[43] be careful, please

Não me acredito que chegamos em 10k ♡

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Jimin chegou mais tarde à empresa naquele dia, com a cabeça cheia de nervosismos e complicações. 

Mais de duas semanas tinham passado desde a visita do Jeon ao apartamento do filho e do namorado, e a cada dia o pai cada vez mais apertava com o filho, enchendo o seu celular de chamadas e mensagens, pois a mídia estava explodindo. 

A mídia estava rebentando, com todas as suposições que Jungkook obrigava Jimin a parar de ler. Estava rebentando com as notícias falsas que chegavam em seus ouvidos, com teorias criadas por toda a gente. Era um martírio, porque isso fazia-os procurar o casal ainda mais, querendo o veredicto. E a situação andava nas bocas de toda a gente, com a especulação de que se eles fossem mesmo casar então Park Jimin faria companhia ao Jeon na tabela dos mais ricos do mundo. 

E era ridículo ouvir aquilo todos os dias, especulando que Jimin apenas queria o dinheiro, sobre como Jungkook era um idiota por se deixar cair nos encantos de alguém que tem como profissão seduzir, com esse exato uso de palavras. O Jeon era agora considerado burrinho, com aquelas mentes retrogadas o perseguindo, tentando entender como se havia deixado cair por alguém que ele mesmo sabe e emprega o que faz. 

E, apesar de tudo, Jimin ainda aceitaria casar com ele de olhos fechados, mas depois de todas as coisas a vontade não era muita. Não queria casar com Jungkook por dinheiro, não se apaixonara por ele por esse bem material, mas era isso que iria parecer. E Jimin não era assim tão preocupado com aparências, mas conhece o funcionamento da cabeça de alguém, e com tantas especulações nem quer imaginar quantas pessoas acham que toda aquela relação se baseia em bens materiais, quantas dessas pessoas são seus familiares ou do seu namorado, quantas dessas pessoas pensam o pior dos dois, seja do mais velho como aproveitador ou do mais novo como o ser mais idiota do mundo. 

Era frustrante. 

Mas não seria isso que tornaria o dia frustrante. 

Jimin revirou os olhos para a excedida quantidade de jornalistas sendo barrados na entrada da empresa, sem saber o que aquele dia tinha de especial, até realmente prestar atenção à rua, ver duas ambulâncias, seguir o olhar de todo mundo direcionado ao cimo do prédio. 

E Jimin colocou a mão por cima das sobrancelhas, olhando para cima e vendo uma nuvem de fumo preto deixando o edifício insistentemente. 

Ele apressou-se a passar por entre os polícias que barraram o aglomerado de gente que gritava o seu nome, querendo apenas uma entrevista, mas ele passou reto, assustado, completamente assustado, com os óculos de sol pendendo em seu nariz, a bolsa correndo o seu ombro, subindo as escadas e caminhando pelo átrio até encontrar alguém conhecido. 

''Namjoon!'' Gritou, vendo o maior conversar agitado com duas funcionárias, que logo saíram correndo. E Jimin correu também até o alcançar. ''Nam, o que aconteceu? O Jungkook?''

''Jungkook estava tendo uma reunião na tecno quando- Jimin!''

O garoto saiu correndo para os elevadores, mas vendo o mesmo encravando no piso que pretendia ir, abriu a porta de acesso às escadas, ignorando os chamados do amigo, subindo-as em uma correria, ignorando a falta de ar que sentiu ao passar o sexto piso. 

E então, mais onze pisos acima, Jimin empurrou a barra de segurança com força, jogando-se para o piso, logo indo de encontro a um peito estufado, esbarrando a cara no crachá dourado preso no peito do homem, logo subindo para olhar o rosto do polícia. 

''Você não pode estar aqui.'' Disse-lhe, o segurando pelos ombros. 

''Eu...'' Murmurou, em bicos de pés, tentando ver o rosto do namorado algures por cima do ombro do homem alto. ''Eu trabalho aqui.'' Disse-lhe, com os pés assentes no chão. ''O meu namorado está aqui.'' Murmurou, sem saber se era a verdade. 

''Todas as vitimas estão lá em baixo, com os bombeiros e enfermeiros.'' 

Jimin semicerrou o olhar para ele, completamente sem ar pela correria, respirando fundo. 

Não. Jungkook não estava na entrada, ele sabia. Para além de que estaria ainda mais alarido se ele estivesse realmente lá, deixando-o convencido de que ele não estava realmente no piso térreo. Mas Jimin apenas virou costas, voltando a adentrar a escadaria, descendo-a com pressa, mesmo que sem correr, porque as suas pernas não o deixavam mais. 

E quando deu a cara na entrada, tendo Namjoon logo se aproximando de si, com o semblante aliviado por o ver. 

''Cadê ele, Nam?!'' Perguntou-lhe, com o semblante preocupado.

''Tenha calma.'' Pediu-lhe, murmurando, olhando em volta, procurando ouvidos alheios. ''Me ouça.'' O segurou no lugar. '' Jungkook está na garagem.'' Confessou-lhe em segredo. ''Tem uma ambulância, mas ele est- Jimin!''

E de volta às escadas, Jimin corria mais uma vez, ainda que com os dedos deslizando pelo corrimão de apoio, chegando rápido ao piso de baixo, procurando pela ambulância, mais tarde avistada estacionada no meio do estacionamento, com as portas abertas, Jungkook sentado na mala deles, com os pés assentes no chão, tendo uma mulher de estatura baixa aplicando algo no seu rosto. 

''Jungkook!'' O chamou, apressando o passo até ele, suspirando de alívio quando viu que o garoto lhe sorriu. 

''É só um segundo.'' O mais novo pediu à mulher, afastando-a com um toque leve, que logo o deixou para falar com um outro enfermeiro.

''Jungkook...'' Dessa vez o tom veio calmo, esticando os braços sobre os ombros dele e deixando-se ficar no meio das suas pernas, avaliando o seu rosto, checando se aquele curativo branco pequeno no canto da sobrancelha escondia algo grave. ''Você está bem?'' 

O garoto acenou, abraçando a sua cintura, mesmo que com dificuldade em mexer o braço. 

Então o maior parou-o, mexendo-se para o ver em total perfil, observando a manga da sua camisa completamente rasgada, chegando às suas costas, onde mostrava as mesmas, vendo os arranhões, ainda que leves, vastos na sua pele. 

''O que porra aconteceu, Jungkook?'' Ele se mexeu mais, quase tocando a pele dele com a ponta dos dedos, vendo-o se virar para facilitar a sua visão. 

''Tenha cuidado, por favor.'' Pediu, com o tom carinhoso, mesmo que estivesse se virando para lhe mostrar todos os ferimentos. 

''Está pronto?'' A mulher perguntou ao maior, que acenou prontamente, levantando-se, com o corpo curvado. 

Foi quando a camisa escorregou de sua pele que Jimin viu o ferimento maior.

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