[001.] Lugares que apenas eu conheço

.🍀 CAPÍTULO 🍀.•
❝ pyramids
Rafe Cameron Pov

          Estou sentado, sentindo a luz do pôr do sol queimar meus olhos. Cada músculo do meu rosto grita, se contorcendo de dor, pulsando como um maldito relógio. O sangue escorre, aliviando o corte. Passo a língua pelo lado interno da minha boca, o gosto metálico do líquido vermelho é um dos melhores sabores que já experimentei.

Barry para ao meu lado. Não me viro para encará-lo; a raiva queima cada veia do meu corpo. Pogues fodidos. Eles vão pagar pelo que fizeram.

━━ A xerife Peterkin, hein? ━━ o sorriso nojento dele me irrita. Seus dentes, manchados. ━━ É pior do que eu pensava, country clube. ━━ Ele se inclina, o hálito nojento soprando sobre meus lábios. ━━ Mas é melhor você torcer para que aquela sua namoradinha... ━━ todo o meu sangue gela; sinto que posso socá-lo a qualquer momento, dar a ele o mesmo destino que dei à xerife. ━━ ...valha bem mais para mim do que os 25 mil dólares que você me deve e vai pagar. Eu vi ela chegando do aeroporto...

Travei a mandíbula, fazendo um esforço do caralho para me controlar. Ele viu ela hoje? Ela deveria estar viajando. Apertei as mãos em punho, meu corpo inteiro incendiando.

Fechei os olhos com força, sentindo a dor latejante se espalhar pelo rosto. Depois de um momento, inclinei a cabeça para trás e o observei ir em direção à moto.

O vejo se sentar. Apenas um chute, e a moto esmagaria suas pernas. Eu poderia arrastá-lo para longe... Vamos lá... Seus olhos me fuzilam, mas ainda não falei nenhuma palavra.

━━ Ei, country clube! ━━ ele grita, pegando o capacete e me provocando. ━━ Cuida da sua namoradinha. Você é meu agora.

O observo partir. Volto a olhar para o horizonte, tentando engolir o ódio que sobe, queimando de dentro para fora, até que grito. Grito como se estivessem arrancando minha pele.



•••

NARRADOR
🍒 | Brooke Bonavich Pov

              Em Outer Banks havia dois lados. Primeiro, o lado distante onde Brooke estava, o lado sul, mais conhecido como periferia. Ali viviam os empregados, cozinheiros, garçons e outros trabalhadores – o habitat natural dos Pogues, onde muitos nasciam e morriam. Saíam de suas casas para finalmente cruzar até o lado rico, conhecido como Figure 8, onde viviam os Kooks, aqueles que pagavam.

Na família Bonavich, todos sempre tiveram dinheiro. O avô paterno era senador, e a família de sua mãe vinha de uma enorme fortuna que os cercava há gerações – uma das famílias mais ricas da ilha.

Brooke saía correndo da água segurando a prancha. O sol queimava a pele, o gosto salgado permanecia nos lábios, e os cabelos pretos, curtos e ondulados, grudavam na pele. Amava essa sensação de estar em casa depois de semanas na casa da tia. Esperava que Octávia parasse de surfar; queria ir para casa tomar um banho de verdade, mas a mais nova era contra a ideia – amava a praia.

Subiu a saia por cima do biquíni úmido, que deixava marcas na roupa. Sentou na areia quente, observando as ondas. Por sorte, a casa ficava a pouca distância dali.

Tentava dirigir, mesmo sendo uma péssima motorista, o que levou mais tempo até chegarem. Por ela, teriam ido a pé, mas a irmã mais nova reclamava até da ideia – estava na pior fase, a do contra.

Ao entrarem pelos portões, Brooke estreitou os olhos ao ouvir o som de uma moto passar por elas. O veículo ia rápido e parou em frente à entrada.

━━ Aquele é o Rafe? ━━ Tavi questionou.

━━ Quem mais seria? ━━ Brooke rebateu, estacionando o carro de forma apressada.

━━ Ele tá parecendo um maluco... ━━ a mais nova comentou, preocupada, enquanto via a irmã sair do carro e bater a porta com força. Brooke caminhava insegura em direção à moto.

