[19] metades, apaixonados e lanches
🌙 Boa leitura
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#beatsandcherry
[🥃🐰]
A formatura de Aurora aconteceria no dia seguinte, e estaria mentindo se eu dissesse que estava tranquilo, meu coração tremia em ansiedade e desejo para vê-la, tudo isso porque sua semana acabou sendo corrida demais.
Por causa da formatura, todos os dias ela precisou fazer algo, na segunda ela passou o dia todo em um conselho entre os formando, na terça ela cobriu lugar para Jimin no trabalho, na quarta houve ensaio de fotos com os professores, na quinta ela disse que tinha um almoço com seu pai e a madrasta e hoje, sexta ela avisou que precisava descansar, até conversamos um pouco por chamada de vídeo por pura insistência minha, mas 20 minutos depois ela acabou caindo no sono e eu olhei ela por um pouquinho de tempo, até finalizar a chamada e guardar o telefone no bolso.
Confesso que estava com saudades, até demais, escrever sobre ela só fazia a saudade aumentar enquanto vez ou outra eu pegava-me com um sorriso idiota nos lábios entre as narrações daquela garota tão maravilhosa, mas eu acabava batendo em mim mesmo e tentando manter o controle da minha mente.
Eu imagino que se pudessem ver meus pensamentos, achariam que eu era um idiota com Aurora, beijá-la, dizer coisas bonitas, ficar com ela intimamente e mostra que tenho sentimentos por ela sem nunca dar uma resposta concreta, mas na minha cabeça não dizer ainda tinha um propósito, e o primeiro era nunca ser metade, e mesmo que pareça confuso, eu sou capaz de explicar essa parte da história. isso aconteceu talvez algumas semanas depois que conheci Aurora, quando acabei encontrando com Jimin hyung a caminho do trabalho...
- s e m a n a s a n t e s -
Olhando para o céu, eu imaginava que aquele dia seria levado pela chuva, graças as nuvens escuras e as gostas finas que caiam sem cessar do céu. Por isso, sai mais cedo de casa para seguir com tranquilidade até o trabalho, mas acabei passando em uma cafeteria antes de seguir direto para o estúdio, pedindo um macchiato de caramelo e sentando por poucos minutos na mesinha do canto, contudo fui pego de surpreso ao ver Park Jimin sentar-se na cadeira a minha frente.
— Hyung? — arregalei os olhos levemente, observando o rosto neutro do Park, mas que logo passou a conter um sorriso quando provou o café no copo que continha seu nome.
— Jung Kook, bom dia! — disse animado, ajeitando-se na cadeira — Desculpe-me sentar assim, mas aproveitei o momento para ter uma boa conversa com você.
— Claro, seria sobre Aurora? — concordou com a cabeça, franzindo os lábios enquanto passava o polegar pela tampa do copo descartável.
— Não sei se deveria dizer, mas não quero que Aurora passe pelo que passou há alguns anos... — senti meu peito doer com a expressão triste do Park — Wooyoung, foi a causa de todas as inseguranças de Aurora.
— Ela comentou a respeito, mas procurei entendê-la e não questionar demais.
— Isso é ótimo... Eu só queria pedir que se realmente quer tentar algo com minha irmã, não procure ser perfeito, mas sim faça ela ter confiança em você! — deu um gole no café — Aurora é linda e super gentil, mas aquela peste véia fez ela sentir como se fosse metade de tudo que era.
— Como era o relacionamento dos dois? — questionei suave.
— No inicio, era perfeito! — apertou o copo — Eles tiveram um amor platônico por um tempo, depois acabaram ficando juntos, mas quando ele entrou na faculdade conheceu uns rapazes e entrou no time de basquete, e ele passou a querer ser como os caras de lá.
— Escrotos! — sussurrei, passando a língua nos dentes e dando um gole profundo no café.
— Sim, ele só queria saber de ter uma imagem fodona na frente do time, quando eles estavam a sós ele era um cara, mas na frente do time, era ridículo, ele tratava Aurora como um objeto e as vezes fazia pouco caso das coisas que ela dizia, mas a sós ele sempre pedia desculpas.
