[38] tulipas, fantástica e banho
Boa leitura! 💜
Não se esqueça do votinho! 🥃
#beatsandcherry 🍒
p.s. esse capítulo contém conteúdo de sexo explícito
Fazia-se duas semanas desde o acidente, e três dias que eu havia recebido alta e estava em casa sob os cuidados de minha mãe, Jimin e sempre que podia, Jung Kook!
Eu estava bem, já conseguia movimentar o braço e a ferida estava cicatrizada, azar que provavelmente ficaria uma marca ali, mas de qualquer forma eu ainda podia escondê-la quando quisesse. Era melhor do que perder a vida.
Naquela tarde de sexta, eu estava assistindo um filme com Jimin, enquanto minha mãe preparava suas malas para voltar, ela havia conseguido um trabalho e começaria em dois dias, por isso não evitei em incentivá-la a voltar e se preparar.
— Tem certeza que consegue limpar e trocar os curativos direitinho? — concordei novamente — Filha, ligue para o seu pai se for preciso.
— Certo, mãe! — levantei-me, sentando na cadeira ao lado da porta, onde algumas malas já estavam, e agora ela guardava os sapatos.
— Fique tranquila tia Sun, eu vou olhar os curativos dela no horário — meu irmão alertou, sendo atencioso em ajudá-la com as malas.
— Mãe, já cicatrizou e eu já tirei os pontos... — afirmei, afinal eu conseguia cuidar delas sozinha.
— Esse é o horário melhor para pegar estrada, eu ainda não me acostumei em dirigir — ela dizia rindo, fazia pouco tempo que ela havia voltado a usar seu bom e peculiar carrinho verde, era a uma mistura de fusca e Gipe.
— Não quer que eu vá com a senhora? Eu volto de trem — Jimin ofereceu, preocupado que o carro não aguentasse toda a estrada e ela estivesse só. Sim, ela veio, mas demorou um dia inteiro.
— Não seja bobo, confia na mãe de vocês! — Jimin ficou fraco, ele amava quando minha mãe referia-se a nós como filhos.
— Sentirei saudades tia Sun! — abraçou seus ombros por trás, segurando as malas antes de abrir a porta e coincidentemente, Jung Kook estava parado com o punho erguido como se fosse bater.
— Bom dia! — soltou surpreso.
— Boa tarde, Kook! — Jimin disse rindo, passando por ele.
— Tia Sun... Eu trouxe flores para senhora! — ergueu um buquê cheio de tulipas azuis, apertando o garoto em um abraço, que tomou cuidado com as outras flores em suas mãos.
— Aurora... — aproximou-se de mim, beijando minha testa antes de entregar o segundo buquê, cheio de margaridas.
— Obrigada! — beijei sua bochecha, antes de afastar para colocar as flores em um jarro com água.
— A senhora já está indo? — ela balançou a cabeça, concordando meio tristonha.
— Eu deveria ter vindo mais cedo e trazido algo gostoso... — Jeon lamentou, sendo acolhido por um forte abraço de minha mãe.
Minha mãe, ficou um pouco mais com a gente, até uma ligação tirá-la do clima bom de conversa e ela perceber que precisava ir logo, para aproveitar o bom trânsito.
— Estou indo, pequeninos! Cuidem-se — disse ela, após abraçar nós três e acenar próxima a porta do carro.
Estávamos na calçada, e esperamos ela subir toda a rua e virar a esquerda para que finalmente voltássemos para casa.
— Tia Sun fará falta — meu irmão quem disse, soltando um suspiro enquanto rodeava o olhar pela casa.
Por outro lado, eu apenas pensava nos dias que ela passou por aqui, foram dias realmente fantásticos, ser acolhida por ela e receber aquele cuidado que apenas uma mãe podia oferecer. Eu sentiria falta também, morreria de saudades, mas esperaria pelo dia que pudéssemos nos ver novamente.
— Aurora, você está bem? — fui tirada de meus pensamentos por Jung Kook tocando minha mão e dizendo aquilo.
— Estou... Você está? — balançou a cabeça com um fino sorriso nos lábios.
