CAPÍTULO ONZE
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E vamos com a primeira discussão entre os Jikook.
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— Agora feche seus olhos. — Jungkook sussurra e sorri para a imagem sorridente de seu namorado que ele pode ver no espelho. Eles acabaram de voltar de um encontro, mas ele não consegue esperar mais tempo para o que tem em mente, então abre a caixa preta que estava dentro de seu armário há dias. Ele pega o item com dedos cuidadosos e o coloca em torno do pescoço elegante de Jimin, arrulhando quando o garoto pula de surpresa.
— O que? — O coração de Jimin está batendo forte dentro do peito diante das possibilidades. Ele acha que sabe o que seu Dom está lhe dando, mas não quer ficar muito entusiasmado e tirar conclusões precipitadas. Um pequeno clique segue e o adorno pressiona mais contra sua pele.
— Você pode abrir seus olhos agora. — O garoto de cabelos rosa ofega quando seus olhos vêem uma coleira bonita. É bastante grossa e feita de couro preto e, na frente, fecha-se em torno de um anel de cobre que envolve um cadeado em forma de coração. A palavra "Possuído" pode ser lida na fechadura e a visão dela faz seu interior tremer. — Você gosta disso?
Ser marcado é um grande negócio no mundo do BDSM, então ele só pode se virar e procurar a expressão gentil de seu Dom.
— Você quer dizer isso??
Jungkook ri, mas se inclina para beijar sua testa depois.
— Claro que eu quero. — Sua mão guia a cabeça do garoto para que se incline para um lado e vira-se para apontar no espelho o JK quase invisível que está escrito na tira preta. — Fica tão bem em você, gatinho. — A visão do garoto sendo marcado como seu faz o tatuador querer empurrá-lo contra a parede e transar com ele até o dia seguinte, mas ele precisa de permissão antes disso, então começa com um beijo apaixonado, sentindo o corpinho na frente dele esfregando tentadoramente contra ele.
— Daddy, por favor. — O pedido sai como um sussurro.
— O que você precisa, Baby? — Ele suspeita do que se trata devido à linguagem corporal, mas como sempre, ele quer consentimento verbal e ele acredita que esse pequeno hábito tranquiliza Jimin.
Cerca de meia hora depois, eles estão deitados no tapete macio do quarto de Jungkook, sentindo-se muito cansados para se mover em direção à cama que fica a menos de um metro de distância. Uma cabeça tingida de rosa está enterrada na curva do pescoço do mais velho e o último está olhando para o teto, suas mãos distraidamente acariciando a pele quente revelada. Ele pode sentir os lábios inchados pressionados contra seu ponto de pulsação e ouve um murmúrio que não consegue decifrar.
— Hum?
— Sonolento. — Jimin sussurra novamente, desta vez mais alto e Jungkook sorri porque seu namorado parece ficar com pouca bateria sempre que terminam o contato físico. — Posso tomar banho de manhã?
Foi um longo dia para Jimin que fez um teste muito importante pela manhã e inúmeras atividades que precisou participar antes de encontrar o namorado como de costume, então o mais velho decide que pode agrada-lo dessa vez.
— Talvez eu pense sobre isso se você me der um beijo doce. — Jimin não hesita em se levantar para que ele possa pressionar suas bocas suavemente. — E as minhas bochechas, hein? — Dois beijos sonoros se seguem nas áreas indicadas e o tatuador passa os braços em volta do garotinho à sua frente. — Ok, mas só desta vez.
— Obrigado, Daddy. — Um polegar começa a acariciar um rosto rosado bem a tempo de lábios carnudos formarem um "o" perfeito.
— O que aconteceu? — A pergunta de Jungkook faz com que os orelhas do garoto fiquem vermelhas.
— Está vazando...
Jungkook levanta-se imediatamente e vai ao banheiro, incentivando o garoto a ficar parado enquanto procura um pedaço de pano que possa molhar.
— Levante seu bumbum, bebê. — Jimin faz, mesmo que envergonhado, e sente a umidade quente esfregando contra suas coxas e entrada, onde gotas de esperma acumularam. É bom, então ele relaxa contra o toque, mesmo que se sinta exposto, apenas ofegando quando algo bastante duro pressiona sua borda. Ele se vira e ver seu plugue azul bebê favorito que tem "Good Boy" escrito nele. Ele nem se encolhe quando o objeto desliza dentro dele. — Levante agora. — Jimin toma isso como um convite para rastejar em direção a Jungkook e envolve as pernas ao redor do tronco para que possa ser carregado e cuidadosamente colocado sobre os lençóis macios. — Deixe-me tirar a coleira
— Não posso usá-la para dormir? — O garoto de cabelo rosa parece quase alarmado.
