034

CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
cirurgia solo.

5ª temporada, episódio 10

———— ✦ ————

O GRUPO DE residentes do segundo ano se reuniram do lado de fora da sala de conferências, onde estavam o chefe de cirurgia e todos os cirurgiões presentes. Trocaram-se conversas entre os residentes e apostas foram feitas.

O clima ansioso no ar pareceu aumentar quando viram o chefe se levantando de seu assento na ponta da longa mesa. Os olhos dos residentes seguiram os passos do chefe antes que ele finalmente abrisse a porta; os atendentes lá dentro estavam olhando para eles com expressões confusas.

— Estou feliz em anunciar que a primeira cirurgia solo acontecerá hoje à noite. — Prefaciou Webber, — Uma amputação abaixo do joelho, câncer ósseo.

— Nenhuma aplicação? — Meredith perguntou ao grupo de residentes, que deram de ombros.

— Vi ação, doce. — Alex sorriu.

— Escolher quem fará a primeira cirurgia solo não é apenas sobre quem tem as melhores habilidades cirúrgicas ou quem está mais horas na sala de cirurgia. É sobre a mais alta forma de confiança. — Continuou Webber, — A confiança para colocar a vida de um paciente em um das mãos do nosso residente.

— E pela primeira vez que me lembro, todos os participantes escolheram a mesma pessoa: Dra. Yang. — Anunciou ele, e Cristina ficou atrás dele com um olhar desapontado no rosto. — No entanto, a Dra. Yang está fora da disputa. Ela vai escolher o vencedor.

Os residentes se entreolharam com os olhos arregalados. — O chefe está torturando Cristina. — Sussurrou Norah para o grupo.

— A Dra. Yang publicará sua decisão no quadro da sala de cirurgia às 16h. — Informou Webber, — Além disso, já que seus estagiários ainda estão banidos da sala de cirurgia... Exceto três deles... Bem, o vencedor escolherá um colega residente para se juntar a cirurgia com eles. Boa sorte.

Os residentes se dispersaram, indo em direções diferentes. Norah foi direto para o pronto-socorro para chamar a residente de Ortho, então planejou ficar na biblioteca para ler um pouco sobre a amputação.

Ela havia ajudado Callie em algumas amputações de membros, mas nenhuma das quais ela assumiu a liderança na sala de cirurgia, então 'falar com Callie' e 'pegar alguns livros' foram as duas únicas coisas que lhe vieram à mente.

Falar com Callie. Pegar alguns livros.

Norah conseguiu falar com Callie, mas agora ela estava presa no pronto-socorro. Ela se sentou entre duas irmãs, que estavam brigando sem parar, enchendo o pronto-socorro com gritos e xingamentos uma para a outra.

Norah tinha acabado de enfaixar uma das meninas, a perna de Emma enquanto Callie falava: — Eu vou ter que verificar seus raios-X. Acho que sua perna está quebrada. Você vai ficar fora por um tempo.

— Não, não! — Emma gritou de frustração enquanto Callie a olhava fixamente. — Não posso perder minha conferência de Futuros Líderes da América! — A garota rosnou, lançando um olhar para sua irmã, — Holly!

— Emma, eu vou ficar de castigo até a formatura. — Holly zombou.

— Eu estava indo para DC! Estou esperando por isso há um ano! — Emma gritou de volta: — Mamãe e papai gastaram dois mil - agora eles desperdiçaram dois mil!

Ela jogou o primeiro item que pegou para sua irmã; Meredith riu do olhar irritado no rosto de Callie enquanto Norah olhava para elas, divertida. A morena pegou a bolsa de gelo que Holly estava jogando de volta, e a residente sênior finalmente repreendeu as duas garotas.

— Estou separando vocês duas. — Callie puxou a cortina que os separava, e Norah virou-se para Emma para verificar suas estatísticas.

— Ouça, eu estive aqui. Muito. — Sadie confortou a garota na cama enquanto Norah piscava uma luz sobre os olhos do paciente. — Seu pai não vai ficar chateado. Ele vai ficar feliz que você está segura.

— Ele vai me matar. — Holly choramingou, — Ele vai tirar tudo!