━━ Onde você estava? ━━ gritou desesperada ao ver o rosto dele coberto de sangue. ━━ A xerife da cidade foi morta, tá um caos, e você sumiu!

Rafe segurava o capacete na mão, batendo-o na moto enquanto a encarava. O azul escuro dos olhos parecia negro.

━━ E você estava surfando?! ━━ Ele desceu da moto com passos rápidos, abaixando a cabeça até encontrar os olhos dela. Sua respiração quente batia nos cílios de Brooke. ━━ Está maluca, porra?! ━━ Brooke respirou fundo, sentindo o cheiro de sangue invadir suas narinas. ━━ Não sabe o quão preocupado eu estava?

Brooke olhou para as mãos de Rafe, manchadas de sangue.

━━ Não tem razão pra estar preocupado ━━ respondeu, olhando ao redor e percebendo que o carro estava vazio. Sua irmã os observava da janela da sala. Abaixou o tom de voz. ━━ Cheguei quase agora.

━━ E por que não me avisou?

━━ Não deu tempo ━━ explicou, reparando na roupa suada dele e na respiração acelerada, como se tivesse corrido uma maratona.

━━ Vou te explicar tudo ━━ prometeu, segurando a mão da namorada e a puxando para dentro da casa.

A casa estava quase vazia; os pais haviam saído. No andar de cima, fechou a porta com força atrás de si. Brooke foi buscar o kit de primeiros socorros e se sentou na frente dele, ainda chocada com o ferimento.

Molhou o algodão com soro e limpou o sangue do rosto dele. Prendeu o lábio inferior entre os dentes, segurando com firmeza o queixo de Rafe e forçando-o a encará-la.

━━ Que merda você fez, hein? ━━ murmurou. ━━ Irritou alguém perigoso? ━━ Seu peito afundava em preocupação, mas ele não respondeu. ━━ Hein?!

━━ Foi o Poppe ━━ confessou, com o rosto tremendo de ódio. ━━ Aquele desgraçado me pegou desprevenido.

━━ Não minta pra mim ━━ Brooke rebateu imediatamente. O garoto tinha dado aula para ela antes do verão. ━━ Você fez alguma coisa ━━ continuou, com um tom calmo, como quem pisa em ovos. ━━ Machucou ele?

Estava decepcionada. Sabia que Don, seu pai, odiaria ainda mais o genro ao saber que ele tinha se metido em outra briga – dessa vez com o filho do comerciante mais querido da ilha.

━━ O quê?! ━━ Ele negou com a cabeça, ou pelo menos tentou, mas os dedos dela ainda seguravam sua mandíbula. ━━ Ele e o resto dos trombadinhas bateram em mim e no Barry... e fugiram.

━━ O Barry?! ━━ Brooke empalideceu. Fechou os olhos, tentando raciocinar, mas o nome só trazia uma memória: drogas. ━━ Ainda tá falando com aquele traficante?

━━ Jesus... ━━ Ele afastou a mão dela, pegou uma garrafa de água e tomou um gole antes de cuspir sangue numa toalha. Suas mãos tremiam, e o suor escorria pela testa. ━━ Não vê como estou?

━━ Rafe... ━━ ela murmurou, tentando organizar os pensamentos. ━━ Já disse que esse cara é problema, amor. Ele só te mete nessas merdas.

━━ Você vai me odiar quando souber o que eu fiz ━━ confessou.

Sentiu o dedo dele deslizar pelos fios pretos, puxando-a para mais perto. Brooke tentou escapar, mas o aperto era forte demais, forçando-a a encará-lo, mergulhando na insegurança daquele olhar.

━━ Me fala ━━ pediu.

Ele parecia em conflito. A cabeça de Brooke começava a latejar enquanto o dedo dele descia até seu queixo. Então, Rafe abriu os lábios e encostou os dele nos dela, deixando ali a sombra do próprio sangue.

