AVISO: Meus amores. Estamos na reta final de Who? E quero agradecer a todos por terem lido e votado. A história não está tendo muitos leitores e isso me deixa triste mas sei que é uma ótima história. Obrigada por não desistirem da fic. Boa leitura.

Acordei sentindo uma dor em minha cabeça. Olhei para frente e vi Karl desacordado amarrado em uma cadeira. Tentei me levantar mas era como se ouve-se uma barreira em volta de mim. Olhei para baixo vendo um círculo formado por uma tipo de terra negra. Olhei em volta e o que vi me causou fúria. Zayn estava acorrentado em suas mãos, pernas e pescoço. Ele estava com sua blusa branca ensanguentada e estava de joelhos a olhar para o chão. Tentei falar algo mas fui interrompida pela mulher que apareceu com uma arma na mão.

- Eu fiz de tudo por você, Karl. Eu me mudei, deixei meu emprego, abortei aquela criança, eu emagreci por você. Mas não era o suficiente. Não era? – Ela gritou.

- Eu... – Tentei falar. – Não faça isso. – Implorei.

- E você. – Ela me olhou. – Uma sirigaita que se jogou em cima dele.

- Não é isso. Por favor. – Tentei me levantar.

- Eu vendi a minha alma por você, Karl. – Ela gritou novamente.

- E do que adiantou tudo isso? – O moreno riu e olhou para a mulher. – Eu nunca tive uma. Tão ingênua, Elis. Tão burra. Precisa de um cérebro e não de uma alma. – Ele cuspiu nos pés dela.

- Eu te odeio. – Ela deu um soco em seu rosto.

- Você é estúpida Elisa. Me desculpe por tudo isso, Tália. – Ele me olhou com lágrimas nos olhos.

- Eu vou te ajudar. – Sussurrei.

- Não vai. – Ela deu um tapa em meu rosto.

- Não toque nela. – Zayn gritou.

- Oh, me esqueci do bonitão. – Ela caminhou até ele.

- Vadia. – Zayn rosnou.

- Late que eu gosto. – Ela chutou a barriga de Zayn o fazendo gritar.

- Porque não meche com alguém do seu tamanho? Não sejas uma covarde em bater em um homem que nunca tocará em você. – Gritei.

- Está bem. – Ela caminhou até mim.

- Tália. – Zayn gritou.

- Eu consigo. – Sorri para o moreno.

Elis deu um soco em meu rosto me fazendo cair. Tentei me levantar mas fui novamente acertada no rosto. Cai ajoelhada e vi meu sangue sair por minha boca e cair no chão. Zayn gritava por meu nome e tentava se soltar mas acabava por se machucar ainda mais. Elis chutou novamente sua barriga o fazendo cuspir sangue. Consegui me levantar atraindo a atenção de Elis que tentou me bater mas acabei agarrando seu cabelo e usando minhas últimas forças para a jogar no chão. Ouvi um disparo de sua arma acertar a perna de Zayn me fazendo gritar. Cai ajoelhada sentindo lágrimas correrem por meu rosto. Zayn gemia de dor. Karl estava a olhar para o chão a todo o momento. Olhei para Zayn que sussurrou um "tudo bem, amor". Olhei para a vadia que tinha sua arma apontada para a cabeça de Karl. Ela destravou a arma e contou até três.

- Te vejo no inferno. – Ela gargalhou.

- Estarei te esperando. – Karl sorriu fraco e me olhou. Um olhar de misericórdia.

Fechei os olhos e pus minhas mãos para frente e me levantei rapidamente. Fiz uma barreira com minha própria voz tentando destruir aquele feitiço ou qualquer coisa que ele seja. E barreira era forte mas eu também. Continuei empurrando forçando mais minha voz até que a única coisa que conseguia ouvir era o batimento de meu coração. Senti meu corpo ficar leve e quando abri meus olhos eu tinha rompido a barreira. Elisa destravou a arma e quando estava prestes a atirar eu corri até ela segurando sua mão. Elisa disparou duas vezes que acertaram o teto. Chorei sua canela a fazendo cair e a arma girar até perto do corpo de Zayn. Enquanto a menina de levantava corri até a arma e a peguei. Olhei para trás e vi Elisa correr até mim com uma faca nas mãos. Peguei a arma apontando para o coração da menina mas aquilo no a fez parar. Ela estava a centímetros de mim e eu não sabia o que fazer.