— Nojento! — estalei os dedos.
— Então, eles terminaram! Foi no dia do jogo, ela faltou uma prova para assistir a final do jogo porque ele disse que levaria ela em um lugar especial, mas no final ele acabou sendo o mesmo idiota quando o time apareceu, ela terminou com ele atrás da arquibancada, o time ouviu e ele disse coisas horríveis para ela, disse que ela era medrosa, que não sabia fazer nada e que ele ficava com ela por pena, que o corpo dela era ruim, e que...
— Por favor, para... — suspirei apertando o copo — Não se preocupe, Park, antes que eu diga meus sentimentos para Aurora, terei certeza de tudo que sinto, não será "acho, penso, imagino, queria" no momento certo direi a ela o quanto gosto dela e o quanto ela é inteiramente perfeita.
— Obrigado.
— E não farei ela confiar em mim, farei ela confiar nela mesma... — sorriu fino, não tendo mais o que dizer.
— Pois saiba que tem meu consentimento antecipado para se casar com minha irmã — estendeu o polegar, fazendo que eu gargalhasse e quebrasse aquela atmosfera — Já pagou seu café? — assenti, olhando o copo já vazio.
— Preciso ir ao trabalho, quer carona para algum lugar? — disse de pé, mas ele negou estendendo as chaves de seu carro, aquele vermelhinho que Aurora também usava.
— Foi bom falar com você, Jung Kook! — sorriu, abraçando meus ombros quando ficou ao meu lado, retirando-se comigo para fora do estabelecimento e lá nos despedimos, eu entrando no carro parando próximo ao lugar e ele atravessando a rua para chegar no seu automóvel.
- a t u a l m e n t e -
E por isso não daria metades a Aurora, seria inteiro para ela, daria todo meu coração a ela e faria com que ela vesse a maravilhosa pessoa que ela era, faria que ela tivesse confiança em si mesma, assim como faria que ela confiasse em mim ainda mais, que ela vesse que não havia conquistado apenas o garoto do bar e sim todas as minhas versões.
Aurora era a primeira garota que fazia meu peito subir e descer daquela maneira, que me intimidava com aqueles olhos castanhos e brilhantes, que tocava-me com timidez e ousadia, que me enlouquecia apenas com seu sorriso...
Sim, eu gosto de Aurora! Minhas bochechas levantavam todas as vezes que pensava nela, queria beijá-la a todo momento e experimentar um pouco de tudo desde que fosse com ela. Pensar nessas coisas me faz rir em desespero, por que? Simples! Porque eu já estive apaixonado, preso nessa atmosfera de amor, no entanto, era diferente quando tratava-se de mim e Aurora, a atmosfera era nossa, tinha sentimentos ali, mas eu não sabia explicar, não conseguia narrar como eram as sensação, era apenas terrivelmente bom.
E eu torcia que tivéssemos muito mais mais momentos como todos os fantásticos que já haviam surgido entre nós, e agora eu conseguia entender, toda a confusão de sentimentos que eu tinha em relação a ela, na verdade era só uma afirmação... Eu já gostava de Aurora desde a primeira vez que a vi! E pensar nisso agora parece tão óbvio, poxa, eu gostava dela e nem precisava ter narrado todas aquelas coisas para ter certeza...
— Eu estou apaixonado por ela... — sorri feito um idiota, passando as mãos nos cabelos feliz.
Aurora e eu era a mais bela história narrada, mas lida por poucos. Éramos o romance que muitos anseiam pelo final, mas poucos poderão saber como realmente terminou, era o romance que surgiu rápido demais, que muitos duvidariam da intensidade, mas que existia entre nós... Era o amor duvidoso e misterioso, fascinante para leitores, magnifico para ouvintes e único para nós.
E foi com esses pensamentos, gravados em um pedaço de papel que eu pude afirmar para mim mesmo: Eu estava preso em Aurora, e quando digo preso, quero dizer que estava apaixonado por ela como nunca estive por ninguém.
