CAPÍTULO DEZOITO

╴╴╴╴╴╴╴╴╴╴
Jimin encontrou o diabo do ex. Vamos ver sua reação...
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

Jimin esperava nunca mais ver esse rosto. Por mais absurdo que pareça, Seul é grande o suficiente para ele se perder nela, mas a sorte não está do seu lado, então ele congela, sentindo seu sangue sendo lentamente substituído por gelo. Daeshim não é alguém com quem ele gostaria de conversar, então ele se vira, tudo ainda nebuloso, quando ouve um imponente "ei".

É como se um poder maior o estivesse forçando a permanecer no lugar e Jimin sente o homem se aproximando dele. O garoto não pode fazer uma cena, porque isso será potencialmente uma causa para a biblioteca nunca deixá-lo ler lá, mas ele pula de susto quando sente uma mão descansando em seu ombro.

- Ouvi dizer que você encontrou outro Dom e não é ninguém além de Jeon Jungkook. - As palavras são jogadas para Jimin e ele sente um arrepio na espinha. Seu Dom não tem nada a ver com o passado deles, então ele não quer envolvê-lo, nem mesmo dizendo seu nome. - Eu nunca esperava isso. Ele é bastante famoso, então só posso me perguntar por que ele quer você de todos os submissos capazes que ele poderia ter.

- Isso não é da sua conta. - Sua voz é quase inaudível, mas ele fica orgulhoso por estar lá. Ele está pronto para partir com sua pequena vitória quando Daeshim agarra seu antebraço para puxá-lo de volta.

- Por que você não volta para mim, Jiminie? Somos uma ótima equipe. - Isso está além de sua imaginação, então os olhos do garoto de cabelos rosa começam a lacrimejar com a sugestão, lembranças que ele tentou apagar inundando seu cérebro sem parar. Ele sabe que foi um abuso, estupro na verdade; Jungkook nunca teve coragem de chamar dessa maneira, mas ele (JM) está ciente da verdade, ele não é estúpido. - Você vai se tornar meu bom menino novamente, meu fucktoy.

O aperto se torna doloroso quanto mais Jimin tenta se afastar, mas ele não quer chamar a atenção de ninguém, porque não quer que as pessoas saiba sobre seu estilo de vida. Ninguém sabe que ele é gay também, eles apenas o consideram uma pessoa peculiar, mas legal.

- Me deixe em paz.

- Você realmente acha que ele se importa com você? - As palavras de Daeshim estão cheias de ódio. - Você é apenas um brinquedo quebrado que ele usará até encontrar algo melhor. Somos dois fodidos, é por isso que pertencemos um ao outro.

Todo o corpo de Jimin começa a tremer e lágrimas queimam seus olhos, mas ele não vai chorar na frente desse homem porque sabe quanta satisfação ele sentirá se isso acontecer.

- Ele me ama. - Jimin sussurra e finalmente se afasta, seus pés lutando para mover seu corpo o mais longe possível.

- Vamos! Ele nunca cuidará de uma prostituta como você.

As palavras são altas o suficiente para serem ouvidas por todos, mas Jimin não consegue se concentrar nisso, porque seu corpo finalmente cede e soluços começam a esmagar sua figura a cada passo que dá. Ele corre em direção à porta que dá para o armazenamento e tropeça, com os joelhos completamente cedendo. Ele empurra a porta com um pé antes de pressionar as costas contra a parede e ouvir o som do telefone caindo no chão.

Jimin está tendo um ataque de pânico, ele sabe disso. Normalmente, ele tentaria se acalmar, seguindo os passos exatos que melhoraria sua situação, mas está com muito medo de fazê-lo, o único pensamento em sua mente sendo Daeshim seguindo-o até onde está. Ele sabe que é improvável que o homem arrisque tanto com eles estando em público, mas seu cérebro está gritando com ele que ele será agredido. Que seu corpo será atormentado e que ele voltará ao início, quando se sentia inútil e indigno de amor. Ele ouve as pessoas falando, mas as palavras são muito apressadas e baixa para ele entendê-las, então ele luta para pegar o telefone. Ele coloca a senha errada duas vezes antes de finalmente conseguir desbloqueá-lo e ligar para o único número que tem na discagem rápida.

Três toques parecem uma eternidade e Jimin continua engolindo em seco para mascarar seus soluços agitados.