— Há quanto tempo os olhos dela estão assim? — Norah questionou a estagiária, que não fazia ideia do que ela estava falando. — Chame Dr. Shepherd, — ela instruiu enquanto Alex se aproximava, — e diga a ele que ela pode ter uma fratura na base do crânio. Alex, leve-a para a tomografia agora!

— Eu não vi... Ne desculpe. — Sadie falou, mas Alex a desligou.

— Você pode fazer merda, — ele ordenou, — eu te ligo quando ela precisar de outra conversa estimulante.

Do outro lado das cortinas, Emma levantou a cabeça quando viu sua irmã sendo levada para longe. — Onde ela está indo? — Ela perguntou.

— Só para fazer alguns testes. — Meredith respondeu.

— Bom, tire-a daqui. Leve-a embora! — Emma gritou para Holly: — Espero que você morra!

Norah puxou as cortinas e fez uma careta para a garota na cama. — Que diabos está errado com você? — Ela zombou, — Aquela é sua irmã ali.

— Eu não me importo! Eu a odeio! — Emma revirou os olhos e Norah olhou para a garota, balançando a cabeça em desaprovação.

Se fosse Timothy sendo levado, ela não podia garantir que não pularia da cama apenas para segui-lo, para mantê-lo perto de si. Claramente, a residente e a paciente compartilhavam uma relação muito diferente com seus irmãos.

Holly tinha codificado quando estava fazendo a tomografia, e foi imediatamente levada para a sala de cirurgia. Derek conseguiu estabilizá-la enquanto os departamentos de Neuro e Cardio trabalhavam nela simultaneamente. Norah ficou ao lado do neurocirurgião enquanto observava a cirurgia.

— Seja objetiva, Dra. Yang. Considere conquistas, procure os destaques. — Disse Derek a residente, que ainda estava em conflito na escolha de um substituto para a cirurgia solo. — Agora, vamos ver que tipo de destaque Lawrence aqui se mostra quando eu peço a ela para costurar o enxerto.

— Sim? — O rosto de Norah se iluminou instantaneamente. — Sim! Obrigada, Dr. Shepherd. — ela sorriu sob sua máscara quando o atendente se afastou, e ela assumiu.

— Dra. Yang, observe Lawrence para ver se suas habilidades estão à altura do solo. — Sugeriu Derek.

— Um sistema! Crie um sistema, — disse a Dra. Dixon, o novo cirurgião cardiotorácico, — classifique todos de acordo. Isso é tudo. — Norah olhou para Derek, que compartilhava o mesmo olhar confuso em seu rosto.

Ela franziu a testa para o cérebro aberto na frente de seus olhos. — Dr. Shepherd, o cérebro dela está mudando de cor. — Ela apontou, assim que o monitor começou a apitar rapidamente.

— Ela está com hemorragia. — Afirmou enquanto trocavam rapidamente de lugar novamente, — Empurre 100 de manitol.

— E-Eu fiz alguma coisa? — Norah perguntou preocupada, mas ela sentiu apenas um pouco de conforto quando Derek balançou a cabeça.

A atmosfera rapidamente ficou densa de nervosismo, e a incerteza só aumentou com o passar do tempo. Norah ficou atrás, erguendo o queixo na tentativa de ver os movimentos rápidos do atendente enquanto suas mãos inconscientemente copiavam suas ações.

A equipe cirúrgica passou mais dez minutos fazendo o melhor que podia para salvar Holly. Mas quando o bipe rápido no monitor ainda não havia parado, Norah sentiu o coração afundar no estômago. Ela franziu a testa quando Derek finalmente pousou as ferramentas em suas mãos.

— Ela teve uma dissecção carotídea. — Informou o neurocirurgião, — Nada que pudéssemos ter feito. — Norah balançou a cabeça e suspirou.

— Ela teve um AVC maciço. O sangue para seu cérebro foi cortado e não pode ser restaurado. — Explicou a Dra. Dixon, — Então, embora o Dr.-

— A subsequente dissecção da carótida causou a perda de sua função cerebral. — Norah terminou as palavras do atendente, — Sim, entendi. Ela está... Com morte cerebral. — Derek virou-se para ela com os olhos semicerrados, ela nunca foi de interromper um atendente em uma sala de cirurgia.

