✦ 02 ✦๋࿆࣭

ㅡ Você deu meu nome pra uma flor?

Druig riu levemente enquanto dava de ombros.

ㅡ A flor é parecida com você, tem até suas cores. ㅡ o Eterno se defendeu.
ㅡ Bom, não tão parecida, já que sua vida é eterna e a dela é muito curta.
ㅡ ele completou.

Gaia sorriu.

ㅡ Agora teremos que encontrar uma flor para chamar de Druig. ㅡ ela disse e Druig arqueou às sobrancelhas.
ㅡ Os requisitos são: ser rabugenta, convencida e cheia de autoestima.

Gaia gargalhou e Druig riu levemente da zombaria dela.

ㅡ Muito engraçado Gaia. ㅡ ele debochou e cutucou a Eterna na cintura.

ㅡ Não sei que flor você poderia ser. Acho que você é mais como o sol.
ㅡ Gaia divagou, mas se calou rapidamente.

Ela estava prestes a dizer que Druig era o sol porque ele aquecia o coração dela, porque quando ela o via nada mais importava, porque quando ela estava com ele, ela se sentia segura, quente, em casa.

Assim como o sol fazia com a natureza.

ㅡ O sol? ㅡ ele sorriu. ㅡ Achei que todos chegamos ao consenso de que você é o nosso sol particular.

Gaia corou envergonhada.

ㅡ Eu nunca concordei com isso. ㅡ ela rebateu.

ㅡ Você é o sol, com toda certeza.
ㅡ Druig murmurou baixinho.

ㅡ Então você pode ser a lua. ㅡ Gaia riu baixinho e olhou para flor novamente.

O laranja no céu aos poucos se tornava azul escuro, a tarde aos poucos se tornava noite. Aquela bela flor iria viver para ver a beleza da noite.

Druig ficou em silêncio por um momento, pensando nas palavras de Gaia.

ㅡ Não sei se quero ser a lua. ㅡ Druig disse. ㅡ Ela está muito longe do sol, e eu não quero ficar longe de você. Nunca.ㅡ ele sussurrou próximo do rosto de Gaia.

Gaia olhou para ele levemente surpresa, e isso foi um tremendo erro, porque aqueles belos olhos azuis a estavam observando e ela se perdeu neles.

A Eterna corou quando a mão direita de Druig se aproximou do rosto dela e começou a acariciar sua bochecha.

Minha linda, linda Gaia. ㅡ ele sussurrou com adoração, como se ela fosse um ser divino e ele seu total adorador e servo.

Gaia se pegou sorrindo, momentos assim não eram tão raros, Druig sempre parecia querer estar próximo dela, tocando-a, sussurrando palavras bonitas.

Entretanto, aquele momento parecia diferente, e Gaia se perguntou: ela queria que fosse diferente?

A mão esquerda de Druig segurou a mão direita da Eterna, ele sorriu, um sorriso verdadeiro e extremamente fofo, diferente de quem ele costumava ser.

De repente a mão direita dele caiu do rosto dela e o sorriso dele se apagou aos poucos, como se ele estivesse envergonhado de suas ações, como se ele pensasse que não era digno de nem ao menos a tocar.

ㅡ Vamos, dança comigo solzinho.
ㅡ Gaia zombou, se levantando e puxando Druig, a mão esquerda dele ainda na mão direita dela.

ㅡ Dançar? ㅡ Druig perguntou confuso, rindo da aleatoriedade de Gaia.

ㅡ Sim, dançar. ㅡ ela disse revirando os olhos.

ㅡ Não temos música. ㅡ ele pontuou enquanto se aproximava mais dela.

ㅡ E quem disse que precisamos de música? ㅡ Gaia rebateu. ㅡ A dança é um sentimento, não precisamos de um estímulo para sentir, não é solzinho?

Druig sorriu e colocou a mão livre na cintura dela, a puxando contra ele.

ㅡ Qualquer coisa que a mãe natureza deseja é uma ordem. ㅡ ele brincou.

Gaia riu levemente e encostou sua cabeça no peito de Druig, sua mão livre rodeando a cintura dele.

Ela sentiu o Eterno respirar fundo e a puxar ainda mais contra si.

Mal podia se dizer que eles estavam dançando, eles estavam apenas se balançando, os corpos próximos em uma sintonia só deles, em um momento só deles.

Gaia pensou nas palavras de Sersi.

Eles haviam sido melhores amigos por centenas de anos. Estava mesmo na hora de mudar isso?

Ela não queria estragar o que eles tinham, mas ao mesmo tempo, ser algo mais atraía muito Gaia, pensar em acordar e se deitar ao lado de Druig, o beijar e estar para sempre com ele, a ideia parecia deverás encantadora.

