[44] Gôndola, fogos e fim!
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[🥃🍒]
Aurora estava tão ansiosa, que mal cabia as emoções dentro de si. Já havíamos chegado no aeroporto, e eu pedi pacientemente para que ela esperasse nas cadeiras enquanto eu resolvia a burocracia da passagem, assim como a checagem das malas.
Eu queria que Aurora descobrisse o mais tardio possível, por isso escondi bem enquanto podia. Queria manter segredo para ela ficar ainda mais feliz quando soubesse.
— Vamos, Jeon, me conte para onde vamos! — ela apertava meu braço em um enlace apertado enquanto me olhava com os olhinhos brilhando e um sorriso bobo no rosto.
— Calma, já já você vai descobrir. Seremos chamados para área de embarque e o destino será dito.
— Porque continua me escondendo, quando já estamos aqui?
— Porque se eu demorar contar, você vai pular mais de alegria.
Ela riu, acomodando-se no assento enquanto apertava uma almofada redonda que havia levado para dormir.
— Eu deveria ter resolvido a burocracia da lua de mel, que agora quem estaria se remoendo de curiosidade seria você.
— Que crueldade meu amor! — sorri, beijando sua mão e mesmo que um biquinho estivesse presente em seus lábios, ela ainda sorria.
Os minutos se passaram, e logo as mensagens começaram a tocar pela área que estavam, e quando "Senhores passageiros, dirijam-se a área de embarco através do portão 6, com destino a Veneza, Itália..." Eu não me movi, fingi que aquele recado não era com a gente, passei pouco mais de alguns segundos olhando o lado de fora através da janela.
— Vamos? — Aurora nem se moveu, parecia estar aguardando agora sem expectativa, já que durante outras mensagens onde ela julgou que era a nossa, eu fiquei estático, do mesmo jeito. Contudo, assim que ergui a mão para ela, um pulo foi deixado da cadeira.
— "Vamos"? — ela sorriu — Vamos para Itália? — e aquele sorriso bonito, dobrou de tamanho quando assenti. E ao invés de segurar minha mão, ela rodeou os braços por meu corpo, apertando-me em um abraço bem apertado.
— Vamos para Itália, Aurora! — ela deu alguns pulinhos quando nos afastamos, e com sua mão direita segurou a minha, e com a esquerda suas coisas, correndo comigo até onde havíamos sido chamados.
— Eu não posso acreditar, nós realmente vamos até lá, juntos! Casados! — ela estava feliz, e sua alegria me contagiava de tal maneira que eu não podia evitar sorrir de suas reações.
— Viu só, sabia que ia gostar!
— Já estou amando com antecedência, Jeon!
— Tão fofa! — apertei sua bochecha, vendo-a corar, ainda animada de tal forma que vezes ou outra ela pulava e sorria para os ventos graças a animação.
Esperamos todo o tempo necessário, e confesso que demorou bastante, contudo no fim das contas entramos e desfrutamos da vista incrível, por mais que só desse para ver os pontinhos de luz brilhantes de Seoul, ainda era algo bonito.
Como havíamos viajado no meio da madrugada, nós acabamos dormindo e acordando perto do amanhecer. A viagem era extremamente longa, mais de 15 horas de viagem e sendo sincero, foi bem cansativo, mesmo que tenhamos passado boa parte dela dormindo.
— Ei, amor... — balancei seu corpo com cuidado, ela estava com a cabeça apoiada em meu ombro, enquanto apertava a almofada e dormia profundamente — Já estamos chegando, logo vamos pousar! — avisei, e no mesmo momento ela ergueu o corpo animada, esfregando os olhos com cuidado.
Aquele com certeza era o voo mais longo que já havia feito na vida. Mas sinceramente, era o que me trazia a melhor sensação possível. Quando estávamos pousamos, olhamos pela janela, analisando o chão se aproximar cada vez mais, o que só ia aumentando nossa ansiedade.
— CHEGAMOS! NÓS CHEGAMOS! — ela me abraçou quando o aviso de que havíamos pousado soou pelo avião. Aurora retirou os cintos e já foi se levantando animada, e seguimos com cautela e ansiedade para fora do avião aos poucos.
— Que alívio! — disse, enquanto esticava o corpo.
