⌜⌞ Capítulo Vinte e Sete ⌟⌝
Quando o filme acabou, Jisung comentou que aquilo era muito melhor do que um filme de terror. Era divertido e legal. Os dois ainda brincaram, gritando "Salvem as abelhas!", sem parar.
— O que vamos fazer agora? — Mark perguntou, enquanto tentava enrolar as madeixas loiras do mais novo.
— Eu não sei. O que você quer fazer? — Jisung olhou para ele. Mark apenas deu de ombros.
— O que costuma fazer nesse horário? — Mark quis saber.
Jisung parou um pouco para pensar, o que deu alguns segundos de contemplação exclusiva à Mark da sua beleza angelical. Realmente muito bonito.
— Eu costumo escutar rádio no meu quarto — o garoto respondeu, tocando delicadamente e repetidas vezes nos seus lábios, chamando a atenção de Mark àquele lugar.
Queria segurar o seu queixo, olhar em seus olhos e beijá-lo, talvez. Era loucura admitir para si mesmo, mas a distância entre os dois era pequena demais. Na verdade, Jisung estava praticamente nos braços de Mark, pois estava encostado nele de uma forma similar a um abraço. Talvez fosse.
— Podemos fazer isso — Mark se mexeu, o que fez Jisung se levantar e Mark fazer o mesmo.
Depois que arrumaram a sala, pois estava suja por conta das brincadeiras, eles subiram para o quarto de Jisung. O garoto mais novo pegou um CD que estava em cima da impressora, ao lado do computador, e o colocou no seu rádio amarelinho. Na verdade, era tudo amarelo e preto naquele lugar, e Mark não havia se surpreendido; era de se esperar.
A primeira música começou a tocar, num ritmo nada parecido com o pop e o hip hop que Mark era tão acostumado em escutar. Parecia ser uma música antiga, mas algo lhe dizia que não era. Na verdade, Mark nunca havia conhecido alguém com gostos musicais tão peculiares, se assim podemos nos referir àquela canção pouco comum.
Jisung estava jogado no chão, no tapete listrado de preto e amarelo, com as suas meias nos pés e sacudindo-os de um lado para o outro. Sei inglês não era tão afiado, mas ele conseguia cantar perfeitamente bem baixinho algumas partes da música. Mark estava escantado.
— Como ela se chama? — Mark perguntou, curioso para conhecer melhor aquela música.
— Everytime, de Boy Pablo — contou SungBee, apoiando a cabeça na ponta da sua cama.
Mark dissera que gostou, e sorriu quando Jisung sorriu também. Mas aquela canção acabou, e logo veio outra. Outra vez, Mark se surpreendeu com aquele tipo de música. A Abelha Ambulante contou que era "My Jinji", de Sunset Rollercoaster. Nunca havia escutado-a, mas ergueu a mão para Jisung e lhe chamou para uma dança sem jeito.
— Ah! Claro! — Jisung aceitou, se levantando do chão e puxando Mark consigo.
— Perdoe-me se eu travar — Mark riu, pois estava imitando os seus pais quando tiveram a sua primeira dança.
Eles viviam a contar a história de como se conheceram, e mais ainda de mencionar a frase marcante de seu pai. Por isso, era um orgulho estar usando-a num momento como aquele. Até porquê, Mark Lee nunca havia dançado com ninguém, exceto com o seu antigo cachorro.
— Perdoe-me se eu te ferroar — SungBee sorriu, e então se posicionou para dançar.
Uma mão segurando a de Mark e a outra em seu ombro, segurando-o com firmeza. Eram apenas dois amigos brincando de faz-de-conta, como num baile mágico de conto de fadas. Mas Mark sentia que aquilo era real, por isso segurou-o mais forte e se aproximou mais, iniciando uma dança desengonçada que ia de um lado para o outro, com dois pares de meias naquele tapete gostoso de se pisar e uma melodia de levar qualquer um para qualquer lugar.
E até Jisung encostou a sua cabeça no peito de Mark, grudando a sua orelha contra aquele tecido fino da camisa e escutando os seus batimentos cardíacos acelerados.
— Mark... Você gosta quando eu te abraço? — SungBee sussurrou bem baixinho, como se aquilo fosse um segredo.
— Gosto — Mark respondeu, também bem baixo. SungBee sorriu, satisfeito.
Mas então ele girou, e tentou deslizar sobre o tapete, mas acabou se desequilibrando e caindo na cama. Mas, claro, levou Mark junto com ele.
Enquanto apenas o instrumental tocava, os dois garotos fitavam um ao outro, lado a lado naquela cama antes vazia.
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