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CAPÍTULO TRINTA E OITO
você parece um inferno.

5ª temporada, episódio 18

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SENHORAS E SENHORES, este é o Sr. David Young. — Mark apresentou. — Hoje, ele vai receber um transplante de rosto. — David sentou-se na cama do hospital; mais da metade de seu rosto havia desaparecido devido a um trauma facial grave.

— O Dr. Hunt e sua equipe vão recuperar o enxerto facial do doador. — Informou Mark, movendo o mouse na tela. — Estamos substituindo setenta por cento do rosto do Sr. Young. Você pode ver o déficit aqui.

— Ou aqui. — O Sr. Young ofereceu. Alguns médicos riram baixinho; alguns estavam enviando olhares desconfortáveis ao paciente.

— A recuperação do doador incluirá nariz, olho esquerdo, lábios, zigoma esquerdo.

— Por que o alotransplante funcionará melhor do que as técnicas tradicionais? — Owen perguntou.

O grupo de estagiários e residentes se entreolharam, mas nenhum deles tinha a menor ideia. Norah e Timothy trocaram um olhar, e ele deu de ombros para ela. Vendo que ninguém poderia dar uma resposta, ela levantou a mão. — O alotransplante tem um melhor resultado estético, o que permite a renervação dos nervos faciais, — respondeu ela, — portanto, dá à face um melhor resultado funcional.

— Muito bem, Dra. Lawrence. — Owen assentiu.

— Vamos posicionar a aba sobre o rosto do Sr. Young. — Mark retomou como a animação exibida na tela. — Como sabemos que estamos livres?

Desta vez, Kirian ergueu a mão. — Quando o enxerto fica rosa.

Mark acenou com a cabeça para o estagiário, embora seus olhos vagassem para a residente. — David, alguma pergunta para nós?

— Alguém viu o doador? — Perguntou o Sr. Young.

— Sim, ele combina com sua idade, tom de pele e tipo sanguíneo. — Respondeu Mark.

O Sr. Young riu sem jeito. — Como ele se parece?

Mark sorriu para ele, sabendo o que suas palavras significavam. — Eu acho que você vai ficar satisfeito.

— Quem eu estou enganando? É um rosto, certo? Se eu terminar qualquer coisa acima de um ponto e olhar maluco, vou chamar de sucesso.

Os estagiários e residentes compartilharam um sorriso antes de serem dispensados pelos atendentes. — Lawrence, você está comigo e com o doador. — Afirmou Owen; ambos os irmãos viraram a cabeça para ele.

— Uh... Ele... Lawrence. — Ele especificou, entregando o prontuário a Timothy. — Normalmente, nós os tomamos ao mesmo tempo, mas o suporte de vida do doador está desaparecendo rapidamente. Temos que nos mexer.

Timothy agradeceu aos presentes e assumiu o prontuário, examinando-o rapidamente enquanto se afastava da multidão. Mark saiu do quarto do Sr. Young, seus olhos dispararam entre o grupo que esperava do lado de fora. — Lawrence, Rook. — Ele apontou. A residente deu-lhe um sorriso enquanto o estagiário tinha um sorriso brilhante.

— Dr. Sloan, apenas um residente? — Perguntou George.

— Espere por Bailey. Já há uma multidão suficiente. — Afirmou Mark enquanto se aproximava e entregava a Norah o prontuário do paciente. — Ligue-me depois que os laboratórios pré-operatórios chegarem. — Afirmou antes de abaixar a voz, — Ou me ligue de qualquer maneira.

Norah notou Kirian bufando com as palavras do atendente enquanto alguns outros estagiários lançavam olhares de reprovação em sua direção. Eles estavam sussurrando um para o outro com olhares zombeteiros e não divertidos em seus rostos.

— Eles acham que você fez a cirurgia porque está dormindo com Sloan. — Kirian sussurrou para ela enquanto examinavam os prontuários.

— Correção: estou namorando com ele. — Afirmou Norah antes de franzir as sobrancelhas. — Eles acham que ele está jogando com favoritos?

— Ele poderia ser. — Ele deu de ombros, e ela estreitou os olhos para ele. — Tudo bem, se eu fosse completamente honesto, parece que sim. Às vezes... Na maioria das vezes, desculpe.