Norah ergueu o olhar do cérebro de cor opaca para ele, exalando pesadamente. — A última coisa que sua irmã disse a ela foi 'espero que você morra'. — Ela murmurou doentiamente, — Eu só... Eu não posso imaginar se esse é meu irmão na mesa, sabe? E ela tem apenas dezesseis anos.

— Isso é uma boa notícia. — Dra. Dixon falou em um tom bastante satisfeito, fazendo com que todos na sala de cirurgia voltassem sua atenção para ela. — Ela será uma excelente candidata para doação de órgãos. Excelente candidata. Órgãos excelentes - jovem.

Norah se sentiu perturbada.

Timothy andou pelos corredores até chegar à biblioteca com dois cafés na mão. Pela janela, ele viu sua irmã girando em círculos em uma cadeira enquanto folheava o que pareciam ser três livros e revistas médicas ao mesmo tempo.

Preocupado, ele empurrou a porta e entrou, colocando as duas xícaras de café na mesa. — Ei. — Ele cumprimentou, mas ela não pareceu ouvi-lo. Ele finalmente chamou sua atenção quando ele parou com força sua cadeira giratória. — Ei.

Norah ergueu a cabeça das palavras lotadas para ele, um suspiro escapando de sua boca. — Ei de volta.

— A cirurgia solo já está decidida?

— Quatro horas. Eu ainda tenho... — Ela olhou para o relógio, — Duas horas para passar por isso novamente.

Timothy suspirou com o olhar estressado em seu rosto, olhando ao redor da biblioteca antes de se voltar para ela. — Você sabe, você é inteligente - como super inteligente. — Afirmou, — A garota gênia em nossa maldita casa.

— Tim, nossa casa consiste em você e eu. — Ela brincou, — E nós dois somos cirurgiões.

— Oh, vamos lá, Nor, tenha um pouco de confiança em si mesma. — Ele sorriu antes de pegar todos os materiais de leitura da mão dela. Quando ela soltou um som de protesto, ele a silenciou e colocou os materiais de lado, voltando-se para ela. — Ok, explique os passos para mim como se eu fosse o único a executá-lo mais tarde.

Norah olhou para ele por um longo tempo antes de ceder. — Tudo bem, tudo bem. Marque a incisão com um marcador, certifique-se de que as linhas estão desenhadas claramente. Faça uma incisão no meio da tíbia. Eleve o periósteo com cuidado, então corte a tíbia com uma serra. Por fim, ligue os feixes neurovasculares e solte o torniquete. — Recitou. — Feliz?

Timothy assentiu com um sorriso atrevido no rosto. — Viu? Você está pronta e não tem nada com que se preocupar. — Ele afirmou e ergueu um dos copos de papel para ela, — Café?

— Você bebe baunilha. — Ela brincou, — Eca.

— Não, não. — Ele balançou a cabeça, — Isso... Foi pedido pelo seu namorado. E tenho certeza que ele não se importaria que você bebesse metade antes que eu levasse para ele.

Norah estreitou os olhos para ele enquanto tirava o café. — Ele está colocando você em corridas de café? — Ela questionou, então bebendo propositalmente mais alguns goles do cappuccino. — Eu vou ter uma palavra com ele.

Timothy riu antes de franzir a testa com o peso da xícara quando ela a devolveu. — Nor, eu sei que eu disse metade... Mas você não tem que beber exatamente metade.

— Diga a Mark que eu estava com sede.

Os residentes se reuniram, mais uma vez, em frente ao quadro de PO. As pernas saltitantes e a escolha de unhas só pioraram enquanto esperavam que a coluna vazia no quadro fosse preenchida.

Os estagiários também estavam lá, principalmente para confirmar quem ganharia em suas apostas. Alguns participantes estavam ao virar da esquina. Mark estava ao lado de Norah com os braços cruzados na frente do peito.

— Nervosa? — Ele perguntou.

