente e agora tinha uma agenda clara antes que algo mais aparecesse. Ela vagou pelo hospital, procurando por Mark, mas não conseguia encontrá-lo.

Ela encontrou Timothy no pronto-socorro com o atendimento de trauma, ambos ocupados com um paciente que não parecia muito bem.

Pensando bem, Timothy já estava a serviço de Owen há algum tempo.

Norah abriu a porta do quarto de um paciente, avistando Bailey e Izzie, que viraram a cabeça para ela. — Ah, devo voltar mais tarde? — Ela perguntou.

— Não, estou apenas terminando. — Bailey respondeu enquanto pegava as fichas e saía da sala, fechando a porta atrás dela.

— Você não tem que ficar, sabe? — Izzie falou com um sorriso: — Tenho certeza de que você tem pacientes para trabalhar - pacientes reais. Eles não deveriam sofrer porque tenho coisas crescendo em meus órgãos.

— Acabei de dar alta ao meu paciente, então estou bem livre agora. — Norah se deixou cair na cadeira perto da cama. — É isso que você diz para todo mundo? Ou é só comigo? — Ela arqueou uma sobrancelha para a loira.

No entanto, o rosto de Izzie mostrou uma expressão diferente, e Norah suspirou. — Eu sou a primeira aqui desde as rodadas, não sou? Nem mesmo Alex? — Ela perguntou, e a outra mulher balançou a cabeça. — Bem, isso é apenas deprimente.

— Insultar o paciente com câncer na sala? Isso é muito Cristina. — Brincou Izzie.

— Para quem é o lenço? — Norah perguntou, cutucando a cabeça para o tricô verde nas mãos da loira. — Não consigo imaginar exatamente Alex usando um cachecol.

— É para Bailey, na verdade, — Izzie respondeu, — mas não diga a ela ainda. Não até eu terminar.

A morena assentiu com um encolher de ombros. Houve um longo silêncio, onde elas se sentaram na sala, ouvindo o som de tricô das varas de madeira batendo umas nas outras. Izzie balançou a cabeça ao sentir falta de um tricô, voltando para a fileira anterior.

— O Shepherd está realmente bem? — Ela perguntou com uma pitada de preocupação atrás de seus olhos.

— Ele parece bem. — Assegurou Norah, — A grande pressão é uma certeza, mas no geral, acho que ele está bem - tenho certeza de que ele está bem. — Izzie assentiu com a certeza e voltou a tricotar.

A residente vagou pelos corredores até ser informada por uma enfermeira de que o neurocirurgião que ela procurava estava em uma sala de cirurgia. Norah foi até lá e encontrou Derek na sala de cirurgia, onde ele faria a cirurgia de Izzie.

Ela lentamente e silenciosamente empurrou a porta, olhando para o cirurgião de pé no meio da sala. Ele estava repetidamente praticando a cirurgia.

Fórceps. Liberte-se da aracnóide. Alinhando suturas. Rissóis. Sucção. — Derek suspirou enquanto levantava a cabeça da bandeja de ferramentas na frente dele, olhando para a galeria atualmente vazia.

— Há quanto tempo você está aqui? — Norah falou, fazendo o atendente se assustar um pouco. — Sabe, suas mãos estão suando - em instrumentos cirúrgicos esterilizados. — Ela apontou, — É por isso que as enfermeiras-instrumentadora odeiam os cirurgiões.

— Jesus, você me assustou. — Ele exalou bruscamente antes de responder a sua pergunta, — Eu estou aqui há um tempo.

Ele abaixou a cabeça de volta para as ferramentas cirúrgicas e voltou a murmurar. Ela observou enquanto ele repetia o procedimento uma e outra vez, mesmo que ele já soubesse como a palma de sua mão.

— Derek, você pode fazer isso, sabe?

— Você não sabe disso. — Ele afirmou, colocando as ferramentas de volta na bandeja.

Ela deu de ombros. — Eu não sei, definitivamente não sei.

Ele balançou a cabeça e revirou os olhos. — Você nunca deixa de não me fazer sentir melhor.

— De nada. Além disso, estou mudando o clima, tirando sua mente da cirurgia. — Afirmou Norah, cruzando os braços na frente do peito. — Além disso, você não merece se sentir melhor.

Os olhos de Derek encontraram os dela novamente, e ele suspirou pesadamente. — Agora você só está piorando.