Isso é o que você ganha deixando o Neuro por três dias. Brilhante.

Norah ergueu os olhos para os estagiários, lançando-lhes um olhar furioso. Eles rapidamente correram para seus deveres designados enquanto Bailey caminhava até os residentes restantes. — O'Malley, Grey? Eu preciso de você no pré e pós-operatório. — Ela instruiu.

— Há a maior cirurgia do mundo acontecendo aqui hoje. — Meredith franziu a testa.

— Sim, e metade de nossos atendentes estão envolvidos, e é por isso que precisamos de residentes fortes em pré e pós-operatórios. — Afirmou Bailey. — Yang, você está comigo hoje. Você está se movendo para as grandes ligas.

— Ela consegue um solo? — George perguntou surpreso quando os olhos de Cristina se arregalaram, — Hoje?

— Boa velhinha com hérnia. Você vai consertar isso. — Bailey assentiu, entregando o prontuário do paciente.

— Parabéns. — Meredith falou com um encolher de ombros, — Eu sei que deveria parecer mais entusiasmada, mas eu não sou uma pessoa tão grande assim.

— Não se preocupe com isso. — Cristina sorriu de volta.

— Ei, viciada em cardio, não vá cortar a parte errada do corpo. — Brincou Norah e foi retribuída com um olhar sem graça - e o dedo.

— Ah, e Lawrence, — Bailey acrescentou antes que a morena se afastasse, — eu preciso que você vá para a floresta e convença Shepherd a voltar aqui. — Norah arqueou uma sobrancelha a pedido de Bailey. — Olha, eu sei que ele bateu em Sloan-

— Não. Mark bateu nele, não o contrário. — Norah corrigiu, — E ele quebrou o nariz de Tim. Então, se você quer ele de volta aqui inteiro, eu sugiro que você não sugira que eu vá para a floresta.

Bailey engasgou antes de balançar a cabeça. — Tudo bem. Vá se preparar para a cirurgia única na vida do seu namorado, — ela suspirou, — mas pense nisso, por favor? Vá dirigir até a floresta e chute-o de volta aqui se precisar... Quebrar as mãos dele.

— Não, obrigada. — Norah sorriu educadamente antes de se afastar.

A cirurgia única do seu namorado. Franzindo a testa com a escolha de palavras de Bailey, ela não pôde deixar de pensar no que seu estagiário havia mencionado para ela.

Norah sentou-se no canto do refeitório, esfregando as sobrancelhas com os dedos. A bandeja de comida na frente dela permaneceu intocada.

Timothy e Lexie estavam sentados na frente dela, trocando olhares confusos entre si. Ele estendeu a mão para roubar algumas de suas batatas fritas, e ela pegou os dois copos de pudim no processo.

— Ok, Nor, sua cabeça parece que está prestes a explodir agora. — Timothy finalmente falou, — Por que suas engrenagens estão girando?

— Bailey plantou uma semente na minha cabeça. — Norah suspirou enquanto se recostava na cadeira, cruzando os braços sobre o peito, — Ela quer que eu pegue Derek de volta. Eu disse não, por causa de toda a situação Derek-Mark.

— Eu pensei que você não faz lados?

— Eu não faço, — Ela balançou a cabeça, — mas uma linha é traçada quando ele deu a Tim aqui um nariz quebrado. — Lexie deu de ombros concordando, e Timothy sorriu. — Quero dizer, assistir meu cara favorito e terceiro favorito no mundo, batendo um no outro - isso é simplesmente brilhante.

— Favorito e terceiro favorito? — Lexie perguntou: — Quem é o segundo?

Norah ergueu uma sobrancelha para a estagiária e desviou o olhar dela para o sorriso atrevido, cujo nariz ainda estava cicatrizando. O sorriso orgulhoso de Timothy tinha uma pitada de malícia.

A cadeira ao lado de Norah raspou no chão, e uma bandeja foi colocada na mesa em frente a Timothy. — Ugh, e depois há a coisa de idiotas de estagiários. — Norah gemeu antes de levantar os olhos para o par na frente dela, — Não vocês dois... E nem meus patinhos também.

Mark sentou-se ao lado dela e aproximou sua cadeira. — É por isso que eu odeio estagiários. — Ele falou antes de se virar para os dois em frente a eles, — Sem ofensa. — Timothy e Lexie o devolveram com um sorriso educado forçado. — O que há com os estagiários?