Seguimos até a área de desembarque, pegamos as nossas malas e fizemos as últimas coisas que era preciso no aeroporto, antes de sairmos. Seguimos juntos até um ponto de táxi, sendo acolhidos gentilmente por um senhor de cabelos grisalhos, boina e chinelas.
— Para onde vocês estão indo? — foi um alívio ouvi-lo falar inglês, tanto eu quanto Aurora sorrimos e indicamos o hotel que ficaríamos hospedados.
— Palazzo Pianca — ele soltou uma risadinha sutil, talvez pela pronuncia de Aurora.
Já era noite, e as ruas estavam bastante iluminadas. Veneza era mais bonita do que imaginávamos, parecia a cidade dos sonhos, de tão bonita que era. Observávamos tudo através da janela do táxi, era tudo muito bonito, assim como os olhos dela, que brilhavam ao ver a cidade.
Nós chegamos ao hotel em menos de 30 minutos talvez, e o lugar era acolhedor e elegante, tinha um aspecto rustico por fora, porém quando entramos, nos deparamos com um interior bastante sofisticado, e cheio de detalhes.
— Sejam bem-vindos, vocês devem ser Aurora e Jeon? — fomos rapidamente atendidos por uma moça que surpreendentemente era coreana — Sou Choi SeunJi, estou aqui para ajudá-los durante sua estadia.
— Oh, que interessante! — Aurora apertou meu braço, sorrindo ao sermos tão bem recepcionados.
— Vamos apenas conferir sobre as reservas, e já os levo até o quarto. — ela pediu para que a seguíssemos, e assim fizemos, fomos até o balcão, confirmamos e conferimos se tudo estava certo, e fomos levados até o 3º andar, onde estava nosso quarto. A porta com número 6 era nossa, e fomos deixados ali para que aproveitássemos.
— Uau, que incrível! —minha esposa disse ao entrar, abandonando sua mala ao lado da porta.
E era realmente bonito, as paredes tinham um papel de parede com tonalidade dourada e marrom, o piso era de madeira escura e algumas das paredes, haviam janelas grandes, cobertas por persianas bege. Caminhei na frente, procurando pela porta que dava até nosso quarto, onde nos deparamos com a mobília elegante e rustica, e sobre a cama algumas pétalas vermelhas.
— O banheiro não tem porta? — ela parou ao lado do portal, onde dava acesso a um banheiro.
— Na verdade, esse é só um banheiro de diversão! — sorri, caminhando até ela, que tinha um sorriso divertido beirando seus lábios.
— Você quem pediu para colocar as pétalas? — Aurora segurou o colarinho de minha camisa, soltando apenas para vagar com os dedos pelo meu peitoral.
— Vamos ter que tirá-las! — sorri, subindo os dedos pelo seu pescoço, até tocar os fios de sua nuca.
— Podemos tirá-las depois... — ela sussurrou em meu ouvido, causando borboletas nervosas e ansiosas no meu estomago.
Meus dedos, dedilharam um caminho de seus braços até suas costas, antes de segurar sua nuca e deixar a pele do pescoço exposta para mim, esperando meus beijos, que logo os deixei, selei sua pele, sendo capaz de ainda sentir seu perfume, mesmo que não muito forte.
— Deveríamos tomar um banho... — ela alertou baixinho, entre arfares. Suas mãos apertavam minha camisa, tentando controlar seu próprio corpo, no entanto o aperto no tecido só me deixava mais próximo.
— Teríamos que tomar banho depois de qualquer jeito! — sorri ladino, afastando-a apenas para rapidamente pegá-la no colo, ouvindo uma risada entre seu aperto em meus ombros, por ter sido pega de surpresa.
Eu a colocaria na cama, mas fiquei com ela naquela posição, observando seus olhos enquanto colocava uma música para tocar na rádio, que parecia estar perfeitamente regulada para aquele momento, pois tocava uma música romântica. O som estava baixinho, se misturando com nossas batidas, as batidas de dois corações agitados pelo amor.
— Não vai me soltar? — ela sorriu, olhando em meus olhos com aquele brilho tão intenso que só ela tinha.