— Um pouco. — Ela deu de ombros, sua cabeça descansando no lado de seu ombro. — Ah, ei-

— Ah, não. Isso não é um bom 'ei'. — Ele murmurou, virando a cabeça para ela com cuidado.

— Sim, ainda bem que você reconhece isso. — Ela revirou os olhos, — Não se atreva a colocar Tim em suas corridas de café novamente. Eu não garanto que não vou terminar seu café da próxima vez.

— Você sempre termina meu café de qualquer maneira. — Ele deu de ombros, e ela lhe lançou um olhar. — Ok, tudo bem. Ele-Lawrence não me traz cafés. Entendi.

O grupo endireitou as costas enquanto observava Cristina caminhar firmemente em direção ao quadro de cirurgia; todos os olhos estavam fixos nela. A residente pegou o marcador e levantou a mão para o quadro branco. Em escrita elegante, um nome foi escrito:

Lawrence, H.

Murmúrios encheram o corredor de uma vez. A maioria dos residentes gemeram de frustração, e metade dos internos deu um soco no ar triunfante. — Parabéns. — Meredith falou, e Norah agradeceu.

Mark estava prestes a beijá-la na cabeça quando ela se afastou da parede e caminhou até a sala de cirurgia, deixando-o suspirar com a cabeça balançando.

Norah pegou o marcador; os residentes ao seu redor estavam curiosos sobre quem ela estava escolhendo para ajudá-la. Ela não perdeu tempo tirando a tampa e pressionou o marcador abaixo de seu nome. Sua caligrafia, mais confusa do que a acima, escreveu:

O'Malley, G.

Os olhos de George se arregalaram de surpresa. Norah clicou a tampa de volta no marcador e recuou do tabuleiro. Ela deu um soco nele, lembrando-o de fechar a mandíbula que estava pendurada.

— Você cresceu muito. Você aprendeu muito. Você é o mais trabalhador entre nós. — Afirmou ela, — Você nunca desistiu, e eu realmente respeito isso, George.

— Uau, obrigado, Norah! — Ele exclamou, dando-lhe um grande abraço; seus olhos vincados com o maior sorriso em seu rosto.

Alex levantou uma sobrancelha para ela. — Com o que você subornou Yang? — Ele perguntou, embora em tom de brincadeira.

— Ooh, Karev está com ciúmes. — Norah balbuciou com uma risada. — Mas eu não a vi depois desta manhã.

— Você conhecia o procedimento como a palma da sua mão. — Cristina apontou enquanto passava por eles; Norah ergueu uma sobrancelha para ela, confusa. — Eu estava em um canto da biblioteca.

A morena desviou o olhar para Timothy, que mostrou a língua para ela enquanto pegava o dinheiro das apostas dos estagiários. Aquele garoto sorrateiro.

— Além disso, tenho certeza de que o paciente gostaria da aparência mais limpa e melhor. — Acrescentou Cristina, — Você é a melhor em plásticos da nossa classe.

— Uau, minha cardio-viciada está dando elogios? Posso te beijar? — Norah sorriu para ela, e Cristina fingiu um olhar de nojo em seu rosto antes de retornar com uma piscadela e ir embora.

— Parabéns, Dra. Lawrence! — Kirian gritou enquanto caminhava em direção a sua residente, Jace e Nina seguindo ao lado dele. Norah sorriu para os dois, que claramente tinham algo em mente que não ousavam falar.

— Vou falar com o chefe, tentar convencê-lo a deixar vocês dois entrarem. — Ela afirmou, e seus olhos se iluminaram. — Só para observar. — Kirian estava tentando não pular para cima e para baixo alegremente; Jace tinha um olhar surpreso em seu rosto. Norah virou-se para a outra estagiária: — Você ainda está em liberdade condicional, Lee. Não posso fazer nada a respeito.

— Está tudo bem, eu entendo. — Nina assentiu com um sorriso triste. — Mas tenho certeza de que posso ter uma visão melhor da galeria, enquanto esses dois flertam dentro da sala de cirurgia.

Kirian e Jace lançaram uma carranca brincalhona para ela; Norah os enxotou antes de voltar para a parede. Mark ainda estava lá, esperando por ela; seu olhar fixo nela nunca a deixou.

