Capítulo Nine
Park andava pelas ruas de Londres do outro lado da calçada longe das pessoas bem vestidas e mais agasalhadas, que vem rindo e sorrindo outras ao telefone ou papeando com alguém do lado, até que parou enfrente um lugar que chamou atenção pela música que tocava no lugar, um restaurante aconchegante e logo ali na mesa ao lado do enorme vidro que na verdade era escuro para quem estava olhando de dentro, mas super claro para quem olhava de fora, pode simplesmente ver uma família, uma mãe, um pai, uma menininha pequena, outra média e uma neném de colo todas meninas, alegres sorridentes, ouvindo música e se divertindo com seu papai ao lado é a outra tímida que ria sem parar e a neném sorridente tão fofas que dava vontade de estar no lugar delas, os olhinhos de Park de órbitas claras e castanhas eram tão clarinhas e agora brilharam como se tivesse acabado de polir a sua superfície…
Mas foi apenas uma camada das suas iniciais lágrimas e sorrindo sincero junto do suspiro que se diz sem palavras a sensação de quê….queria que fosse eu daquele jeito, abaixou a cabeça olhando a neve no chão e olhou a família feliz que sonhava ter um momento daquele na sua vida, ele sorriu e voltou a andar, assim que uma das meninas apontou pra si mesmo que não estivesse te vendo, mas não sabendo disso antes de ir embora pôs a mão no vidro junto da garotinha, que era uma graça e saiu andando com as mãos no bolso mas suas roupas brancas que combinavam com a cor da estação, o único destaque seria seu cachecol amarelo e seu cabelo loiro e os olhos claros. Mesmo que quisesse chorar no mesmo instante que uma lágrima caiu, ela se transformou em uma gotinha congelada com formação de pequenos flocos de neve de tão frio que estava, era instantâneo.
Ele olhou para o céu dando de ombros, com um beiço e sem nenhum peso nos ombros ou na memória, observava o movimento das nuvens e via alguns espaços do céu azul atrás das brancas carregadas de neves, desejava mais que nunca que o verão chegasse de uma vez.
A vida consegue me deixar curioso, pensativo e me faz suspirar todas as vezes aceitando mais um dia como o anterior que eu vivo e esta é a minha condição. Mas eu acho que não é errado, eu pensar que eu queria estar no lugar de daquela família, mas de verdade não consigo me imaginar nestas condições de vida, mesmo que seja o básico e mínimo que é ter a mínima condição e luxo…parece que não é um mundo que eu pertenço de fato, mas o que me deixa curioso é quê…eu não lembro dos meus pais, e nem de como eu de fato cheguei aqui.
Andei e vi muitos lugares bonitos, estou sempre no meio da guerra de classes sociais andando pelas ruas mas sou tão discreto que sou invisível afinal, quando se é o mais baixo da guerra de classes, você já não é enxergado. Mas eu tô sempre ali, você só não repara no tipo de pessoas que estão ao seu arredor, de um lado pode ter uma jovem vendendo doces para pagar a faculdade, do outro um homem vendendo quadros e miçangas feitas a mão com todo seu amor, carinho,desejo e desespero para ter no fim do dia o que comer, atrás uma família que luta todo os dias nos mesmos empregos ou mais para se darem o mínimo e cuidar dos seus filhos, e na frente os que não precisam mover muitos músculos para terem o que querem e a hora que querem, e no meio tem o que sobrevive da maneira que consegue encontrar, estando mais debilitado que todos os outros, mas que ainda não se rende nem para as doenças comuns para conseguir o mínimo para ter ao menos um teto e um pano para todas noites, dias, ventos, chuvas…e neve. Estamos todos no mesmo barco, mas alguns se recusam a olhar para o fundo do convés para ajudar.
Afinal não é todos os dias que você vê ou repara, em alguém como o Jungkook a pessoa que eu conheci que não precisei perguntar nada para saber que tipo de classe social ele teve seu berço de ouro, sendo gentil, ajudando alguém como eu que tem atenção de tão poucos por aí, mas o quê é surpreendente pra mim é que com ele não senti o sentimento de quê ele só me ajudou ou fez tudo aquilo, por dó. Não sei seus motivos, mas me intriga não ser por dó, se não é isso…o que é então? As pessoas deixam outras confusas, e nunca sabemos de nada direito, muito menos suas motivações para o que fazem… mas queria poder ter dito para ele quando acordei, eu quero bem saber…porque você tá fazendo isso? Porque me acolheu na sua casa, me pôs dentro do seu carro, me cobriu, me vestiu com seu terno, me fez café depois de dormir ao meu lado. Isso é por algum motivo? Eu não entendo. Eu queria entender…você me deixa, pensante demais em você.
Park, pensou enquanto caminhava pela cidade de Londres, de estômago vazio que estava acostumado ter uma única refeição por dia e passe 12horas sem nada e ainda ficar bem, afinal já foram tantas vezes que não passa mais mal, embora seja macro não chega ser anêmico e nem anorexo, de acordo com si próprio graças ao seus pensamentos. O que todos nós chamamos de prática da lei da atração, da matéria de física.
Onde você tá hein? seria legal te ver de novo, um amigo interessante. Sorriu Park de perguntando mentalmente. Enquanto caminhava, começou a cantar uma das suas músicas favoritas que ouviu uma vez tocando em uma doceria na época do natal que também nevou, assim como todos os anos mas a única música que gostou de todos os natais, está ele lembrou porque gostava da voz da mulher que cantava e da sua letra, e quando teve a oportunidade de ver pela vitrine o vídeo clipe da música amou mais ainda por completo ela, cantava e murmurava sempre que caminhava sozinho e sentia-se confortável.