— Você cometeu um erro, e isso custou a vida de um paciente. Você sabe disso, eu sei disso. O hospital inteiro sabe disso. Grande coisa. De qualquer forma - você não deveria se sentir melhor por uma vida perdida. Mas você deveria se sentir melhor sabendo que você é a pessoa que poderia - e irá - salvar a vida de Izzie Stevens hoje.

Ele ponderou sobre suas palavras, olhando para a galeria mais uma vez. Havia um peso enorme de pressão em seus ombros, sem dúvida, mas as palavras da residente também eram verdadeiras. Ele poderia salvar uma vida; ele vai salvar uma vida.

— Apenas se concentre em hoje. Neste caso, nada mais. Nem mesmo o público que estará sentado naquela galeria. — Continuou ela, — Então, se você tem mais alguma coisa em mente neste exato momento, agora seria um bom momento para despejar tudo.

Ele virou a cabeça para ela, pensando muito. — Na verdade, há algo que eu gostaria de sua ajuda. — Ele falou, e ela levantou uma sobrancelha para ele, esperando que ele continuasse. — Você pode ir até onde eles mantêm os registros de pacientes anteriores e retirar os exames de uma paciente chamada Katie Bryce?

— Eu não disse para focar apenas neste caso?

— Sim, é por isso que eu preciso que você retire os exames. — Afirmou, — Vou propor a Meredith... Novamente. Então, sabendo que você é confiável o suficiente para obter os exames para mim, eu vou ter uma coisa a menos para pensar e se concentrar melhor na cirurgia de Izzie.

— Tudo bem, tudo bem. Vou procurar agora. — Ela suspirou enquanto caminhava de volta para a porta.

— Obrigado.

— Ah, mais uma coisa. — Norah falou antes de sair da sala de cirurgia, e Derek virou a cabeça curiosamente para a residente. — Raspe, pelo amor de Deus.

5ª temporada, episódio 20

— Não há sangue no cérebro. — Destacou Derek enquanto estudavam os exames do paciente.

— Fratura ZMC do osso temporal, tímpano rompido. — Acrescentou Mark antes de se voltar para Norah, — Reserve-nos uma sala de cirurgia.

Ela assentiu e estava prestes a sair quando Derek a chamou de volta. — Não tão rápido, Dra. Lawrence. — Ele interveio, — Sr. Gates - o paciente tem um nome - também tem um nervo facial ferido, o que significa o quê?

— Ele vai precisar de um reparo nervoso. — Ela respondeu, e Mark olhou para ela com um olhar traído em seu rosto.

— Isso acontece antes ou depois da reconstrução ossicular do Dr. Sloan? — Perguntou Derek. Ela ficou entre os dois atendentes, levantando a sobrancelha para os dois, que pareciam estar em uma intensa competição de olhares.

— O Dr. Sloan teria que explorar o ferimento em busca de fragmentos ósseos e reverter sua perda auditiva. — Recitou Norah.

Mark assentiu com um sorriso. — É por isso que preciso que você reserve aquela sala de cirurgia.

— Olha, se ele tem paralisia facial, não importa se ele pode ouvir de um ouvido. — Derek brincou, — Estou certo, Lawrence?

O neurocirurgião olhou para ela, esperando que ela concordasse com ele. Ao mesmo tempo, o olhar de Mark estava queimando do outro lado de onde ela estava.

Norah queria se jogar para fora do prédio.

— Laurie-

— Tudo bem - parem. Eu respeito vocês dois muito, muito, e vocês dois sabem que eu não escolho lados. — Ela suspirou, olhando entre os dois atendentes, — Mas agora, eu não quero nada mais do que socar os dois em seus rostos.

— Mas-

— Mark ... Cale-se... Você também, Derek. — Norah revirou os olhos quando o neurocirurgião não conseguiu conter uma bufada.

A sala de tomografia ficou em silêncio, e ambos os atendentes viraram a cabeça para os exames. — Brilhante. Agora que vocês dois calaram a boca, vou reservar a sala de cirurgia. — Quando ela saiu do quarto, ela ouviu Mark sussurrando uma palavra, 'quente', o que a fez revirar os olhos novamente.