Gaia tirou sua cabeça do peito de Druig e a levantou, a diferença de altura entre eles não era tão grande, mas Gaia se sentia pequena sob o olhar penetrante dele.

ㅡ Tudo bem? ㅡ ele perguntou, confusão e preocupação em seus belos olhos.

Gaia sorriu, levando a mão esquerda para a bochecha do Eterno e o acariciando, Druig se inclinou para o toque gentil dela.

A mão de Gaia acariciou os traços de Druig, que a olhava com confusão e amor.

Estava mesmo na hora de mudar o que eles tinham?

Como alguém que controlava e entendia a natureza, Gaia sabia que tudo deveria evoluir, nada ficava para sempre da mesma maneira na natureza.

Nada deveria ficar para sempre da mesma maneira.

Gaia olhou para as mãos deles que ainda estavam entrelaçadas, unidas como se sempre devessem estar daquele jeito.

ㅡ Minha linda Gaia. ㅡ Druig sussurrou quando a mão da Eterna acariciou sua nuca.

Gaia sorriu e aproximou seu rosto do dele.

Quando os lábios deles se encontraram foi como se nada mais importasse, como se o universo todo pudesse entrar em combustão e eles nem ao menos iriam perceber.

Os lábios de Druig se moveram ditando o ritmo do beijo, e Gaia estava feliz em acompanhar a liderança dele, a mão dela ainda estava na nuca dele, e a mão livre dele ainda a estava puxando para mais perto, como se pudesse fundir seus corpos.

Quando o beijo terminou, as testas deles ainda estavam coladas, seus narizes quase se tocando. Sorrisos bobos nos rostos deles.

ㅡ Eu queria fazer isso à tanto tempo. ㅡ Druig confessou em um sussurro.

Gaia soltou uma risadinha e se afastou para o olhar melhor.

Ela abriu a boca para dizer algo, mas a presença de alguém se aproximando atrás dela a fez se calar.

ㅡ Oi? ㅡ Gilgamesh disse confuso.
ㅡ Não querendo atrapalhar, mas o Kingo tava procurando por você Gaia.

ㅡ Eu já estou indo. ㅡ Gaia sorriu docemente para Gilgamesh que retribuiu o sorriso e se virou para partir.

ㅡ Te vejo depois, solzinho. ㅡ ela brincou e beijou Druig na bochecha.

1500 d.c.

Gaia estava horrorizada.

Os humanos estavam em outra guerra, entretanto, dessa vez era mais como um massacre.

ㅡ Ajak. ㅡ Gaia chamou. ㅡ Por favor, nos deixe interferir, deixe Druig interferir. ㅡ ela pediu, seus olhos azuis brilhando com a dor que ela sentia. Seus amados humanos estavam se destruindo, Druig poderia fazer algo, eles poderiam ajudar.

O Eterno estava ao lado de Gaia, segurando a mão dela, tentando lhe passar algum conforto. Ele tinha estado ao lado dela por centenas de anos depois daquele dia nos Jardins Suspensos da Babilônia, eles nunca haviam colocado um nome naquilo que eles tinham, nunca haviam se "casado" como Sersi e Ikaris, eles nem mesmo costumavam mostrar muito afeto perto dos outros.

Eles gostavam de manter o que eles tinham entre eles, acima de qualquer coisa eles eram amigos, melhores amigos, mesmo que brigassem às vezes.

ㅡ Eu sinto muito Gaia, mas não podemos interferir nas guerras dos humanos. ㅡ Ajak disse com pesar.

ㅡ Isso não é guerra. ㅡ Druig rebateu.  ㅡ É um genocídio.

ㅡ As armas deles são mortais demais. ㅡ Gaia murmurou baixo, triste pelas pessoas que estavam sendo mortas e ela não poderia fazer nada para evitar.

ㅡ Obviamente a sua ideia de ajudá-los a se desenvolver não foi tão boa Phastos. ㅡ Druig se virou para o outro Eterno.

Gaia segurou a mão de Druig e negou com a cabeça. Brigar com a família não adiantaria em nada.

ㅡ Tecnologia faz parte do processo evolutivo deles Druig. Não é uma coisa que eu posso impedir. ㅡ Phastos se defendeu.

ㅡ Você não. Mas eu sim. ㅡ Druig rebateu exasperado. A mão de Gaia se soltou da dele e a Eterna se virou para Thena ao ouvir Sersi chamá-la.

Thena materializou sua lança e acertou Sersi que foi tirada do caminho por Makkari que quase foi atingida também.

Todos se viraram surpresos tentando conter Thena.