━━ Preciso de 25 mil dólares ━━ ele disparou, soltando o rosto dela para passar a mão pelos próprios cabelos. Os dedos trêmulos jogaram os fios para trás. ━━ Esse ladrão quer me ferrar. ━━ Observou-a em silêncio, como se buscasse aprovação. ━━ Eu não peguei todo esse dinheiro, te juro, linda. Foi o filho da puta do John B e a Sarah.

Os "25 mil dólares" tamborilavam na cabeça de Brooke como um sino ensurdecedor. Era dinheiro pra caralho. Muito dinheiro. Como ele gastou tanto assim?

━━ O que a Sarah tem a ver com o John B? ━━ perguntou, confusa. Nunca os vira conversando. Sarah estava com o Topper, não estava? ━━ Seu pai... ━━ Brooke hesitou. ━━ Pede a ele para resolver isso.

━━ Ele não vai me dar um só centavo ━━ Rafe retrucou, levantando-se e começando a andar de um lado para o outro pelo quarto.

━━ Não posso te ajudar ━━ ela declarou, tentando não transparecer o desespero. ━━ Não tenho nem três mil na conta, quem dirá vinte e cinco. ━━ Deu uma risada amarga, engolindo em seco. ━━ Não posso tirar essa quantia do cartão sem que o banco avise meus pais.

━━ Emprestado ━━ ele se inclinou, observando-a. Brooke estava sentada, segurando as próprias mãos em cima das coxas. ━━ Um empréstimo. Não tô pedindo esmola, vou pagar, juro.

━━ Rafe, eu não tenho ━━ negou com a cabeça, sentindo o desespero gelar seu sangue. ━━ Meu pai não tem dinheiro vivo...

━━ Tem o cofre no quarto deles ━━ ele apontou, apoiando a mão no pescoço dela e acariciando levemente.

As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Brooke, caindo nos lábios entreabertos. Queria ajudá-lo, queria que ele ficasse bem. Segurou a mão dele, não a afastando, mas também sem demonstrar total aceitação.

━━ Como você sabe? ━━ franziu o cenho, piscando enquanto a garganta tremia.

━━ Eu vi algum dia desses ━━ Rafe murmurou, mordendo o lábio enquanto continuava a acariciar o pescoço dela.

━━ Eu não sei a senha. Meus pais não me contam nada sobre finanças ━━ Brooke respondeu, respirando com dificuldade. Sua mente estava a mil, e seus olhos corriam pelo quarto. ━━ Precisa até quando?

Ela estava apavorada. Sentia que poderia odiá-lo... se não o amasse tanto.

━━ Deixa comigo ━━ Rafe começou a repetir, como se tentasse se convencer. Negava com a cabeça enquanto andava de um lado para o outro. Cobriu os olhos com as mãos, pressionando com tanta força que parecia querer se machucar. Brooke sabia que ele estava segurando o choro. Era tão importante assim? ━━ Vou dar um jeito nisso.

Ela se levantou, indo até ele e tentando acalmá-lo. Alisava as costas do namorado com delicadeza.

━━ Eu sei que você vai conseguir ━━ murmurou, abraçando-o enquanto deslizava a mão por debaixo da camisa dele, sentindo a pele quente das costas. Ele depositou um beijo em sua clavícula e a abraçou com força.

━━ Eu tô 100% fodido ━━ ele choramingou, respirando contra a pele dela e apertando-a mais.

━━ É só dinheiro ━━ Brooke sussurrou, tentando acalmá-lo. ━━ Olha... meu pai tem um relógio. Vários relógios. ━━ Lutava contra os próprios sentimentos, sabia que, se fosse pega, perderia a confiança dele. Ainda assim, continuou: ━━ Não tem câmeras aqui em casa.

━━ Eu estraguei tudo ━━ Rafe continuou. Brooke o viu cair de joelhos, os olhos azuis agora vermelhos e nublados enquanto pressionava a testa contra o estômago dela. ━━ Por favor, não me deixa. Eu não posso te perder.

━━ Não vai ━━ confirmou, mesmo que seu coração transbordasse em conflito.

Brooke rapidamente segurou a mão do namorado o forçando a se levantar, sorriu para ele com ternura o odiando ver assim. Queria fazê-lo se sentir melhor, Rafe alternava o olhar entre os lábios da garota e seus olhos.

