Um corvo grasnava, voando pelo céu sobre a Floresta, enquanto o rei Cryllis, agora monarca de uma nação unificada, lia o bilhete que pedia auxílio vindo em nome de Avery Strong, a garota que o tinha ajudado a conseguir o que sempre almejou, bem como recusou uma grande honraria do povo florestal e ainda lhe pediu um favor em troca de sua negação.

Ela havia tirado um enorme fardo de seus ombros também, fazendo com que Raghaten ficasse sob o controle da Floresta Branca, mesmo que ele estivesse vivendo em uma casa no meio da mata e se recusando a receber qualquer coisas que lhe enviassem ou atender quem quer que o buscasse. Aquela não era uma situação ideal, mas Cryllis não podia mentir no que dizia respeito ter que lidar com aquele garoto pedante.

Aquela era uma mulher singular, pensou ele enquanto tomava conhecimento do pedido dela descrito às pressas no papel por uma antiga habitante da Floresta, quem cruzasse o caminho dela teria uma grande sorte. Ou azar.

― Por que sorri, marido? ― indagou sua esposa, sempre bela, lhe oferecendo um flash de dentes. ― Alguma boa notícia?

― Darei a meus guerreiros algo para lutar ― ele devolveu sabendo que ela entenderia sua animação.

― Bom ― respondeu ela. ― As coisas estavam calmas demais ― concordou ela.

― Kaito ― chamou o rei em busca de seu melhor guerreiro. ― Avise a Guarda que nós vamos a guerra.

Kaito acenou e sorriu antes de sair. O rei Cryllis então permitiu-se relaxar em seu trono. Não havia dúvidas do resultado que obteriam. Pelo que a Floresta lutava, a Floresta vencia.

***

Enquanto isso, no novo reduto escolhido pelos filhos de Irridescent após o resgate de Luna e o comprometimento da base anterior, crianças elfas brincavam de ciranda e entoavam um antigo cântico de guerra. Ferreiros forjavam armas de cobre, latão e bronze e Sophia e seus conselheiros debatiam planos e estratégias de guerra.

― Meus caros súditos ― chamou ela. ― Recebam nosso novo aliado, um jovem rei que, como nós, também foi roubado do que lhe pertencia. Este ― apontou ela ― é Raghaten.