— I want you to know that I'm never leaving,'Cause I'm Mrs. Snow, 'til death we'll be freezing. Yeah, you are my home, my home for all seasons, So come on, let's go… - Ele cantava naturalmente mas com o seu tom normal sem afinar ou engrossar — Let's go below zero and hide from the sun, I love you forever where we'll have some fun. Yes, let's hit the North Pole and live happily…Please, don't cry no tears now, it's Christmas, baby - ele cantava com um sorrisinho bobo com o pescoço soterrado no tecido quentinho e seu amigo, jungkook veio a mente e riu igual bobo na rua para si mesmo — My snowman and me… My snowman and me…e.e.e…Baby…
Na sua caminhada com a cantoria ele voltou para o abrigo com a sua pequena considerável família afinal todos ali se ajudam igualmente e logo estavam novamente com o fogo aceso debaixo do teto que criaram, sentados em colchões velhos mas inteiros pelo menos com cobertores grossos que já ganharam algum tempo, e ali esquentavam o corpo e dividiam o pouco que conseguiam comprar ou ganhar com moedas. Ele se sentou no colchão que dormia ali e o violão estava sempre próximo e uma das jovens meninas que convive ali amava o rapaz como um irmão mais velho e para algumas das mulheres ali o filho que criavam para ser o melhor deles pelo menos um para se salvar, acreditando nele mas não em si mesmos, infelizmente. Talvez isso mude, mas é tão certo que não.
— Jiji, onde esteve noite passada? Se perdeu novamente! Onde você dormiu, estava muito frio!? Você tá bem? - é uma garotinha muito pequena e curiosa, está se chama Lila.
— Lila, tenha modos, é falta de educação fazer tantas perguntas para alguém meu amor é inconveniente. - a mãe da garota disse trazendo a menina travessa para si e ajeitando seus cabelos com um amarrador novo que encontrou no chão — Uma pergunta de cada vez hum, sua intrometida. - a mãe brincou a menina que deu risada, era um doce de pessoa assim como a filha que estava criando mesmo naquelas condições — mas já que ela perguntou, é verdade você não veio noite passada para casa dormir conosco não é? - A mãe perguntou tranquilamente, está que se denomina ser June, uma mulher negra asiática que veio dos extremos para os lados africanos e indianos. Da pele mais bonita dos cabelos mais pretos e lisos, mesmo sendo pobre sem condições de lavar eles, eram ainda sim bem cuidados na maneira que encontrava ser possível mas não era uma mulher de cabelos bagunçados porque ainda tentava se sentir bem e mais ajeitada pelo menos com o que ama em si própria logo depois da sua cor.
— É, eu dormi fora, mas não se preocupa June, eu acho que posso dizer que eu estava em mãos de uma pessoa boa de verdade.
June deu um sorriso de conforto ao franzir a testa com um beiço só de ouvir a frase "em mão de uma pessoa boa de verdade".
— Que bom, que bom meu filho, graças a deus que você encontrou alguém bom de coração que não lhe fez mal e você voltou para cá São e salvo. E que Deus nos livre de toda e qualquer maldade. - June dizia aquilo de coração, enquanto arrumava os cabelos da filha com uma escova de lavar roupa, pois ela sabia o que era passar por mãos erradas e escapar do mal das ruas que existem ainda sim, com pessoas sem senso e noção. — Você fez um amigo?
Park sorriu, a mesma olhou ele sorriu também e juntos riram.
— Eu acho que sim.
— Mas tome cuidado, sim? Pois você pra mim é igual um filho também. - Ela disse acariciando o braço do rapaz — Afinal..
— Não sabemos quais são de fato as intenções das pessoas e é difícil acreditar em qualquer um. - ele completou a frase de June que sorriu e concordou.
— Toma meu filho, jade fez sopa para nós hoje, juntamos tudo o que tínhamos e a vovó nos ajudou indo naquelas bancas de esquina, ela disse que se diz fera. Então fizemos bastante para termos para comer por mais dois ou três dias - ela disse pegando uma cumbuca lavada em água fria nas torneiras de trás de alguns prédios ou restaurantes na esquina — Filha, coloca aqui pro Jiji, ele tá com fome filha.
— Desculpa não ter ajudado - ele disse sem jeito e sorrindo de lábios juntos o que ouviu.
— Não se preocupe, Jimin, aprendemos com você e a vovó! - June disse dando a cumbuca cheia de sopa de legumes esquentada no fogo ali que esquentava todo mundo. — Coma enquanto ainda está quentinho..
— Obrigado, June.
— Coma, coma… - ela sorriu e voltou a ajeitar os cabelinhos da filha e enrolar o cachecol na menina.
Park trouxe para seu colo a cumbuca de madrinha quente que saia fumaça de verdade tinha um cheiro ótimo tinha sido feita com muito amor, o estômago de Jimin embrulhou de uma vez só ao sentir o cheiro e o gosto também estava tão bom quanto o cheiro que dava mais fome, com batata, cenoura, abóbora, abobrinha, macarrão, tomate cozido, e ovos. Comeu devagar antes que passasse mal se virasse de uma vez, além de quente estava que até suava ao trazer a cumbuca para perto, mas estava de fato com fome não tanta pelo café da manhã se Jeon que estava ainda no estômago mas o cheiro, de comida caseira e feita com todo o carinho abria o apetite, não era todo dia que todos ali comiam duas vezes no dia ou até três agora que essa simples e humilde sopa é um banquete para eles.
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