— Não, pequeno, é muito apertada e pode machucá-lo. — O beicinho que se forma é fofo demais para lidar, mas Jungkook decide que não pode arriscar asfixia por causa disso. — Vamos lá, docinho. — Assim que ele tira e coloca na mesa de cabeceira, ele vê Jimin passando a mão em volta do pescoço, provavelmente discordando da nudez dele.
— Mas eu quero usá-la o tempo todo. — Jungkook suspira, sem saber que os olhos de seu bebê estão ficando vidrados. — É tão bonito, Daddy. — Sua voz está trêmula, então o tatuador o abraça, pressionando um beijo amoroso em sua têmpora.
— Daddy vai procurar um substituto bonito, doce menino. — É fofo o bebê chorão dele e, sempre que Jungkook o vê triste, faz o possível para o garoto se sentir melhor. — Sem lágrimas, pequeno.
Jimin funga, mas assente, seu corpo se curvando ainda mais no forte braços. Ele está deslizando cada vez mais e mais no pequeno espaço a cada segundo que passa, então ele exala alto quando Jungkook pergunta como ele está se sentindo.
Talvez a intimidade o esteja deixando vulnerável e por isso ele se sente assim. De qualquer maneira, ele tem certeza de que quer seu namorado por perto.
— Você quer dormir? — Jimin balança a cabeça hesitante. — Então o que você quer que façamos? Ler?
O garoto mais novo fecha os olhos assim que a voz sedosa de Jungkook enche a sala e ele faz o possível para se concentrar nas palavras, mas demora um pouco mais de quinze minutos para ele adormecer, com a cabeça apoiada no coração do homem.
Jimin sonha que acidentalmente abre uma veia e seu sangue está fluindo por toda parte, então ele acorda no meio da noite se afogando em seu próprio suor. Ele não está completamente sem espaço, mas está petrificado de medo, então os soluços começam a esmagar seu corpo, sua ansiedade atingindo o teto. Jimin sente o braço de Jungkook em volta dele e não quer acordar o homem, então o empurra lentamente, fazendo o possível para sair da cama sem o acordar. Ele sente vontade de engasgar, então, quando um soluço alto rasga seu peito, ele sente o homem mexendo-se e se vira para ver Jungkook esfregando os olhos confusos.
— Min? — É tudo o que precisa para desencadear os sentimentos feios que estão borbulhando dentro dele. Não é o tipo de choro bonito, ele está uivando, a pressão dentro do peito crescendo com cada inspiração engatada. — Porra. — O tatuador corre para acender a lâmpada e algo puxa seu coração quando vê a expressão de pânico de seu namorado. — Não, Baby, não. Venha aqui. — Jimin engole em seco e vai em direção ao homem mais alto, acolhendo o calor que envolve seu corpo. — Você está bem. Respire por mim, gatinho.
— P-pesadelo. — Ele soluça e sente grandes mãos segurando seu rosto e movendo-o para que as testas possam se unir.
— Foi apenas um pesadelo, anjo. Não é real, você está comigo agora. — Jungkook sussurra contra seus lábios e o beija castamente. — Olhe para mim, Min. — As pupilas de Jimin estão dilatadas por causa do medo, mas seus olhos se encontram imediatamente. — Eu te amo e vou protegê-lo.
O silêncio torna-se ensurdecedor durante os momentos seguintes, mas Jimin pode sentir o batimento cardíaco mais lento, seu cérebro tentando compreender as palavras que lhe são ditas. Ele olha para os braços intocados e assente. Ele ficará bem.
— Certo.
— Foi um dia estressante, pequeno. — Ele balança a cabeça em concordância e permite que seu corpo seja sacudido lentamente para frente e para trás, sua respiração ainda anormal. Jungkook continua a sussurrar doces encorajamentos em seu ouvido, parando apenas por causa de beijos inocentes pressionados em sua testa. Jimin finalmente se acalma depois do que parece uma eternidade, mas toda a sonolência deixou seu corpo.
— Vou assistir televisão e dormir. — Jimin sussurra e se afasta do abraço.
