⌜⌞ Capítulo Trinta e Cinco ⌟⌝
A manhã era calma e silenciosa, exceto pelos pássaros que insistiam em espalhar os seus cantos por onde passa. O vento estava frio, pois o inverno já estava dando as caras e qualquer um podia sentir que seria rigoroso. Se não por isso, ainda tinha o apego às bebidas quentes que davam todo o apoio para a sensação de aquecimento. Um chocolate quente, talvez um chá e até mesmo um café.
Pois era exatamente isso o que Mark estava bebendo: um café bem quente feito pela sua mãe. Ele resmungou baixinho um xingamento ou outro, mas só porque havia queimado a língua. Ele realmente não sabia muito bem como beber café, mas gostava do gosto do líquido.
Seu telefone tocou, ele estendeu a mão para pega-lo e pouco se surpreendeu ao ver o nome "Jeno" na tela.
- Diga - atendeu, logo dando mais um gole no seu café.
- Vou te dar carona hoje. Já estou indo para a sua casa, então espero que esteja pronto - dissera o garoto do outro lado da linha.
- Absolutamente - respondera Mark.
- Que bom. Te vejo daqui a alguns minutos! - e desligou.
Mark respirou fundo e continuou bebendo o seu café. Quando acabou, avisou a sua omma que iria para a escola com Jeno e saiu apressado quando escutou a buzina.
- Bom dia! - cumprimentou Jeno e seu pai, logo quando entrara no carro.
- Bom dia, Mark! - responderam em uníssono.
- Pensei que havia me esquecido - dissera Jeno - Nem fala mais comigo!?
- Como não? Conversamos anteontem! - Mark exclamara, colocando o cinto de segurança.
Jeno revirou os olhos.
- Conversávamos todos os dias, antes de você se aproximar da Abelha Ambulante. - Jeno reclamou num tom azedo.
- Aish, tudo isso é ciúmes? - Mark sorriu, divertido, mas JaeNo estava bem sério.
- Você só fala com a gente de manhã, quando chega na escola, mas sempre se afasta quando vê o Abelha. Está se tornando algo desagradável! Estava até perguntando ao meu pai se você me reconheceria quando saísse de casa - contou Jeno.
Mark olhou para o sr. Lee, que estava focado demais no trânsito para prestar atenção numa conversa de adolescentes problemáticos e dramáticos.
- Me pergunto que merda vocês dois tanto fazem! - Jeno tornou a falar.
- Ei, Jeno! Sem palavrões! - seu pai o censurou. Era como se ele tivesse um radar que, toda vez que Jeno xingasse, ele era acordado do seu transe só para reclamar.
- Eu sei, pai - falou baixinho, desculpando-se.
- Me desculpe. Estou muito ocupado também, confesso. Quando chego da escola, sempre tenho que fazer algo. É trabalhoso, acho - Mark espalmou as mãos na mochila e engoliu em seco.
- Como...? - Jeno exigia respostas.
- Okay, Jeno... Você é um amigo esplêndido! Mas... não sei se devo contar. É algo que só eu sei, então isso meio que me consome.
Jeno soltou um suspiro cansado, um pouco preocupado com s preocupação de Mark.
- Hyung, você sabe que pode contar comigo para tudo! Apenas conte-me, assim poderei te ajudar - segurou uma de suas mãos e tentou passar confiança.
- Jisung gosta de Chenle, certo? - Jeno concordou com a cabeça, embora curioso sobre onde aquilo iria chegar - Ele manda cartas de amor para Chenle. No entanto, aquele chinês desgraçado que amo tanto... - respirou fundo, controlando os hormônios - ... ele o rejeitou na primeira carta. Para não deixar Jisung triste, eu respondi àquela carta, mas acabei entregando a errada.
- Error_404 - Jeno imitou um robô - Não entendi porra nenhuma desse final.
- Jeno! - seu pai bateu no volante, irritado por ter sido tirado a atenção por conta de outro xingamento.
- Eu escrevi duas fucking cartas... - Mark ia começando.
- Eu também seu inglês, Min Hyung - o pai de Jeno olhou-o pelo retrovisor.
- Eu escrevi duas cartas - recomeçou - Uma, fazendo desfeita do seu amor de um modo gentil; outra, aceitando-o de bom grado e interessado. Eu ia entregar a primeira, mas tudo deu errado para mim naquele dia. Jisung respondeu a carta e, depois disso, não consegui mais parar.
- Mas, Mark, você é um merda, viu?! - Jeno disse num tom impaciente.
- Preciso falar de novo, Jeno? - o seu pai intrometeu-se.
- Mas, pai, o senhor deve concordar comigo! - Jeno apontou para Mark - Hyung, essa foi a maior merda que você fez na sua vida, sério!
- Estou ciente disso - Mark estava tão triste que nem ficar bravo com Jeno conseguia.
- E agora?
- E agora que Jisung está apaixonado pelas cartas pensando que é Chenle, mas sou eu - contou, como se fosse uma coisa simples.
- Você tem que parar com isso e dizer a verdade para o Jisung. Isso vai sobrar para Chenle! - pediu JaeNo. - Não quero ver o meu chinêszinho nesse seu bolo mark-abelha!
- O que eu perdi, gente? Qual foi do "chinêszinho"? - Mark fez aspas com os dedos.
- Quando você me abandonou, me aproximei muito mais de Chenle - deu de ombros - Você não tem nem um pingo de senso!
- O quê? A culpa é minha?
- Todos sabem que você está apaixonado por Jisung. E não só nós, mas a escola inteira e até Jisung. - aquilo deixo Mark boquiaberto - Se eu fosse você, largava o Abelha Ambulante e dava uma chance pro Chenle.
- Eu amo SungBee - revelou, cruzando os braços e fazendo uma expressão de dar dó - Não vou desistir dele.
- Conte a verdade. Conte sobre a merda que está fazendo - Jeno pedira outra vez.
- Puta que pariu, Jeno! Mas será possível que sua boca tenha que ser tão suja assim? - dessa vez, o senhor Lee bateu mais forte no volante e se virou para encarar o filho, aproveitando que o sinal estava vermelho.
- Aish, tá bom! - o menino voltou a olhar para Mark. - Está dado o recado. Aliás, prometa que irá acabar com tudo isso e contará a verdade. Prometa!
Mark respirou fundo, depois estufou o peito para dizer:
- Eu, Mark Lee, prometo que irei parar de mandar cartas para SungBee e irei contar-lhe toda a verdade!
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