009
AKEMI, point of view
Tóquio, 🃏🖇️
Já era outro dia, e Ann veio no meu quarto falando que haviam pessoas bisbilhotando a praia, e íamos interrogar eles, e eu vesti rápido uma roupa, dessa vez um biquíni vermelho, com uma blusa branca fina e clara por cima.
Peguei uma bolsa, e coloquei o caderno e as duas canetas, e coloquei em volta do meu ombros
Entrei na sala onde estavam os bisbilhoteiros com aninha irmã, e vi Arisu e uma garota amarrados numa cadeira.
— Arisu? — exclamei surpresa
— Akemi?! — ele falou no mesmo tom que eu, mas também aliviado.
— Princesa Miliciana — Mira me chamou — como o conhece? — perguntou e por incrível que pareça parecia um tom um pouco falso.
— Lá de fora — falei simples
— O que vocês tão tramando? — perguntou Ann pra eles
— É que a gente ouviu que as respostas estariam aqui — ele diz — qual o propósito desses jogos, e pra onde foram as outras pessoas. — .
A porta se abriu, e o chapeleiro, que estava com óculos de sol, e com roupas praianas entrou na sala com outros dois homens armados.
— É isso mesmo! A gente tem as respostas pra todas essas perguntas! — ele diz parando atrás dos dois, olhando pra eles.
Quando ele me olhou, me lembrei que tínhamos que conversar sobre ontem e fiz uma cara feia olhando pro chão.
— Sejam bem-vindos, a nossa Utopia, A Praia — ele diz e fez uma pausa dramática, e começou a rir.
— Esta é a sua resposta — ele diz aprontando pra parede falsa, e estala os dedos, e os dois homens que chegaram com ele, vão até lá.
Os homens abriram, revelando o desenho das cartas do baralho, e algumas tinham um X em cima.
— Eu vou falar a verdade — O chapeleiro foi na frente dos novatos, pormenorizou de costas para eles — só há um jeito de acabar com este pesadelo infernal, zerar os jogos e juntas todas as cartas do baralho — ele diz
— Todas as cartas do baralho? — Arisu diz
— Então se juntar as cartas, as coisas vão voltar a ser como eram antes? — a garota que até agora eu não sabia o nome, perguntou
— O mundo normal não pode, só uma pessoa pode retornar ao mundo antigo — Chapeleiro explica
Olha, tirando o Niragi, eu gosto desse lugar.
Mas eu realmente acho uma baboseira essa ideia.
— Só uma? — Arisu perguntou
— Não é possível que só uma pessoa possa zerar todos os jogos e juntar as 52 cartas, vocês não podem sair daqui sozinhos — ele diz — por esse motivo, todo mundo aqui trabalha em conjunto, pra que essa única pessoa posar ir embora — ele explicou — é exatamente esse o motivo da Praia, e eu fiquei sabendo que vocês tem cartas muito boas! — finalizou
— Então eu quero que vocês dois, façam a sua parte, e me ajudem a conquistar as cartas faltantes — ele continua
— E se a gente recusar? — Arisu perguntou
— Vocês não tem como recusar, os vistos de vocês vão expirar hoje! — ele diz mostrando um papel ao Arisu— Tem que participar do jogo, não é mesmo? —.
— A gente pode voltar se conseguir todas as cartas, isso é verdade? — Usagi pergunta
Eu realmente acho que não.
— Isso eu ainda não posso revelar, mas a fonte que me deu essa informação é confiável, e afinal de contas, antes de vocês três terem entrado nesse mundo, já tínhamos investigado tudo sobre esse país — Chapeleiro responde
— O que quer dizer com, este país? — Arisu diz confuso
— O fato de vocês terem recebido vistos, significa, que este lugar é um país — lembro dele ter explicado isso pra mim — as pessoas de Tóquio não desapareceram do nada simplesmente, a melhor hipótese é de que entramos em outro país acidentalmente— ele diz
Sempre achei essa hipótese ruim.
Se estávamos aqui, acho que é por um motivo.
— E se for verdade, quer dizer que tem um jeito de voltarmos — ele continua
— E por isso, nos que vivemos nesse país, criamos uma organização— Mira diz
— Usamos combustíveis fósseis pra gerar eletricidade, e chuva é usada como suprimento de água — Ann fala
— Temos armas de todo país armazenadas, entretanto, só algumas pessoas selecionadas tem permissão pra utilizá-las — expliquei
— O objetivo é nos unir pra conquistar todas as cartas do baralho — Kuzuryu diz
— E pra isso, aqui na nossa praia Utopia, existem apenas três regras — Chapeleiro diz
Primeira regra: vocês tem que vestir trajes de banho o tempo todo
— Não da pra esconder armas de fogo usando trajes de banho — ele diz — isso é óbvio! — ele explica — Aqui vocês podem beber, podemos usar a droga que quiser, podem até fazer sexo! — ele fala
— Sintam-se livres pra aproveitar a vida ao máximo — continuou — A chave das salas são clonadas, ninguém pode esconder nada! — terminou.
Segunda regra: todas as cartas do baralho devem pertencer à praia
— Quem contribuir com mais cartas, é promovido a uma posição mais melhorada, quando todos tiverem cooperado, e uma pessoa poder partir, se juntarmos cartas o suficiente, uma segunda pessoa poderá ir, ou ate mesmo uma terceira pessoa— ele diz — Vai chegar um dia, em que todo daqui vai conseguir sair! — ele diz sorrindo
— E quando isso vai acontecer? — Arisu perguntou — E se eu rejeitar a sua oferta? — .