Norah pensou por um momento antes de virar a cadeira para encará-lo. Mark ergueu uma sobrancelha para ela enquanto tirava a embalagem plástica de seu sanduíche, arrancando a crosta do pão antes de colocá-lo na frente de sua boca. Ela suspirou e deu uma mordida enquanto ele mordiscava a crosta de pão.

— Eu vou te fazer uma pergunta, Mark, e você vai responder com sinceridade. — Ela murmurou com a boca cheia, — Você tinha favoritos hoje quando me escolheu para a cirurgia de hoje?

Mark arqueou uma sobrancelha com a pergunta dela. — Não, eu escolhi você porque David precisa do melhor tratamento para seu transplante de rosto, e você é a melhor em plásticos. — Ele a empurrou outra mordida antes que ela pudesse falar. — E eu escolhi Rook porque você colocou uma palavra antes, e eu confio no seu julgamento para isso. — Acrescentou, — Eu ia escolher Tim aqui antes que ele fosse levado por Hunt.

Timothy sorriu e estremeceu quando Lexie bateu na mão dele para não roubar mais batatas fritas. — O que há com você Lawrences e plásticos? — Ela perguntou curiosa, e os irmãos se viraram para ela. — Vocês dois são... O melhor estagiário e a melhor residente em plásticos, mas não tem interesse na especialidade?

Norah podia ver que Mark também estava esperando por uma resposta, mas os irmãos deram de ombros para eles em uníssono, uma risada escapando de suas bocas.

— Ei, Nor, quatro horas. — Timothy cutucou a cabeça em direção a outra mesa.

Ela olhou por cima do ombro, apenas para ver um grupo de estagiários apontando em sua direção, sussurrando e rindo uns para os outros. — Malditos idiotas. — Ela balançou a cabeça com um suspiro; Mark olhou para ela com um olhar confuso no rosto.

— Eles acham que ela está dormindo com você para fazer cirurgias. — Explicou Timothy e mastigou seu hambúrguer.

Mark virou-se para a namorada, que revirou os olhos. — Quero dizer, você pode fazer isso, mas não há necessidade disso. — Afirmou, — As pessoas o escolhem por seu talento e inteligência. Inferno, você até conseguiu a primeira cirurgia solo, pequena gênia.

Timothy arqueou uma sobrancelha ao ouvir o nome. — Primeiro, é Laurie, e agora é uma pequena gênia?

Mark lançou-lhe um olhar sem graça. — Quem é você para julgar, Timmy?

— Quero dizer, Norah é um gênio. — Lexie falou, — Você se formou no ensino médio quando tinha 16 anos, conseguiu bolsas de estudo para duas graduações em Biologia e Psicologia, que você se formou com as melhores notas enquanto fazia trabalho voluntário. Uma viagem completa para Harvard Med School - que foi onde eu estudei também - e seu estágio em Nova York foi especialmente oferecido a você pelo Dr. memória fotográfica, e... Eu poderia ter lido seus arquivos? M-Mas eu não queria! Por favor, não me denuncie ao chefe.

Norah bufou com o olhar temeroso da estagiária. — Lexie, você resumiu quase dez anos da minha vida. Estou impressionada.

Norah segurou o pedaço do rosto enquanto Mark dissecava o resto da carne do paciente. A galeria tinha um público cheio, cheio de cirurgiões que queriam observar a cirurgia única na vida.

Ela podia ver através do vidro onde o grupo de estagiários estavam rindo uns com os outros, seus dedos apontando e olhares os denunciando, mas ela não parecia se importar.

Idiotas ciumentos que cortam apêndices uns dos outros por diversão; eu sei o meu valor.

— Esta é a dissecção final. — Mark informou, — Vamos colocar o enxerto facial. Vou conectar os vasos e os nervos. Prepare o microscópio. — Norah ergueu o pedaço do rosto do paciente e o colocou na bandeja ao lado dela que estava nas mãos de uma enfermeira.

— Ok, pessoal. Está na hora. — Mark anunciou e se levantou de seu assento. Ele ergueu a cabeça para a residente em frente a ela. — Eu vou pelo lado direito, e você pelo esquerdo. — Ele instruiu, vendo o rosto dela se iluminar.