- Ei, Min! Você deixou... - Eles deveriam se encontrar para almoçar; na verdade, ele deveria ir ao apartamento de Jungkook depois que terminasse com as crianças e ele até insistiu que seu namorado não viesse buscá-lo. Jimin abafa um gemido com a mão, mas o homem é inteligente o suficiente para entender que ele não está bem. - Jimin?

- Daddy, e-ele está aqui. - Ele sussurra, então o tatuador tem dificuldade em entender o que ele está falando, ainda confuso sobre quem o garoto está se referindo. - Daeshim. - Jimin rapidamente explica e olha para a porta para se certificar de que ainda está fechada.

- Onde você está? Ele tocou em você, amor? - Jimin balança a cabeça, mudo, antes de fechar os olhos, sentindo que poderá desmaiar a qualquer momento. - Min, fale comigo, pequeno.

Jimin está se sentindo pequeno e assustado e não consegue encarar ninguém além de Jungkook. Verdade seja dita, ele está com medo de não poder lidar com seu Dom também.

- A biblioteca. - Ele funga e limpa o nariz com as costas da mão.

- Acabei de sair da minha casa, Pêssego. Eu estou chegando ai, ok? Fale comigo até eu chegar. - Jungkook está preocupado além da medida e ele não tem idéia no que se concentrar, sem saber o que realmente está acontecendo. Ele sabe que seu bebê tem pavor de seu ex-Dom e ele tem que escolher as palavras certas, porque Jimin não é nada como seus Subs anteriores. Ele é muito mais frágil e um pequeno erro poderá machucá-lo. - Você pode se concentrar na minha voz, gatinho?

- Eu acho que sim. - Outra fungada.

- Aí está meu doce garoto. Você está em algum lugar seguro? - Jungkook pode ouvir a respiração do outro aumentando de ritmo.

- Ele pode vir aqui, Daddy. - A voz de Jimin fica progressivamente mais alta e cada sílaba está cheia de medo. - Eu não quero que ele venha, estou com medo. Eu não-quero... - Outra onda de soluços se segue e Jungkook sente seu coração partir pelo tom angustiado.

- Eu quero que você me escute.

- Ele vai... - O pânico está piorando, então Jungkook decide chamar sua atenção.

- Jimin, estou tentando falar com você. Daddy está pedindo para você...

- Não! - É uma resposta surpreendente, então os olhos de Jungkook se arregalam quando ele registra o que foi dito. É raro seu pequeno reagir com tanta violência, especialmente quando está no little space e isso só torna a seriedade do evento mais preocupante. Felizmente, a biblioteca não é tão longe, então ele consegue chegar em menos de dez minutos. - Sinto muito, Daddy. - Jimin sussurrou alarmado. - Por favor, venha, me desculpe.

- Estou a caminho, gatinho. Você pode me dizer exatamente onde está?

- No depósito, a... - Outra fungada. - porta preta. Eu só quero ir para casa. - A última frase torna óbvio o quão exausto ele está se sentindo e Jungkook xinga baixinho com o sinal vermelho que o faz parar, a mão segurando nervosamente o volante.

Não é exatamente fácil encontrar o quarto, mas o tatuador faz o possível para se apressar, percebendo que tem que tirar seu ansioso namorado de lá o mais rápido possível. Eles conversam até ele finalmente chegar ao local, mas não invade a sala, sabendo que isso poderá assustar Jimin.

- Posso entrar, anjo?

- Sim. - O garoto de cabelos rosa ainda pula de susto quando a porta se abre e o estômago de Jungkook afunda com a imagem que seus olhos vêem. Jimin está encolhido, a mão direita fechada ao redor do colar de Saturno que usa como se fosse um amuleto. Seus olhos estão vidrados, então o tatuador se aproxima e se agacha na frente dele para que seus rostos fiquem no mesmo nível.

- Ei. - Jimin parece arrasado e Jungkook entende que ele ainda está em pânico porque continua olhando para a porta. - Ele não está aqui. - Jimin engole em seco e seus olhos se arregalam; ele não tem certeza se deve acreditar no tatuador ou não. - Vamos para casa. - É como se estivesse conversando com um animal encurralado e, assim que sua mão alcança o joelho do garoto, ele se arrepende de sua decisão, observando mais lágrimas começarem a se acumular nos cantos dos olhos.