— Eu não vou deixar você sozinho. — O tatuador protesta e observa o menor sair do quarto, os braços em volta da cintura de maneira protetora. Jungkook procura um par de meias fofas que não lhe pertence e agarra o panda rosa antes de segui-lo, esticando o corpo enquanto caminha. Ele entende que Jimin quer um tempo sozinho, mas ele não quer que o garoto se machucasse então ele não respeitará seu desejo. "A Pequena Sereia" já está passando na TV quando vê Jimin enrolado no sofá, então Jungkook se senta no extremo oposto e agarra os pequenos pés em suas mãos, colocando lentamente as meias neles.
— Obrigado. — Jimin sussurra e pega o bicho de pelúcia que lhe é oferecido. — Você tem trabalho amanhã.
— Shii. — Jungkook não pode dizer que irá cancelar seus compromissos matinais, mas tem certeza de que pode gastar o tempo que for necessário e funcionar no dia seguinte. Ele se deita e acaricia o mais novo, as pontas dos dedos deslizando sob uma camiseta grande para acariciar uma barriga macia. Ele quase adormece duas vezes durante o filme e, quando termina, o garoto se vira para acariciar seu rosto.
— Por favor, vá dormir. Não farei nada de ruim, prometo.
— Eu sei que você não vai, Baby, mas eu não conseguiria dormir sabendo que você está acordado e sozinho. — Jungkook não tem certeza de quão longe no space seu namorado está, ele ainda tem que descobrir. — Quando eu era criança, minha mãe sempre me preparava uma bebida especial que me ajudava a adormecer.
— Uma mágica?
Jungkook sorri com a pergunta fofa.
— Você terá que experimentar e ver.
Ele não precisa de muita convicção, então eles vão em direção à cozinha, onde Jimin se senta no balcão e observa seu Dom procurar os ingredientes dentro da geladeira. É muito menos pretensioso do que ele esperava: leite aquecido com mel; mas assim que toma um gole, ele cantarola com a delícia.
— É tão bom, Daddy! — O sabor é doce o suficiente para Jimin terminar em menos de um minuto e ele faz um gesto para que o mais velho se aproxime para que ele possa beijar seus lábios e compartilhar o gosto. — Posso ter um pouco mais?
— Só se você me prometer que vai tentar dormir depois.
É um jogo atraente e Jimin às vezes não consegue acreditar que Jungkook ainda é tão paciente quando se trata dele. Ele sabe que pode ser difícil mesmo se tentar o seu melhor e está feliz que seu namorado não reclamou nenhuma vez ou não desistiu de seu relacionamento.
Mais da metade dos dias deles estão começando e terminando com eles abraçados na mesma cama. Eles passam muito tempo separados devido a universidade de Jimin e o trabalho de Jungkook, mas seu relacionamento é mais saudável do que qualquer um que eles já experimentaram.
A semana passa sem que eles percebam e a noite de sábado chega para eles. Então o garoto de cabelo rosa está agora olhando para o namorado que está vestindo um de seus melhores ternos.
Jungkook fica gostoso em roupas formais, mas Jimin não consegue se concentrar nisso porque a preocupação está espalhada em sua mente com a idéia deles participando da festa BDSM. Jimin não mentiu, ele tem certeza de que consegue lidar com isso, e concordou em ir porque não é justo ele não conceder um desejo tão pequeno ao namorado, mas estar cercado por tantos dominantes o lembra de memórias terríveis. Ele está vestido com uma camisa branca simples de mangas compridas e calças pretas que combinam perfeitamente com o colarinho, seu cabelo estava bagunçado.
— Tudo bem se eu usar gloss rosa? — Sua voz é baixa, sabendo que esse tipo de maquiagem realmente não combina com sua roupa.
— Está mais do que tudo bem.
Eles discutiram todos os pequenos detalhes antes de chamar um táxi e Jimin fica aliviado ao descobrir que seu namorado não soltará sua mão durante a noite inteira. Jungkook decide que não irá consumir nada alcoólico, mesmo que não esteja dirigindo, para garantir que seu bebê fique confortável o tempo todo.
Acontece que Jimin está familiarizado com o clube que eles estão indo, então ele não fica surpreso quando desce as escadas em espiral que os leva à sala principal. Está quente lá dentro, então os dois guardam suas jaquetas antes de cumprimentar alguns conhecidos de Jungkook. Jimin já pode ver algumas pessoas ajoelhadas no chão frio e seu estômago vira de cabeça para baixo ao pensar que seu namorado poderá pedir a mesma coisa dele. Ele não vai. Jimin sente sua ansiedade crescendo dentro dele e culpa o fato de nunca poder se sentir seguro em lugares como esse.
