003
CAPÍTULO TRÊS
erros.
2ª temporada, episódios 10 e 11
[TW: menção de lâminas]
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MEREDITH ESTAVA NO quarto de pacientes com Steve, seu caso de uma noite da noite anterior. Alex estava em uma sala de plantão com uma enfermeira, Olivia. George estava vagando pelos corredores. Izzie estava com Addison, verificando Dorie Russel, a futura mãe de quíntuplos. Cristina estava com Burke em seu apartamento.
Norah estava com a cabeça apoiada nos braços cruzados sobre a mesa do refeitório.
O lugar mal iluminado consistia de apenas algumas pessoas, famílias de pacientes esperando notícias sobre seus entes queridos. Ela estava dormindo profundamente quando a cadeira em frente a sua raspou no chão; o som de metal perfurante a acordou de sua soneca.
Com as pálpebras ainda pesadas, ela levantou a cabeça para ver um certo neurocirurgião sentado na cadeira, deslizando uma xícara de café para ela. — Quão bom ouvinte você é?
— Bem, você está aqui, isso não quer dizer alguma coisa? — Ela ergueu uma sobrancelha para ele, tomando um gole do café enquanto se recostava na cadeira. — Hum, isso é exatamente o que eu precisava... Como você se lembra do meu pedido de café?
— Cappuccino seco, duplo ou até triplo, dependendo da hora do dia. — Derek recitou. — Eu, uh... Conheci alguém com uma ordem semelhante. — Ele franziu a testa e suspirou, — Eu tenho um problema. Eu preciso desabafar.
— Se esta é a sua ideia de suborno, — Norah falou, apontando com a cabeça para o café, — está funcionando. Vá em frente.
— Addison vai ficar, — ele começou, — ela assinou um contrato com Webber esta manhã.
— Ok? Então, devemos ficar felizes com isso? — Ela perguntou, gesticulando entre os dois.
Derek a encarou por um tempo antes de soltar um longo suspiro. — Eu não sei - esse é o problema.
Ela franziu as sobrancelhas para o olhar conflitante em seu rosto. — Você bem... Quer que ela fique?
— Ela é minha esposa.
— No papel - apenas dizendo. — Norah se defendeu rapidamente quando Derek deu a ela um olhar azedo. — E sua resposta não está respondendo a minha pergunta.
— Eu não sei, Lawrence... — ele balançou a cabeça, — Eu simplesmente não sei.
Norah estava prestes a falar de novo quando seu pager tocou no silencioso refeitório. O pager de Derek disparou também.
911 OU 1 RUSSELL, D.
— Os quíntuplos. — Ela notou, levantando-se de seu assento. — Eu estava apenas apreciando este café.
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Os quíntuplos foram entregues com sucesso na sala de cirurgia movimentada, mas bem coordenada. Eles atualmente estão na UTIN, sendo vigiados pelos internos.
Izzie descobriu que Alex - com quem ela tinha algo acontecendo - dormiu com Olivia em uma sala de plantão antes da cirurgia de Dorie. Não foi surpresa que ela praticamente o tenha expulsado do quarto dos quíntuplos.
— Ele é inacreditável. Estou tão feliz por nunca ter dormido com ele. — Izzie exclamou.
— Você está tentando nos seduzir? — Perguntou Cristina.
— Não está realmente funcionando, honestamente. — Acrescentou Norah, verificando os sinais vitais de Kate enquanto os outros internos reprimiam um bufo.
— E então ele dorme com Olivia em vez de mim. — Izzie zombou. — Olívia.
— Ei, eu dormi com Olivia. — George falou com uma carranca no rosto.
— Bem, então vocês dois têm mau gosto. — Izzie retrucou; ele fez uma careta para ela, claramente ofendido.
— Você não pode dizer que não foi avisado. — ele resmungou. — Alex sempre foi Alex.
— Você se esquivou de uma bala, Iz, — Meredith falou, — você está melhor sem ele.
— Por que você está surpresa? Você dorme com uma cobra, você é mordido. — Acrescentou Cristina.
— Para que conste, ele é um idiota, — disse Norah, — e um idiota sempre será um idiota. A perda é dele, Iz.
— Obrigada, Norah, eu aprecio isso. — Disse Izzie com sinceridade, depois deu um sorriso forçado para os outros. — E obrigada, pessoal... Pelo apoio.
Bailey entrou na sala, olhando para cada um de seus estagiários cansados. — Quem está de plantão esta noite? — ela perguntou.
Izzie levantou a mão imediatamente. — Eu estou.
— Tudo bem, o resto de vocês, vão para casa, durmam. — Bailey ordenou, olhando para cada um de seus estagiários. — Todos os cinco quíntuplos estão vivos. É um bom dia.