Eles cuidadosamente pegaram o enxerto facial da tigela de solução salina, movendo-o suavemente em direção ao rosto do paciente. — É isso. Leve o seu tempo. Ele não vai a lugar nenhum.

Seus movimentos combinavam quase perfeitamente - sincronizados seria a palavra que ela usaria. Eles se moveram pelo tubo de intubação e baixaram o enxerto facial suavemente, devagar, definitivamente.

— Dr. Rook, o que você vê aqui? — Mark perguntou.

Kirian ergueu a cabeça ao lado de Norah, observando o enxerto facial. — O enxerto está ligeiramente descentralizado, Dr. Sloan. — Ele apontou, — Quero dizer, seu lado está um pouco descentralizado. O lado do enxerto da Dra. Lawrence está alinhado... Perfeitamente. Muito preciso.

— Preciso. — Mark repetiu com admiração enquanto ajustava seu lado do enxerto. Ele levantou o tom, direcionando suas palavras para a galeria enquanto falava: — Plásticos determinam o futuro de um paciente, e é por isso que eu só escolho aqueles que são os melhores em seu trabalho. Se você não mostra nenhuma promessa, você senta sua bunda na galeria para observar.

Norah olhou para a galeria, onde os internos haviam se acalmado; alguns deles tinham olhares de vergonha. Ela desviou o olhar de volta para Mark, que lhe deu uma piscadela antes de baixar os olhos de volta para o paciente.

Seu sorriso sob a máscara nunca vacilou.

Izzie tem melanoma metastático em estágio quatro que se espalhou para o cérebro, fígado e pele. — Cristina informou a Alex antes de começar sua cirurgia solo, — Ela pode ter apenas meses de vida e está resistindo ao tratamento. Ela precisa de ajuda.

Norah suspirou enquanto olhava para as árvores escuras que cercavam os dois lados da estrada estreita. Os faróis de seu carro brilharam no caminho à sua frente.

Os arredores eram frescos, pacíficos, até bonitos, mas dirigir sozinha no meio da noite provavelmente a assustaria até a morte.

Norah, eu vou levar os exames de Izzie para Derek. Vou pedir para ele dar uma olhada. Meredith suspirou enquanto Norah saía do vestiário. Eu sei que você negou Bailey esta manhã, mas eu realmente preciso de sua ajuda para convencê-lo também.

A morena arqueou uma sobrancelha para ela. — Eu posso socá-lo quando o vir.

— Eu não me importo se você vai bater nele, apenas... Coloque algum juízo nele.

— Tudo bem. Sem promessas, mas vou tentar.

Era por volta de uma da manhã quando Norah pisou no acelerador. Ela, junto com Meredith, Cristina, George e Alex acompanharam Izzie quando ela foi internada para tratar seu câncer.

Norah riu para si mesma ao pensar que como uma vez ela desejou a morte de Izzie Stevens, agora ela estava dirigindo para a pessoa que poderia salvar sua vida.

— Você está indo para o Shepherd? — Timothy questionou: — O que aconteceu com 'uma linha é traçada quando ele quebrou o nariz de Tim'?

Norah suspirou, virando-se para olhar seu irmão descontente. — Então, não existia uma variável de um amigo morto. — Ela murmurou, — No que diz respeito a ela e minha história, eu ainda odeio a ideia de um amigo morto, Tim.

Norah parou no gramado e fechou a porta do carro atrás de si. Como ela esperava, as luzes do trailer ainda estavam acesas. Derek estava sentado no deck do lado de fora com as digitalizações na mesa de centro ao lado dele.

— Você parece um inferno. — Ela gritou, chamando sua atenção. Ele franziu as sobrancelhas com a aparência dela enquanto ela puxava a jaqueta para mais perto de seu corpo.

— Obrigado?

— Eu provavelmente sou uma das últimas pessoas que você quer ver a esta hora - bem - eu sei que você é a última pessoa que eu quero ver agora. Mas eu serei generosa e serei sua terapeuta esta noite. — Sentou-se do outro lado da mesa. — Então, o que você precisa?

Ele levantou uma sobrancelha para ela. — O que você quer dizer?