E lá estava mais um papel, enfiando-o em um envelope, um dos mais de 20 que estavam amarrados por um pequeno barbante azul, talvez aquela seria a última carta, a última porque eu tinha quase certeza que eu iria dizer o que sentia nos próximos dias, os sentimentos estavam no lugar se eu estivesse certo, mas agora faltava a maldita coragem... Essa que eu daria um jeito de criar.
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Aquela manhã passou rápido e de certa forma eu agradeci por isso, significava que estava muito mais perto de vê-la e isso fazia meu coração bater mais rápido contra o peito. Tentei fazer algo para o almoço, mas recebi ajuda quando o som da campainha tocou e Yoongi apareceu com duas sacolas com verduras, coisa que só entravam em casa quando o Min colocava nela.
— As vezes não entendo, por que tem geladeira se não a usa?
— Yah, eu uso! Olhe, tem leite, ovos e leite fermentado.
— Ah, tem gelo também! — disse ao abrir o congelador, sorrindo divertido.
— Hyung, eu não fico em casa, colocar coisas aí só me deixarão com a consciência pesada se perderem, e eu vou jogar pensando em quantas pessoas precisavam de alimento e eu deixei os meus ficarem podres — disse escorrendo o macarrão, enquanto Yoon aproximava com a cebolinha verde e o pimentão, picando tudo com maestria.
— Mas você compra coisas enlatadas e instantâneas para comer a noite, sua alimentação é péssima JK! — continuou seu sermão — Fiquei até surpreso por ver sua geladeira cheia na semana passada, mas ai lembre que era porque Aurora viria para cá.
— E por sinal, o que não usamos perdeu.
— É só comprar a quantidade certa.
— Hyung, eu sei que quer e ajudar, mas chego em casa exausto demais para cozinhar uma coisa saudável — suspirou concordando.
— Eu só quero que cuide de si mesmo!
— Eu consigo me alimentar bem no trabalho e apesar de ter pouca coisa na geladeira, como frutas todos os dias, olha minha fruteira! — apontei a colher para uma grande tigela cheia de frutas.
— Confiarei em você, hein! — apontou o indicador para mim, jogando os vegetais cortados na panela.
— Certo! — rimos juntos — Inclusive, amanhã nos veremos na formatura não é? — concordou — Vai acompanhar alguém?
— Hyuran.
— A melhor amiga da Aurora?! — ele arregalou os olhos, parecendo tão surpreso quanto eu, parando de descascar o alho enquanto eu mexia a panela.
— O que? Como?
— Sim, tem anos que elas se conhecem!
— A professora de piano? — concordei — Morena, de olhos bonitos...
— Eu nunca a vi, Yoon, mas o nome é o mesmo e eu sei que ela dá aula para sua faculdade.
— Aurora nunca...
— Ah, então você era o aluno que estava deixando a amiga dela nervosa — ri, lembrando do que Aurora disse um pouco depois que nos conhecemos — Acho que nem ela mesmo percebeu.
— Talvez não queria dar a entender mal! Com medo de que isso tivesse influência...
— Sim, pode ser — sorriu fino — E vocês estão se dando bem? — perguntei parecendo ansioso.
— Ela é legal, temos bastante coisas em comuns e ela...
— Ela? — Não continuou — Yoon, o que está me escondendo? Vamos...
— Ah, eu não sei como dizer.
— Você gosta dela?
— Sei lá, ela só... — suspirou tremendo o olhar — Parece o tipo de garota que eu gostaria de ter ao lado.
— Meu Deus, essa é novidade.
— Estou dizendo como amiga também.
— O que ela te faz sentir? — desliguei o fogo do macarrão já pronto.
— Intimidado... — curvei a sobrancelha — Ela parece ser tão incrível, consegue aprender qualquer coisa e mesmo que não tenha muita paciência, é extremamente inteligente.
— Hyung...