Jimin não tem ideia do por que é tão difícil relaxar, é como se seus sentidos tivessem se intensificado fazendo ele se sentir dominado com cada pequeno toque e olhar. Ele pode sentir o calor de Jungkook através do material de suas calças, mas sua mente ainda está dispersa e ele não consegue se concentrar em nada. Uma mão segura seu joelho e ele se afasta instintivamente, o terror irracional começando a borbulhar dentro dele. O tatuador percebe que foi ele quem criou a angústia adicional, então levanta as duas mãos para indicar que não tentará mais tocá-lo.

- Vamos sair daqui, baby.

Jimin consegue se levantar em segundos, mas suas pernas ainda estão tremendo, sua mão direita ainda segurando firmemente seu pingente.

- O carro está estacionado do lado de fora, querido. Vou pegar suas coisas primeiro, ok? - O garoto assente distraidamente e se dirige para a saída, envergonhado demais com a experiência para olhar para qualquer uma das pessoas que ele conhece. O frio está mordendo sua pele, mas Jimin sente que o ajuda a voltar aos sentidos, então ele se alivia com a sensação, até que sua própria jaqueta é colocada sobre seus ombros. - Vamos entrar antes que você congele.

Jungkook liga o carro depois de garantir que ambos os cintos de segurança estejam no lugar. Ele está pronto para perguntar para onde deveria ir quando percebe que Jimin está chorando novamente, seu corpo voltado para a janela. É o tipo de choro silencioso e o mais velho não pode deixar de se perguntar se não é culpa dele por essa reação; talvez a presença dele não seja o que o garoto precisa. Talvez ele precise de Taehyung ou Hoseok.

- Devemos ir para casa para que você possa ficar com Taehyungie, garoto doce?

Taehyung não tem ideia de como ele foi ferido pelo relacionamento passado. Claro, Tae o viu sofrendo muito, mas isso não significa que sabe os detalhes das coisas pelas quais ele passou e não tem vontade de revivê-las. Na verdade, ele não tem idéia do que pode torná-lo melhor, ele quer seu Daddy, mas ele não quer ir para a sua casa porque não podia suportar...

- N-não.

Jungkook não tem ideia de como ajudar, então ele liga o carro e segue para o único lugar que acha adequado: Ansan. Eles não vão lá desde que confessaram seus sentimentos um ao outro, mas a cidade é atraída o suficiente para lhes oferecer um pouco de privacidade. O choro não cessa e o mais velho sente seu estômago revirar a cada soluço, sentindo-se impotente até chegarem ao destino. Não há outro carro lá e Jungkook vira-se para olhar para o garoto de cabelos rosados, seus olhos se arregalando ao ver o rosto inchado e as lágrimas que ainda estão caindo.

- Porra, Min. - Ele sussurra e passa as mãos pelos cabelos, agitado. - Está partindo meu coração ver você assim. O que aconteceu, garoto? - Jimin esfrega os olhos e hesitantemente estende os dois braços, sugerindo que ele quer ser abraçado. Jungkook afasta a cadeira para trás e coloca seu bebê no colo, segurando-o com cuidado contra o peito. - Está tudo bem, Pêssego. Você está aqui comigo agora. - A cabeça rosa descansa em seu ombro, então ele continua acariciando suas costas suavemente, sem saber quais são os limites. - Você está bem.

- Sinto muito, Daddy.

- Calma, Docinho. - Jungkook poderá ficar assim por horas se isso significar que Jimin se sentirá melhor. São necessários mais alguns minutos para que a respiração do garoto se torne regular e que seu corpo relaxem contra o mais forte. As mãos pequenas estão entre os corpos, as pontas dos dedos procurando um batimento cardíaco calmante.

- Ele me disse... Ele... - Jungkook não o força a se afastar para que eles possam se olhar, ele sabe que é mais fácil para o garoto falar assim e ele quer se concentrar na substância de suas palavras. - Ele me quer de volta, Daddy. - Essa frase sozinha deixa o sangue de Jungkook fervendo e normalmente ele teria amaldiçoado em voz alta aquele filho da puta e sua coragem, mas ele sabe que seu bebê não será capaz de lidar com algo assim, então ele tenta se acalmar e ouvir até o fim. - Eu não quero, Daddy. Por favor, me desculpe por ser assim... - O garoto engole em seco e soluça alto. - Estou sempre sendo mau e sou uma prostit...

