2. Más escolhas

As horas no meu relógio estavam a demorar imenso a passar. Atenção, eu adoro o curso que estou a tirar na faculdade. Música é a minha vida, mas hoje, depois do Hayden me dizer o que aconteceu ao último carregamento de droga, a minha cabeça não estava cá. Tenho de ir ter com o Jace, ele deve saber o que se passa. Tu sabes o que se passa, Alaska. Sim, o meu subconsciente tem razão, eu sei exatamente o que se passou e foi Hayden Hawkins, ou melhor, a família Hawkins no geral.

Depois de contar os últimos segundos da aula, pego nas minhas coisas e saio da sala exatamente quando a aula acaba. Definitivamente não vou ao resto das aulas, isto requer a minha total atenção agora. Pego no meu telemóvel e procuro furiosamente pelo número do Jace.

"Mas que merda, Jace. Porque é que não me contaste sobre o negócio hoje de manhã?" Grito para o telemóvel no momento em que ele atende a chamada. "Eu fiquei a saber pelo Hawkins! Sabes o quão estúpida isso me faz parecer? Saber do meu próprio negócio através do raio do Hayden?" Estou furiosa, muito furiosa.

"Wow, tem calma. Não te queria preocupar. Ias ter aulas hoje de manhã."

"És um filho da mãe!" Eu grito, outra vez, e desligo o telemóvel na sua cara. Aposto que hoje de manhã ele estava a lidar com toda esta merda e teve a lata de não me dizer nada. Ele que vá à merda, os homens são todos iguais, acham que as mulheres não podem fazer o trabalho sujo.

Acelero o passo pelos corredores do campus até chegar à saída. Mal entro no meu carro, sigo caminho para o Clover Casino. Ele deve estar lá. 20 minutos passam e eu entro para o parque de estacionamento. Ando até ao elevador e carrego no 2.

No momento em que as portas do elevador abrem no segundo piso, consigo ver o cabelo do Jace no escritório do Charles. Aquele sacana.

"Tu estiveste a tratar disto a manhã toda não estiveste?" Entrei de rompante no escritório e apontei para o Jace. Estou furiosa. Consigo sentir o sangue a correr-me nas veias.

"Calma Alaska, fui eu que lhe disse para não te dizer nada." Charles levanta-se da sua cadeira e dirige-se até mim. "Eu sabia que tu ias reagir assim e eu não posso ter-te por aí como uma maluca à procura de vingança dos Hawkins. Lembra-te que da última vez que isto aconteceu eu tive de te tirar da cadeia porque quase que deste um tiro ao Hayden."

"Mas eles roubaram-nos! Aquelas drogas iam fazer muito dinheiro." Sento-me no sofá enquanto um suspiro sai dos meus lábios. "E eu não sou maluca."

"Nós vamos te-las de volta, Alaska, amanhã à noite." Olho para o Jace e vejo o seu sorriso malicioso. Estou a gostar da ideia.

"Como?" Eles começam a contar-me o plano. Não te vais voltar a meter connosco Hayden Hawkins.

Clover Casino vai realizar um evento de angariação de fundos amanhã à noite e todas as famílias mais influentes de Jacksonport estão convidadas.

Sim, eu sei o que estão a pensar, nós temos todos estes negócios ilegais, mas gostamos de dar e ajudar a comunidade. E para além disso, temos de manter as aparências para a comunidade porque maior parte não sabe dos negócios menos bons que nós temos.

O plano estava a soar bem até que eu ouço o que não quero. "Nós queremos que as coisas corram o melhor possível, mas os Walkers têm imensos guardas no armazém onde esconderam as drogas. Por isso é que tu precisas de manter o Hayden entretido durante a noite e de preferência rouba-lhe o telemóvel, assim se as coisas correrem mal, ninguém o consegue contactar."

Oh não Charles, não me estás a pedir isto.

"O quê? Então eu estou fora do plano e ainda tenho que fazer de babysitter do Hayden? Vocês devem estar a gozar comigo. Não vou fazer isso! Eu vou com o Jace ao armazém." Primeiro eles não me contam o que se passa e agora querem deixar-me de fora do plano. Esta merda está a irritar-me.

"Alaska, eu não estou a perguntar. Além disso o Hayden tem alguma coisa por ti, ele gosta de se meter contigo e se não te vir aqui amanhã, ele vai suspeitar." Já não gosto deste plano. É um plano de merda, mas é capaz de funcionar.

"Tudo bem, eu faço. Mas ficas a dever-me uma!" Aponto para o Charles e sorrio. Eu sei o que quero.

"Tudo o que tu quiseres." Ele sorri.

"Quero o Lamborghini." Abro um sorriso enorme e volto a sentar-me no sofá de onde me tinha levantado anteriormente e cruzo as pernas. O sorriso do charles caiu e um suspiro sai da sua boca.

"Tudo bem, ninguém o usa para além de ti de qualquer das maneiras."

Salto do sofá e dou-lhe um abraço, agradeço e saio do escritório. Olho para as chaves do carro na minha mão e sorrio mais uma vez. És meu.