Terceira regra da praia: traidores morrem.
— Quem ignorar isso, jamais ser perdoado pela praia — expliquei ao Arisu.
— Usagi, me desculpem — então está é a Usagi.. — eu arrastei você até aqui — ele diz
— Não se desculpa, não vim arrastada pra cá, eu escolhi este caminho — Usagi diz
Chapeleiro começou a caminhar e rir, enquanto mostrava a carta do 7 de copas.
— É o 7 de copas! A sorte está do nosso lado! — ele comemora e percebo que Arisu ficou um pouco incomodado
— Muito obrigado! — ele agradece — vamos considerar.. promover vocês dois pra uma posição mais alta — ele diz
— Bem vindos, aproveitem bem, a sua temporada na praia! — diz sorrindo
— Você aba empurro bem que não gosto de brigas — ouço chapeleiro dizer e apoio meu rosto em minha mão — Mas me conta, Akemi, o que te deixou com tanta raiva? — perguntou ele
— Ela mandou a minha irmã calar a boca — comecei a falar — foi desrespeitosa, e chamou a minha melhor amiga de vadia — falei e ele respirou fundo
— Fala a verdade, sei que não é só isso — falou e ficamos em silêncio — Você sabe que eu não vou te julgar — ele se sentou a minha frente
— Eu acho que tô apaixonada pela minha melhor amiga.
Silêncio.
— Agora entendi — ele riu baixinho — Conte pra ela
— Espera, não tá me chamando de vadia? Da última vez que falei que gostava de garotas, não foi essa a reação — falei
— Mas o gosto é seu, não tenho problema com isso — ele falou — da fruta que você gosta, eu também gosto — ele fala e eu rio baixinho
— Não posso contar pra ela — confessei e respirei fundo — Sabe, a garota, a.. — tentei fazer ele falar o nome da garota
— Tanaka — falou ele
— A Tanaka, chamou a minha melhor amiga de vadia, só por que falei que não queria ficar com ela, e que já tinha a " minha garota" — fiz aspas com as mãos — então ela começou a rebaixar a minha amiga, eu fiquei puta e não me aguentei, Dan. — falei e respirei fundo
— Tudo bem — deu de ombros e eu o olhei surpresa — Eu te entendo, foi o calor do momento, no seu lugar eu faria o mesmo — ele falou e eu sorri minimamente — Agora tá esperando o que? Vai contar pra ela — .
— Eu já disse que não posso — insisti
— E eu já falei pra contar, por que tem tanto medo de contar?! — questionou
— Por que eu tenho medo de ser rejeitada! — falei e respirei fundo — Na primeira vez que me apaixonei por uma garota, ela fudeu meu coração. — falei me lembrando dela — Na frente dos amigos, não estávamos mais juntos, sozinhas.. era diferente — confessei — era como se eu fosse boa pra cama dela, não pro seu lado. — suspirei
— Já pensou em escrever sobre isso? Uma música — falou ele — Uma música sobre rejeição, coloca tudo pra fora — ele fala e eu assinto, pensativa
— É realmente uma boa ideia — falei, e peguei a bolsa e abri, tirando o caderno de dentro, pensando num bom nome
— O que foi? — perguntou ao me ver pensativa
— Um título.. — falei
— Vai se foder — ele falou e eu o olhei confusa — esse vai ser o nome da música — falou e eu pensei
— Isso, e pra não ser um título muito explícito, eu posso abreviar — falei e peguei a caneta vermelha, escrevendo as iniciais, no meio da primeira linha da folha.
VSF
Mostrei pra chapeleiro, que sorriu.
— Ótimo, ficou perfeito — se levantou e beijou minha cabeça — agora que tal ir pra um lugar calmo, aliviar a mente e tudo mais — ofereceu e eu assinto, me levantando da cadeira — Quando terminar a música, e se declarar, fala pra mim — ele pede e eu concordei sorrindo, e aceno pra ele antes de sair do local.
Estava no meu quarto, novamente na escrivaninha.
Observei o que eu escrevi até agora na música.
Na frente dos seus amigos, você solta a minha mão
Se perguntam se estão juntos: É claro que não.
Denuncia sem me ver, um riso tão desajeitado
Eu sou bom pra tua cama, mas não pro teu lado.
Cantarolei baixo, até que pensei em algo.
E eu nem vejo graça mais no seu sorriso.
Meu coração não bate mais como era antes.
Não, exagerado demais, risquei a palavra coração, e coloquei a palavra peito.
Meu peito não bate mais como era antes.
— O que será que eu coloco a mais? — falei comigo mesma..
E a vida nunca fez tanto sentido
De perto, vejo que eramos distantes.
Então vai se foder.
Você e o seu rostinho lindo
Volta e vai viver
Com todos os seus amigos ricos
Boa, tá ficando legal.
Talvez agora eu possa falar sobre o desapego, como foi e tal.
Eu me esforcei bastante pra desapegar
E fiquei muito tempo onde você tá
Mas agora já não sinto mais a dor
Então vai se foder
Você é meu primeiro amor
(Alterado)
Me devolve o que eu te dei
Meu amor e o meu tempo
Você tem prioridades
Mas eu tenho sentimentos
Tá, eu tava indo bem, mas agora eu realmente não faço a menor ideia do que colocar.
— Merda — sussurrei, fechei o caderno e coloquei ele e as canetas na bolsa.
Resolvi ir pra área da piscina um pouco, vai me fazerem relaxar e pense um pouco.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top