— Vou, mas quero observá-la assim. Observar a primeira noite com você sendo minhas esposa! — ela escondeu o rosto em meu pescoço, enquanto eu dava passos suaves até a cama, onde ao posicionar um joelho sobre ela, deitei Aurora com o maior cuidado, sem desfazer a conexão de nossos olhares.
Eu a olhava de cima, observando o rosto com um pouco de maquiagem, os cabelos com ondas ainda do penteado espalhados pela cama, o colar caindo em seu pescoço e seu sorriso, deixando ainda mais evidentes suas bochechas vermelhas.
— Eu te amo Aurora! — beijei sua bochecha.
— Eu também te amo, Jeon! — tocou meu rosto, alisando minha pele enquanto aos poucos eu me aproximava para beijá-la.
Meus toques caminharam suavemente por seu corpo, desde seu rosto, até sua cintura. Retirei seu vestido, e beijei sua pele ouvindo seus leves arfares. Nosso amor parecia mais profundo naquele momento, e eu notava pelo nossos toques, nossos beijos, nossas palavras. Era tudo ainda mais especial do que o de costume...
Seus dedos desceram por meu peitoral após abrir minha camisa, descendo os dedos por meus braços. Ela beijou meus lábios, maxilar, pescoço, clavícula, meu braço rodeado pelas tatuagem e meu peitoral, beijou tudo como se deixasse claro que tudo aquilo era unicamente dela... E realmente era. Eu pertencia apenas a Aurora, e jamais pertenceria a outro alguém.
— Você é lindo, Jeon! — sussurrou quando estava sobre meu corpo, minhas mãos em seu quadril, seus dedos em volta de meu pescoço e e seus cabelos jogados para o lado.
Eu sequer tinha fôlego para retribuir seu elogio, nós estávamos em um momento intenso, tê-la se movendo com tanta maestria, em uma velocidade tão gostosa, seus dedos marcando minha pele com suas digitais, os nossos gemidos se misturando, era tudo muito... prazeroso.
— A-aurora... Pelos céus! — ergui-me, abraçando-a, sentindo o calor que ela exalava ainda mais de perto.
Beijei seus lábios, em uma intensidade profunda, mordendo seus lábios inferiores antes de sorrir e selar sua bochecha. Ela agora cavalgava, continuava no controle, e eu enlouquecia, até o meu limite. O limite mais prazeroso da minha vida...
Caímos na cama, um ao lado do outro, porém nossas mãos estavam unidas. Nossos suspiros podiam ser ouvidos, e aos poucos eles iam se acalmando. Eu olhei para o lado, admirando ela de olhos fechados, lábios abertos e bochechas coradas. Seu peito subia e descia, e eu jamais podia explicar o quanto ela estava linda.
— Você também é linda! — respondi ao seu elogio de mais cedo. Seu sorriso se abriu.
Aurora girou para estar ao meu lado, abraçando meu corpo mesmo que estivesse soado. Eu retribui seu abraço e beijei o topo de sua cabeça.
Nós ficamos daquele jeito, esperando apenas a calma vir até nós, para que tomássemos um banho, esse que quando chegou, trouxe o aconchego dos nossos corpos, o amor e a felicidade por estarmos dividindo uma banheira de espumas e amor...
[...]
No dia seguinte, nós aproveitaríamos para explorar a cidade. Acordamos cedo, abraçadinhos e quentinhos, vislumbrando a vista bonita que ocupava nossos olhos, graças a janela. Aurora se levantou primeiro, dando-me a vista de seu corpo coberto pela minha camisa, amarrotada, mas que caia bem em seu corpo.
— Por que o café já está pronto? — ela disse, sorrindo para mim ao abrir a porta da varanda, que dava acesso a vista das ruas italianas, e a sua frente, uma mesinha redonda, de vidro com vários aperitivos para o café da manhã cobertos por uma telinha, evitando que qualquer coisa deixasse o café não comestível.
— Digamos que eu pedi um pouco antes de me mexer um pouquinho para que acordasse — ela sorriu, roubando um biscoitinho de chocolate, antes de voltar até a cama e seguir até mim de joelhos e ficar sobre meu corpo.
— Que romântico! — sorri, subindo meus dígitos por debaixo da camisa, me apaixonando novamente pelo rostinho redondo e os olhinhos inchados, que eram resultado da noite longa e gostosa que tivemos.