Os outros quatro se levantaram de seus assentos, abafando um bocejo. — Vejo você mais tarde, Izzie. — Norah sorriu para a loira antes de sair atrás de George, Cristina e Meredith. — Ei, posso dormir em um dos seus sofás? — Ela perguntou. — Estou muito cansada para dirigir.
— Você é muito bem-vinda, — Meredith ofereceu com um sorriso sonolento, — minha casa é basicamente uma casa de fraternidade.
★
— Você sabe, um cão não é um substituto para um ser humano. — Afirmou George enquanto os estagiários estavam ocupados se preparando para a manhã no vestiário.
— Mas os cães são muito melhores do que os seres humanos. — Discordou Norah, encolhendo os ombros em seu jaleco branco. George olhou para ela com os olhos apertados enquanto Cristina e Meredith concordavam com a cabeça.
— É melhor você acordá-la. — Alex sugeriu, apontando a cabeça na direção de Izzie; esta última tinha adormecido no canto do vestiário depois de ficar acordado a noite toda para cuidar dos quíntuplos. — Se Bailey a pegar, ela está morta.
— Izzie. — Cristina gritou, mas não houve resposta da loira, então ela chutou seu lado enquanto Norah atirava um elástico de cabelo em seu rosto. — Izzie.
— Droga - o quê?! — Izzie estalou, lançando adagas para os outros estagiários.
Cristina tinha um sorriso triunfante no rosto. — O inferno não tem fúria como uma garota cujo não namorado transa com uma enfermeira. — Brincou ela.
— Cadela.
— Eu gosto de você amargo e chateado. Você é quase como uma pessoa normal agora.
— Quase. — Norah enfatizou com um sorriso.
★
— Cristina tem um paciente que engoliu lâminas de barbear, — Norah engasgou com admiração, encostada no posto das enfermeiras, — quão louco é isso?
— Muito. — George respondeu sem entusiasmo. — Você os vê lá? — ele perguntou. Norah seguiu seu olhar para o quarto dos quíntuplos, onde Meredith e Derek estavam conversando enquanto verificavam os prematuros. — Eles estão sorrindo - eles estão flertando?
Norah abriu a boca para responder, mas nenhuma palavra certa parecia sair dela. Então, ela fechou e balançou a cabeça. — Eu realmente não tenho idéia. — Os dois definitivamente pareciam felizes - isso ela sabia.
Talvez eles possam permanecer bons amigos em um ambiente de trabalho saudável? Ela imaginou. No entanto, uma parte dela sabia que seria quase impossível.
De repente, o monitor cardíaco de Charlotte começou a apitar rapidamente. Norah e George correram para o quarto atrás da enfermeira.
— PA está baixa. Ela está taquicárdica.
— Saturação?
— Caindo em 02 de alto fluxo.
Meredith verificou Charlotte com um estetoscópio enquanto a enfermeira usava uma bomba respiratória manual no prematuro. — Nenhum sinal de respiração no lado direito. — Ela informou.
— Seu pulmão entrou em colapso.
— Devemos chamar a outra Dra. Shepherd? — Perguntou George.
— Não há tempo. — Derek respondeu apressadamente, passando a Meredith um tubo fino. — Aqui, coloque isso entre a segunda e a terceira costela, — ele instruiu, — não vá muito fundo. Você vai ouvir uma pequena lufada de ar.
Meredith fez isso, e o monitor cardíaco de Charlotte se estabilizou e parou de apitar rapidamente. Todos na sala soltaram um suspiro aliviado. — Bom trabalho. — Disse Derek com um sorriso.
— Obrigada.
— Eu não vou desistir do trailer.
Meredith sorriu. — O que você disser, Dr. Shepherd.
George virou a cabeça para Norah, que já estava olhando para ele. — Totalmente flertando. — Ele murmurou para ela.
★
Norah estava mastigando seu macarrão no refeitório; ela dividia uma mesa com Izzie, George e Cristina, que estavam todos jantando.
— Estou lhe dizendo, Meredith estava em cima dele! — Izzie reclamou; a visão de Meredith conversando com Alex no quarto dos quintuplos um tempo atrás levantou chamas em seu cabelo.
— Sério? Ela estava em cima dele? — Cristina perguntou, enviando um olhar curioso para Norah e George. — O que, tipo uh, montando nele? Com todos os bebês assistindo? Sério?
Norah bufou com a imagem que sua mente pintou. — Isso seria uma visão. Quero dizer, quanto mais cedo você aprender, melhor, certo? — Ela acrescentou enquanto George segurava uma risada.
Izzie revirou os olhos para eles, não encontrando graça em suas piadas. — Bem, ela estaria se eu não tivesse interrompido.
— Isso é uma acusação e tanto. — A morena deu de ombros.
George assentiu com a cabeça enquanto abria a tampa de sua garrafa. — Ela estava falando com ele. — Ele raciocinou.
— Você não fala com bastardos que traem suas namoradas, George. — Izzie retrucou, — Essa é a regra.