— Parece que vejo o garoto que queria ser nela, mesmo que nossos gostos sejam quase opostos e iguais.
— Uh?
— É, ela ama as composições de Frédéric Chopin, mas odeia tocar piano, seus dedos são pequenos e ela sempre os culpa por não poder tocar suas músicas favoritas, quando eu odeio Frédéric porque eu não consigo pegar as notas certas na hora certa.
— Uau! Isso é um sinal de que gosta dela.
— Se for, eu realmente não me importo! Sei lá, e é tão única, desde a aparência até sua personalidade.
— Se acha que ela é a pessoa certa, invista!
— Gostaria de ser mais corajoso, sabe, assim como você — eu gargalhei.
— Hyung, eu pareço uma andorinha sem rumo quando estou com Aurora.
— Você acha que ninguém vê a pegação de vocês dois na parede, é? — riu, colocando a comida no prato.
— Mesmo assim, ela me tira dos trilhos.
— E já colocou os trilhos dos seus sentimentos no lugar? — perguntou, sentando do lado oposto ao meu na bancada.
— Sim! — meu coração acelerou — Direi depois de sua formatura.
— Uau, o que vai fazer?
— Só dizer? — curvou uma sobrancelha, parando na metade do caminho com o macarrão.
— Não... — terminou de comer o que estava entre os lábios — Não vai nem comprar um buquê, um chocolate?
— Ah! Vou comprar um buquê e levá-la para sair no domingo! — sorri pensando em como faria tudo.
— Vocês vão ter aquele lance de aliança, comemorar aniversário e coisas clichês assim?
— Vou decidir isso com ela... Talvez ela nem aceite — ele sorriu fino, parecendo não crer na minha insegurança.
— Até parece que ela nao vai aceitar, vocês se gostam e isso tá na cara desde os primeiro dias — sorri contente com aquela afirmação — Sabe, sempre que vocês estavam juntos naquele bar parecia que surgia uma atmosfera impenetrável por qualquer um de tão romântica e quente.
— Quente também?
— É, vocês quase se comiam na pista de dança! — franziu as sobrancelhas com os lábios prensados um no outro — Mas por um lado, fico feliz por ter acompanhado o romance de vocês.
— Só falta você desencalhar com a professora e o trio sorveteiro não vai estar mais solteiro — soltou uma risada com ar.
Já havíamos terminado o almoço e acabamos conversando por bastante tempo depois, nos divertindo e colocando as boas conversas em dia, mesmo que nos víssemos mais de uma vez na semana.
— Hyung, agora que estou pensando, sua formatura não será amanhã?
— Não... — suspirou e pela sua feição, fui capaz de lembrar — Tranquei um semestre da faculdade ano passado, lembra?
— Por causa dos seus pais, né? — concordou — E como eles estão agora?
— Depois que eu consegui aquele certificado, sabe, de "produtor de ouro", eles não disseram mais nada — disse, ajeitando-se no meu sofá — Tenho 27 anos, não sou obrigação deles.
— Certíssimo — bati em sua coxa, recebendo uma carranca e um chute em seguida.
Deixamos o clima da pequena guerra ocupar nossa volta, até o momento em que ficamos cansados e talvez pelas 17h, Yoon afirmar que precisava ir porque estava cansado e de fato, entendi, acompanhando ele até a portaria do prédio, vendo-o subir na moto preta que até hoje lembro o quão feliz ele ficou quando conseguiu comprá-la.
Yoongi tinha a vida um pouco mais difícil do que demonstrava, os pais nunca o apoiaram depois que ele finalizou o ensino médio e decidiu que seu futuro seria dedicado a música e foi por esse motivo que acabou saindo cedo demais de casa e só alguns anos depois que conseguiu o emprego no clube que de fato gerava uma boa grana e a metade da bolsa na mesma faculdade de Aurora. Ele até morou comigo por algum tempo, mas o jeito sistemático de Yoongi acabou influenciando ele a ficar apenas 4 meses, alugando uma pequena residência algumas quadras atrás da minha casa.