Ele reduziu a distância entre eles, selando os lábios da mesma com um beijo intenso e desesperado, a língua atropelando os dentes dela.

Os dois estavam à beira da cama quando a morena saltou rapidamente para o colo do namorado, ansiando por mais contato físico e calor entre eles, era sua forma de dizer: senti sua falta.

Rafe se afastou do beijo alguns segundos depois, mantendo as mãos nos quadris de Brooke, segurava firmemente em seu colo, os dedos enterrados. Ele andou, ainda beijando sentindo o gosto salgado do mar, e começou a se dirigir à penteadeira. Com um movimento rápido, derrubou os pertences de Brooke, criando espaço para colocá-la em cima.

━━ não! ━━ quase gritou ofegante. ━━ o barulho...

━━ Você não sabe o quanto eu senti sua falta.
━━ respondeu não dando tempo de continuar, olhava profundamente nos olhos dela. ━━ Deus, você é tão linda. ━━  Depois, selou os lábios com outro beijo, enquanto suas mãos começavam a explorar sob biquíni da garota, levantando a saia lentamente.

Suas mãos deslizavam pelo corpo dela, sentia todo o corpo tremer sabendo que só ele conhecia, traçando cada curva delicadamente enquanto a beijava com intensidade. Rafe coloca a mão em cima do estômago, circulando em torno de sua pele macia, cada movimento varrendo mais baixo a cada vez, deliberado e provocando.

Seus lábios se moviam dos da garota para o pescoço novamente, fazendo-a suspirar. Sua cabeça descansa no ombro dele, deixando uma mordida suave, enquanto Rafe sobe a mão até os seios, os dedos habilidosos encontrando o espaço sob a pequena peça, acariciando a pele sensível, respirava pesadamente, parecia descontrolado.

Sua língua desenhou um caminho ao longo da borda da orelha de Brooke, provocando um arrepio que percorria seu corpo como um choque elétricos a fazendo querer o agarrar com mais força.

O loiro sentia o calor do corpo dela contra o dele, e não conseguiu resistir ao impulso de se aproximar ainda mais, fazendo a mesa balançar.

━━ Rafe... ━━ murmurava ainda o mantendo no lugar, sem notar abrindo mais as pernas para que ele entre ━━ precisa ser silencioso....━━ olhou para a porta, lembra do do detalhe mais importante ━━ a Tavi está em casa.

Tentou mas não pareceu que ouviu.

Ele pressionou seu corpo contra o dela, prendendo-a contra a mesa enquanto continuava. Suas mãos exploravam cada curva, deslizando pelas costas lisas enquanto abria o laço do biquíni e jogou de lado, revelando a pele macia.

━━ quem? ━━ soltou por um segundo, completamente indiferente com o que ouviu.

Desviando sua atenção, começou a levar os lábios do pescoço até a barriga dela com um sorrindo crescendo, traçando um caminho delicado pelo corpo até o topo da saia. As mãos deslizavam sob o tecido, puxando-o para baixo com um toque suave e tentador.

Brooke gemeu ao imaginar Rafe entre suas pernas, um arrepio de antecipação percorrendo seu corpo enquanto ela passava as mãos pelos cabelos dele, puxando-o para mais perto.

Tinha se esquecido, quem era Tavi mesmo?

Mordeu o lábio tentando segurar o som, alimentando ainda mais o desejo que ardia dentro dele. As mãos de Rafe agarraram firmemente suas pernas, provavelmente teria a marca mais tarde, ele se posicionava de joelhos diante da de cabelos escuros.

Começou a distribuir beijos na parte interna de suas coxas, subindo lentamente, cada toque provocando uma onda de sensações que a deixava ofegante, apertando a madeira de onde estava sentada. Quando finalmente chegou à frente de seu núcleo, parou e olhou para ela com um olhar intenso, sorrindo novamente.

━━ amor... ━━ o gemido dela soou como um sussurro implorando por mais, sentindo-se latejar e tentando cruzar as pernas.