Deixei meus passos, sendo seguida por ele até o quarto, lá onde sentei-me na cama e abri a pequena caixa que havia deixado totalmente para ele, coisas que marcavam nossos momentos, rosas secas e deixadas por semanas dentro de um livro apenas para colocá-las ali, fotos que havia revelado, bilhetes de cinema, recados marcados em guardanapos e as cartas. Suas cartas que relia inúmeras e inúmeras vezes sempre que meu coração doía por algo, porque o amor de Jung Kook por mim me fortalecia.
— Você é fofa! — sentou-se na beirada da cama, de frente a caixinha vermelho sangue de alumínio, observando eu guardar o recado que havia ganhado junto das flores.
— Jeon, essas coisas são provas de que o passado ainda é presente — olhou para mim, erguendo uma sobrancelha — Estamos juntos, olhando essas coisas e se pegarmos uma delas, vamos relembrar o passado e sentir lá no fundo a faísca daqueles momentos. Quando penso em nós, consigo sentir até o calor da sua mão apenas de pensar, então quando vejo essas coisas, relembro de cada detalhe como se estivesse vivendo hoje.
— Isso é sintoma do amor... Eu sinto isso também, todos os dias — aproximou o rosto do meu, selando meus lábios antes de voltar até onde estava.
— Aliás, esse desenho... — disse, levemente tímida ao puxar um dos envelopes que tinha um desenho meu, deitada em sua cama dormindo, nua, apenas coberta por um lençol — Eu fico muito feliz quando o vejo.
— Fica? — ele ergueu as bochechas em um sorriso.
— Fico... Porque conheci alguém que confia tanto, que me sinto segura de dormir nua diante dos seus olhos — ele corou, sorrindo fino enquanto segurava minha mão.
— Das cartas, qual a sua favorita? — seria difícil dizer, todas elas falavam de momentos e sentimentos únicos de Jung Kook. Eu não saberia dizer ao certo, mas se eu precisasse escolher apenas uma...
— A primeira! Você falou como seu coração estava quando me viu a primeira vez..
E eu amo pincipalmente a parte em que diz: "Os olhos dela brilhavam mais que as luzes daquela pista, era como se todos os cosmos do universo..."
— "Tivessem se juntado e se enfiado no olhos tão cativantes, puros e surreais de Aurora..." — ele terminou junto de mim, sorrindo no final.
— Você é tão fofo... — toquei sua bochecha, fazendo um carinho ali.
— Eu nunca desejei tanto conhecer o universo quanto naquela noite — sussurrou, beijando minha mão de olhos fechados.
Sorrimos juntos, nos apaixonando um pouco mais a cada minuto que passava. Eu guardei a caixa depois de falar um pouco mais sobre ela, parando no guarda-roupa para pegar uma blusa mais quentinha, mas acabei parando para me observar no espelho. Céus, eu parecia uma marmota.
— Por que está se observando tanto? — levei um susto com a sua pergunta repentina, fechando a blusa fina que estava usando para esconder um pouco do corpo.
Aquele de fato não era um dos meu melhores dias, meu cabelo estava sujo e minhas roupas não combinavam nada e além disso, percebi que havia ganhado uns quilinhos apenas de ficar sem fazer nada em casa por conta dos curativos.
— Eu estou só o bagaço da laranja! — puxei a barra do short que vestia, lamentando ao ver alguns furinhos nas minhas pernas... — Eu estou com celulite? — soltei o ar, observando Jung Kook erguer uma sobrancelha como se não entendesse.
— O que tem demais nisso?
— Eu realmente não posso ficar algumas semana sem fazer nada, que meu corpo já muda! — lamentei, ao menos arrumando meus cabelos, planejando que pediria Jimin para me ajudar mais tarde.
— Continua uma gost... Uma gata! — coçou a garganta, corando repentinamente enquanto passava a palma na nuca.
— Eu não podia dar celulite, minhas pernas eram tão lisinhas...
Apertava a parte de trás, no intuito de ver se eram muitas enquanto Jun tentava enxergar algo que parecia que só eu via.
— Não vejo nada!
— Jeon, olha... — fui pega de surpresa, quando suas mãos tocaram minha cintura e devagar fui posta sobre a cama.
Seus dedos desceram por minhas pernas, parando bem na parte de baixo, antes de apertar minha pele e sussurrar bem pertinho do meu ouvido.
— Continuam da maneira que eu sempre amei, Aurora! Não há nada de errado com elas.