Hoje em dia, ele sustentava a si mesmo com o salário e o dinheiro que seu avô mandava de Ilsan, este que visitava todo final de ano por ser a única pessoa que o apoiava de verdade, que fazia questão de ouvir suas músicas e dar opiniões sinceras sobre ela, e Yoongi literalmente o amava mais que tudo no mundo.
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Dentro de casa mais uma vez, segui para meu quarto, retirando a camiseta azul escura pronto para tomar um banho, mas acabei sentando no chão quando percebi que haviam mensagens de Aurora.
|Aurora 💕🍒
- Oi Jeon!
- Sinto muito pelo sumiço... Como você está?
|Eu
- Querendo te ver...
- Estou bem!
|Aurora 💕🍒
- Meloso... Kkk
- Mas eu também quero
- Você vai comigo amanhã?
|Eu
- Claro, ainda tinha dúvidas?
|Aurora 💕🍒
- Certo... 😁
|Eu
- Depois você virá para cá?
Ela não respondeu, mas logo o som do meu telefone tocando mostrou seu nome na tela, me deixando nervoso antes de atender.
— Oi... — disse do outro lado — Você está bem?
— Seria bobo se eu dissesse "melhor agora"? — ouvi sua risada do outro lado da linha, causando borboletas no estômago por ela ser tão boa de ouvir.
— Também fica melhor quando falo com você — escorreguei as costas pelo pé da cama que estava encostado, rindo como um idiota para os quatro ventos.
— Mas você ainda não respondeu minha pergunta, dormiremos juntos amanhã? — mordi a ponta do dedo nervoso... Por que eu nunca usava bem as palavras?
— Confesso que adoraria, mas minha mãe está vindo para Seoul... Sabe, para minha formatura — fiquei feliz, por mais que nao demonstrasse, Aurora sentia falta da mãe.
— Ah, eu entendo! Teremos outras oportunidades — disse sereno — E você está feliz?
— Sim... Eu sentia falta dela, mas agora que ela disse que vem, meu coração está borbulhando.
— E ela ficará por quanto tempo?
— Duas semanas, ela tem uma fazendinha em Ilsan, disse que quer cuidar dos porcos um pouco — ri do outro lado — Mas, ainda veremos quanto tempo ela ficará comigo.
— Espero que aproveitem muito, também quero conhecê-la.
— Ela vai gostar de você! Ela gosta de homens tatuados.
— Então, minhas tatuagens serão o único ponto?
— Talvez seu belo nariz — não me aguentei e cai na risada, ouvindo a sua do outro lado.
— E quanto ao seu pai? Como posso conquistá-lo?
— Hum... Nada, se você for uma boa pessoa ele vai gostar.
— E eu sou uma pessoa boa?
— Não sei, você não me pagou um lanche hoje, então não posso dizer ao certo — brincou do outro lado.
— Posso pagar um agora, o que acha? — riu nasalado — Seu irmão está em casa? — perguntei baixo.
— Não, saiu com a namorada.
— Então... Se eu chegar aí com um hambúrguer e refrigerante em um pouco mais de 1h, eu poderia ficar?
— Mi casa, su casa! — disse divertida.
— Então, me espere — sussurrei sorrindo, e com um único som ela concordou, e imaginei que estivesse sorrindo também pela risadinha baixa antes que encerrasse a ligação.
E pulando feito um cabrito, eu deixei o quarto para ir até o banheiro e arrumar para ver Aurora, estava morrendo de saudade e agora assumia isso sem pensar muito, eu gostava dela e logo estaríamos juntos se tudo ocorresse conforme meu plano.
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Dentro do carro, eu soltava a euforia pelos quatro cantos do automóvel, ao som de "Love Shot", aproveitando o quanto meu corpo estava feliz e dançante, até mesmo quando parei no drive-thru para pegar meu pedido, não parei de cantar, agradecendo com um "Thank U, next!"