O som de seu nome nos lábios dela provocou uma onda de desejo dentro dele. Ele interpretou isso como um sinal claro para continuar e começou a provocá-la com toques leves, traçando o dedo ao longo da pele sensível da parte interna das coxas.

Ela assentiu, sua respiração se tornando suspensa em suaves suspiros, seu corpo arqueando-se em direção a ele em antecipação.

Tudo tinha sido esquecido, o vício, toda a viagem de um mês longe, os 25 mil dólares, relógio, Barry... eram detalhes.

━━ Por favor... ━━ ela sussurrou, cada palavra impregnada de desejo.

A súplica causou um arrepio na espinha dele; não havia como resistir mais. Ele se inclinou, seus lábios traçando uma trilha de beijos suaves pela parte interna da coxa, aproximando-se cada vez mais do seu núcleo pulsante.

Seus dedos continuaram a provocá-la, deslizando sobre seu centro úmido com um toque delicado e preciso. — Você está tão molhada para mim, Brooke. — sua voz baixa e rouca enquanto tirava lentamente a última peça do biquíni rosé dela.

Finalmente, ele usou um único dedo para roçar sua pele dolorida, fazendo-a ofegar e arquear as costas. Ele adorava a forma como o corpo dela reagia ao seu toque, era pura e dele.

Seu rosto estava agora a centímetros de seu núcleo, a vontade dela preenchendo seus sentidos de forma intoxicante. Ele ficou ali por um momento, seu hálito quente contra a pele dela a fazendo se contorcer.

━━ Vou fazer você se sentir tão bem ━━ prometeu apertando com força a carne que segurava ━━ vai me perdoar pelo que fiz.

Ele se inclinou, sua língua finalmente tocando sua carne sensível. O corpo de Brooke tremeu com o contato; um gemido suave escapou de seus lábios enquanto ela balançava os quadris em direção a ele desesperada. Sua língua começou a explorá-la, seus movimentos lentos e deliberados, cada toque cuidadosamente calculado para aumentar o prazer.

Ele conhecia os segredos que a deixavam louca e estava determinado a levá-la ao limite. Sua língua dançava com maestria sobre seu ponto mais sensível, provocando ondas de prazer que faziam Brooke se contorcer sob seu toque. Se tornava mais difícil segurar o gemido, alimentando ainda mais o desejo que ardia dentro dele.

As mãos agarraram os fios dourados novamente o ouvindo grunhir enquanto ela engasgava e ofegava, a intensidade de seu toque fazendo sua cabeça girar. A garota sentiu como se estivesse girando fora de controle, o corpo completamente à mercê dele. Rafe sabia o que fazia, tanta habilidade que ela mal conseguia pensar direito.

Seu corpo começou a ficar tenso, as ondas de prazer crescendo cada vez mais dentro dela, a pressão aumentando com cada movimento de sua língua a fazendo revirar os olhos. Ela estava perto, tão perto, e ele sabia disso.

Ele sabia que Brooke estava à beira do limite e queria dar a ela a satisfação que tanto ansiava. Rafe acelerou o ritmo, sua língua se movendo mais rápido, mergulhando em cada curva dela com uma urgência deliciosa.

Suas mãos se moveram das coxas até os quadris a trazendo para mais perto, segurando-a firmemente no lugar enquanto a aproximava ainda mais do ápice.

A garota moveu as mãos até os próprios seios, em busca de um prazer intenso, até que finalmente alcançou seu ápice quando ele girou e entrou, seus gemidos baixos a um passos para descontrolados, ecoando pelo amplo quarto. Rafe a observava com um olhar ardente, sentindo seu desejo crescer.

Ele a viu convulsionar sob as ondas do prazer, e não esperou que ela se recuperasse. Com os olhos fechados, ainda perdida em sua própria euforia, ela ouviu o som do zíper da calça de Rafe se abrindo.

Quando se despediu das roupas que o prendiam, sua namorada mordeu o lábio ao ver emergir. — A visão dela, mordendo o lábio em antecipação, apenas alimentou ainda mais seu desejo voraz.

Sentiu saudades e sabia a razão da viagem, Don Bonavich o odiava e não achava bom o bastante para a menina de ouro que no momento implorava com os olhos.