E eu não evitei soltar um arfar, recebendo beijinhos por todo meu pescoço, enquanto suas mãos apertavam a pele de minhas coxas, porém ele parou antes que continuassemos.
— Melhore logo, eu sinto sua falta! — beijou meus lábios, antes de voltar a fixar sentado na cama.
— Mais um pouquinho, e eu sairia dos trilhos!
— Eu também! — nos deitamos na cama, uma ao lado do outro, com as mãos dadas enquanto olhávamos o teto branco do quarto.
Conversamos por algum tempo, adormecendo por alguns instantes até o momento em que estranhamente Jimin apareceu na porta do quarto ao lado de Namjoon, Hoseok e... Taehyung!
O modelo estava em longas férias, depois do ocorrido, ele jurou que só voltaria para a Europa depois que Wooyoung e Aelin fossem sentenciados, mas acabou que mesmo depois deles serem julgados, ele estendeu suas férias junto da namorada.
— Bloom está vindo, com a pipoqueira! — Taehyung disse sorrindo, com o braço ao redor do pescoço de Jimin.
— E Hyuran com a prima dela! — ergui o olhar para o Park, desconfiando daquele sorriso bobo na cara dele.
— Espera, Jimin você... — iria criar teorias sobre ele a prima de minha amiga, mas ele foi mais rápido em agir como uma criança.
— Lero, lero, lero... Não ouço nada que a lelé da Aurora tá dizendo! — tapou os ouvidos, dando meia volta para a sala.
— Você vai ficar? — perguntei, afinal talvez ele tinha algum compromisso.
— Vou, não posso deixar a gaiola aberta para aquele ator de quinta! — ri, desacreditada, segurando sua mão sobre minha barriga.
— Jeon... Escolha uma flor! — desfiz o longo silêncio.
— Tulipas rosas — olhei para ele, observando seu rosto virado para cima enquanto o cabelo caia para o lado.
— Por que?
— Ganhei um buquê delas na minha primeira formatura — ele sorriu, parecendo nostálgico — Minha mãe comprou 12, elas eram em um rosa bem suave. Minha mãe disse que, mesmo que eu estivesse crescendo, eu deveria ser sempre como o significado das tulipas rosas.
— Qual é? — ele olhou para mim.
— As tulipas rosas, significam gentileza, confiança e alegria! — virou-se totalmente para mim, tocando minha bochecha — Minha mãe quer que eu seja essas coisas, e eu quero ser ainda mais por ela.
— Eu tenho certeza, que ela tem muito orgulho, Jung Kook! — toquei sua mão em meu rosto, sorrindo com algumas lágrimas acumuladas.
— Sim, ela deve estar muito feliz! — beijou meus lábios, sorrindo quando voltou a me olhar.
— Chameguinho, chameguim! Quanta boiolice! Pelo amor de Deus! — Jimin entrou no quarto, puxando o carregador do seu telefone.
— Chato para caramba!
— Claro, somos família! Você queria o que? — mostrou a língua, arrastando os pés pela casa.
— Acho melhor irmos! — disse, lamentando, mas acabei levantando com um pouco de ajuda de Jung Kook porque ainda doía dependendo da forma que eu levantasse.
— Aliás, Aurora!!! — segurou meu pulso, caminhando na frente para pegar algo na mochila, puxando um "Nintendo Switch" — Para você não ficar muito entediada, já que não pode fazer muita coisa.
— Você me tira do tédio! — ele riu, enquanto eu observava o aparelho em mãos, com uma capinha roxa e preta.
— Mas amanhã tenho que trabalhar e o Jimin também! — fez um biquinho, e no mesmo instante olhou para mim — Lembra aquele dia que falamos sobre você ir lá para casa, chegar e encontrar você lá depois do trabalho...
— Lembro... — comecei a rir, admirando seu rostinho esperançoso.
— Não quer ir para lá amanhã? — olhei para os lados, concordando com a cabeça, sentindo ele abraçar minha cintura e continuar me guiando até a cozinha.
Foi o momento certo de sentarmos no sofá e escolhermos algum filme na TV que a campainha tocou e Bloom e as duas garotas entraram com a pipoqueira nas mãos.
— Cheguei com o refrigerante! — Namjoon apareceu atrás das garotas segurando a sacola com o maior refrigerante do mercado.