— Na verdade, posso estar errada, mas... Você não era oficialmente a namorada dele, era? — Norah perguntou, enfiando outra colherada de macarrão na boca. — Você está meio que perdendo seu próprio ponto aqui.
— Estou tendo um momento aqui. — Izzie bufou. — Não mexa comigo!
Cristina desviou o olhar do livro em sua mão momentaneamente enquanto baixava a voz para a loira. — Você não vai ter um colapso nervoso e se matar, vai? — Ela perguntou.
— Não.
— Então não há chance de você nos matar? — Cristina gesticulou entre os três, seu tom sério.
— Se você fizer isso, lembre-se de não engolir lâminas de barbear. — Aconselhou Norah. — Embora eu não me importe com uma cirurgia extra. — Izzie fez uma careta para os três, então se levantou de seu assento e saiu bufando.
George finalmente soltou um bufo que ele havia contido. — Oh, isso foi errado em tantos níveis. — Ele murmurou. — Vocês duas são boas.
Cristina riu, dando a Norah um high-five. — Fomos brilhantes. — A última sorriu.
— Sim, isso foi... Isso foi bom. — George sorriu, e as duas mulheres riram. — Sabe, Norah, você está aqui há semanas, mas não sabemos muito sobre você, pessoalmente.
Norah ergueu uma sobrancelha para ele enquanto continuava comendo. — Pergunta à vontade.
— Tipo, não veja isso do jeito errado, mas você está namorando? — George perguntou.
Norah ergueu uma sobrancelha para ele. — Georgie, se você gosta de mim, pode simplesmente admitir. — Ela sorriu, e seu rosto ficou vermelho.
— Não, não, não. — Ele negou rapidamente, e as duas mulheres riram. — Quero dizer, você gosta de caras, ou garotas... Ou ambos?
— Ao mesmo tempo. — Acrescentou Cristina.
Os olhos de George se arregalaram com suas palavras enquanto Norah ria, apontando o garfo para a mulher. — A última opção definitivamente parece intrigante.
— Ooh, querida, estou totalmente interessada agora.
★
Era cedo quando o turno de Norah terminou. Depois de conseguir esfregar para a cirurgia. Ela se sentia alegre e cansada.
Os outros internos já tinham ido para casa um após o outro, e agora era a vez dela. Ela trocou o uniforme por um moletom grosso, já que a temperatura estava começando a cair naquela época do ano.
A porta foi aberta com força, e Norah espiou para ver qual estagiário irritado estava tentando arrombar a porta, apenas para ver Izzie entrando no quarto e indo em direção ao armário.
— O que está incomodando você? — A morena perguntou.
Izzie fechou o armário e se jogou no banco. — Meu bebê morreu. — Ela desabafou. — Ela simplesmente... Morreu.
— Ah... Sinto muito. — Norah deu a ela um sorriso enfático enquanto ela pendurava sua bolsa no ombro. Ela estava saindo quando Izzie falou novamente.
— She-Shepherd sabia que o bebê não tinha chance - eu trabalhei pra caramba a noite toda! Eu estava com tanto medo, e foi tudo por nada! — Izzie gritou; Norah recuou para o vestiário e sentou-se ao lado dela.
— Tudo isso só para me testar, para ter certeza de que não vou quebrar sob pressão! — A loira zombou. — Isso é ridículo! Isso é loucura - ela é psicótica! E você sabe o que ela me disse? Ela me disse para 'Aprenda a não se apegar, Stevens. Você será uma médica melhor para isso'. — Ela zombou em uma voz aguda. — Aprenda a não se apegar minha bunda - por que você não está dizendo nada?
— Porque, bem... — Norah coçou a cabeça, — Por mais que eu queira estar do seu lado, eu concordo com ela.
— O quê?! — Izzie olhou para a morena, sentindo-se traída.
— Ela não está totalmente errada. É isso que estou dizendo. — Esclareceu Norah. — Ela tem razão. Você não deveria se envolver muito com um paciente.
Izzie balançou a cabeça e se levantou. — E eu pensando que você de todas as pessoas concordaria comigo. — Ela murmurou, abrindo seu armário mais uma vez.
Norah estreitou os olhos com a mudança de tom da outra estagiária. — O que isso quer dizer? — Ela questionou, seus olhos castanhos fixos nos castanhos escuros.
— Você foi abandonada quando bebê. Você conhece a sensação de não ser cuidado - tipo, você não deveria ser aquele que simpatiza com os pacientes?
As sobrancelhas de Norah se uniram com as palavras da outra mulher. — Eu simpatizo, mas não construo sentimentos extras por eles. — Ela falou em tom baixo. Ela deu um passo mais perto da loira e olhou para ela deliberadamente.
— E não se atreva a trazer isso de novo. — Ela cuspiu. — Confie em mim quando eu digo que você não quer encontrar meu punho.
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