Norah colocou as mãos nos bolsos da jaqueta. — Eu gosto de um bom e velho saco de pancadas sempre que quero desabafar.

— Isso não está desabafando.

— Sim, sim. Eu sei, rabugento. — Ela revirou os olhos.

— Rabugento? — Ele arqueou uma sobrancelha para ela.

— Vendo que você não é mais meu chefe, sim, estou xingando você agora. — Ela deu de ombros antes de empurrar a cabeça para a caixa térmica ao lado dele. — Passe-me uma cerveja.

— Norah, é uma da manhã e você está dirigindo. — Ele lembrou.

— Agora, por que você se importa de novo, intrometido? — Ela levantou uma sobrancelha, e ele cedeu. Ele abriu a caixa térmica e passou para ela uma lata de cerveja, que ela pegou e bateu contra a dele. — Saúde, seu idiota.

Derek tossiu com as palavras dela, balançando a cabeça. — Ok, pare com os apelidos. — Ele franziu a testa, — Você está tentando me levar de volta ao hospital me chamando de nomes?

Ela deu de ombros. — Está funcionando.

— Não está.

— Isso está.

— Não está.

— Mas você voluntariamente falou mais nestes três minutos do que nos últimos três dias, não é? — Ela declarou; ele processou as palavras dela por um momento antes de suspirar. — Viu? Está funcionando.

Sentaram-se sob a luz, ouvindo os grilos cantando perto dos arbustos. A noite estava fria, sem dúvida, e tranquila, já que não havia outra residência perto do trailer. Derek suspirou, — Eu não quero conversar.

— Bem, eu quero. — Afirmou Norah e tomou um gole da cerveja. Ela virou a cabeça para ele sombriamente. — Porque a alternativa seria eu arruinar essa sua cara de McDreamy.

— O que- oh, — ele suspirou, — eu bati em Mark.

— Bater é um exagero. — Ela corrigiu. — Eu posso bater na sua bunda e jogá-lo rio abaixo sem deixar rastros para a polícia.

Derek moveu sua cadeira ligeiramente para longe da morena, observando o sorriso no rosto dela crescer. Ele notou a jaqueta que ela estava vestindo que era um pouco grande nela; as mangas cobriam até os dedos dela - ele imediatamente a reconheceu como uma das muitas jaquetas de couro de Mark.

— Então, você e Mark... Vocês dois estão realmente falando sério? — Ele perguntou, e ela assentiu enquanto bebia a cerveja. — Há quanto tempo vocês dois... Estão juntos?

— Meses, agora.

Ele estreitou os olhos com a resposta dela. — E eu nunca soube?

— Inferno, nós fomos realmente óbvios. — Ela brincou, — Você é o cérebro de ervilha.

Ele virou a cabeça para ela. — Não insulte meu cérebro, — ele zombou levemente, — eu sou um neurocirurgião.

— Bom saber. — Ela disparou de volta em um tom altamente sarcástico. Ele balançou a cabeça enquanto pegava outra lata de cerveja na caixa térmica.

Ela estava na metade de sua lata quando falou novamente: — Mark e eu... Sinto que o que temos entre nós é verdade, sabe? É real. Estou feliz, estamos felizes e não já me senti assim há muito tempo.

— Isso foi exatamente o que ele disse. — Ele murmurou, pensando nas palavras de seu amigo antes de toda a briga acontecer. — Desculpe, eu dei um soco nele. — Ele deu a ela um sorriso, que ela retribuiu com um rosnado.

— Sim, você pede desculpas a ele, não a mim. — Ela afirmou um pouco duramente, — E a Tim também. Você deu a ele um nariz quebrado. — Ela bufou e cruzou as pernas na superfície do deck de madeira.

— O cirurgião plástico com cortes no rosto estava recebendo olhares questionadores dos pacientes- — ela parou, e ele bufou.

— Quão ruim eu bati nele-

— Muito ruim, honestamente. — Ela admitiu com uma risada.

Eles riram do pensamento. Ele estava satisfeito que a conversa deles tenha sido a melhor alegria que ele teve por cerca de uma semana desde as cirurgias de Jen e seus esconderijos. Ele olhou para as digitalizações na mesa; normalmente, ele ficaria emocionado com a cirurgia, mas desta vez, um pequeno medo acendeu dentro dele.