— Vamos pegar algo para beber, docinho. — A voz de Jungkook o faz sair disso, então ele segue o mais velho, suas mãos já ficando úmidas. — Vou tomar uma cola, e você?
— Suco de laranja, por favor.
Ele se senta em uma das cadeiras altas enquanto espera a bebida e olha nervosamente para os dedos que agora estão emaranhados em seu colo. O tatuador está brincando com o barman e parece ter esquecido completamente dele, então o mais novo se sente um pouco fora de lugar, ciente de que não pode simplesmente olhar em volta. A maioria dos DOMs não permite que os submissos olhem para eles sem permissão.
— Aqui está. — Um copo grande é colocado na frente dele e Jungkook se inclina para beijar sua bochecha.
— Obrigado. — As palavras são quase inaudíveis, então Jungkook franze as sobrancelhas.
— Você está bem? — Ele pergunta. Jimin assente apressadamente, ainda evitando os olhos castanhos do mais velho e sente uma mão percorrer seu cabelo. — Lembre-me quais são suas palavras especiais, por favor.
— Amarelo se eu quiser fazer uma pausa e manga se eu quiser parar tudo. — Jimin recita e toma um gole de suco, a mão tremendo. Ele ainda não quer usar a palavra segura, eles acabaram de chegar e nada aconteceu com ele; não importa o quão desconfortável esteja, ele precisa pensar racionalmente. — Estou bem.
Jungkook está confiando nele o suficiente para acreditar, então eles se mudam para o local onde os sofás foram colocados, surpresos ao encontrar Hoseok deitado em um deles, com a cabeça no colo de Yoongi. Eles parecem estar envolvidos em uma conversa realmente intensa até que o Sub cai na gargalhada, seu volume pegando todos ao seu redor de surpresa.
— Comporte-se. — Yoongi alerta enquanto tenta reprimir o sorriso e avista os recém chegados. — Oh, olha quem está aqui. — O ruivo imediatamente pula de seu lugar para abraçar Jimin e oferecer-lhe um lugar no sofá.
Há muito boato em torno dele, então Jimin não consegue desfrutar plenamente da companhia de seu amigo. Ele considera Hobi um dos seus melhores amigos e não consegue se lembrar de um momento em que não se sentiu bem perto dele, então essa noite é a primeira. Hoseok não deixa de ver o quão pálido e nervoso o pequeno está, então ele se inclina para sussurrar algo no ouvido de seu namorado. Isso é tudo o que Yoongi precisa para pedir a Jungkook que se junte a ele lá fora para fumar um cigarro.
— O garoto não parece estar se divertindo.
— O que? — Jungkook está confuso. — O que te faz pensar isso? — Olhos de corça os segue enquanto mãos grandes pegam um maço de cigarro conhecido para colocá-lo entre os lábios macios.
— A linguagem corporal dele grita 'me tira daqui'.
Jungkook sabe que seu hyung não o está desconsiderando como Dom, ele sabe que Yoongi nunca diria algo apenas para machucá-lo, mas ao mesmo tempo ele confia no que Jimin lhe disse.
— Ele me disse que está bem, no momento em que ele dizer a palavra segura, sairemos daqui. — O pensamento de que ele não é um bom Dom começa a invadir sua mente.
— Ele pode não querer decepcioná-lo, Kook-ah.
Havia algumas coisas que ele tinha que simplesmente saber quando se tratava de seu Sub e eles conversaram sobre isso antes, mas ele quer que Jimin seja justo e confie nele. Jungkook quer acreditar que eles se aproximaram o suficiente para não faltar comunicação. Yoongi exala uma nuvem de fumaça e ele pode sentir seus olhos queimando buracos em sua pele.
— Eu preciso confiar nele. Nada de ruim vai acontecer.
Está claro que Yoongi gostaria de dizer mais, mas não o faz, decidindo respeitar seu desejo. Jungkook ama o jeito que seu melhor amigo está tentando ajudar sem empurrá-lo em nenhuma direção. Ele chega à conclusão de que confiará nas palavras de Jimin. Assim que eles voltam, ele corrige Jimin, que está sorrindo por causa de Hoseok, o último oferecendo a ele suas famosas massagens nas costas.
