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CAPÍTULO OITO
(não) terapeuta de relacionamento.
2ª temporada, episódio 24
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NORAH BOCEJOU AO sair do carro no estacionamento. George tinha se mudado e voltado para a casa de Meredith.
Ela percebeu que as coisas ainda não estavam indo bem na casa, já que George e Meredith ainda não estavam se falando. Além disso, pelo que ela ouviu, Izzie estava tendo opiniões importantes sobre o relacionamento de George. No entanto, seu apartamento permaneceu o 'local do acidente' para quase todos.
— Bom dia, Lawrence. — Uma voz cumprimentou atrás dela.
Norah olhou por cima do ombro e viu Callie acenando para ela com o braço ligado ao de George. Ela sorriu para eles. — Bom dia, Torres. Oi, George.
— Como está o ombro? — Callie perguntou.
— Muito bem. — Respondeu Norah, dando algumas voltas com o braço para provar suas palavras. Callie deu um beijo de despedida em George ao entrar no hospital, indo em uma direção diferente dos internos.
George alcançou Norah e caminhou ao lado dela. — Estou feliz que há alguém que realmente gosta dela. — Ele murmurou com um suspiro. — Alguém além de mim, quero dizer.
— Qual é o problema? — Norah arqueou uma sobrancelha para ele.
— Izzie é o problema. — George gemeu. — Deus, foi ela quem me disse para confessar meus sentimentos a Callie, e agora ela está tendo uma opinião quando estou namorando ela? — Ele zombou, jogando os braços no ar de frustração.
Nora sorriu. — Ela só está com ciúmes por não ter conseguido com Denny. O homem está na cama, mas não na cama.
Os olhos de George se arregalaram com suas palavras. — Uau, isso é... Eu gosto do seu jeito de falar. — Ele riu. — Já estou me sentindo melhor.
— Se você precisar bater em alguém, apenas me dê uma página. — Ela sorriu, dando-lhe um tapa nas costas, onde ele soltou um grunhido, e eles riram.
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Norah amarrou o nó atrás do pescoço ao sair do pronto-socorro para o compartimento da ambulância. Olhando para os dois lados da parede, ela caminhou até o lado de Alex, onde Meredith e Cristina estavam encostadas na parede oposta a elas.
— Você parece louco. — Norah sussurrou para Alex enquanto colocava as luvas.
Ele deu a ela um breve olhar antes de negar, — Eu não estou.
— Problemas com garotas?
— Cala a boca. — Alex revirou os olhos.
— Ooh, — Norah sorriu, — definitivamente problemas com garotas, então.
As portas do pronto-socorro se abriram novamente, e George saiu junto com Izzie, que parecia selvagem. — Pergunte a Meredith. Meredith? — Ela perguntou, mas Meredith apenas olhou para ela. — Isso mesmo, eu esqueci, você não está falando com ela. — Ela revirou os olhos, — Se você estivesse, ela diria a você que Callie cruzou a linha. Então cruzou a linha. Tão malditamente cruzada.
Meredith trocou um olhar com Cristina, que deu de ombros para ela. — Oh. — Alex riu fracamente, — Nós ainda estamos fingindo que você não está atendendo um paciente, certo? — Izzie lançou-lhe um olhar furioso enquanto Norah ria, dando-lhe um soco.
— Pessoas, o que há com toda a miséria do mal? — Cristina falou enquanto caminhava entre os poucos brigando. Ela jogou os braços sobre os ombros de Alex e Izzie. — Viva e deixe viver.
Os estagiários olharam para a estranha amiga, depois um para o outro - os cinco compartilharam um olhar preocupado em seus rostos. George caminhou até ela e tocou seu rosto; a última olhou para ele. — Você está alegre. — Ele apontou com as sobrancelhas franzidas.
Norah também se afastou da parede e virou Cristina para encará-la, observando as feições em seu rosto - antes de lhe dar um tapa. Cristina soltou um 'Ai' enquanto esfregava a bochecha. — Huh... Ela está alegre. Houve uma chuva de meteoros ontem à noite, ou é o fim do mundo?
— Eu limpei uma hérnia paraesofágica de quatro horas na noite passada. — Anunciou Cristina orgulhosamente. — Então eu transei. E agora, três ambulâncias estão chegando cheias de vítimas de acidentes de carro ensanguentados, todos que precisam ser cortados ao meio. — Ela se virou para os outros estagiários, dançando sua alegria, — Então, estou alegre! Estou alegre! Estou alegre!
Derek, que estava tentando entrar no hospital, quase levou um tapa na cara da dança de Cristina. A estagiária imediatamente girou em seus pés, e seus olhos se arregalaram. — Desculpe, senhor. Eu-
O neurocirurgião lançou um olhar para a estagiária morena, que caiu na gargalhada.