— Eu não posso voltar. — Ele suspirou, — Eu não posso - eu não posso operar Stevens. Eu não quero ser aquele que a mata.

— Então não volte. — Ela apenas deu de ombros.

— Não? — Ele estreitou os olhos para ela, confuso. — Este é o seu plano de vingança? Através de mim?

— Eu sou mais esperta do que isso, Shepherd. — Ela revirou os olhos, cruzando os braços na frente do peito. — Bem, vá em frente e desperdice sua vida pescando com essa sua mão de dois milhões de dólares por ano. — Disse ela, — Vá vender peixes no mercado. Tente não se cortar, e você ficará estridente... Ah, mas lembre-se de me dar um desconto quando eu aparecer.

Ele franziu a testa. — Você não está aqui para me levar de volta? — Ele perguntou, mas ela balançou a cabeça sem expressão. Ele estreitou os olhos para ela, um pensamento cruzando sua mente. — Você está usando psicologia reversa em mim.

— Não, você está psiquicamente. — Ela corrigiu. — Você é o único que disse que não pode voltar - e que eu estava arrastando você de volta - e dizendo que você não pode operar... Eu nem mencionei sobre o hospital. — Ela apontou, — Você fez, porque é onde você deveria estar, e você sabe disso.

Ela bateu os dedos contra as digitalizações na mesa, e os olhos dele seguiram para ele. — Você realmente acha que pode simplesmente dar um passo atrás e virar as costas para a mesma coisa em que trabalhou duro para chegar onde está hoje? — Ela questionou, — Porque eu acho que não.

— Então você está aqui para me falar de volta. — Ele concluiu.

— Dã, eu preciso de um mentor.

Depois de beber algumas latas de cerveja, ele sentiu a necessidade de lhe dizer algo. Ele inalou profundamente antes de deixar escapar, — Eu acertei o anel com um taco de beisebol-

— Você o que- — ela cuspiu a bebida na boca e jogou o restante da cerveja no rosto dele. — Derek - cérebro de ervilha - Shepherd!

Ele se assustou com o súbito respingo de líquido frio, limpando-o rapidamente usando as mangas. — Para que diabos foi isso?

— Esse foi o líquido mais próximo que eu tenho para jogar em você. — Ela fez uma careta para ele. — Você está louco? — Ela berrou: — Você está maldito - oh meu Deus - estou me abstendo de jogar essa lata na sua cabeça agora.

Ele ergueu as mãos em rendição. — Por favor, não faça isso. — Ele falou em derrota, — Eu estava bêbado-

— Isso não é uma desculpa, cérebro de ervilha!

— Pare de insultar meu cérebro - eu estava com raiva! Eu estava com raiva de mim mesmo, e descontei nela. — Ele confessou culpado e exalou. A imagem do anel de diamante e o sorriso de Meredith circulavam em sua mente. — E eu me arrependo agora.

— Bom. — Ela retrucou. Ela esmagou a lata de cerveja vazia e se levantou da cadeira. Ele a encarou com curiosidade, um pouco assustado. — Agora, você vai procurar aquele anel, ou eu vou te dar uma surra. — Ela ameaçou em um tom severo.

Ele piscou. — Você soa como minha mãe.

— Porque você está agindo como uma criança de cinco anos brigando com o irmão! — Ela resmungou e agarrou seu braço, puxando-o para cima de sua cadeira. Ele ficou surpreso com o quão forte ela era quando ela o puxou para cima de seu assento confortável. — Para cima, para cima, para cima - vá!

Derek se sentiu intimidado pela mulher mais baixa enquanto era arrastado para a grande extensão de terra gramada. E assim, ele passou o resto da meia-noite com uma lanterna na mão, procurando o brilho do anel de diamante que ele acertou.

Ele realmente se sentiu agradecido por ela ter vindo para a floresta, apesar do que ele havia feito para seus dois entes queridos - e conseguiu colocá-lo de pé novamente. Seu estalo e raciocínio o fizeram inclinar-se para a decisão de retornar ao hospital.

Inferno, ela realmente tinha jeito com as palavras. Às vezes, de um jeito ruim também, porque agora ela não conseguia parar de repreender e resmungar com ele por ceder à sua obrigação tola de jogar fora o anel.

Como exatamente Mark se apaixonou por ela?

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