ㅡ Não escute outra coisa Thena. Só escute minha voz. ㅡ Ajak murmurou de forma calma usando seus poderes e se aproximando de Thena. ㅡ Você está segura. E é tão amada. É a nossa Thena.

Gaia começou a se aproximar também, mas a mão de Druig segurando seu braço a impediu.

Por um momento Thena pareceu estar de volta ao normal, mas de repente ela se separou de Ajak, brandindo sua lança.

ㅡ Thena não. Pare. Pare. ㅡ Gilgamesh a envolveu, segurando-a contra si.

Thena se separou do Eterno, materializando uma espada e lutando contra ele.

Gaia tentou fazer o mesmo, mas o aperto de Druig continuava forte em seu braço.

ㅡ Thena, por favor. Volte pra nós.
ㅡ Gilgamesh pediu docemente.

Não funcionou, Thena voltou a ataca-lo.

Gaia puxou o braço do aperto de Druig e se aproximou da luta, Thena se virou ao vê-la chegar, sua atenção em Gaia agora.

Ela pulou, a lâmina da espada apontada para Gaia.


ㅡ THENA! ㅡ Gaia gritou, segurando a espada de Thena com às mãos, o metal a cortou rudemente. ㅡ Sou eu Thena. Gaia. É a Gaia. Você está segura. Você está bem. É a Gaia.
ㅡ Gaia sussurrou enquanto tentava puxar Thena para um abraço. Uma parede de pedras aparecendo e circundando às duas tentando evitar que Thena machucasse outro alguém.

Thena começou a falar sobre algo relacionado com destruição, e quando os olhos dela encararam Gaia, um arrepio passou pelo corpo da Eterna que controlava a natureza.

ㅡ Você sempre tenta impedir.
ㅡ Thena sussurrou. ㅡ Saber tudo é-

A deusa da guerra nunca conseguiu terminar a frase, Gilgamesh atravessou a parede de pedras e segurou Thena fortemente contra ele, depois a acertou com seu poderoso punho a fazendo desmaiar.

Druig estava atrás deles, ele visualizou às mãos de Gaia e correu para ela, segurando às mãos da Eterna com delicadeza.

ㅡ Foi um acidente. Minha culpa.
ㅡ Gaia sussurrou perturbada pelas palavras de Thena.

Saber tudo é...

Saber tudo é o quê?

Thena estava deitada agora. Desacordada.

ㅡ Eu achei que o Mahd Wy'ry fosse um mito. ㅡ Sersi disse próxima à Thena.

ㅡ Não existe cura. Então ninguém fala sobre isso. ㅡ Phastos explicou.

Gaia se encolheu, um olhar passando por suas mãos que já haviam sido curadas por Ajak. Druig estava ao lado dela, pensativo.

ㅡ O que se passou? ㅡ Thena acordou levemente assustada.

Gaia deu um passo para se aproximar e Druig a segurou novamente, Gaia negou com a cabeça e se soltou do seu apertou, se aproximando de Thena.

ㅡ Thena, você atacou todos nós.
ㅡ Ajak explicou. ㅡ Feriu Gaia. Sersi. E quase matou a Makkari.

Thena se sentou confusa.

ㅡ Eu não me lembro.

ㅡ Você está com Mahd Wy'ry. ㅡ Ajak confessou. ㅡ Sua mente enfraqueceu e está fragmentando suas memórias. E a única solução seria apaga-las para que você possa recomeçar.

ㅡ O quê? Apagar as memórias dela? Isso é um absurdo. ㅡ Gaia interveio, o olhar apreensivo de Thena se encontrou com o dela.

ㅡ Gaia. ㅡ Ikaris repreendeu e Gaia se virou para ele com raiva.

ㅡ Eu terei que informar à Arishem e levá-la de volta para nave. Lá temos tecnologia para ajudá-la. ㅡ Ajak disse.

ㅡ Isso é um absurdo. Não podemos fazer isso. ㅡ Gaia voltou a dizer.

ㅡ E se acontecer de novo? ㅡ Kingo perguntou se virando para Gaia. ㅡ E se dá próxima vez ela cortar mais que suas mãos? Ela poderia matar todos nós.

ㅡ Por favor. ㅡ Thena implorou para Ajak chorando. ㅡ Por favor Ajak. Eu quero me lembrar. Quero me lembrar da minha vida.

Gaia deu outro passo à frente.

Agora que Thena declarou sua vontade, não havia maneira deles a obrigarem a esquecer. Gaia nunca permitiria isso.

ㅡ Thena. Eu te amo. Mas escute, não é importante se você lembra ou não. O seu espírito continuará e você sempre será Thena, minha querida. ㅡ Ajak disse calmamente.