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— O CT não vai machucar o bebê ou nada, certo? — Melanie perguntou enquanto era transferida da maca para a cama de tomografia.
— Não, não vai machucar o bebê. — Norah a tranquilizou.
— Eu estava tomando banho hoje. Um chá de bebê. — observou Melanie. — É por isso que mamãe e papai estão na cidade. Porque eu vou ter um bebê. Quão legal é isso?
— É muito bom. Parabéns! — Norah sorriu para o paciente. — Não se importe que eu pergunte, é um menino ou uma menina?
— Meu marido e eu optamos por não saber o sexo do ursinho crescendo em mim. — A mulher sorriu de volta.
A porta se abriu, fazendo com que a estagiária levantasse a cabeça em sua direção. Alex entrou, e Norah arqueou uma sobrancelha em sua presença. — O que você está fazendo aqui?
— Eu sou o capitão do esquadrão da vagina. — Alex murmurou.
— Huh, bem então. — Norah deu um passo para trás do paciente e da máquina de tomografia, — Divirta-se.
Ela entrou na sala de tomografia e sentou-se na cadeira ao lado do técnico de tomografia enquanto eles esperavam que os exames aparecessem. Ela teve uma conversa casual com o técnico para aliviar o silêncio constrangedor na sala.
Depois de um longo tempo, Alex entrou com um olhar irritado pintado no rosto. — Finalmente consegui que ela calasse a boca. — Ele resmungou.
Bailey entrou na sala logo depois dele, passando por seus estagiários. — Como ela está? — Ela perguntou.
— Imagens chegando agora.
— Isso é uma fratura de lágrima? — Perguntou Norah.
— Sem sangramento na cabeça, no entanto. — observou Alex. — Isso é bom.
— Não... Olhe para os pulmões e fígado dela... — Norah apertou os olhos para os exames, não acreditando muito no que estava vendo. — Como ela está viva?
— Lawrence, chame Shepherd, Burke, Montgomery-Shepherd, o chefe e todos os cirurgiões com uma mão disponível e abra uma sala de cirurgia. — Ordenou Bailey. Norah assentiu e imediatamente saiu correndo da sala com arrepios subindo em seus braços.
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Cirurgiões de diferentes especialidades cercavam a mesa de operação, todos cortando várias partes do corpo de Melanie de uma só vez. Todos estavam prestando toda a atenção; instrumentos cirúrgicos estavam sendo encomendados de todas as direções enquanto trabalhavam juntos, tentando salvar a vida do paciente.
— A pressão acabou de cair.
Sangue espirrou do abdômen de Melanie, e Webber fez uma ligação. — Vamos transfundir. — Ele ordenou, e uma enfermeira imediatamente pendurou um pacote de sangue.
— Embalagem de quatro quadrantes. — Informou Bailey. — Vamos lá, pessoal, me tragam algumas almofadas de colo.
— Praça cruzada da aorta.
— Grampo. Entendi.
— Há muito sangramento. Ela nunca vai durar. — Webber balançou a cabeça com uma carranca na testa. — Shepherd?
— Controle de dano.
— Addison?
— Se você quer que o bebê viva, controle os danos.
— Burke?
— Controle de dano.
Com os três participantes concordando com o próximo passo, Webber assentiu. — Todo mundo conhece as regras. Vamos agir o mais rápido possível. Não se preocupe em terminar os reparos. — Anunciou. — Por enquanto, estamos no pessoal de gerenciamento de crises. Apenas faça isso. Assim que ela chegar ao triângulo, paramos. Sem exceções.
— Por que ele está falando sobre triângulo? — Alex questionou, sentado na frente do monitor fetal. — Que triângulo?
— Triângulo da morte, — respondeu Norah, — o sangue para de coagular, os músculos produzem ácido e os órgãos esfriam.
Alex ficou um pouco tenso, seus olhos se deslocando para o paciente na mesa.
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As quatros internas estavam sentadas nos sofás do corredor, mastigando lanches e esticando seus corpos. Norah estava com os pés cruzados na mesa de centro à sua frente enquanto tentava tirar uma soneca rápida após a cirurgia mentalmente desgastante em Melanie.
— Seus órgãos estão sangrando, danificados, expostos e cobertos de plástico. — Afirmou Izzie com um suspiro.
— Pobre Marshall. — Meredith falou, referindo-se ao homem que causou o acidente de carro. — Quero dizer, em um minuto você é um cirurgião, no próximo você destruiu uma família inteira.