Nada acontece porque eles não entram na sala de jogos, mas ele nota as caretas de Jimin sempre que vê pessoas fazendo coisas sujas em algum lugar perto deles. Ele está esperando por uma palavra para quebrar o feitiço, mas logo se perde em conversas com outros Dom's, compartilhando e ouvindo histórias divertidas, com a mão sempre segurando a de Jimin. O garoto está em grande parte quieto, respondendo apenas quando lhe são feitas perguntas, então ele tenta oferecer o máximo de conforto físico possível, sem cruzar a linha.
— Que garoto bonito você encontrou para si, Jeon. — Um dos estranhos diz e sorri amplamente, chamando a atenção de Jimin. O garoto de cabelos rosa solta os dedos de Jungkook e passa os braços em volta de si, tentando se concentrar nas exalações e ignorando a ansiedade que faz seu interior formigar. Ele está se sentindo como um pedaço de carne; ele não quer estar ali.
— Obrigado. — As palavras calmas de seu Dom o faz querer vomitar, então ele se levanta e segue para o bar onde Hoseok já está, usando a desculpa de que quer outra bebida.
— Minminie. — Hobi chama por ele e abre os braços para receber um abraço apertado. O nome carinhoso o faz querer ser pequeno; não, ele já está se sentindo pequeno e vulnerável. — Vamos pegar algo gostoso para você beber. — Ele acaba no colo do ruivo, apreciando ansiosamente o suco de morango que lhe é oferecido.
A presença de Hoseok o está acalmando e ele não se deixa intimidar pelo namorado de seu amigo, que está olhando para eles sem dizer uma palavra. É engraçado como o casal são totalmente opostos: é como se o sol e a lua estivessem em um relacionamento romântico.
Quando decide voltar para Jungkook, está se sentindo melhor, mas para quando uma das portas se abre e ele consegue espiar dentro da outra sala. Daeshim, seu Dom anterior, está parado ali, seus olhos colados no que ele suspeita que seja um palco. Jimin precisa sair dali, mas não tem coragem de dizer a Jungkook quando este está cercados por estranhos, ele vai em direção ao tatuador de cabelos cor de menta que ainda aprecia seu uísque no bar.
— Y-Yoongi-hyung. — Jimin engole, com a garganta seca. — Você poderia dizer a Jungkook que precisamos ir? P-por favor. — Ele parece tão urgente que o mais velho não hesita em pular da cadeira. — Eu... eu vou esperar por ele lá fora.
Sua visão está embaçada, então ele sobe as escadas correndo, só percebendo que havia esquecido o paletó quando o ar frio começa a queimar seus pulmões. Ele quer ficar o mais longe possível daquele homem e desse sentimento. Ele está se sentindo sujo e não quer nada além de se enrolar em uma bola e desaparecer. Jimin sente que seu coração poderá explodir, e quando Jungkook sai pela porta, ele quer abraçá-lo, mas para assim que percebe que seu namorado parece absolutamente furioso.
— O que diabos aconteceu, Jimin? — O tom da pergunta é baixo e assustador, nada com o qual o Sub está acostumado.
— E-estou me sentindo p-pequeno, Daddy. — Ele gagueja, em pânico porque se eles não escapar rápido o suficiente, ele terá que enfrentar aquele monstro.
— Não. Quero ter uma conversa séria para descobrir por que você não me disse que queria sair antes. Por que você envia Yoongi hyung para me dizer que você já está fora de lá. — Jungkook passa os dedos pelos cabelos em frustração, sem saber que seu namorado está congelado de pânico. — Esse tipo de comportamento... Porra! Você me fez de bobo na frente de todos.
— Mas...
— Por que você não usou a palavra segura? — O interior de Jungkook ainda está queimando de vergonha, sua mente repetindo as visões dos muitos olhares zombadores que lhe foram oferecidos. Ele nunca foi humilhado assim por um Submisso dele. — Como posso confiar em você com alguma coisa?
— Daddy... — Jimin tenta novamente, as lágrimas já se acumulando dentro de seus olhos. Ele quer explicar, ele quer fazê-lo entender que ele é bom, mas seu apelo parece irritar Jungkook ainda mais.
— Corte essa merda!* — As palavras saem mais duras do que os dois esperavam e Jimin se encolhe com o som delas, dando um passo para trás por instinto. As lágrimas que ele tentava conter começam a escorrer pelo rosto e ele olha para os tênis.
(*Cortar aqui é as desculpas de que está se sentindo pequeno, não se cortar.)