Se inclinou sobre a garota, Com um movimento firme e decidido, a pegou nos braços e levou até a cama, jogando-a suavemente sobre os lençóis antes de tirar a própria camisa e abandoná-la em qualquer canto do quarto.

Brooke sabia que deveria lembrá-lo, fazer com que ele parasse e ao menos buscasse proteção, não era a primeira vez que não usavam. Rafe rapidamente se posicionou sobre a namorada, a pressa de ambos refletindo o desejo incontrolável que os consumia.

As mãos de Rafe agarravam o corpo dela com força enquanto ele se movia rapidamente. Cada toque era eletrizante; ele podia sentir como ela reagia ao seu contato, como ela se movia contra ele e como seu nome escapava de seus lábios em gemidos suaves. Ele queria mais de Brooke — precisava de mais dela.

A sensação de estar dentro dela era quase insuportável; enquanto se movia com intensidade, seus lábios exploravam seus seios, beijando e mordiscando sua pele macia. Suas mãos firmes agarravam seus quadris, os dedos cravando-se em sua carne.

━━ Por que você parou? ━━ ela perguntou, precisavam ser rápidos. Tinha um olhar sedento enquanto ele se retirava momentaneamente de dentro dela e se inclinava contra a cabeceira da cama.

Rafe rapidamente mudou de posição, sentando-a sobre ele enquanto unia seus corpos novamente. Ele podia sentir cada centímetro da pele dela contra a sua; cada movimento enviava ondas de prazer pelo corpo deles.

As mãos dele percorriam suas costas e coxas, puxando-a para mais perto enquanto enterrava o rosto em seu pescoço. Os beijos e mordidas na pele sensível aumentavam o desejo.

Cada gemido que escapava dos lábios de rafe a fazia enlouquecer, arranhando as costas sentindo o calor crescente. Ele sentia o calor do corpo dela contra o seu e como ela o apertava em busca de algo mais profundo. A intensidade das sensações quase o fazia perder o controle, fazia ele querer gemer alto.

Saber que deveriam ser silenciosos parecia os queimar ainda mais, os olhos fugindo para a porta por leves segundos e mesmo assim não parando.

Ela começou a se mover mais lentamente sobre ele, Rafe percebeu que estava prestes a levá-la ao clímax novamente. Ele segurou sua cintura com firmeza, guiando-a em movimentos sensuais enquanto controlava o ritmo. O prazer estampado no rosto dela — os olhos fechados e a boca entreaberta — era uma visão que ele jamais cansava.

Quando finalmente ela atingiu o clímax, Rafe segurou-a com mais força. Momentos depois, entregando-se junto com ela à explosão final de prazer, seu corpo retesou-se uma última vez antes de se libertar dentro dela.

Ambos permaneceram ali por um instante eterno, tentando recuperar o fôlego enquanto lentamente voltavam à realidade. A respiração rápida misturava-se ao suor que cobria suas peles quentes; os corações ainda acelerados pulsavam em uníssono. Eles trocaram olhares cheios de satisfação e prazer.

🌊

       Quando abriu os olhos, era noite. O vento soprava nas janelas, permitindo que o frio invadisse o lugar. Brooke ainda estava suada. O braço do namorado estava enrolado em sua cintura, mas, com calma, ela se levantou. Vestiu o short de um dos pijamas e uma blusa folgada. Na ponta dos pés, trancou a porta ao sair.

Ainda havia alguns empregados passando. As luzes machucavam seus olhos, e ela agradeceu que ninguém tivesse batido na porta. Sabiam que toda tarde ela descansava.

Octavia passou usando o celular, mas parou assim que viu a irmã saindo. A sobrancelha maquiada se arqueou, e ela levantou o aparelho como se mostrasse um pedaço de lixo.

━━ A internet caiu de novo ━━ reclamou, ignorando o temporal que caía lá fora. ━━ Por isso odeio morar nessa ilha. Se tivéssemos continuado em Milão, isso não estaria acontecendo.

━━ Isso o quê? ━━ Brooke cruzou os braços, em tom de deboche. ━━ O temporal?