Jimin jogou o pacote de pipoca dentro da pipoqueira, antes de sentar-se em um banco ali perto, esperando que todo o milho virasse pipoca.
— Como você está? — Hyu tocou meu ombro.
— Bem melhor, logo posso tirar os pontos.
— Ainda dói? — neguei.
— A burocracia quanto ao julgamento do Wooyoung...
— Ele e Aelin foram internados em um hospital psiquiátrico.
— Céus, quem iria imaginar...
— Eles são loucos... — soltei o ar, relembrando da cena de semanas atrás, aquele momento tão pavoroso.
— Ao menos passou, agora é substituir essas memórias ruins por boas — ela sorriu, apertando minha bochecha antes de me entregar dois pirulitos.
E assim passamos a tarde. No sofá da sala Jung Kook e eu nos acomodamos com uma bacia de pipoca, em baixo, no colchão de Jimin, Taehyung e Bloom estavam aconchegados, do outro lado na poltrona Namjoon e com a cabeça apoiada no colchão do chão, Hyuran, Hoseok, Jimin e Yuri, todos com um pote de pipoca e olhos fixos na TV enquanto assistíamos alguns episódios de Gilmore Gilrs.
E foi assim, por boas horas, até que o sono caiu sobre mim e eu passei a sentir os braços de Jeon por mais alguns segundos antes de apagar.
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Acordar cedo nunca era difícil quando se tratava de ir ver Jeon, como planejamos no dia anterior eu iria cedo para sua casa e esperaria ele chegar. Eu preparei uma mochila com coisas que eu poderia precisar, inclusive meu computador estava ali, eu tinha planos de fazer algo aquela tarde, o que? Só o tempo diria.
Eu subi pelo elevador, discando os números da porta de Jung Kook destrancando-a e minha primeira visão foi vê-lo atrás do balcão, com uma camisa social preta, calça preta, tênis brancos nos pés e um sobretudo deixado em cima do banco.
— Estava te esperando, já tomou café? — neguei, caminhando até perto dele, deixando um beijinho sobre seus lábios, antes que ele pegasse a panela cheia de café.
— Dormiu bem? — assentiu, jogando o café no filtro para a garrafa.
— Comprei bolo ontem a noite e tem frutas na geladeira, fiz gelatina e... Comprei alguns salgadinhos, pode comer o que quiser — eu ri de sua fofura terminando de preparar o café — E pode mexer em tudo, se precisar de roupas, quiser dormir, imagine que é a nossa casa. — não me aguentei, rindo de sua expressão contente, abraçando ele de lado.
— Obrigada! — peguei duas xícaras, colocando-as sobre a bancada — Que horas você chega?
— Farei o possível para chegar antes das 19h! — assenti, rodando os olhos pela casa — Quando eu chegar, me faça uma massagem.
— Claro! — beijou-me, segurando minha cintura antes de encostar minhas costas na bancada — Não vai abarrotar a camisa.
— Certo! — afirmou rindo, antes de beijar minha bochecha e se afastar para servir um pouco de café e pegar um pedaço do bolo que julguei ser o que ele havia comprado.
Tomamos café da manhã juntos, conversando um pouco até a hora que ele disse precisar ir, procurando as chaves pela casa até encontrar.
— Volto o mais rápido possível! — disse segurando minha mão me olhando da porta.
— Vou apressar o tempo para que ele passe mais rápido! — sorriu, puxando meu rosto para colar os lábios nos meus, afastando apenas porque realmente precisava ir.
— Okay! — deixou um último sorriso, antes de atravessar a porta e ir para o lado de fora, e aos poucos a porta foi completamente fechada e eu estava sozinha ali.
A principio, eu lavei as vasilhas do café, aproveitando para descobrir um pouco mais onde cada coisa ficava, Jeon havia realmente feito compras e sua geladeira nem parecia a mesma de quando ia lá repentinamente, vazia com apenas o ar gelado.
Coloquei o que imaginei estar fora do lugar no lugar, até depois ir ao quanto de Jung Kook, estava organizado, ele havia feito a cama e a janela estava aberta, mesmo que a persiana estivesse fechada. Acendi a luz, abrindo seu guarda-roupa, ele disse que eu podia mexer, então eu iria mexer um pouquinho.