ㅡ Ela não quer isso. ㅡ Gaia murmurou, leal como ela sempre costumava ser.

ㅡ Confie em mim. ㅡ Ajak pediu para Thena, ignorando o comentário de Gaia.

ㅡ Por que ela faria isso? ㅡ Druig murmurou do seu lugar. ㅡ Você quer que a Thena deixe de ser quem ela é.

ㅡ Druig, sei que está insatisfeito-

ㅡ INSATISFEITO? ㅡ Druig gritou e Gaia se encolheu, ele raramente gritava, e quando ele o fazia ela sempre ficava assustada, porque quando ele gritava Gaia sabia que ele estava no limite, e quando Druig estava no limite coisas ruins costumavam acontecer. ㅡ Confiamos em você por sete mil anos, e olha onde isso nos trouxe. Eu vi humanos se destruírem sendo que eu teria impedido tudo em um minuto. ㅡ uma lágrima escorreu pelo olho direito dele e tudo que Gaia queria era o puxar para si em um abraço. ㅡ Tem ideia do que isso faz com alguém depois de séculos?

Gaia sentiu seus olhos se encherem de lágrimas. Ela conhecia a sensação. De estar impotente enquanto pessoas inocentes morriam, sendo que ela poderia ajudar.

ㅡ Nossa missão tem sido um erro?
ㅡ Druig perguntou. ㅡ É verdade que estamos ajudando às pessoas a construir um mundo melhor?

As palavras de Druig se infiltraram na mente de Gaia.

Ele deu às costas para todos e se virou andando alguns passos e olhando para baixo, para a destruição.

ㅡ Somos apenas como os soldados lá em baixo. ㅡ ele comentou. ㅡ Apenas peões aos olhos dos líderes. Cegos pela lealdade.

A última frase atingiu Gaia ainda mais. Ela poderia ser cega pela sua lealdade para com a família, cega pelo amor.

ㅡ Isso se encerra agora. ㅡ ele murmurou, seus olhos se brilhando em dourado enquanto ele controlava os humanos que começaram a abaixar suas armas.

ㅡ Deixa eles irem. ㅡ Ikaris empurrou Druig para a parede.

ㅡ Vai ter que me obrigar. ㅡ Druig rebateu debochado.

ㅡ Acabou. ㅡ Ajak levantou a voz interrompendo o conflito.

Ikaris se afastou do outro Eterno.

ㅡ Vão ter que me matar, se quiserem me impedir. ㅡ Druig se virou para os outros.

Gaia prendeu a respiração entendendo o que estava prestes a acontecer alí. Uma ruptura. A separação da família.

Druig olhou para todos uma última vez, seu olhar demorando em Gaia por mas tempo, algo mudando na expressão dele, então ele se virou e começou a ir embora, descendo as escadas.

Gaia se virou para a família, um olhar de desculpas.

ㅡ Eu sinto muito. ㅡ ela murmurou e se virou descendo as escadas atrás do homem que ela amava.

Uma mão segurando a sua a impediu de continuar.

ㅡ Me solte Ikaris. ㅡ ela pediu olhando para o Eterno.

ㅡ Abandonar a família por ele? Ele não tem nada de especial. É arrogante, e não merece você. ㅡ Ikaris disse.

Gaia puxou o seu braço do aperto dele com brutalidade.

ㅡ Isso não é da sua conta. Além do mais, guarde suas opiniões para si mesmo, ninguém quer ouvi-las. ㅡ e com isso Gaia voltou a descer às escadas, sem olhar para trás.



ㅡ Ajak mandou você me matar? É poético. ㅡ o Eterno murmurou ao pé da escada, de costas para ela.


Gaia se encolheu, ele estava na defensiva.

ㅡ Por que você acha que ela faria isso? Uma pergunta ainda melhor, por que você acha que eu faria isso?
ㅡ Gaia perguntou, parada a dois metros dele.

Druig se virou para ela. Uma máscara fria a olhando ao invés de quem ela amava.

ㅡ Lealdade cega? Toca um sino? Aquela parte era pra você. ㅡ ele disse de forma debochada.

Gaia respirou fundo, ela odiava muito quando ele ficava daquela forma, fingido que nada o importunava, que nada importava para ele. Quando ele estava assim, ela sentia que não o conhecia.

ㅡ Não precisa ser assim Druig. ㅡ ela deu um passo na direção dele e ele deu um para trás. ㅡ Podemos concertar tudo Druig. Eu posso falar com Ajak, podemos-

ㅡ Está vendo? ㅡ ele elevou o tom de voz. ㅡ É disso que eu estou falando. Você sempre quer agradar a todos, nunca sendo má, nunca pensando em si mesma. Acha que eu quero isso? Acha que eu quero seguir ordens?