- Você consegue. – Zayn gritou. – Você precisa! – Senti uma lágrima rolar em meu rosto.

Destravei a arma e disparei duas vezes no coração de Elisa que parou e me olhou assustada. A loira caiu de joelhos e cuspiu sangue. Caminhei até ela pegando a faca de suas mãos as quais não conseguiam se mover.

- Obrigada! – A loira sorriu fraco antes que o brilho de seus olhos desaparecesse por completo.

- Você a matou. – A voz de Karl soou atrás de mim.

- Foi preciso. – Zayn disse rudemente.

- Entendo... – Karl estava... estranho.

Fui primeiro até Karl que estava mais perto. Com a faca, cortei os pedaços de corda que amarravam-no á cadeira. Quando iria dar um passo a frente, senti algo puxar fortemente meus cabelos e me assustei ao ver que era Karl. O mesmo agarrou-me fortemente pelo pescoço me tirando do chão. Zayn ao ver a cena começou a gritar e tentar de soltar. Tentei agarrar o pescoço de Karl mas estava longe de meu alcance.

- Karl. – Disse com dificuldade.

- O que foi, ruivinha! – Ele sorriu e só ai percebi que não era ele ali.

- Lucien! – Sussurrei.

- Sentiu saudades? Esse corpo até que me caí bem. Falando em cair... – Ele sorriu.

Lucien me jogou no chão fazendo com que batesse minha costela no chão. Lucien caminhou até Zayn e pegou a faca fazendo um corte em sua barriga. Ouvir os gritos de Zayn só me causavam mais fúria.

- Se levantar, ele morre! – Lucien Gritou.

- Zayn... – Suspirei deixando as lágrimas rolarem.

- Está tudo bem. Tália, está tudo bem. – Zayn sorriu em meio a tudo aquilo ele ainda fazia de tudo para me fazer feliz.

- Acharam que eu não iria me vingar? Ora, ora, tudo isso fora um plano. Você faria de tudo para salvar aqueles que ama. E realmente você mudou a minha opinião. Você é mais forte do que Angel foi. – Ele se ajoelhou de frente a mim.

- É eu sou forte. – Me aproximei mais de seu rosto. – Sabe. Antigamente ao ouvir seu nome todos os pelos do meu corpo se arrepiavam. Eu sentia uma angústia. Um medo o qual te atraía. Você tentou abusar de mim e ainda tenta e olha. Não adiantou. Eu estou noiva, e bom... Não tenho um pingo de medo de você, Lucien! – Cuspi as palavras em seu rosto.

- Hoje você deve me temer. Se não fizeres o que eu quero, oh querida. – Ele agarrou forte meu cabelo me arrastando até Zayn. – Seu amado Zayn sofrerá e você também. – Olhei para Zayn que apenas assentiu com a cabeça.

- Está certo. – Disse em forma de um suspiro.

- Por onde começar...

Lucien me pois de joelhos a frente de Zayn. Ele abriu um tipo de armário que continha muitas armas de todos os tipos das de caça até as de fogo. Olhei para Zayn que sussurrou um "Seja forte" e eu apenas concordei. Lucien pegou uma adaga e caminhou até Zayn que encarava o chão.

- Olhe para mim. – Ele disse alto.

- O que você vai fazer? – Gritei ao ver que ele segurou a adaga fortemente em suas mãos.

- Eu vou fazer o que já devia ter feito. – Ele olhou para mim. Um olhar misterioso e sombrio.

- Não. Se machucar ele. – Tentei me levantar mas ele me parou.

- Não é só ele, querida. Quer sair viva? Fique calada. – Lucien me empurrou.

- Está tudo bem... – Zayn sorriu fraco.

- Não para você. – Lucien sorriu.