— Eu consegui, a primeira maldita cirurgia solo! — Ela exclamou, uma onda de excitação subindo em seu peito.

— Não é para me gabar, mas eu sabia que seria você. — Ele sorriu. A cabeça dele baixou para ela, quase recebendo um beijo antes que ela o empurrasse contra a parede rudemente. — Oh, vamos lá, eu quero tanto te beijar agora, Laurie. — Ele lamentou, — Eu não vi você o dia todo, e você tinha ido embora quando eu acordei.

— Bem, você não pode. Não aqui. — Ela respondeu, olhando ao redor para o grupo que se dispersava, — Pelo menos não até que publiquemos nosso relacionamento-

Antes que ela pudesse terminar a frase, Mark segurou os dois lados do rosto dela e bateu os lábios nos dela. Dizer que ela foi pega de surpresa seria um eufemismo. Ela tropeçou um pouco para trás, atordoada; seu rosto estava esquentando, mas sua mão estava puxando a gola da blusa dele.

As pessoas ao redor deles tinham olhares surpresos em seus rostos; Meredith e George sorriram enquanto Alex sorriu surpreendentemente; houve um leve assobio de lobo vindo do irmão atrevido.

Webber olhou para a dupla de atendente e residente, chocado. Quando o pensamento de mais drama hospitalar veio à tona, ele suspirou e foi embora, balançando a cabeça.

— Aqui... Público. — Mark sussurrou enquanto se afastava, — Bem, meio que.

Norah piscou para ele sem falar, sentindo-se um pouco atordoada.

— Ah, você está corando. — Ele balbuciou, e ela o acertou no peito. — Ow, ok, isso doeu.

— Você é um idiota, Mark Sloan. — Ela resmungou. O olhar meio louco, mas completamente confuso em seu rosto fez o sorriso dele crescer.

— Eu estarei assistindo da galeria. — Ele sorriu, beijando o topo de sua cabeça. — Estou orgulhoso de você, Laurie. Vejo você daqui a pouco!

A galeria estava lentamente se enchendo de residentes, estagiários e assistentes, todos interessados na primeira cirurgia solo entre os residentes do segundo ano.

Mark entrou na galeria e sentou-se na primeira fila, deixando um espaço entre ele e Meredith. Timothy entrou logo depois e sentou-se ao lado do cirurgião plástico, com Lexie do outro lado.

— Movimento ousado lá fora. — Meredith comentou com um sorriso.

— Eu nem pensei em fazer isso. — Mark admitiu, — Apenas... Aconteceu.

— Derek sabe? — Ela questionou, e ele viroua cabeça para ela, o olhar presunçoso em seu rosto lentamente drenando. — Ah, então ele não sabe que você está namorando a aluna favorita dele?

— Não, ainda não. Mas eu- oh, ei, Derek! Ei, cara, eu guardei um lugar para você! — Mark rapidamente mudou de assunto quando o neurocirurgião entrou na galeria. Meredith bufou e balançou a cabeça; Timothy tinha colocado a melhor cara de poquer que ele tinha.

— Obrigado. — Derek respondeu e sentou-se entre Meredith e Mark, beijando a primeira na bochecha. Houve um estranho silêncio antes que ele se voltasse para seu melhor amigo. — Eu ouvi que um atendente beijou uma residente hoje. — Ele compartilhou.

Mark quase engasgou como ar antes de se virar para seu melhor amigo. — Sério? — Seu tom era um pouco mais alto que o normal, sorrindo de volta para o outro atendente; Timothy e Lexie estavam se segurando para não cair na gargalhada. — Você, uh... Você conhece quem foi?

Derek balançou a cabeça. — Não, eu estava pensando que você saberia.

— Oh? Hum, p-por que eu saberia?

— Porque você é um fofoqueiro de classe mundial. — Derek declarou com naturalidade, e Mark deu de ombros para trás, sentindo o suor escorrer em sua testa. Derek se inclinou para olhar os internos. — Lawrence, você sabe?

