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CAPÍTULO VINTE E QUATRO
como pintura.

4ª temporada, episódios 6 e 7

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EI, NORAH, QUAL é primeira coisa que vem à mente quando digo as palavras 'noite dos cavalheiros'?

A residente estreitou os olhos para os dois atendentes, que esperavam uma resposta. Seus estagiários estavam atrás dela, curiosos com sua resposta também. — Strippers? — Ela enviou ao cirurgião plástico um olhar interrogativo.

— Veja, até mesmo sua aluna premiada pensa assim. — Mark murmurou para Derek antes de olhar para os estagiários. — E seus patinhos? O que vocês acham?

Suas respostas foram na linha de 'notas de dólar voadoras', 'bebida', 'jogos de tabuleiro' e um encolher de ombros de George.

Norah tinha o mesmo olhar confuso como o resto deles quando foi até o cirurgião plástico. — Dr. Sloan, estamos no plástico hoje.

Mark tinha o sorriso mais brilhante no rosto olhando para a residente. — Ótimo, finalmente vou ter você de volta ao meu serviço. — Ele falou, — Vamos então.

A residente e os internos seguiram o atendente de plástico enquanto se dirigiam ao pronto-socorro, que estava uma bagunça.

— Ouvi dizer que você está com o nariz quebrado aqui embaixo. — Mark falou antes de estreitar os olhos para o vestido branco manchado de vermelho entre duas mulheres. — O que há com o vestido?

— Não é sobre o vestido. — A loira retrucou.

Callie balançou a cabeça antes de se virar para o juiz, que tinha o mesmo olhar frustrado no rosto dos cirurgiões da área. — Elas não podem... Elas não podem simplesmente dividir o prêmio?

O juiz suspirou. — Eu ofereci isso 14 horas atrás.

Uma das mulheres virou a cabeça para o juiz e residente. — É um pacote de casamento de 100.000 dólares, e não vou dividi-lo com ninguém!

— Oh, você está sangrando em seu vestido. — George apontou.

— Não é sobre o vestido!

Norah observou enquanto Callie fazia uma careta para ele. Todo 'o problema de Izzie Stevens e George O'Malley' ainda era incapaz de envolver sua cabeça. Ela nunca tinha considerado George como o tipo que trairia sua esposa.

Então, novamente, o mundo é estranho. Norah virou-se para seus estagiários e fingiu tossir. — Às vezes, os pacientes são apenas... Idiotas. — Ela sussurrou. Eles riram baixinho enquanto Mark lhe lançava um olhar divertido.

— Eu vou ter que estabilizar esse ombro de alguma forma. — Callie informou desanimadoramente.

— Rook, vá pegar uma tipóia. — Instruiu Norah, e Kirian partiu imediatamente. — Lee e Thompson... Hum, tentem descobrir uma maneira de separar essas duas.

Quando Mark acenou para ela, ela se juntou a ele e Callie ao lado, longe das mulheres na maca; elas ainda estavam segurando o vestido de noiva visivelmente rasgado entre elas.

— Isso é o inferno. Eu designei O'Malley para mantê-lo longe de mim, e agora nossos pacientes estão conectados um ao outro. — Callie soltou um gemido frustrado, jogando os braços no ar.

Mark riu um pouco antes de cruzar o braço na frente do peito. — Você não está olhando para isso como uma oportunidade.

— Oportunidade?

Norah ergueu uma sobrancelha para o sorriso no rosto do atendente, um que tinha um toque de astúcia por trás dele. — Isso significa que George é um estagiário, e Mark já tem um plano maligno de tortura pronto em sua cabeça.

Callie olhou entre os dois enquanto o cirurgião plástico assentiu. — Obrigada. Isso é quase doce, — ela suspirou, — mas torturar George não vai melhorar nada disso.

— Exceto que seria. — Norah deu de ombros.

Callie arqueou uma sobrancelha curiosa para a residente mais jovem. — Você não está defendendo ele? — Ela perguntou: — Quero dizer, vocês são amigos, certo? E ele é seu estagiário?

— Exatamente, ele é meu estagiário. E, sim, nós somos amigos, mas eu não jogo em lados. — Disse Norah solenemente. — Bem, o que ele fez merece algum tipo de... Punição.

Callie hesitou um momento antes de se virar para Mark. — Torturá-lo como, exatamente?

Era hora do jantar, e Norah tinha enviado seus estagiários para o refeitório para pegar um pouco de comida antes que eles tivessem que observar uma cirurgia de coração aberto mais tarde.

Ela se sentou ao lado de um posto de enfermagem vazio no setor ambulatorial do hospital, onde era menos movimentado e mais tranquilo. A área silenciosa era um lugar perfeito para tirar uma soneca.

— Eu acho que Lexie está afim de mim.

Norah ergueu uma sobrancelha para Alex, que se aproximou dela com um olhar conflitante no rosto. — Você tem certeza disso? Ou você está afim dela? — Ela suspirou, mais por causa de seu cochilo sendo interrompido. — Meredith vai te matar, Alex.

— Não, ela não vai.

— Ela deve.