Lucien usou a adaga para fazer cortes por todo o abdômen de Zayn o machucando. Implorava que ele parasse ouvindo os gritos de Zayn mas era impossível. Ele se virou para mim e me deu um tapa seguido de dois socos em meu rosto me fazendo cair no chão. Lucien me arrastou até Zayn e começou a chutar minha barriga. Zayn gritou e Lucien acabou por começar a bater nele. Senti minha cabeça ficar tonta e acabei por cair de joelhos no chão vendo aquela cena. Eu só desejava nesses instante que Zayn nunca tivesse entrado em minha vida. Eu o amo e muito mas vê-lo sofrer por minha culpa é mais doloroso. Fechei os olhos tentando parar por minutos de escutar todos aqueles gritos. Em meio as lágrimas que desciam, minhas memórias do passado voltaram como uma Cachoeira de pensamentos. Lembranças do acidente, de todos os surtos, de todas as palavras negativas, de ver minha mãe que tanto me fazia falta chorar por não saber o que eu tinha. Lembranças de minha terrível infância e adolescência. Lembranças dos sonhos sem sentido. Lembranças das pessoas que talvez perdi pelo medo de tentar. Mas tudo mudou ao conhecer ele. Zayn mudou minha vida. Ele me salvou. Ele sempre me salva. Ele foi a luz que me tirou da escuridão. Foi o amor que nunca sentirá antes. Foi o amigo o qual eu precisei. O irmão que me acalmou quando precisava. O namorado que me ama pelo que eu sou. E de todos os sorrisos, 99% deles foram para ele. E de todos os "Eu te amo". Todos foram por ele. Me lembro quando ele me elogiou pela primeira vez. Senti-me um tomate. Do seu primeiro abraço o qual tanto me acalmou. De suas palavras de conforto, do seu primeiro beijo que me levou até as nuvens e de seu primeiro toque que me fez flutuar. Lembro me quando ele disse o primeiro "Eu te amo" e eu sorri de orelha a orelha. Do primeiro "Eu preciso de você" que me conquistou. Mas o "Quer se casar comigo" será sempre meu preferido. Respirei fundo e deixei as memórias e os flashbacks dominarem meu inconsciente. Se eu pudesse desligar minha humanidade eu faria isso só para ver o Zayn a salvo. Em meio as memórias algo chamou minha atenção. Uma memória de um sonho que tive.

◀Flashback On▶

Corria por um grande corredor. Era tudo tão assustador. Algo me perseguia e eu não sabia o que. Eram homens, muitos homens. Eles usavam roupas de médicos. Continuei a correr até que ouvi duas vozes me chamarem. No fim do corredor havia uma luz. Uma forte luz. Ao passar por uma porta cheguei em um tipo de floresta devastada pelo fogo que ainda a dominava. Olhei em volta vendo Zayn caído no chão. Olhei novamente vendo Tobias com um corte em seu pescoço e morto. Olhei novamente vendo Harry e Louise amarrados e sendo queimados vivos. Vi todos aqueles que me foram importantes. Vi minha mãe ao lado de papai Unidos por uma fita vermelha que amarrava e unia seus braços. Vi Castiel e Amelie que me olhavam com pena e que tentavam me ajudar mas não sabiam como. E eu o vi. Bem ao lado de Zayn. Ele gargalhava. Por segundos desliguei completamente tudo que me impedia de mata-lo. Corri na direção dele que me olhou assustado. E quando ia enfiar minha mão por dentro de seu peito arrancando seu coração, acordei.

◀Flashback Off▶

Me levantei sem chamar a atenção de Lucien que ainda torturava Zayn. Uni todas as minhas forças e corri até ele o acertando na cabeça. Lucien caiu no chão derrubando sua adaga. Ao olhar para mim com fúria corri em direção a ele que vinha na minha. Seu corpo de colidiu com o meu e ele me acertou na barriga. Mordi fortemente seu braço e me lembrei que ele usava o corpo de Karl o que me fez parar dando tempo para ele me acertar e eu cair no chão.

- Você não é forte. Nunca irá conseguir. – Suas palavras eram como facadas em meu coração.

- Eu nunca desisto.