Timothy sorriu para o atendente enquanto Mark lhe lançava um olhar urgente com os olhos arregalados. — Oh, não. Eu estava ocupado coletando dinheiro de apostas depois que Nor foi escolhida.

— Greys?

Lexie balançou a cabeça também. — Eu estava ocupada pagando a aposta.

— Huh. — Derek se recostou em seu assento assim que as portas da sala de cirurgia se abriram.

Os passos de confiança que Norah deu ao entrar na sala de cirurgia não passaram despercebidos por todos. Ela esticou as mãos através da bata cirúrgica antes de colocar as luvas com a ajuda da enfermeira. George seguiu atrás dela, junto com seus dois estagiários.

— É uma galeria completa. — Jace apontou com admiração.

Ela olhou para a galeria agora cheia de pessoas a observando. Dizer que não estava nervosa era uma grande mentira, mas o sentimento de orgulho e realização foi suficiente para encobrir seu nervosismo.

A maioria dos residentes de sua classe estava observando; Bailey e Derek tinham olhares orgulhosos em seus rostos; Mark deu-lhe um grande sorriso através do vidro, e ela retribuiu com um sorriso sob a máscara.

Ela caminhou em direção ao centro da sala de cirurgia, caminhando para o lado onde os cirurgiões principais estavam. Webber estava lendo uma revista na esquina da sala de cirurgia, pronto para intervir sempre que necessário.

Aproveite sua revista, Dr. Webber, ela disse em sua mente, eu posso fazer isso.

Cinquenta diz que ela chama o chefe em dez minutos.

— Cem ela engasga antes que eles liguem a serra.

— Ei. Essa é uma de nós lá embaixo. — Meredith retrucou para eles, — Mostrem algum respeito.

Muito ciumento? Norah sorriu para si mesma. — Marcador, por favor. — Ela pediu, e Bokhee lhe entregou a caneta. Ela traçou a linha sobre a amputação com George segurando a perna do paciente firme.

Imagine se Nor marcar a perna errada. — Ela ouviu Timothy rindo pelo alto-falante. Norah ergueu o olhar para a galeria, onde ele estava encostado perto de Lexie, que parecia não se divertir com suas palavras.

Lexie deu um tapa forte no peito dele. — Essa é sua irmã lá embaixo, Timmy!

— Sim, Timmy. — Norah falou, vendo a cor sumir do rosto de seu irmão. — Mente girando as comunicações para mim - Timmy?

Risos encheram a galeria enquanto Timothy cambaleava em direção ao orador. — Puta merda. Porra, uh, desculpe. Sinto muito, puta merda. — Sua cadeia de palavrões foi cortada quando ele finalmente apertou o botão na parede, cambaleando desajeitadamente de volta ao seu assento com um olhar de desculpas no rosto.

Ela finalmente desviou os olhos da galeria e desviou o olhar para George ao lado dela. — O que? — Ela perguntou, olhando para seus olhos brilhantes.

— Você está fazendo a primeira cirurgia solo! — Ele sussurrou excitado.

Ela sorriu sob a máscara. — E um dia - em breve, espero - você também. — Honestamente, ela não sabia dizer quem estava mais animado entre ela e George. Ela devolveu o marcador para Bokhee, que acenou para ela com aprovação.

— Tudo bem, time, — ela bateu palmas, olhando para todos na sala, — Tudo pronto? — As enfermeiras instrumentistas e o anestesista assentiram; Kirian e Jace deram seus grandes polegares para cima ao lado da sala de cirurgia. — E que comece a diversão.

Norah respirou fundo - uma nova sensação de confiança brotando dentro dela - antes de estender a mão para a enfermeira.

— Lâmina dez.

Na galeria, os estagiários e residentes estavam com a cabeça erguida enquanto observavam com admiração. — Olhe para ela. Ela está gostando. — Derek falou com um sorriso orgulhoso no rosto enquanto Norah fazia o primeiro corte ao longo de sua marcação da incisão. Sua mão se movia com firmeza; toda a sua figura estava cheia de confiança.

— Ela vai ser uma ótima cirurgiã.

Ela já é, pensou Mark, um sorriso puxando o canto de seus lábios.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top