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A G N E S C A S T I E L
Uma das coisas que eu havia aprendido a apreciar, eram as comidas que Carol e Michonne faziam. Nem mesmo minha mãe conseguia cozinhar tão bem quanto elas. Coloco um pouco mais em meu prato e sorrio.
- Isso aqui, está muito bom Michonne! - digo colocando mais um pouco.
- Calma aí baixinha, - Abraham pede me fazendo revirar os olhos ao ouvir o apelido - Parece que tá grávida para comer desse tanto.
Vejo Michonne deixar um tapa no braço do ruivo e sorrio.
Minha relação com a família relativamente grande de Carl estava melhorando a cada dia. Eles me deixavam a vontade na parte do tempo e na outra metade me enchiam o saco por namorar Carl, o que me fazia rir e desfrutar de momentos engraçados e com pessoas que pareciam gostar de mim de forma verdadeira.
- Deixa a garota comer em paz. Coma quantas vezes quiser, eu sei que é seu prato favorito. - Michonne diz se sentando à mesa.
- Seu prato favorito é macarronada? - Carl questiona ao meu lado
- Sim, sempre foi. Minha mãe fazia pra mim!
Todos à mesa concordaram e Daryl entrou na cozinha com seu colete em mãos e com suas facas sujas de sangue. Carol lhe chamou a atenção, pedindo para que o homem tomasse um banho antes de se sentar na cama com a gente.
- Daryl, preciso falar com você depois!
Daryl encarou Carl como se estivesse esperando algo terrível, mas concordou com um aceno leve em sua cabeça.
- Tá bom!
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Daryl estava no quarto com o Carl, ambos estavam conversando sobre as revistas que o mais novo tinha. Estava sentada no lado de fora do quarto desenhando coisas aleatórias no chão de madeira.
- cansei! - exclamo me levantando e abrindo a porta.
Daryl estava com as revistas em mãos e pelo o que parecia Carl não queria mais elas.
Uma risada alta deixou minha boca e eu caminhei para ainda mais a dentro do quarto, quando Daryl tentou esconder as revistas que ele agora tinha em suas mãos.
- Não precisa tentar esconder. Eu já sei sobre elas! - digo.
- Bom, eu vou indo! - Daryl diz saindo do quarto e entrando no dele que era de frente pro se Carl.
- Eu não preciso daquelas revistas! - ele fala se aproximando de mim. - Sabe porquê?
- Não...
- Eu tenho uma namorada, e ela é muito mais bonita que uma mulher de revisita pôrno. - ele diz me abraçando e deixando um beijo calmo em meus lábios, me fazendo fechar os olhos em um ato instantâneo.
Nossos passos para o lado nós fizeram cair sobre a cama e começamos a rir. As mãos de Carl desceram para minha barriga e as cócegas começaram segundos depois, me fazendo rir descontroladamente até o momento em que Rick abriu a porta.
- Vim dizer que vocês vão poder ir hoje ajudar nas buscas.
Me levanto da cama, deixando os braços de Carl e abraço Rick, agradecendo por ele ter pensando e dado a chance de podermos sair e ajudar a comunidade à evoluir. Sinto os braços de Rick me rodeando, e o aperto mais. Ele parecia meu pai abraçando. Por essa lembrança as lágrimas começam a querer sair e eu me separo dele antes de começar a chorar e não parar.
- O grupo que vai sair, já está no portão principal.
- Eu preciso ir em um lugar antes de irmos! - digo abaixando a cabeça - Você pode pegar as armas e a faca para mim?
Carl sorriu concordando e eu deixei o quarto logo depois.
Ando apressada em direção ao cemitério e passo pelos nomes das pessoas e seus túmulos, procurando pelo o que era do meu pai. Eles tinham enterrado ele, num canto separado, só ele, sozinho, sem a mamãe.
Passo a mão sobre seu nome entalhado na madeira e seguro o relógio que estava preso ali junto com as flores. O relógio dele.
- Eu te amo pai! Sinto sua falta todos os dias e me desculpa não vir aqui sempre. - digo e limpo minhas lágrimas, o que é em vão já que mais delas caem. - Eu estou namorando, o senhor me mataria se eu te falasse isso antes do mundo acabar, mas agora as coisas mudaram e a única coisa que eu quero e peço é que de onde você estiver, sendo perto ou longe da mamãe, que vocês/você me proteja, me dê forças. Eu não sou a mesma garota, minhas crises voltaram,desta vez mais fracas... Carl tem me ajudado bastante, não só ele, a família dele também. Eu ainda não sei se posso chama-los de família, mais eles são importantes para mim. Eu sempre fui fraca, o senhor sabe disso, então eu te peço novamente para me dar forças.
- Ag... - ouço a voz de Carl e olho para trás encontrando ele parado com as mãos nos bolsos da calça.- Temos que ir.
- Eu te amo pai!
Caminho em direção à Carl e limpo as lágrimas.
Iria sair depois de algum tempo presa dentro daqueles muros. Iria tentar ajudar a salvar as outras pessoas com que poderiamos achar. Só espero que dê tudo certo.
Oi Oi
Espero que tenham gostado do capítulo e se gostaram, não se esqueçam de votar e comentar. Vamos fazer esse livro se tornar grande.
Beijos e fuiii
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