Me levantei rapidamente erguendo minha mão em sua direção usando meus poderes que o fizeram ser lançado contra a parede. Andei até Lucien e o enforquei. O demônio tentava acertar meu rosto mas era impossível. Comecei a dar socos por todo o seu corpo mas ele conseguiu se soltar então usei minha voz. Fiz uma barreira sonora que o fez gritar de dor e tentar tampar os ouvidos. Continuei a gritar sentido meu próprio ouvido sangrar. Ele se ajoelhou no chão gritando por meu nome mas eu não iria parar até que o corpo de Karl caiu desmaiado no chão e uma nuvem negra saiu de dentro dele. Lucien, furioso, me acertou no rosto me fazendo cair perto das armas. Peguei uma adaga enquanto ele caminhava até mim. Lucien me puxou pelo pescoço e quando fez isso, perfurei seu estômago o fazendo gritar de dor e me soltar. Peguei um líquido que havia perto das armas e comecei a fazer um símbolo envolta de Lucien tentando o banir. Era como uma estrela mas deformada e seguida de duas espirais. Assim que terminei falei em uma língua a qual não podia ser denominada Latim. Era uma língua estranha. Talvez a língua dos anjos. Lucien começou a gritar e tentar se levantar até que o símbolo se tornou um feixe de luz que fez com que ele desaparecesse. Corri até Zayn que estava muito ferido. O soltei e quando consegui tirar todas as amarras o abracei como nunca antes. Zayn caiu desmaiado em meus braços que agora tinham sangue pelos cortes de Zayn. Nos teletransportei para o apartamento e aparecemos logo a frente de Tobi, Lou e Harry que nos olharam assustados. Tobias pegou Zayn no colo e Harry pegou Karl que estava desacordado e os le urgentemente para o hospital. Naquele momento eu só conseguia chorar.

Louise me abraçou tentando me acalmar e me ajudou com os machucados que ficariam horríveis no dia seguinte. Fui até o banheiro lavar meu rosto e algo de estranho aconteceu. Ao tocar meu rosto uma luz branca emergiu de minhas mãos curando meus ferimentos. Eu havia liberado o último poder que era o da cura. Sorri e corri até Louise que me levou para o hospital.

- Por favor, onde está Zayn? – Disse ao chegar no local e encontrar Tobias e Harry na sala de espera.

- Ele está passando por uma cirurgia na perna. Não tem riscos. Graças a Deus. – Tobias sorriu aliviado.

- Eu posso curar ele. – Sorri.

- Como? – Harry perguntou.

- Eu tenho poderes agora. Poderes de cura. Olhe para mim. Não estou ferida. – Todos me olharam.

- Os poderes de... – Interrompi Louise.

- Anjo! – Assenti.

- Isso é... É incrível. Tália. Você pode curar qualquer um. Isso é... – Louise acabou por se empolgar.

- Eu sei. – Sorri.

- Familiares de Zayn Malik. – A enfermeira disse chamando minha atenção.

- Eu sou a namorada. – Entrei em sua frente.

- Bom. A cirurgia foi concluída. Não houve nenhum risco. Ele está bem e saudável mas implora por seu nome. – Ela sorriu.

- Posso vê-lo? – Perguntei.

- Claro. – Sorriu. - Fique a vontade. – Ela me guiou até o quarto.

Olhei para a cama vendo o moreno deitado com cortes por todo o corpo e machucados pelo rosto.

- Tália! – Ele disse feliz ao me ver.

- Meu amor. – Corri até seus braços e o beijei com desejo.

- Você conseguiu. Você me salvou. – Ele disse em meio as beijos.

- Eu daria minha vida por você. Eu faria qualquer coisa. Até deixar você partir para te ver feliz e seguro. – Toquei seu rosto.

- Minha felicidade só existe se for com você. – Ele beijou minha mão me fazendo sorrir. – Seus, ferimentos...?

- Liberei meu último poder. – Sorri.

- Qual? – O moreno perguntou curioso.

Me sentei de frente a Zayn e levei uma mão até seu rosto sobre sua testa e a outra sobre seu coração. Fechei os olhos ignorando as perguntas de Zayn e senti uma paz transbordar em meu coração. Zayn reclamou um pouco mas depois foi se acalmando assim que todas as feridas se fecharam.

- Tália... – Zayn me olhou surpreso.

- Eu sei. – Sorri.

- Você é meu Anjo da Guarda. – Sorri com suas palavras.

- E você é a minha luz. – Deitei minha cabeça em seu peito ouvindo seu coração bater calmamente.

- Sinto que teremos uma paz. – Zayn beijou minha cabeça.

- Eu prometo. Você será feliz. Eu faço qualquer coisa, entendeu? Qualquer coisa por você. – Sorri e o abracei novamente. – Qualquer coisa... – Sussurrei.