— Você é linda até mesmo de manhã! — ela sorriu de lábios fechados, brincando com meus cabelos antes de me abraçar.
— Vamos aonde primeiro? — ela perguntou, dando beijinhos na curva de meu pescoço.
— Quero levá-la até um lugar, vamos andar de barco. Antes do almoço! — alertei, afinal eu ficava enjoado quando andava de barco depois de alguma refeição mais forte.
— Vamos tomar café então, e nos arrumar! — assenti.
Nós nos levantamos juntos, sentando sobre as cadeiras e tomando café. Conversando e aproveitando o clima acolhedor, confortável e aconchegante.
Em seguida, nos arrumamos. Aurora vestiu uma roupa que combinava com o local. Um vestido cheio de flores azuis no tecido branco, mangas bufantes e um par de sapatos casuais brancos que eram confortáveis. Nos cabelos ela os deixou soltos, e estavam bonitos porque ainda tinha um pouco do resquício do laquê, o que dava ondas charmosas, e no rosto, maquiagem bem básica.
Quanto a mim, eu optei por uma bermuda preta, acompanhada de uma camisa de mangas curtas branca, e sapatos iguais o de Aurora, e não me esqueci de pegar um boné, porque caso sol ficasse muito quente, eu os daria para minha esposa.
Ela pegou uma mochila e me esperou pegar minhas coisas, antes de estender a mão e me guiar para fora.
Nós passeamos pelas ruas de Veneza, parando pelas banquinhas, e lojas de roupas, miçangas e comida. Em uma das ruas que passamos, uma melodia romântica tocava no violino, e onde ele estava, era justamente onde pegaríamos o barco.
— Chegamos!
— Que barco lindo! — ela sorriu, unindo as mãos sobre as bochechas. O barco era vermelho, e estava decorados com várias flores, aquela decoração era exclusiva para recém casados.
— É uma gôndola! — corrigi baixinho.
Entrei na gôndola antes dela, estendendo a mão para que ela se segurasse e entrasse sem medo. A gôndola balançou algumas vezes, fazendo-a se assustar e entrar com tudo, mas por sorte permanecemos no lugar e o responsável por andar com a gente pelas águas dos canais de Veneza, não ficou para trás. Nós rimos em seguida da situação, um pouco envergonhados.
A gôndola parecia seguir com a melodia do violino que era tocado em algum lugar, distante dos nossos olhos.
Tudo em volta parecia mágico, até mesmo as pessoas pareciam simpáticas e românticas. Aurora inclusive, se encaixava muito bem naquele cenário, seus olhos brilhantes olhando com cautela e atenção as casas, prédios, estabelecimentos e pessoas que iam ficando para trás. E seu sorriso sempre que via algo engraçado, ou na qual fazia com que ela me chamasse e apontasse para que eu vesse também... Mal sabia ela, que meu acenar e sorriso idiota no rosto eram resultado do meu amor por ela.
— Jung Kook, olha, olha! — ela apertou meus ombros, erguendo o indicador até uma árvore repleta de flores amarelas.
— Uau, que bonita! — disse sorrindo, apoiando a cabeça em seu ombro.
— Eu nem acredito que estou aqui... É tudo tão lindo e... romântico.
— Eu sabia que ia gostar.
— Eu quase tive um surtinho de ansiedade, mas valeu a pena! — ela beijou minha bochecha, passando a ponta dos dedos em meus cabelos quando se afastou, como se alinhasse minha franja, para que não machucasse meus olhos. — Quando nos conhecemos, lembro que você usava aquele undercut.
— Eu acabei mudando após um tempo — sorri — Como você prefere?
— Você fica lindo com qualquer corte de cabelo.
— Não... Você não viu quando servi no exército, eu de cabelo raspado fiquei um horror... — ela riu, negando como se não aceitasse.
— Só acredito se ver uma foto, pelo contrário, vejo que ainda estava um gatinho.
— Meu pai deve ter alguma, ele tirou um monte no dia de ida.
— Quando chegarmos, irei atrás de uma — assenti. Nosso trajeto aos poucos se aproximava do fim.
— Aurora, eu te amo! — virei seu rosto para mim — Te amo, te amo muito! — abracei seu corpo.