— Ela nem mesmo vê Lexie como uma irmã. — Alex raciocinou.

— Tanto faz. Xô, Karev. Estou tentando dormir. — Ela gemeu e cruzou os braços sobre a mesa antes de deitar a cabeça sobre eles.

Ela caiu em um sono rápido e sem sonhos, mas antes mesmo que parecesse uma soneca decente, seu descanso foi interrompido novamente por uma mão despenteando seu cabelo. Ela se sentou e fez uma careta para os atendentes na frente dela.

— Nós parecemos um casal? — Mark perguntou, gesticulando entre ele e Derek.

Norah olhou para os dois como se tivessem enlouquecido, mas ambos tinham os olhares mais sérios em seus rostos. A única razão pela qual ela não tinha brigado com eles por acordá-la era que eles eram, tecnicamente, seus chefes.

— Por que diabos você está me perguntando isso?

Mark suspirou, — Erica Hahn-

— Pensa que somos um casal. — Derek terminou.

Norah recostou-se na cadeira e estreitou os olhos para eles. — Vocês dois fariam um casal decente, se é isso que vocês querem ouvir. McDreamy e McSteamy - brilhante McCouple.

O olhar horrorizado em seus rostos a fez gargalhar. Os dois homens trocaram um olhar perturbado antes de se apressarem em direções diferentes.

Hahn estava com uma caneta marcadora na mão enquanto olhava para o quadro de cirurgia. Ela rapidamente apagou o nome da residente designada para sua cirurgia, então escreveu outro nome que ela havia escolhido.

— Vou tirar Norah Lawrence de você esta semana. — Ela informou quando Mark passou por ela. — Ouvi falar muito bem dela de muitos cirurgiões e quero ver como ela é.

— Não é assim que funciona aqui. — Ele protestou, um pouco triste que a residente foi trocada de seu serviço. — Você recebe um residente. Há uma programação.

— Bem, o cronograma não leva em conta certas coisas. — Hahn zombou levemente, — Como o fato de que eu não quero Yang. Você pode ter Stevens. Ela é boa, e tenho certeza que Shepherd não se importará.

Enquanto a cirurgiã cardio se afastava, Derek caminhou em direção a Mark, que ainda estava olhando para o quadro de cirurgia, descontente. — Não vai se importar com o quê? — Derek perguntou.

Mark estava silenciosamente rangendo os dentes com os braços cruzados acima do peito. — Ela tirou Lawrence do meu serviço. — Afirmou.

— Bem, Norah vai agradecer a ela. — Derek respondeu sem um pingo de conforto. — Você sabe que ela odeia plásticos.

Mark acenou para seu amigo curiosamente alheio.

— Bom dia, Dra. Hahn. — Norah cumprimentou enquanto a atendente caminhava até ela.

— Ótimo, você já está aqui. Mas não há bom dia em um hospital, — disse ela, — eu tenho um pager para o pronto-socorro. Vamos.

Norah seguiu Hahn até o pronto-socorro e elas entraram em uma das salas de trauma, onde Cristina já havia começado a tratar do paciente. Elas apressadamente colocaram suas luvas enquanto recebiam uma atualização da residente na sala.

— Teresa Brotherton. Perdeu os sinais vitais e codificados. — Cristina informou, — Eu preguei um pneumo de tensão no lado direito. Ela recuperou os sinais vitais.

— Ela tem muito ar nos tecidos moles. Está obscurecendo o ultrassom. — Afirmou Hahn enquanto Norah ficava na ponta dos pés para olhar para a paciente. — Provavelmente perfurou uma via aérea, bem como o pulmão. — Observou o atendente. — Sente isso?

Cristina estava prestes a apalpar a paciente quando Hahn a repreendeu: — Eu estava falando com Lawrence. Já resolvemos isso, Dra. Yang.

Norah olhou para a atendente, depois para Cristina, que parecia furiosa. A primeira murmurou um 'desculpe' para a última, que balançou a cabeça e saiu da sala de trauma.

— Temos ritmo. — Informou Norah após pinçar a aorta do paciente. — O coração está respondendo.

Hahn assentiu. — Tudo bem, isso é duas vezes em duas horas que esta mulher morreu. — Afirmou. — Vamos acelerar o ritmo, pessoal. Quanto menos tempo ela estiver na mesa, melhor. — Ela ergueu os olhos para Norah, — Que pressa, hein?

A residente assentiu com um encolher de ombros. — Bastante.

— Já pensou em cardiotorácica como especialidade, Lawrence? — Perguntou Hahn.

Norah ergueu a cabeça brevemente para a atendente antes de olhar para o coração aberto. — Estou aberto a todas as opções, Dra. Hahn.

Hahn olhou para a galeria, onde Cristina e Mark estavam sentados lado a lado enquanto observavam a cirurgia. — Pelo que ouvi, todos, exceto plásticos. — Ela mencionou. — Alguma razão em particular?

Norah franziu as sobrancelhas com as palavras da atendente - qual era o problema dessa mulher?

— Falta de interesse. — Respondeu a residente. — Acredito que se eu escolher algo que não goste pelo resto da minha carreira, não seria o melhor atendimento para os pacientes.

