012

AKEMI, point of view
Tóquio, 🃏🖇️

— Vamos, me conta — Kuina diz

— Kuina.. — fui interrompida pela porta, que se abriu e Arisu e a garota apareceram no meu campo de visão — Arisu. — ele corre até mim e me abraça

— Akemi! — ele fala — Você tá bem? Eu pensei que tinha ficado no outro mundo — ele diz e eu sorrio pequeno

— Estou bem, e você? — perguntei a ele

— Agora estou melhor — ele fala — essa é a Usagi — apresentou a garota que sorriu envergonhada

— É um prazer, sou a Akemi — me apresentei

— Parece que interrompemos uma conversa aqui — a garota falou envergonhada — vamos embora Arisu — pede

— Tudo bem, podemos conversar depois? — ele pergunta antes de sair e eu assinto

— Como conhece os novatos? — Kuina pergunta interessada e com uma cara um pouco mais fechada

— Éramos melhores amigos lá fora, tipo eu e Chishiya — me sentei ao seu lado e suspirei

— Me fala sobre a música — ela pede

— Era sobre rejeição, Kuina — falei e passei as mãos pelo rosto — Foi a primeira vez que eu " namorei" uma garota — fiz aspas com as mãos

— Você gosta de garotas? — pareceu surpresa mas feliz

— Pensei que soubesse — falei e ri sem humor — Só que.. ela não queria que ninguém soubesse da gente, na frentes dos amigos dela, éramos só amigas, quando estávamos sozinhas.. — neguei com a cabeça, e me levantei, pegando o caderno e entregando pra Kuina, ela ia entender mais se visse a letra inteira.

— Princesa.. eu sinto muito — colocou o caderno ao seu lado, e se levantou, e me abraçou, nos separamos e ela continuou de pé na minha frente.

— Tudo bem, não foi sua culpa — sorri sem humor, e respirei fundo

— Me conta da festa, agora? — pediu Kuina

—Por que quer tanto saber o que aconteceu ontem?

— Eu fiquei preocupada com você — ela fala, agora com um semblante preocupado — O que ela fez pra te deixar tão brava?

— Ficou falando merda — falei olhando pra parede atrás da garota.

— Ficou falando mal de você? Isso não faz sentido, ela estava falando tão bem — Kuina não entende

— Ela não estava falando de mim — suspirei — ela está falando de você, Kuina — falei e a garota fica me olhando, sem reação

— De mim?.. por que? — ela pergunta, e da 3 passos à frente, e eu me viro pra olhá-la, fazendo a gente trocar de lugar.

Mordo o lábio inferior, pensando em alguma opção boa.

— Ela.. eu não sei — falei e a olhei — Ela só começou a falar merda, depois mandou a Ann calar a boca, depois falou merda de novo — falo

— Não, me fala direito — Kuina da 2 passos pra frente — Sei que tá escondendo alguma coisa — me olhou profundamente, e eu me amaldiçoei em minha mente por ter ficado arrepiada.

— Eu.. é... — tentei pensar em algo, novamente

— Vai, me diz, o que ela falou?

— Sim! — respondi uma coisa sem sentido pra sua pergunta

— Hum? — disse sem entender

— Completamente certa! — digo levemente nervosa

— Você não tá falando nada com nada — se aproximou mais de mim, e eu dou um passo pra trás, mas acabo caindo sentada na cama — Por que tá tão nervosa? — .

— Isso — concordei, com algo que nem eu sabia direito o que era — Opa, olha só, tá ouvindo? — ficou em silêncio

— Não estou ouvindo nada

— O Last me chamando! — falei e tentei me levantar, mas ela me prendeu — ele vai entrar aqui com aquela katana gigante, e não vai querer estar aqui pra ver... — alertei

— Eu vi o último chefe com o Aguni e o Niragi antes de vir pra cá, treinando — ela fala e eu encosto as mãos no rosto, tampando-o — Vamos, princesa. O que tá escondendo de mim que não quer falar? — .

— Tá, eu conto — eu definitivamente não vou contar — Ela queria ficar comigo, falei que não queria, ela perguntou se eu tinha alguém, eu disse que não, e ela começou a deduzir que eu tinha e você era esse alguém, começou a te xingar, e você sabe o que aconteceu depois — respirei fundo — Foi isso que aconteceu — Não foi isso que aconteceu.

Ah, agora eu entendi — ela se senta ao meu lado, e eu suspiro antes de olhá-la — Que você não tá falando a verdade, vou ter que perguntar ao Chishiya — .

Me levantei rápido, e caminhei até ficar uma certa distância entre nós.

— Porra, Kuina — falei e passei as mãos pelo cabelo

— Por que você não me conta?! — se levantou também — Por favor, Emi — me chamou pelo apelido que Chota me chamava, e eu me lembro do garoto, como ele esta? Como Karube está?

— Merda, Kuina, o que você quer que eu fale?! — gritei — Quer que eu fale a verdade?! Quer que eu fale que na verdade eu falei que gostava dé uma pessoa, e eu falei que era você? Quer que eu fale que eu tô apaixonada por você, porra?! — falei, e então, o silêncio invadiu o quarto.

Andei em passos rápidos até o banheiro, e me tranquei lá, ouvindo a garota bater na porta.

Deixei minhas costas escorregarem pela porta, e sentei no chão gelado.

Coloquei as mãos pelo cabelo, eu fiz merda, merda, merda, merda!

Por favor, abre — pediu baixinho, e então o barulho de porta é ouvido.

Ela deve ter saído.

Mas só por precaução, eu vou ficar aqui.

••

Agora já estava noite, e eu estava dormindo no chão do banheiro, quando ouvi fortes batidas na porta.

— Que foi, porra?! — falei alto

— Abre — ouvi Aguni falar, e eu abri a porta, ele passou e eu tranquei a porta do banheiro novamente — Por que tava chorando? — .

— Eu fiz merda, Aguni — me queixei e sentei em cima do vaso — falei pra Kuina que tô apaixonada nela — ele se aproximou de mim, com as mãos no bolso da calça militar que usava.

— Idai? — falou ele sério

— Idai? — repeti

— Eu não te ensinei tudo o que sabe pra você chorar quando fala pra alguém que tá apaixonada, Akemi — ele me diz me olhando sério — O chapeleiro não te escolheu pra ser a vice dele caso algo acontecesse, pra você chorar por coisa boba — ele me deu a mão, e eu a peguei, e ele me ajuda a levantar — Então que tal você lavar o rosto, e parar de ser uma adolescente na puberdade? — sorri pequeno, e assenti levemente

— Você tá certo, já passei por muita coisa, vou passar por muita coisa, posso deixar o choro pra depois — brinquei e ele sorriu pequeno, antes de destrancar a porta do banheiro, e ficar me esperando na frente do quarto.

Lavei o rosto, e peguei a minha bolsa, eu ainda estava com o biquíni vermelho, então fui de encontro ao Aguni.

— Vamos lá na piscina, conhecer os novatos — ele avisa e eu assinto

— Arisu eu conhecia lá de fora, junto com Karube e Chota — informei

— Um desses outros amigos era loiro? — ele perguntou

— Era.. Karube, por que?

— Por que joguei um jogo com o garoto, e tinha um loiro com ele — ele fala

— Mas então.. eles vieram juntos, mas se eles não estavam juntos quando Arisu foi no meu quarto hoje mais cedo, quer dizer que..

Porra.

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