━━ A porra da Ágatha louca 0.2 ━━ revirou os olhos. Então seu olhar castanho se estreitou por um instante. ━━ E o Rafe?

Todo o sangue do corpo de Brooke gelou.

━━ Não sei ━━ mentiu, dando de ombros. ━━ Não sou mãe dele.

━━ Hum... ━━ Octavia murmurou, analisando-a e dividindo o olhar entre seus olhos e a porta trancada. ━━ Sei lá, vi a moto dele lá fora, mas deve ser só ilusão. ━━ Abriu um sorriso ladino. ━━ Na real, tá rolando uma confusão envolvendo a família dele.

━━ Que confusão? ━━ perguntou Brooke, confusa.

━━ Não sei, não terminei de ver, graças ao sinal que caiu.

Curiosa, Brooke correu na frente, quase tropeçando nos próprios pés. Desceu as escadas apressada até a sala de estar, onde a mãe escrevia em seu diário e o pai tentava ler um livro.

━━ Estamos sem sinal! ━━ gritou para o pai, que parou de ler e a encarou.

━━ Por que será?! ━━ respondeu ele, sarcástico, apertando os olhos.

━━ Pai! ━━ A filha mais nova atravessou a sala e parou ao lado dele, levantando o celular em busca de Wi-Fi. ━━ O Wi-Fi deu ruim.

Um relâmpago cruzou o céu, iluminando a sala e chamando a atenção de todos. Alma suspirou, olhando para as filhas como se fossem casos perdidos, antes de retornar à sua escrita.

━━ Caiu o Wi-Fi? ━━ Don perguntou novamente. ━━ Na hora de cobrar a fatura, aí não falha, né?

━━ Claro que não tem Wi-Fi, não viu o relâmpago? ━━ Alma retrucou, irritada. ━━ Olhe pela janela e veja o mar revolto.

━━ Então manda alguém subir lá e consertar ━━ Octavia disse, ainda levantando o celular. ━━ Se a gente estivesse em Milão, como a mamãe falou, não estaríamos sem internet.

━━ Nisso eu concordo ━━ a mãe disse, levantando-se e tirando os óculos de leitura. ━━ Mas seu pai ama essa porcaria de ilha.

━━ Tavi, tem gente do outro lado da ilha que está sem luz desde o furacão ━━ retrucou o pai, tentando fazê-la entender seus privilégios. ━━ Você tem uma casa em Milão.

━━ Tá bom. Se eu parar de reclamar, a energia do outro povo da ilha volta? ━━ Octavia levantou as sobrancelhas em sarcasmo. ━━ Acho que não.

━━ Nisso ela te pegou, pai ━━ Brooke riu, mas logo se calou quando o dedo dele apontou para ambas.

━━ Mais alguma reclamação, e vocês duas ficarão sem celular quando o sinal voltar ━━ ameaçou Don, virando as costas e largando o livro. Em seguida, foi atrás da esposa.

Os olhos castanhos de Brooke se voltaram imediatamente para o sofá onde o pai estava há pouco. Na pequena mesa ao lado, repousava o relógio Cartier dele. O prata brilhava, e ela reconheceu à distância que era o que haviam escolhido juntos para presenteá-lo no aniversário. Era o modelo com ponteiro azul e pulseira preta. Não se lembrava do valor, mas sabia que ajudaria.

Ela se sentou no mesmo lugar, fingindo olhar pela janela. Assim que Octavia saiu da sala, Brooke aproveitou o momento. Discretamente, tomou o relógio e o escondeu dentro da blusa.

NOTAS DA AUTORA:
. . .
Esse capítulo se passa no ep 10 da season 1.

Tô meio nervosa de postar porque não sei se a fic vai ser como vocês imaginam. Não será algo fofo ou tudo sempre 100% bonito.

Estamos falando do Rafe da temporada 2, o mais surtado de todos (e o mais gostoso).

Não seguirei 100% a série, alguns eventos serão mudados para dar sentido a história.

VOTEM E COMENTEM!! Isso me dá mais ânimo pra continuar, qualquer sugestão será bem vinda desde que seja para melhora e sem xingamentos.

Beijos

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