Hahn assentiu com aprovação. — Já estou gostando de você.

Mas ainda não gosto de você. Claro, Norah foi esperta o suficiente para não dizer isso em voz alta.

Na galeria, Mark balançou a cabeça com um suspiro. — Ela é desagradável, às vezes.

— Desagradável e atrevida, — Cristina corrigiu com um bufo, — mas olhe como as mãos dela funcionam. É tão-

— Preciso.

— Sim, e rápido.

— Mas cuidadosa.

— Ela é perfeita para plásticos.

Cristina estreitou os olhos e virou a cabeça para Mark, que ainda tinha o olhar fixo na sala de cirurgia. — Estamos falando da mesma pessoa? — 3la questionou, levantando uma sobrancelha.

Ouvi dizer que você foi baleada na mesma noite que Burke. — A voz de Hahn ecoou pelo alto-falante.

As costas de Mark se endireitaram quando ele se inclinou para frente perto da janela, suas sobrancelhas franzidas. Ele observou quando Norah parou por um breve segundo enquanto ela levantava os olhos para a atendente cardiotorácica, mas ele não conseguia entender sua expressão sob a máscara.

— Ah, não estamos falando da mesma pessoa. — Cristina resmungou com um suspiro e revirou os olhos.

Sim, eu estava, — respondeu Norah, — mas não me lembro muito disso. Resposta ao trauma.

De pé do lado oposto de Hahn, a residente tentou evitar prolongar o assunto da conversa. Ela nunca quis falar sobre isso. Por isso, ela baixou os olhos de volta para o coração de Teresa, mas seus olhos captaram a visão de suas mãos.

Vermelho.

Ela sacudiu a familiar sensação de nervosismo subindo em seu peito, lembrando-se das manhãs que passava na cozinha de seu apartamento. O esforço que ela fez para superar seu congelamento na sala de cirurgia, as piadas diárias sobre como ela não era uma assassina secreta derramando sangue em seu apartamento - o olhar de Mark e aquele sorriso no rosto.

Pintar. Era como a pintura.

E funcionou.

O bar do Joe estava lotado, como em qualquer outro dia. Mark finalmente convenceu Norah a tomar uma bebida naquela noite, e a única razão pela qual ela concordou foi que precisava de uma bebida depois da cirurgia naquela noite.

Dois copos de uísque estavam um ao lado do outro; o dono das bebidas estava sentado no canto do balcão do bar.

— Hahn não deveria ter mencionado o tiroteio.

— Está tudo bem. Eu estou bem, realmente. — Norah deu de ombros enquanto Joe voltava a encher seus copos, e ela murmurou um 'obrigada' para ele. — Eu não congelei, não mais, — ela sorriu, — já passei de toda a minha fase de 'congelamento na sala de cirurgia'.

Ele balançou sua cabeça. — Ainda assim, aquela mulher devia ter algum tipo de bom senso antes-

— Mark, — ela o cortou, — foi como a pintura na cozinha. Ajudou. Agora, você seria aquele que pararia de surtar?

Ele pensou por um momento antes de inclinar a cabeça para ela. — Eu faria se você me deixasse te beijar aqui e agora-

— Pelo amor de deus.

Ela o agarrou pelo queixo e virou o rosto; ele sorriu como uma criança enquanto puxava o banco dela para mais perto dele. Ela tropeçou um pouco, mas conseguiu se segurar antes que pudesse cair em direção ao peito dele. Ele gemeu em sua tentativa fracassada.

Do outro lado do bar, Timothy estava sentado perto de Lexie enquanto ela falava com o barman.

— Eu disse a ela que eu poderia desenhar com um etch-a-sketch. De todas as coisas que eu poderia ter escolhido. — Ela desabafou com um suspiro, — Não é à toa que ela pensa que eu sou patética.

— Pessoalmente, eu acho isso muito legal. — Timothy falou, tomando um gole de seu bourbon. — A única outra pessoa que eu conhecia que podia desenhar com um esboço era um gênio. Para mim, pelo menos.

— Eu me sinto patética. — Lexie resmungou.

— Não, você não é. — Ele riu, — Você é de Harvard também, não é? — Ela assentiu, e ele sorriu. — Ah, sabia que eu te reconhecia. Você foi uma grande conversa em nosso ano.

— Sério? Eu nunca soube. — Ela levantou uma sobrancelha para ele, — O que vocês falaram? A menininha patética que chora sempre que tira A- em seus testes?

Ele riu e balançou a cabeça enquanto ela olhava para ele com curiosidade. Ele terminou sua bebida, desceu do banco e vestiu sua jaqueta. — Você é inteligente e bonita. Preciso dizer mais?

Lexie observou enquanto Timothy caminhava em direção à porta, parando logo atrás de Norah para dar-lhe um empurrão forte em direção ao cirurgião plástico, que a pegou nos braços de forma divertida. Norah virou a cabeça para o irmão, mas Timothy já havia saído correndo do bar.

Ela suspirou em frustração antes de pedir mais bebidas para afogar sua mente.

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