— E Derek, — ela tinha acabado de dar alguns passos antes de se virar, — Izzie perguntou por você quando você está livre para experimentar ternos para o casamento. Além disso, eu disse a ela que uma cartola inglesa é apenas um insulto para o seu cabelo McDreamy. Agradeça-me mais tarde.

Derek parecia horrorizado, e Norah gargalhou. — E, pelo amor de Deus, parem de brigar um com o outro, ou eu vou trancar vocês dois em um armário de suprimentos até que vocês se perdoem. — Ela retrucou por último aos dois atendentes antes de ir embora.

Derek e Mark se entreolharam; este último estava preocupado com o seu bem-estar. — Ela soa como minha mãe. — O primeiro falou, e o último acenou com a cabeça em concordância.

— Como quando eu escondi seus sapos no forno e você me perseguiu com um taco de beisebol.

Derek bufou com a memória antes de balançar a cabeça para o cirurgião plástico. — Como você se apaixonou por ela?

Mark deu de ombros com um sorriso suave no rosto. — Eu acabei de fazer.

Norah saiu da sala com um suspiro, andando pelo corredor, onde esbarrou com Timothy. — Ei. — Ela cumprimentou, franzindo as sobrancelhas para a pilha de prontuários em suas mãos.

— Oh, ei de volta. — Timothy sorriu enquanto segurava os prontuários debaixo dos braços. — Você parece realmente fodidamente chateada.

— Situação de Mark e Derek, de novo. — Ela resmungou, jogando os braços no ar.

— Bem, desculpe, eu não tenho tempo para conversar sobre isso. Hunt precisa desses malditos gráficos. — Ele afirmou enquanto começava a se afastar.

Ela estreitou os olhos para ele. — Há quanto tempo você está a serviço de Hunt? — Ela perguntou.

— Um mês ou mais, talvez mais. — Ele deu de ombros.

— E quanto tempo você vai fica no sótão de Meredith? — Ela perguntou de novo, mas desta vez, ele apenas acenou de volta para ela enquanto partia.

Aquele sorriso atrevido é um otário para casos de trauma, Norah pensou consigo mesma, drogado de sangue.

5ª temporada, episódio 22

Izzie estava com um vestido branco, sentada em sua cadeira de rodas enquanto Meredith, Cristina e Norah desconectavam seu IV e oxigênio dela.

Meredith e Derek foram generosos o suficiente para deixar seu casamento ser alterado, de última hora, para Izzie e Alex, depois de descobrir que o câncer de Izzie havia retornado.

— Eu não... Eu nem sei como... Eu... — A loira tinha um sorriso brilhante no rosto, — Obrigada.

Meredith devolveu seu sorriso com orgulho, segurando seu braço com força. Norah colocou o tubo de oxigênio no tanque para garantir que Izzie estivesse livre para andar.

— Ok. — Meredith falou, — Então quem é a dama de honra?

Izzie olhou entre as três mulheres e sorriu. — Cristina. — Ela respondeu, e a mulher que foi nomeada olhou para ela surpresa. — Alex... Ele precisa de um padrinho, e ele estava perguntando por você. — Ela disse a Meredith, — E Norah-

— Oh, eu não gostaria que alguém que me deu um soco fosse minha dama de honra também. — Norah riu, e as quatro caíram na gargalhada.

— Então, o que, eu sou as sobras? — Cristina levantou uma sobrancelha.

— Você tentou salvar minha vida. — Lembrou Izzie, — Isso a torna honrada.

— Tudo bem então, eu vou entrar primeiro. — Norah falou antes de abaixar a cabeça para a loira, — E parabéns.

— Norah, você é uma boa amiga. — Izzie declarou solenemente, — Mesmo se você quase deslocou minha mandíbula uma vez.

Norah abriu as portas e entrou na igreja, onde a maioria dos convidados já estavam sentados. Ela estreitou os olhos enquanto examinava o lugar; Timothy estava com Lexie no lado esquerdo dos assentos, Callie e Arizona estavam perto da frente, o grupo de estagiários ocupando os assentos na parte de trás.

Ela viu Derek, que empurrou a cabeça para o outro lado dos assentos. Mark estava sentado perto do meio, acenando para ela levemente. Com um sorriso crescente no rosto, ela fez seu caminho para as fileiras de bancos à direita.

O terno cinza elegante e a camisa escura nele formaram uma palavra em sua mente: quente.