— Eu também te amo, demais Jung Kook! — retribuiu o abraço.
Quando retornamos ao ponto de onde partimos, agradecemos e saímos. Passamos a tarde caminhando por Veneza, conhecendo os lugares, provando comidas diferentes e fotografando. Parecia que cada lugar onde passávamos, ganhava um toque de nosso amor.
— Vamos voltar agora, depois quero levá-la para jantar!
— Um jantar romântico na Itália! — ela balançou nossas mãos enquanto caminhávamos pelas ruas.
Nós andamos apenas pelos arredores naquele dia, lugares que podíamos ir de a pé ou nas bicicletas guiadas, porém nós próximos dias, usaria o carro que o próprio hotel oferecia.
— O que você vai vestir? — ela perguntou, enquanto olhava suas roupas na mala.
— Ainda não sei! — ela assentiu, continuando sua busca pela roupa ideal para a noite.
No fim, acabei escolhendo uma camisa de mangas curtas na cor creme, colocada para dentro da calça preta em conjunto aos sapatos sociais. Já Aurora, estava vestida em um vestido branco, onde a cintura era presa por uma simulação de espartilho dourado e aos pés, um par de saltos dourados, porém extremamente delicados. Ela também havia deixados os cabelos soltos, e feito uma maquiagem leve nos olhos, porém seus lábios estavam bonitos no batom vermelho marsala.
— Que sorte a minha! — disse, fotografando minha garota com a câmera do celular, enquanto ela passava um pouco do perfume.
— Não seja bobo! — disse tímida, suas bochechas acabavam corando sempre que a elogiava.
— Você é linda demais, preciso me conter, pelo contrário te elogiaria a cada segundo. — ela riu, colocando as mãos sobre o rosto por estar envergonhada.
— Jung Kook, pare de ser bobinho! — Aurora deixou seus passos virem até mim, olhando-me nos olhos agora um pouco mais de perto por conta dos saltos.
Ela me olhava nos olhos, sorrindo com os lábios fechados. Eu estava parado, esperando que ela fizesse algo, e confesso que os pelos de meu corpo se arrepiaram, quando seus dedos tocaram meu pescoço, fazendo um carinho com a ponta dos dedos em minha nuca.
— Nós precisamos sair agora!
— Eu sei! — ela sorriu, beijando meu queixo — Eu só quero te provocar, mesmo! — ri, balançando a cabeça desacreditado.
— Se continuar assim... — disse deslizando os dedos de suas costas até a cintura, onde pressionei-os, puxando-a para perto com agilidade, de tal modo que ela acabou soluçando com o puxão repentino. — Vamos ter que pensar em ficar em casa! — beijei sua bochecha, vendo ela rir nervosa.
— Acho melhor nós irmos, eu estou com muita fome! — disse divertida, puxando o ar pelos lábios, andando na frente enquanto balançava as mãos.
Era engraçado como conseguíamos brincar com as emoções um do outro. As vezes ela quase me deixava mole com suas palavras e ações, mas eu também conseguia fazer o mesmo.
— Vamos pegar o carro! — avisei, erguendo as chaves que haviam sido deixadas comigo quando chegamos mais cedo. O hotel tinha essa vantagem de já oferecer o aluguel, saia mais caro, mas facilitava.
— Vamos, vamos! — ri de sua animação. Segurei sua mão, e nós saímos juntos.
Descemos pelo elevador até o estacionamento, apertando a chave do carro enquanto tentava achá-lo entre os outros, mas na verdade ele estava bem visível e digamos que separado dos outros para facilitar o encontro, assim como havia um selo com o número do quarto em que estávamos hospedados.
— Sabe que modelo é? — perguntou.
— É um "Nivus", mas não sei mais que isso. Só sei que o carro alugado é melhor que o meu — ela riu, abrindo a porta quando destranquei.
Aurora e eu analisamos o carro, antes de darmos partida, selecionando uma música pelo painel: Maroon 5; Girls Like You.
Era difícil explicar a sensação de dirigir ao som daquela música, Aurora cantava baixinho, brincando com o próprio corpo na tentativa de dançar disfarçadamente, mas sempre que chegava no refrão ela se empolgava.