Seu armário era organizado por cores, haviam poucas peças coloridas ou extravagantes, mas eu diria que ele tinha uma peça de cada modelo e cor, portanto, suas roupas sempre estavam em um preto, cinza, bege e azul marinho.
Em uma das gavetas haviam vários cadernos e agendas, que não fiz muita questão de ler ou abri-los, poderia ser algo mais pessoal e detestaria invadir, contudo um deles me chamou a atenção, onde na capa estava escrito "Me and Aurora, Aurora and me", eu quis muito me conter e não ler o que ele havia escrito, mas eu acabei vagando meus olhos em algumas frases e eles até lacrimejaram quando vi algumas fotos minhas que nunca imaginaria que teriam sido tiradas,
Haviam duas ou três onde eu estava dormindo, e na legenda frases como: "Eu espero que sonhe comigo, pois sonho contigo até mesmo acordado". Outras fotos de momentos onde estávamos comendo, uma de um momento em que eu estava com um copo de sorvete, e ao lado, em um post-it com outra frase: "Sorvetes deixam Aurora feliz, e ela feliz, me deixa feliz!"
Eu falaria com ele sobre aquilo, olhei por cima apenas por não aguentar a curiosidade, tanto que antes de finalmente fecha-lo, olhei a última página escrita, nessa que já havia uma foto minha escrevendo, sentada no puff embaixo da janela de meu quarto, com o computador nas mãos e os cabelos presos por um rabo de cavalo e ao lado uma mensagem, maior que as outras...
"Minha Aurora não escolheu um caminho fácil, mas ela é forte e tem um talento que quase nunca são capazes de perceber, porque é surreal de bom. Porém, um dia alguém pegará seu rascunho e vai aplaudi-la, e eu espero que ela fique feliz, mas não surpresa... Porque farei o possível para mostrar que ela é mais fantástica do que imagina, até que esse dia chegue!"
Sorri entre as lágrimas, fechando o caderninho e colocando-o na gaveta antes de procurar pelo meu telefone e enviar uma mensagem a Jung Kook com um simples "Eu te amo, obrigada por ser você", era tão clichê, mas cabia todo o amor que estava prestes a explodir meu coração.
Deixei seu quarto, passando as costas das mãos pelas bochechas, ainda pensando no quanto ele era maravilhoso e só deixei esses pensamentos passar quando assisti um filme no sofá da sala de Jeon. Eu continuaria assim, aproveitando o clima silencioso e aconchegante que seu apartamento oferecia, contudo, o barulho do e-mail fez eu pausar o filme e ler a mensagem que havia chegado.
Parecia até uma coincidência, era a mensagem de uma editora "Azulyside", onde eles propunham uma reunião depois do almoço para uma conversa a respeito de uma das obras enviadas, a mesma que foi enviada anteriormente para empresa do Kang. Eu rapidamente respondi, sendo devolvida com o horário e o link de acesso a reunião que seria online. Eu estava ansiosa, aquela reunião poderia ser a mudança para minha vida e meu coração estava quase louco e mal continha as batidas. Contudo, agora era esperar até às 13h.
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Eu estava pronta, antes da reunião eu tomei banho e por sorte encontrei uma blusa bastante formal guardada no armário de Jung Kook e esperei por 10 minutos até apertar o link e respirar fundo enquanto a sala carregava. Quando a imagem mostrou uma mulher do outro lado da tela, meu coração deu uma batida brusca e eu sorri gentilmente antes de deixar minha voz escapar um "boa tarde!"
— Escritora, boa tarde! — foi dito por ela, que usava os cabelos para trás em um coque bastante modelado e batom vermelho nos lábios, acompanhada da blusa cacharréu preta.
— Bom dia... — disse novamente.
— Sabe por que chamei você aqui? — neguei com a cabeça e ela sorriu — Porque sua escrita é fantástica, você escreve com a alma e eu senti seu coração batendo de emoção a cada palavra que eu lia.
— Sério? — não contive o sorriso, Jung Kook estava certo.
— Sério, e eu queria muito chamá-la antes, mas eu fiz todos lerem a sua história dentro da editora e simplesmente todos querem seus livros, eles querem você dentro da editora, Aurora.
