2: Como? Eu não sei...
Naquela segunda eu me sentia um pouco melhor, havia iniciado um novo ciclo no curso e eu estava empolga em aprender mais, havia uma nova menina na sala, seu nome era Liu Hinata, estrangeira e engraçada, puxou conversa comigo durante o intervalo e aquilo deixou meu dia mais colorido, muitos ali não tinham o hábito de falar comigo e isso às vezes era doloroso, não sei se era o costume ou o jeito, mas mesmo assim nem mesmo um cumprimento deixava você com um sentimento horrível.
Mas a nova garota me envolveu em uma conversa e mostrou a mim seus conhecimentos e também seus gostos musicais parecidos com o meu a propósito, nossa conversa rendeu e nem notamos os minutos se passarem.
Porém nem tudo era mil maravilhas, aquelas que um dia chamei de amigas envolveram Hinata em uma conversa de forma proposital para a mesma não chegar perto de mim na saéda, me senti péssima e andei na frente para casa ouvindo a mais nova playlist que havia feito. A condução é algo bom na cidade, passam a todo momento, são confortáveis e tem a melhor segurança, não tenho o que reclamar e como naquele dia o trânsito estava até que bom, cheguei rápido em casa, joguei a mochila na sala e fui até a cozinha procurar algo para comer;
Um bilhete de minha mãe estava pendurado na geladeira, nele ela avisava que havia ido ao centro pagar contas e resolver coisas que meu pai havia pedido e já ele estava trabalhando; fiz o almoço por minha conta, algo simples e rápido que pudesse me sustentar durante algumas horas e subi ao quarto para fazer minhas lições do curso.
Minhas amigas virtuais também estavam em casa e me mandaram mensagem para uma breve ligação, elas desabafaram sobre seu dia e eu também sobre o meu, disse sobre a alegria de ter conhecido alguém e também a tristeza do que as meninas fizeram e a vergonha que tentaram eu passar.
Algumas lágrimas teimaram em cair quando contei o que sentia, admito fiquei mais leve com o desabafo e ri quando as meninas mesmo distantes tentaram me animar, agradeci varias vezes pela ajuda e acabei desligando quando elas disseram que também tinham que ajeitar a vida.
Fui rapidamente ao banheiro lavar meu rosto e também pegar algum doce na geladeira, quando volte Magic Shop tocava e estranhei pelo simples fato de não ter colocado nada para tocar, deixei a melodia até o fim, cantando junto e me envolvendo com a letra que sempre acalmava meu coração, e no fim o celular simplesmente parou e o aplicativo fechou.
Chequei para ver se foi algum erro, parecia que alguém havia programado algo impossível já que não havia ninguém no quarto...
O sentimento de estar sendo observada não me abandonou nem por um minuto e cogitei varias vezes checar se alguém havia entrado em casa ou se era a vergonha pelo novo pôster pendurado em meu quarto. Quando me aproximei e toquei a figura pude jurar que algo soltou dele, estava muito recente para ter poeira e meu quarto estava limpo para isso ter acontecido, lembrei da frase que um dia antes brilhava nele e coloquei as mãos na cintura intrigada e curiosa...
- Cada vez você me deixa mais curiosas! - sussurrei para o que estava em minha frente.
- Hyun cheguei! - minha mãe anunciou - menina para de olhar isso é venha me ajudar!
- Claro!
Disse deixando a ideia louca de lado e indo até minha mãe, talvez fosse só algo de minha cabeça, talvez eu estivesse precisando tanto de ajuda que estava caçando meios ilógicos, conversar com minha mãe fez minha mente se distrair e acabei prestando atenção no que ela me instruía, minha mãe tinha experiência e quando dava conselhos esses ajudavam bastante devo dizer.
Depois de arrumarmos o que ela havia trago e conversarmos sobre a primeira parte do nosso dia, minha mãe decidiu tomar um banho e ir cochilar em seu quarto, já eu tentaria finalmente focar nas tarefas que tinha do curso já que eram importantes e muitas.
Assim que entrei notei um vulto em minha cama e meu coração acelerou imediatamente, ninguém havia entrado, então como era possível? Caminhei lentamente até o interruptor e respirei fundo antes de ligar a luz. Fiz o movimento rápido e meus olhos se arregalaram ao ver quem estava sentado em minha cama...
- Olá! - ele sorriu quadrado e eu apenas levei as mãos a boca para abafar o grito
- Como...Como você está aqui? - ele levantou a mão e apontou para o pôster que agora faltava sua silhueta, havia saído dali, portando as mesmas roupas da imagem e novamente deu um sorriso:
- Você leu a frase... Você precisa de ajuda, eu vi sua tristeza e não quero que chore mais...
Fiquei atordoada, não sabia o que dizer, nem o que pensar, Taehyung estava realmente em minha frente ou era só minha imaginação brincando comigo?
- V-você é real?
- Se sou o real Kim Taehyung? Não! - ele balançou a cabeça negando - apenas uma cópia bem feita dele, sou uma fotografia, então reflito o rosto dele, mas sou real no sentido de ser de carne e osso!
- Onde mora?
- No pôster ué?
- Todos têm vida ali? - olhei com medo o pedaço de papel
- Não! Cada lote daquela loja é especial, sete são os mais especiais aqueles que por uma estranha razão foram premiados, sou um dos sete e vou ajudar você.
- A frase! - pensei alto demais e o mesmo sorriu
- Sim, a frase foi o que ativou tudo, suas lágrimas e também suas inseguranças, mesmo sabendo que não sou o escolhido de seu coração quero te ajudar a superar o que sente.
- Taehyung! - o mesmo me olhou quando chamei com firmeza - vocês sete são os escolhidos do meu coração, amo igualmente, ok?
- Ok!
Ele me explicou com seu jeito fofo que dei sorte pelo vendedor tocar meu álbum e que somente o dono da loja sabia sobre a importância dos sete especiais, que eram para ser entregados a aqueles ou aquelas que realmente estivessem precisando, e talvez aquele jovem senhor tenha visto em meus olhos que eu precisava, me explicou também que uma vez que seu trabalho fosse concluído ele nunca mais apareceria e que o original Kim Taehyung não fazia ideia sobre o que estava acontecendo (algo que doeu meu coração) e por fim disse que sua morada seria o pôster e seria impossível andar em locais públicos comigo ou sair do quarto já que poderia sumir por estar longe de sua morada.
Eu piscava diversas vezes tentando entender o que estava acontecendo e me prender a essa realidade.
- Então vamos começar? - ele bateu palma um pouco alto e me assustou.
- S-sim! - disse sem entender sua animação...
- Ótimo!
E novamente diversas perguntas surgiram:
Como os senhor sabia que eu precisava de ajuda?
Ele fazia parte de algo mágico?
Como esses lotes se tornaram especiais?
A Magic Shop realmente existia?
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