- Jimin. - Jungkook tenta e gentilmente o empurra para trás para que ele possa procurar por seus olhos.

- Eu vou ser melhor para você, eu não quero voltar para ele.

Mãos seguram o rosto do garoto e polegares começam a enxugar suas lágrimas quentes.

- Você não vai. - Ele promete e pressiona suas testas juntas. - Meu bebê não vai a lugar nenhum. - Jimin soluça e balança a cabeça, incrédulo. - Eu prometo a você, Minnie.

Jungkook sente vontade de espancar Daeshim por falar assim, por machucar seu bebê com suas palavras odiosas. Esse é o tipo de coisa que pode demolir tudo o que eles construíram até então, elas podem levar Jimin de volta ao ponto de partida em que ele acreditava que merecia ser abusado. Jungkook não suporta a ideia daquele filho da puta afetando o auto-estima de Jimin tão facilmente.

- Eu vou ser bom a partir de agora, Daddy.

- Você já é, anjo. - O mais velho garante e beija castamente os lábios carnudos. - E eu não quero que você se xingue novamente. É uma nova regra, ok?

- OK.- Jimin funga e Jungkook pega sua jaqueta de onde tira um guardanapo com o qual limpar o rosto do namorado. Mais alguns beijos suaves se seguem, cada um deles inocente, com o objetivo de tranquilizar. Os braços estão presos com segurança em volta da cintura do garoto, para que este se aproxime, como se estivesse tentando fazer desaparecer a distância mínima entre eles. - Daddy?

- Sim, pequeno?

- Ele me disse que você não pode amar alguém como eu. - Ele teria reproduzido as palavras exatas, mas prometeu que não usaria mais esse tipo de vocabulário.

- Ele deveria ir se foder. - Jungkook geme, seu aborrecimento crescendo a cada segundo que passa. Ele tera que conversar com Daeshim, não querendo que o homem perturbe Jimin quando eles não estão mais juntos. - Ele não sabe nada, Baby. - É isso que o garoto de cabelos rosa quer ouvir, então não responde, fechando os olhos e escondendo o rosto na curva do pescoço do artista.

Eles ficam assim por um tempo, Jungkook ligando a música e deixando a letra falar por si enquanto segura o garoto. Os dias são mais curtos, porque o Natal está próximo; logo, mais carros param ao lado deles para observar as luzes de Seul, o céu escurecendo.

- Devemos ir para casa, gatinho? - Ele acredita que a resposta virá imediatamente, mas Jimin parece duvidoso.

- Eu não quero fazer sexo. - Sua voz é baixa e o rosto de Jungkook cai assim que seu cérebro consegue processar o que o garoto disse. O sexo tem um papel importante no relacionamento deles, mas não é obrigatório, e ele fica chocado que Jimin sinta a necessidade de esclarecer que não está com vontade de fazê-lo.

- Eu estava pensando em construir um forte. - Jungkook sorri e dá um selinho na ponta do nariz.

Soa perfeito, então a viagem em direção ao apartamento parece muito longa. Ambos precisam tomar banho para que possam limpar suas mentes, então Jimin vai primeiro, permitindo que o Dom vá por último e pense em tudo o que aconteceu. Ele se pergunta como conseguirá encontrar Daeshim, se deve contar ao namorado ou se fazer sem o seu conhecimento. Ele não quer causar mais ansiedade do que já está envolvido, mas por enquanto ele tem que cuidar de seu bebê. Água quente e úmida cai sobre seu corpo quando ele ouve a porta do banheiro se abrir, então ele lava o rosto, se vira e ver Jimin, que está branco como papel.

- O que aconteceu?

O garoto está segurando o celular.

- Ele está ligando, Daddy.

Jungkook murmura um porra baixinho e pega a toalha limpa que ele deveria secar seu corpo, a fim de envolvê-la na cintura e sair do chuveiro. Não há nome para o número na tela, mas ele confia que Jimin tem certeza do que diz.

- Daddy pode falar com ele, bebê? - O garoto certamente não quer responder, e assente com cautela, oferecendo o dispositivo ao mais velho. - Agora vou pedir que você seja um bom garoto e faça algo por mim. - Jimin suspeita do que está por vir, mas não comenta. - Quero que você vá fazer duas xícaras de chocolate quente.