— Uau, eu fui pega repentinamente... Mas que honra, senhorita...
— Yoon-Ha!
— Isso quer dizer que...
— Queremos você como parte dos nossos escritores, queremos publicar sua história ao mundo da maneira como escreveu, sem mudanças ou opiniões, ela é perfeita dessa maneira, queremos apenas ser a ponte para que alce voos.
— Isso parece tão bom, que estou com medo — ela riu.
— Eu tenho um acordo, leia o nosso contrato e pesquise sobre a nossa empresa... Se assinar, me envie por e-mail e marcamos um encontro pessoalmente, certo?
Concordei sutilmente, ouvindo mais sobre o que ela tinha a dizer. Ela falou sobre o livro e o que mais gostou nele, foi incrível ouvir palavras profissionais a respeito da minha obra e talvez tenhamos ficado por duas horas falando sobre isso, e apenas finalizamos porque ela disse que precisava resolver assuntos externos da editora.
E no momento em que fechei a tela do computador eu pulei incontáveis vezes no meio da sala, olhando as horas que faltavam para Jung Kook chegar, eu queria muito contar para ele e agradecer por ele acreditar em mim.
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Eu fiz o jantar, ainda estava um pouco cedo, mas Jung Kook talvez chegaria com fome e eu queria muito contar a ele a novidade em um bom momento, por isso nada melhor que uma boa comida quente.
Preparei um guisado de carne, e fiquei com bastante medo de não estar bom, o cheiro me dava um pouco mais de segurança. Também saí para comprar algumas velas e deixei algumas taças sobre a mesa de madeira que quase não era usada, porque optavamos pela bancada.
O tempo passou depressa, e o som da senha sendo discada fez meu coração disparar de felicidade. Arrastei os pés depressa até a entrada, avistando Jung Kook passar pela porta e olhar para frente e abrir um sorriso quando me viu sobre o degrau que ficava depois do corredor de entrada.
— Cheguei, amor! — ele disse, puxando minha cintura para beijar meus lábios.
— Como foi o dia?
— Foi bom, as coisas estão começando a se organizarem — sorri feliz, segurando suas chaves, o telefone e a carteira, colocando-as sobre a mesa ao lado da porta.
— Está muito cansado? Eu fiz o jantar! — ele abriu os olhos como se estivesse surpreso.
— Que sensação boa que subiu agora! — disse divertido — Vou tomar um banho, e já comemos.
— Podemos ir juntos? Eu também preciso de um... — comentei um pouco tímida, mas ele sorriu maliciosamente beijando meus ombros antes de descer com as mãos pelos meus braços e segurar uma das minhas maos, puxando-me até o quarto.
Ele retirou as roupas, colocando-as para lavar e esperou que eu retirasse as minhas, para me empurrar até o banheiro. Eu estava de costas para ele, sentindo minhas bochechas arderem por conta da situação, mas assim que a água escorreu por nós, a sensação foi indo junto com ela.
Jung Kook abraçou meu corpo, e seu peitoral molhado colou em minhas costas. Eu tentava manter meu cabelo longe da água, mas eu sabia que um pouco ele estava molhando, mas eu não estava me importando muito com isso.
— Eu estava ansioso para chegar logo em casa! — disse ele, pertinho de meu ouvido, beijando atrás da orelha antes de afastar suas mãos para tocar meus ombros, virando-me para ele.
Seus olhos caíram por automático, analisando a água escorrer em meus seios, e por automático ele mordeu os lábios e eu senti ele ficar excitado pouco a pouco.
— Não tem problema molhar o curativo?
— Já está cicatrizado, isso é só para proteger — era verdade, eu estava bem, era quase um machucadinho de nada agora.
— Eu estou um pouco... — arfou, quando colei mais nossos corpos.
— Necessitado? — ele assentiu, abaixando a cabeça para beijar meus ombros — Se demoramos muito, o jantar vai esfriar.
— Se for rápido... — Eu ri, beijando sua bochecha, antes de descer com os beijos pelo peitoral definido, em seguida sua linha na região pélvica até estar de joelhos, em frente ao membro rígido de Jeon.