— Jungkook, pare. — A voz fria de Yoongi assusta os dois e Jimin sente braços envolvendo-o, absorvendo o doce perfume que pertence a Hoseok. — Pense duas vezes antes de abrir a boca.
O peito do garoto de cabelos rosa começa a arfar com as palavras, então seu amigo decide guiá-lo para longe dos outros dois, nunca quebrando o abraço.
— Concentre-se em respirar, Minnie, está tudo bem. — Não está tudo bem. A única pessoa que ele se permitiu abrir apenas o lembrou de quão inútil ele é. Ele está magoado e confuso porque Jungkook sempre o encorajou a explorar seu lado pequeno apenas para finalmente decidir que era apenas uma merda que ele às vezes suportava. A idéia de que sempre foi uma ilusão até aquele momento está matando-o. — Vamos lá, Baby, Hobi vai levá-lo para casa.
Ele não se despede de Jungkook. Tudo o que sabe é que a jaqueta de Hoseok já está enrolada em seus ombros quando ele entra no pequeno carro cinza que pertence ao outro. Ele está dominado por sentimentos, mas ouve o homem dirigindo e falando ao telefone com o namorado, dizendo que voltará em cerca de uma hora.
— Tae está em casa, anjo? — Jimin assente e funga. — Acho que você pode encontrar lenços de papel em um dos bolsos. — Ele faz isso e assoa o nariz antes de decidir agradecer ao amigo. — Não se preocupe.
Mais alguns minutos se passam em completo silêncio.
— Eu sei que não é o meu lugar para conversar, mas.... Jungkook não é um cara mau. — Ele já sabe disso, não há necessidade de confirmação. A culpa é dele por ser assim, por agir tão irritante, por não ter coragem de falar por si mesmo. Ele é o único que não merece Jungkook. — Ele estava com raiva, tenho certeza que ele não quis dizer nada do que disse. Ele se preocupa profundamente com você.
— Eu sei disso, Hobi-hyung. Eu sei.
— Ele vai pedir desculpas, então quando ele fizer, por favor, escute o que ele tem a dizer, ok?
Jimin assente, mesmo que, na opinião dele, o tatuador não devesse.
O apartamento que ele divide com Taehyung não está tão longe e ele não sai do carro antes de agradecer ao homem novamente. Seu melhor amigo já está dormindo, então ele vai em direção ao banheiro, sufocando ao ver a coleira em volta do pescoço. Ele luta para tirá-la e lava o rosto antes de começar a chorar novamente, todo o corpo tremendo. Antes que ele perceba, está de joelhos vomitando tudo o que tinha jantado, mal conseguindo respirar entre os suspiros. Ele quase adormece com a cabeça apoiada no assento do vaso sanitário, mas se move quando Bunny começa a arranhar a porta.
Jimin não o deixa entrar, em vez disso, escova os dentes e segura calmamente uma das lâminas de barbear, já sabendo que esse é o único remédio. Ele nem se dá ao trabalho de lavar os cortes que separam sua pele; em vez disso, ele abaixa as mangas e vai em direção ao quarto, enterrando-se entre lençóis macios. Ele não deveria ter se permitido ser pequeno, ele é um incômodo para Jungkook. Anormal. Sujo. Ele não consegue adormecer, então continua chorando até sentir o coração vazio de emoções, ignorando os zumbidos de seu telefone que foi esquecido em algum lugar no chão.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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📝 Obrigado por ler e apoiar esta história! Sinto muito por terminar este capítulo com um susto (na verdade, não sinto não, porque sou cruel *risada maligna*). Sei que alguns de vocês perceberam a angústia que estava por vir, e espero que tenham gostado. A angustia ira continuar... Porque essa sou eu kkkkkkkkk... Beijos no coração de todos vocês.
Oh alem dessa também estou repostando O Príncipe E O Passarinho e Notorious. E postando uma fic nova. Perfect Broken Things (ABO). Caso queira dar uma olhadinha
Ah. E não se ofenda se eu ser grossa ao defender Jungkook com unhas e dentes. Mas o JK dessa fic é perfeito, independente do erro acima, porque sim ele errou feio ao não ouvir JM e chamar seu lado pequeno de merda. Mas não permitirei ofensas pesadas contra ele por causa de seu primeiro erro. Ele é um humano. E da pespectiva dele e dos de fora Jimin o desrespeitou feio. Um Sub jamais deve simplesmente sair sem falar com o Dom ou dizer a palavra segura. Então não vejo motivo para pegar pesado com ele, como alguns comentários desnecessário que tive que apagar.
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