— No mês passado, adormeci no estacionamento, — compartilhou Izzie, — em um banco. Eu literalmente não consegui nem chegar ao carro.
— Eu adormeci em um restaurante. — Meredith deu de ombros. — Em uma mesa enquanto eu estava em um encontro.
— Sim, bem, eu adormeci durante o sexo. — Disse Cristina.
— Inferno, vocês vão dormir? — Norah resmungou. — Sinto falta de ter um horário de sono adequado.
George se aproximou deles por trás e foi direto para Izzie. — Callie está procurando por você. — Ele sussurrou. — Você estragou a cirurgia dela.
— Não. Eu... Eu tinha um paciente. Denny. Eu... Eu tinha que ir. — Izzie informou.
— Você estava saindo com Denny? — George estreitou os olhos para ela.
— Ah, por favor. Nem me fale sobre padrões. — Izzie revirou os olhos, — A garota não consegue nem lavar as mãos.
— E você está tentando transar com um cadáver ambulante. — Norah interveio secamente, abrindo os olhos de sua tentativa fracassada de tirar uma soneca. Os outros quatro estavam olhando para ela, e ela fixou o olhar na loira. — O quê? Você está se apegando, e todos nós sabemos disso.
— Isso foi rude, até mesmo para você. — Izzie brincou.
— Eu não sou conhecida por ser educada, você vê. — Norah deu de ombros, — Se você está com ciúmes de George ter um parceiro, apenas cuspa e pare de tagarelar. Qual é o sentido de sabotar seu relacionamento e sua felicidade só porque você não gosta dela? E lembre-se: Torres é uma ótima pessoa. — Izzie olhou para ela enquanto ela fechava os olhos novamente. — Como você se chama de amiga? — A morena zombou, — Agora, não se importe comigo, eu preciso de uma soneca.
George se afastou deles e abaixou a cabeça enquanto caminhava atrás de Norah. — Obrigado. — Ele sussurrou antes de continuar se afastando com raiva. Meredith e Cristina se entreolharam, sem saber o que dizer enquanto Norah adormecia em um sono tão esperado.
★
Norah colocou o prontuário no posto das enfermeiras e segurou sua bolsa. Ela caminhou pelo corredor, onde as luzes eram fracas para permitir que os pacientes descansassem melhor. Passando pelos quartos dos pacientes, ela olhou duas vezes para a vista dentro de um dos quartos.
Izzie estava deitada na cama, ao lado de Denny; ela tinha um braço em seu peito enquanto ele a abraçava pelas costas.
Estúpido foi tudo o que Norah conseguiu dizer enquanto balançava a cabeça e se afastava.
A notificação de seu telefone tocou e ela o pegou para verificar as mensagens. Havia apenas um - de Derek.
De: Derek Shep
[23:51] Me encontra no Joe's?
[23:51] Preciso de alguém para conversar.
Ah, lá se vai meu sono de novo, pensou Norah. O que esse homem fez agora?
★
— Acho que chamei Meredith de prostituta. — Derek suspirou enquanto apontava e lançava um dardo.
— Você acha? — Norah arqueou uma sobrancelha para ele. — Por que diabos você a chamaria assim em primeiro lugar?
— Eu não disse a palavra diretamente na cara dela. — Afirmou. — Eu... Meio que disse que ela anda por aí... Com O'Malley, com nosso veterinário.
Norah o encarou por um longo tempo enquanto ele pegava os dardos do tabuleiro. Ele terminou seu copo de uísque e balançou a cabeça. — Ok, você não está falando. Então é muito ruim, não é?
— Eu estou atualmente tentando descobrir a melhor palavra para jogar na sua cara. — Ela afirmou e tomou um gole de sua bebida. — Mas as palavras na minha cabeça são idiotas, idiotas e idiotas. Faça a sua escolha.
— Eu pensei que você estava do meu lado-
— Não, não, não, não... — Norah balançou a cabeça, — Eu não faço partidos. Faz mais mal do que bem.
Derek assentiu. — Eu terminei as coisas entre nós. — Disse ele, mas ela respondeu com uma bufada. — Eu fiz-
— Certo... E eu levei um tiro de um idiota. Se meu dardo atingir o anel interno do tabuleiro, você é um mentiroso. — Ela sorriu enquanto Joe reabastecia sua bebida. — Você está pagando pelas minhas bebidas, por me arrastar aqui para ser sua 'terapeuta de relacionamentos' e tudo mais.
— Você tem um diploma em psicologia. —
— Ainda não faz de mim uma terapeuta. — Ela sussurrou e mirou no alvo. Quando seu dardo atingiu o centro do tabuleiro, ela sorriu, voltando-se para o atendente. — Ha! Olho de boi!
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