Dirigi até o apartamento de Aurora e subi pelo elevador, após avisar que havia chegado e surpreendentemente me assustei quando a porta ao ser aberta, dei de cara com ela, vestida em um moletom azul bebê e um short jeans, cabelos em um rabo de cavalo e franjas soltas e pantufas com meias aos pés.
— Oi... — disse simples, mas soltou um sorriso — Eu estava indo... — coçou a nuca — Te encontrar lá embaixo — sorriu tímida, puxando uma das sacolas que estava em minhas mãos, antes de passar a andar na frente — Olha, o cheiro está bom — disfarçou, andando pelo corredor até abrir a porta do seu apartamento.
— O Jimin não se importa que eu venha para cá?
— Na verdade, toda vez que ele sai ele pede para que eu te chame.
— E por que não chama?
— Timidez? — questionou meio afirmativa — Parece tão errado, que não tenho coragem — sorri da sua maneira de falar.
— Não fazemos nada de errado quando estamos juntos — ela olhou para mim pelo canto do olho enquanto pegava dois pratos em uma das gavetas do armário — Aurora, coisas como aquela não são erradas.
— Eu sei, mas...
— São enlouquecedoras — apertei sua bochecha quando elas coraram, antes de virar para abrir a embalagem do nosso lanche, retirando a caixinha do hambúrguer e pegando o refrigerante.
— Aqui os copos — colocou ao lado, coçando a garganta enquanto caminhava até a sala para ligar a TV — O que quer assistir? — dei de ombros, dizendo que ela podia escolher, selecionando "Palavras que borbulham como refrigerante" — Parece ser legal — afirmou, caminhando comigo agora até o sofá de sua sala, apagando as luzes e sentando ao meu lado com uma almofada sobre o colo.
O filme era colorido e tinha uma história interessante, assim como os personagens eram bastante legais, porém em determinada parte do filme eu comecei a olhar para Aurora, seu sorriso bobo assistindo o filme enquanto ela mastigava o fim do lanche.
E agora que havia descoberto eu confirmava para mim mesmo que tinha certeza sobre os meus sentimentos por ela, era incrível, a explosão dentro do peito... Poxa, estar apaixonado era tão bom...
— Ela é tão fofa — falou a respeito da personagem.
— Sim, é! — Aurora sorriu para tela, deixando o papel da embalagem no prato sobre a mesinha de centro, bebendo o último gole do refrigerante, voltando a posição normal.
Talvez quase no fim do filme, percebi que Aurora estava com os olhos pequenos e vez ou outra ela bocejava e juro, fiquei dez minutos pensando se eu puxava ela ou não para deitar no sofá comigo e só tive coragem mesmo quando ela acabou adormecendo sentada.
— Ei... — passei os braços por seu ombro, puxando-a para que colasse as costas em meu corpo. Aurora assustou com o toque, mas logo entendeu e sorriu fino e com os olhos pesados, apoiando o corpo no meu, nos mexemos algumas vezes até estarmos confortáveis e no fim ela acabou de costas para cima, com a cabeça apoiada em meu peito e meus braços ao seu redor.
— Vamos dormir só um pouco... — disse baixinho, com a voz fraca — Não quero dormir tanto enquanto está aqui — sorri, passando a mão por seus cabelos castanhos, aproveitando a sensação maravilhosa de estar ali e talvez Aurora tenha até dormido, mas eu passei todo o tempo mexendo em seus cabelos e admirando o quanto era bom aquele sentimento e talvez naquele momento eu realmente sorrisse como um idiota apaixonado...
BOA NOITE!!! COMO VOCÊS ESTÃO?
Espero que bem, como foi a semana de vocês?
Gostaram do capítulo? Do fundo do coração, espero que sim!!!
Finalmente está tudo claro nos sentimentos do menino Jeon, hein! <3 Conta ai para mim, quem é seu personagem favorito? E qual a parte favorita da história para você até agora?
Me sigam nas redes sociais: wahwiriting <3
Bem, nos vemos em breve! Fiquem com Deus!
💜
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