Ela se sentou entre Mark e George; o último elogiou seu vestido, e ela teve que esconder sua risada do olhar no rosto de seu namorado.

— Você está linda nesse vestido. — Mark falou; seus olhos estavam colados no corpo dela enquanto ele permitia que sua mente corresse solta.

— Eu pareço bonita sempre. — Ela corrigiu com um sorriso, e ele riu com um aceno de concordância.

Ele respirou fundo, sentindo o cheiro de seu perfume antes de se inclinar para seu ouvido. — Bem, você fica mais gostosa com esse vestido.

George fingiu uma mordaça ao lado deles, e ela deu um tapa nele, fazendo-o soltar um grito enquanto esfregava o braço dolorido. — Vamos, George, você está apenas amargo por não ter um encontro.

— Ei, não intimide as pessoas solitárias! — George fez uma careta com uma risada leve, — Eu gosto de estar sozinho - solteiro, quero dizer. Tem muito menos problemas, e mais... Mais-

Ela arqueou uma sobrancelha em sua perda de palavras. — Você é amargo.

— Sim, eu sou amargo. — Ele cedeu e suspirou.

A cerimônia começou pouco depois. Alex estava na frente em um terno preto, e Izzie em um vestido branco caminhou pelo corredor. Ela ficou tonta no meio do caminho, mas George se aproximou e lhe ofereceu um braço, levando até o homem, que em breve seria seu marido.

Mark passou o braço em volta de Norah, puxando-a para mais perto dele, e ela descansou a cabeça em seu ombro. Os convidados ouviram os votos dos noivos em silêncio com sorrisos no rosto; Norah estava brincando com a gravata de Mark, e ele não conseguia nem tentar tirar os olhos dela.

— Lembra da última vez que fomos a um casamento? — Ele perguntou, baixando a voz.

— Sim.

— Lembra do que aconteceu depois do casamento?

Ela levantou a cabeça do ombro dele - aqueles olhos azuis e sorriso sugestivo a fizeram revirar os olhos. Ela se inclinou em direção ao ouvido dele, sussurrando: — Se você quer ação, você tem que pedir com jeitinho.

— E se eu não quiser pedir gentilmente? — Ele impôs.

— Bem, isso é muito ruim, então. — Ela deu de ombros, — Boa coisa vem para aqueles que pedem gentilmente.

Ela colocou a gravata de volta no lugar e deu dois tapinhas no peito dele. Ela retribuiu seu olhar de descrença com uma piscadela astuta antes de olhar diretamente para dois de seus amigos íntimos.

Ele sabia que deveria se concentrar no casamento, fosse por respeito aos recém-casados ou qualquer outra coisa, mas não podia, de jeito nenhum.

Inferno, como ele poderia se preocupar em se concentrar em uma palavra que o oficiante estava falando, quando o único foco em sua mente era a mão dela que estava descansando em sua coxa?

Ele abaixou a cabeça para ela mais uma vez e sussurrou perto de seu ouvido, — Você sabe, o banheiro não é muito longe daqui. O que você acha?

Ela apenas olhou para ele e revirou os olhos antes de olhar para frente. Ele se inclinou mais perto, roçando os lábios contra o lado de seu pescoço. — Por favor?

Ela fisicamente moveu seu rosto de volta para a frente, sua mão espremendo em suas bochechas enquanto ela olhava para aqueles olhos de cachorrinho que ele não sabia que tinha.

A tensão que estava crescendo entre eles era difícil de ignorar, especialmente quando seu olhar não conseguia deixar seus lábios; a dilatação de suas pupilas só a fez querer provocá-lo mais.

— Não. — Ela respondeu, estalando com um sorriso.

A mulher o estava deixando louco quando ele se mexeu inquieto em seu assento. — Você deveria saber que a única coisa que eu posso pensar agora são esses seus dedos dançando na minha coxa, e as muitas maneiras que eu quero fazer você-

Suas palavras foram cortadas pela mão dela tapando sua boca com um olhar alarmado em seu rosto. — Mark Sloan! — Ela sussurrou para ele, — Nós estamos em um casamento, pelo amor de Deus!

Gentilmente removendo sua mão, ele deu-lhe um sorriso provocante enquanto ela olhava para o olhar divertido em seu rosto. Ele se inclinou para beijar seu pescoço, com cinco palavras em sua mente que ele não falou:

Um dia será nosso.

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