Não é que Jungkook tenha desejos anormalmente forte por chocolate, ele simplesmente não quer que seu bebê ouça aquele homem novamente. Ele também está com medo de não conseguir controlar a boca e não quer assustar o outro quando sua raiva não tem nada a ver com ele. O toque é o que faz Jimin decidir ir para a cozinha, mesmo que a curiosidade esteja comendo seu interior.

Assim que a porta se fecha, Jungkook bate no ponto verde da tela e leva o telefone ao ouvido, impaciente para falar.

- Ji...

- Você está falando com Jeon Jungkook. - Ele interrompe e uma pequena pausa se segue, a tensão óbvia entre os dois. - Ouvi dizer que você se interessou repentinamente pela meu submisso. - Seu tom está cheio de amargura e ele se sente mal por precisar falar sobre Jimin tão friamente. Eles não estão mais em um relacionamento Dominante/Submisso, estão apaixonados.

- Eu nunca teria imaginado que você o quisesse. Foi por isso que você interveio naquela noite, hein?

Jungkook já esta irritado, então passa os dedos pelos cabelos um pouco úmidos.

- Eu intervim porque você estava agindo como a pobre desculpa de um Dom que você é. Ignorar a palavra segura do seu Submisso significa violar a ética do BDSM e você deve ter vergonha de si mesmo.

- Graças a Deus por príncipes encantadores como você. - A conversa já está enfrentando mais sarcasmo do que Jungkook pode lidar com alguém que ele despreza, então ele sente a raiva começar a subir, agradecido por eles não estarem conversando cara a cara. - Você é tão metido que acha que pode roubar os Subs de outras pessoas.

É isso.

- Ouça-me, seu pedaço de merda. - Suas inspirações e expirações já estão se tornando irregulares. - Jimin não teria voltado para você depois daquela noite, de qualquer maneira.

- Não teria sido a primeira vez...

- Você abusou dele, seu filho da puta. Você o traumatizou...

Uma risada seca é ouvida do outro lado da linha.

- E você decidiu me entregar. Você pensa que é muito melhor que eu, mas ele sabe que é isso que você está pensando? - É quase chocante o quão bom Daeshim é em usar suas palavras para manipular, mas Jungkook não irá ceder.

- Se você chegar perto dele ou tentar entrar em contato com ele novamente, eu vou quebrar a porra do seu pescoço.

- É só uma questão de tempo, Jeon. Ele virá a mim sozinho, ele não é cego. Ele sabe que você poderia fazer melhor. - Pela primeira vez, o tatuador fica sem palavras, um calafrio percorre sua espinha. Ele nunca levou essa possibilidade em consideração. 'Não'. Jimin está ciente de como ele é amado, ele está fazendo o possível para mostrar isso todos os dias. - Mas até então, aproveite meus segundos desleixados.

- VÁ SE FODER! - Ele grita e joga o telefone na direção da parede, observando enquanto ele se espatifa contra o azulejo. Tudo fica embaçado ao seu redor e ele cobre o rosto com as duas mãos, incapaz de controlar a raiva que sente. Ele não consegue se lembrar de ter ficado tão chateado desde que saiu da casa dos pais, mas o som da porta se abrindo o faz voltar aos sentidos, então ele se vira e encontrar Jimin olhando horrorizado para o smartphone destruído.

Porra.

Esse era o telefone do namorado, não o dele.

- Min... - É tarde demais porque lágrimas já estão caindo do rosto do garoto. É quando toda a raiva é substituída pela preocupação e ele vai em direção ao garoto que recua. Ele parece ter visto um fantasma, seus olhos nunca se movendo da figura intimidadora e o estômago de Jungkook torce com a ideia de que ele assustou seu bebê. - Eu não vou... - Um nó se forma dentro de sua garganta. - Daddy não vai machucá-lo, bebê.

Jimin ainda está chorando e cobre o rosto com as patas do suéter, sentindo-se exausto. Ele está se sentindo pequeno e está tendo o pior dia possível, é como se a terra corresse debaixo de seus pés.