"Espera por mim! Onde vais?" A voz do Jace aparece por trás e ele corre para me apanhar.

"Comprar um vestido para amanhã. Queres vir?" Ele torce o nariz, mas acaba por responder que sim. "Vamos então, levo o meu carro." Abano as chaves do Lamborghini à frente da sua cara e mordo o meu lábio enquanto um sorriso malicioso me cresce na cara.

"Sortuda! O meu pai nunca me deu nenhum dos seus carros novos."

"Ele gosta mais de mim." Ambos sorrimos e entramos no elevador.

"Eu não queria que tu tivesses de passar a noite com o Hawkins, Alaska. Tens de acreditar em mim, essa é a última coisa que eu quero." Ele olha-me nos olhos e traz a sua mão à minha bochecha.

"Tudo bem, eu consigo lidar com ele."

"Eu sei que consegues, mas não confio nele. Ele vai tentar alguma coisa contigo."

"Jace, eu consigo tomar conta de mim." Jace tem um olhar que eu já conheço há muito tempo. "Tens esse olhar novamente Jace, para. Já falámos sobre isto."

"Desculpa, mas eu não consigo conter. Tu deixas-me maluco e eu quero muito beijar-te." Ele aproxima-se para me beijar mas eu afasto-o. O elevador abre as portas e eu começo a andar para o meu carro. "Alaska!"

"Vai para casa Jace." Grito antes de entrar no carro e sair do estacionamento.

Não é a primeira vez que o Jace tenta algo assim e eu o afasto. Eu sempre soube que ele gostava de mim, sempre foi super carinhoso e atencioso, mas eu não gosto dele da mesma maneira que ele gosta de mim. Ele é como um irmão para mim, nada mais. Odeio magoá-lo desta maneira, mas não posso dar-lhe falsas esperanças, ele não merece.

Perdida nos meus pensamentos chego ao centro comercial. Agora vamos escolher um vestido.

Depois do que pareceu uma eternidade a escolher um vestido, finalmente compro um na última loja que entro. Para ser clara, eu não sou uma pessoa esquisita, mas os vestidos nestas lojas são... algo. Quem é que veste roxo com manchas amarelas? Ou um vestido preto, que eu por acaso até gostei, mas tinha uma cauda tão grande que eu podia entrar no casino e ainda teria o meu vestido preso à porta do carro. Absurdo.

"E lá nós encontramos novamente." Oh, esta voz, eu sei quem tu és.

"Andas a seguir-me Hayden?" Encosto-me ao balcão do Starbucks onde tinha entrado para comprar um café. "Oh e não estás sozinho. Que surpresa, alerta irmão mais novo. O teu irmão está a contar-te sobre tudo o que fizeram hoje à noite, Logan?"

"Não és assim tão importante, Alaska. Tem calma." O sorriso estúpido do Hayden está mais uma vez a irritar-me, mas hoje tenho que me manter calada.

"Ele não tem que me contar nada, eu planeei tudo com ele." Logan diz com um sorriso nos seus lábios. Ohh, este rapazinho já está a querer sair da casca.

O Logan é o irmão mais novo do Hayden, ele só tem 17 anos e aparentemente já está a entrar nos negócios da família. Bem, eu entrei nestes negócios com o Walkers quando tinha 16, acho que é normal, mas eu gosto de o irritar.

"Ohh, mamã, olha para mim, sou um rebelde. Tenho a certeza de que a tua família tem muito orgulho em ti Logan. Afinal não é todos os dias que os filhos se tornam ladrões. Bem, mas acho que isso aprendeste com o teu irmão." Sorrio e bebo um pouco do café que o empregado me deu.

"Sim sim, continua a insultar-me Elsa, sabes que isso não me afeta." Hayden tira-me o copo das mãos e leva-o até à sua boca. "Uh, está quente." Olha-me de cima a baixo e leva a mão ao seu cabelo para retirar uma madeixa que tinha caído para cima dos olhos. Reviro os olhos e pego nos sacos que estavam no chão. Ele estende o copo, mas eu abano a cabeça a dizer que não quero.

"Fica com ele, tem germes de Hayden agora." Digo e viro-lhe costas.

"Não te importavas com os meus germes há uns meses atrás." Consigo ouvi o meu coração a bater mais rápido e o seu pequeno riso atrás de mim.

"Fiz más escolhas no passado. Não volta a acontecer." Olho por cima do meu ombro e sorrio. Consigo ainda ouvir um Veremos.

"Então parece que nos vemos amanhã." Ele diz e anda até mim enquanto o seu irmão está a pedir alguma coisa ao balcão.

"Acho que sim." Lanço-lhe um sorriso falso e saio do Starbucks.

Amanhã vai ser divertido. Ou não.


...

Olá olá!

O que estão a achar? A ação está quase a começar! Estou tão ansiosa!

Tenho notado que há aqui uns leitores fantasma, por favor, peço-vos que votem e comentem para eu saber o que acham. Os vossos votos dão-me mais motivação para escrever!

Espero que tenham gostado do capítulo!

Obrigada por lerem!

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