ㅡ E então o que eu deveria fazer? Abandonar nossa família? ㅡ Gaia perguntou sentida.

ㅡ Família. ㅡ Druig zombou amargamente.  ㅡ Você está livre pra fazer o que quiser, eu não vou ficar com eles nem mais um maldito dia.

Ele se virou para ir embora.

ㅡ É isso? Depois de centenas de anos? Você vai simplesmente virar às costas e partir? ㅡ Gaia elevou o tom de voz.

Druig se virou para ela.

Uma máscara a olhando.

ㅡ Por que eu te pediria para ir comigo? Para te ouvir resmungar de como você sentia saudades da sua amada família? Ou talvez para que eu tenha alguém para dar ordens? Já que você parece adorar isso. ㅡ ele elevou o tom de voz. ㅡ Você diz amar tanto seus preciosos humanos, mas onde você estava quando eles precisavam? Você estava assistindo! Assim como eu, assim como todos!

Gaia deu um passo pra trás surpresa.

Ele nunca havia ido tão longe assim.

ㅡ Eu não sou culpada pelas suas frustrações. ㅡ ela disse. ㅡ Eu pensei que você pediria para eu ir com você, porque você me ama. Porque eu te amo. Porque você me quer com você. ㅡ ela murmurou olhando para baixo.

Druig fechou os olhos e respirou fundo. Uma dor imensa em seus olhos, Gaia não viu isso, já que estava com a cabeça baixa chateada.

ㅡ Amor Gaia? Depois de tantos séculos você continua tão ingênua?
ㅡ ele zombou.

Ela levantou a cabeça e olhou para ele confusa. Seu coração palpitando, como se soubesse o que estava vindo a seguir.

ㅡ O que você quer dizer?

ㅡ Doce Gaia, sempre acreditando no melhor de todos. ㅡ ele zombou. ㅡ Eu não amo ninguém. E eu não quero que você me siga.

O coração de Gaia se partiu em um milhão de pedaços, as lágrimas rolaram quase instantaneamente.

Druig parecia inabalável, mas a sua máscara de frieza estava querendo rachar.

Ele não a merecia, e ele sabia que ela seria infeliz ao se separar da família. Ele nunca faria ela o escolher.

Porque para Druig, Ikaris estava certo em pelo menos uma coisa, ele não era bom para ela, ele não a merecia.

ㅡ Você não me ama? Todos esses anos foram uma mentira? ㅡ ela perguntou quebrada.

Era tão fácil para Gaia acreditar que não a amavam, porque ela nunca se sentiu merecedora do amor.

ㅡ Foi apenas um passatempo. E foi até que divertido enquanto durou. Mas eu não te quero mais, não quero que você me siga, eu cansei de brincar de casal feliz, não somos Ikaris e Sersi. ㅡ Aquilo era a coisa mais difícil que Druig já fez. Vê-alí, chorando, com o coração partido. Ele realmente não a merecia.

Gaia engoliu o choro. A dor quase a sufocando. Entretanto, ela decidiu encarar aquilo com dignidade, ela não imploraria por ele, mesmo que quisesse.

ㅡ Se é isso que você quer. ㅡ ela murmurou enquanto secava às lágrimas.

ㅡ Adeus Druig. Espero que você encontre o que você tanto procura e deseja. E espero que você não tenha que passar pela dor que eu estou passando. Eu não desejo isso a ninguém. ㅡ ela completou e Druig se sentiu desmoronar. Tudo que ele sempre procurou e desejou era ela.

ㅡ Adeus. ㅡ ele sussurrou e ela assentiu, correndo escada acima, Ikaris a esperava e a envolveu em seus braços fortes ao ver a expressão dela.

Gaia se xingou mentalmente, odiando que Ikaris estivesse certo em algo.

Adeus minha linda, linda Gaia.
ㅡ Druig sussurrou para o vento, lágrimas rolando por sua face agora que ninguém poderia vê-lo quebrar.

Ele nunca teria a deixado ir se soubesse o que o futuro reservava para ela.


I. Oiiee pessoas. Tinham preparado os lencinhos? Kkkkkkk

II. O que acharam do capítulo?  Gostaram?

III. Próximo capítulo também vai ser triste porque será quando a Gaia "morre" ,então estejam avisados kkkkk.

IV. É isso, não esqueçam de comentar, quanto mais comentários tiver mais rápido saí o próximo. Por hoje é só mas nos vemos em breve.
Byee ♡.

BY: Duda
2021.

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