two.
— jeno, porque ainda me atendes? — e lá estava eu, no mesmo bar, com a mesma companhia: álcool. e lá estava eu, a cometer mais um erro. só mais do mesmo.
— porque eu me preocupo contigo.
— não, não... não tens de te preocupar. eu estou bem.
— não, não estás. para de dizer que estás bem sabendo que eu sei que não. para de mentir.
— para de me mentir tu, caralho. quando vais aprender também? não sou o único mentiroso aqui, canalha. olha pelo teu próprio umbigo.
— olha como falas pra mim...
— porquê? o que vais fazer? vais me encurralar para eu não puder mais fugir?
— eu...
— tu anda, cala-te. eu sei que não vais por causa do teu namorado. do teu amável... namorado... — a minha voz foi morrendo na chamada, e eu me odeio cada vez mais por te fazer sofrer também.
— jaemin...
— jeno, alguma vez já te fiz sofrer? — funguei. os meus olhos estavam cheios, não aguentava mais segurar.
silêncio.
porquê silêncio? eu já lhe fiz sofrer?
— jeno! — a minha respiração apressou-se — jeno, responde-me. já te fiz sofrer?
— já.
— quando? — perguntei desacreditado.
— mês passado. semana passada. ante-ontem. hoje. agora... tu fazes-me sofrer todos os dias, filho da puta — e os insultos. eu amo a forma como damos amor um ao outro. adorável.
— como...?
— há algo que tu ainda não sabes e que ainda não contei por puro medo do que fazer depois, mas quando souber o que fazer, eu irei contar, prometo. enquanto isso, a maneira de como vens sendo, faz-me sofrer, porque eu não sabia como te sentias até mês passado. mas eu não fiz e não faço nada para melhorar porque sou um medroso de merda. sei que não parece e tu sabes como sou, então para ti, isso já não é discutível. não és o único que te ama e te odeia ao mesmo tempo. eu digo o mesmo. digo o mesmo para ti e para mim mesmo por te fazer sofrer. desculpa, bebê. irei emendar isso. só espera...
ele está mesmo a pedir-me para esperar? eu já venho esperando à muito tempo por não-sei-o-quê. o que eu esperava de ti, comprometido? um eu te amo sincero, sincero e verdadeiro? não, deixa-me rir. eu esperava isso, e espero. mas o renjun vem à minha mente a cada vez que penso nessa possibilidade nula a cem porcento.
— eu vou esperar, já que é isso que me pedes, eu vou esperar. obrigado por me amares e odiares-me ao mesmo tempo — rimos juntos. ah... que saudades de rir contigo pela razão: nada. isso que nos fazia parecer dois deficientes a rir por nada.
— eu amo-te, jaemin. mas te odeio.
eu amo-te, jeno. mas te odeio.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top