- Venha aqui, gatinho. - Jungkook o encoraja, mas o menino não se move, então ele se aproxima lentamente, esperando por uma reação. O menor começa a tremer quando braços fortes envolvem seu corpo e Jungkook sente seus olhos vidrados. Ele não é seu Dom. - Sinto muito, pequeno. Daddy não quis quebrar seu telefone, prometo que comprarei um novo para você.

Jimin não responde, ainda dominado pelos eventos e o tremor precisa de alguns minutos para parar, assim como as lágrimas.

Eles se movem silenciosamente para a cozinha depois que Jungkook veste roupas confortáveis ​​e o coração do mais velho se despedaça quando vê as duas xícaras de chocolate quente colocadas sobre a mesa. Pequenos marshmallows foram adicionados, formando um coração grande em cima de cada um...

- Eu tenho sido bom. - A voz do garoto está rouca e Jungkook se apressa em beijar sua testa.

- Meu bebê é perfeito. - Ele sussurra e segura o queixo para inclinar a cabeça para trás. - Sinto muito, Min. Por favor, me perdoe, eu não queria...

- Eu sei. Está tudo bem. - Jimin levanta na ponta dos pés para pressionar a boca suavemente antes de entrelaçar os dedos e guiar o mais velho em direção à mesa. Ele quer esquecer tudo nas últimas 24 horas, mas isso não é possível, então ele está tentando se concentrar no presente, mesmo que seja uma tarefa complicada. Ele sabe que seu Dom cuidará do seu problema e nem quer saber sobre a conversa que o namorado teve com Daeshim, pois confia nele 100%. - Você gosta disso?

- É tão bonito, anjo. - Jungkook o elogia e o puxa para que ele sente em seu colo. - Assim como você.

Jimin sorri fracamente e passa as mãos em torno de sua caneca para que ele aprecie o calor dela. Eles acabam construindo o forte mais bonito que decoram com luzes de fadas e o mais novo não se esquece de levar o único bicho de pelúcia que ele tem antes de descansar contra os muitos travesseiros. Taehyung é seu companheiro de sempre, mas se passaram alguns anos desde a última vez que eles fizeram isso e ele sentiu falta. Um corpo quente o recebe e ele descansa a cabeça no peito de Jungkook, seus olhos observando a maneira como as luzes estão brilhando.

- Vamos comprar um telefone novo logo de manhã, ok? - Jungkook ainda está envergonhado do que fez; ele não tinha o direito de quebrar coisas que não lhe pertenciam, mas está agradecido por o namorado entender que essa não era sua intenção inicial.

- OK.

- Minnie... - As palavras param antes de alcançar seus lábios, mas ele reúne seus pensamentos e tentou novamente. - Eu nunca te machucaria. - A afirmação sai como um sussurro e Jimin sente sua angústia porque se move para que seus olhos possam se encontrar. Os olhos de corça de Jungkook estão entregando a angústia que ele está sentindo e o garoto de cabelos rosa franze as sobrancelhas para a imagem alienígena.

- Eu sei. - Seus lábios encontram caminho em direção à testa do mais velho. - Você é sempre bom para mim. Você é gentil e cuida de mim.

- Eu te amo. - As costas da mão de Jungkook acaricia a bochecha gordinha com amor, incentivando seu bebê a deitar ao lado dele para que possam se abraçar.

- Eu também te amo. - Jimin quer dizer mais, mas mantém seus desejos para si mesmo, com medo de que eles não se tornem realidade quando os compartilhar. Ele espera que eles possam estar apaixonados para sempre, ele espera que Jungkook nunca se canse ou fique entediado dele, ele espera que possa ser muito feliz. - Obrigado por hoje.

- Eu sempre estarei aqui para você quando você precisar de mim. - Jimin sorri timidamente e beija o ombro do outro através do material que o separa da pele. - Foi um dia de merda, mas amanhã será melhor.

Um dedinho é levantado no ar apenas para ser enganchado por um mais longo.

- Promessa de mindinho. - O tatuador acrescenta e puxa seu namorado ainda mais para perto.


CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
──── ──────── ────
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

📝 Eu sei que este capítulo tem sido um pouco angustiado (eu chorei enquanto escrevia, então também estou sofrendo!). Mas eu prometo a você que é pelo bem da trama ~ Coisas angustiante virão junto com as coisas fofas, então aguente firme porque nesta casa amamos finais felizes!!

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top