Segurei o falo do garoto, subindo e descendo com a mão até deixá-lo ainda mais duro, antes de beijar a cabecinha. Olhei para ele de cima, observando-o com os lábios abertos e o peito subindo e descendo pela excitação. De primeiro ato, deslizei a língua pela extensão, abocanhando sem cerimônia alguma, rodeando seu membro com os lábios em ritmo contínuo de vai e vem. Jung Kook gemia e agora suas costas estavam contra a parede do banheiro, jogando a cabeça para trás e movendo o quadril contra meus lábios. Uma de suas mãos, seguravam meus cabelos e firmavam minha cabeça para que guiasse as estocadas. Ele estava bem perto, mas no momento em que as veias ficaram ainda mais visíveis, e ele dobrou de tamanho, Jung Kook ergueu meu corpo e sem dificuldade suspendeu meu corpo, segurando minhas pernas e penetrando em meu íntimo.
Senti um alívio ao ser invadida por ele, gemendo contra seu pescoço enquanto subia e descia em seu colo.
— Tão... Bom! — sussurrou contra minha pele — Eu vou explodir...
Ele sussurrava contra meu corpo, aumentando as estocadas a cada segundo que ele ficava mais sensível e eu não estava muito diferente, tanto que cheguei ao orgasmo antes dele, que esperou ao máximo para finalmente se afastar e despejar o líquido entre nós.
Desci de seu colo, apoiando a cabeça em seu ombro, respirando fundo junto dele antes de voltarmos para o banho. Ele me ajudou a ensaboar, assim como fiz com ele e quando saímos, vestimos nosso conjunto de dormir.
— Estou faminto, louco para provar a comida da minha namorada! — sorriu genuíno, afastando os fios úmidos que caiam sobre a testa.
Peguei a panela após esquentar novamente e coloquei ela sobre o centro da mesa, sentando-me de frente para Jeon, esperando que ele se servisse primeiro. Inclusive, ele abriu um de seus vinhos sem eu mesma pedir.
— Suas mãos são boas com tudo! — acabei me engasgando, porque repentinamente a cena do chuveiro veio na minha cabeça e eu não consgui me equilibrar — Aurora, você está bem? — pareceu preocupado, enquanto eu bebia um gole do vinho e recuperava o ar.
— Eu... Eu quero te falar uma coisa — tentei fugir do assunto, antes que ele percebesse o motivo.
Jung Kook olhou para mim atentamente, continuando a comer, mas ainda prestando atenção em mim.
— Recebi uma proposta hoje... — largou os talheres, abrindo um sorriso ansioso — Uma editora, quer publicar o meu livro.
— Aurora! Que incrível, eu disse que conseguiria! — Ouvi seus pés baterem contra o piso rapidamente e eu acabei rindo, pois ele estava tão animado.
— É a "Azulyside", já ouviu algo a respeito? — ele concordou.
— A MAction já trabalhou com ela, é uma ótima editora — ele sorriu — E o que vão fazer? Quando vai começar?
— Terei uma reunião em alguns dias pata resolvermos tudo.
— Você é fantástica, Aurora! — levantou o corpo apenas para deixar um selinho em meus lábios.
Continuei contando sobre a reunião durante nossa refeição, e ele parecia tão animado que eu me animava cada vez mais.
Quando terminamos, acabamos assistindo um bom filme na sala até ficarmos com sono, parando apenas quando sem querer Jung Koon deixou o controle cair e acordamos com o barulho.
No fim, no aconchego da cama do Jung, deitamos grudadinhos um com o outro, no escuro natural da noite, ouvindo o som suave da respiração de cada um, fechamos os olhos e após um "boa noite" em um sussurro, dormimos no calor dos braços um do outro.
E naquela noite, confirmei novamente...
Os braço do meu amor, Jeongguk, é o melhor lugar do mundo.
💜
Olou, queridos leitores!
Olha quem finalmente apareceu, isso mesmo, com Beast completamente revisada e de férias!!!
Desde já, peço perdão pela demora e ausência, foi um mês ou mais sem capítulo nenhum, não apenas de "WDB", mas de todas as outras. Porém eu espero que não tenham desistido de mim, e aguardem pelas novidades que estão por vir.
Muito obrigada pela leitura de mais um capítulo, não se esqueçam de comentar, votar e usar a #beatsandcherry lá no Twitter (@/ wahwiriting).
Amo vocês!
Obrigada pelos +50k de leituras!
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