As luzes de Veneza, a música, meu coração quente, o sorriso em nossos rostos e Aurora, era o combo perfeito do momento. Aquele instante simples e com amor, fazia-me relembrar de como nos conhecemos, do nosso primeiro beijo, da primeira vez que segurei sua mão, nossa primeira briga e da nossa fuga debaixo da chuva... do pedido de namoro, da nossa primeira vez, da cachoeira... do pedido de casamento, do sim, do agora...
— Aurora, esse é o momento mais feliz da minha vida! — disse quando estacionamos — Você é a maior certeza da minha vida, saiba disso sempre.
— Saber disso, aumenta minha felicidade, mas saiba que você é minha certeza também. Eu não me arrependo de nada que fizemos juntos, e que faremos! — ela tocou minha bochecha, sorrindo e eu não evitei sorrir também.
Nos olhamos por alguns segundos, até nós afastarmos e descermos do carro.
O restaurante era grande, algumas das mesas ficavam do lado de fora e a que reservei era justamente ali, próxima a um dos canais de Veneza, e um pouco mais tarde, poderíamos ver os fogos de artifício que decorariam o céu.
— Nossa mesa é ali! — a guiei até onde iríamos nos sentar. As mesas eram redondas, de vidro e rodeadas por detalhes brancos enquanto os assentos eram de madeira trabalhada, com uma almofada onde sentavamos.
— Aqui é tudo tão relaxante. — concordei, observando os olhinhos brilhantes de Aurora atentos a tudo ao redor.
Nós não fizemos muito, pedimos um prato que diziam ser bom e comum naquele restaurante e enquanto esperávamos conversamos sobre os planos para os próximos dias. Tivemos uma noite muito boa, e quando terminamos esperamos pelo horário dos fogos, tomando um Marco De Bartoli – Vecchio Samperi Ventennale S.A. – Sicilia, vinho famoso na Itália.
— Aurora, está pronta? — ela abriu os olhos um pouco mais, não entendendo ao certo do que eu estava falando. Ela não sabia sobre os fogos.
— Se for coisa boa, estou sim! — Ri, olhando o relógio. 10 segundos.
— Olhe para lá — Apontei para o céu, onde haviam avisado que tudo brilharia.
Ela virou o olhar, analisando bem aquela região indicada e um sorriso já se formou quando o som do primeiro fogo ecoou no céu e em fim estourou, iluminando o céu com sua beleza. Ela se assustou com alguns que eram mais altos que o esperado, mas ela achou tão bonito que se levantou para olhar com mais atenção.
— Que coisa mais linda. O céu ficou tão colorido.
— Aurora... — segurei sua mão com cautela — Vamos vir aqui quando tivermos 80 anos e ver os fogos de novo.
— Com certeza, Jeon!
— Aurora!
— Jeon!
— Eu te amo!
— Eu te amo mais, muito, muito mais! — beijou minha bochecha, e em seguida meus lábios, sorrindo entre o beijo.
Nos abraçamos, olhando o céu juntos. E naquele instante, eu agradeci, a Deus, ao universo, a vida e a tudo, porque sorte como a minha não havia. A sorte de encontrar alguém no qual eu posso amar tão profundamente, alguém que retribui meu amor.
Aurora é o meu amor!
Aurora é aquela que mesmo que o amor deixe de existir, ainda estará lá, com o seu bem guardadinho e pronto para me dar até a última gota.
Aurora é a mulher que eu vou amar para sempre.
Jung Kook é aquele que vou amar para sempre, e que mesmo que o mundo acabe, eu ainda o terei para ser minha casa e meu refúgio.
Jung Kook é o homem que me mostrou a verdade do amor!
E aqui, nós nos despedimos de mais um universo. A história de Jeon e Aurora chegou ao fim para nós, mas o amor deles ainda estará existindo por muito tempo!
Meu agradecimento mais profundo por todos que acompanharam esse romance. Meu amor por esses dois não tem fim, e agradeço por terem me incentivado tanto e por todo o carinho.
Peço desculpas pela demora com as atualizações, mas eu entreguei o meu melhor para essa história, e espero que possam sentir meu esforço e amor em cada palavra escrita.
Obrigada mais uma vez a todos, vocês são meu pacotinho de esperança! Espero que tenham gostado e não se preocupem, pois nós veremos em um outro universo!
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