who the hell is bucky? ➤ bucky barnes, ᴘᴛ 2

Cenas retiradas e adaptadas do filme (pq de ferro só o Tony, deuzulivre escrever cada pedacinho daquela luta em soldado invernal; e que luta meus amigos, chega dar uns arrepios só de ver). Pretendo fazer parte 3, resolvi deixar mais porrada nesse cap pra fazer uma reconcilhação no próximo. Espero que gostem!

header feita por mim

ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴇ : sᴍᴏᴏᴛʜ ᴄʀɪᴍɪɴᴀʟ

sᴏʟᴅᴀᴅᴏ ɪɴᴠᴇʀɴᴀʟ, 2014

Estar no mesmo carro que Natasha Romanoff, Steve Rogers e Sam Wilson era uma experiência um tanto quanto diferente; nenhum dos três haviam sequer se esforçado para puxar assunto uns com os outros alguma vez durante todo o percurso e é claro que eu não iria fazer isso. A Viúva estava sentada ao meu lado com os braços cruzados em frente ao peito enquanto seu olhar perdido vagava por entre os carros indo e vindo na pista contrária da rodovia onde nos encontrávamos. Sam estava dirigindo e Steve estava no banco do passageiro ao seu lado, absorvido em completo silêncio até que Wilson precisou desviar abruptamente de um carro que diminuiu a velocidade abruptamente à frente do nosso.

- Achou a carteira de motorista no chão, Wilson?- zombei com certa raiva enquanto ajustava o cinto de segurança ao redor do meu corpo mais uma vez.

- Ah, cale a boca.- Wilson respondeu de modo indignado enquanto pisava com tudo no acelerador, obrigando-me a segurar fortemente no estofado do assento à minha frente.

No banco de carona ao lado de Sam, Steve sintonizou a rádio local em uma estação de músicas qualquer e aumentou o volume do mesmo, recebendo uma a exclamação de satisfação feita por Wilson em resposta.

- Você dançava essa música nos anos quarenta, Capitão?- fora a vez de Sam alfinetar, olhando de soslaio para o homem ao seu lado enquanto abria um sorrisinho ladino na direção do mesmo. Enquanto isso, a música Umbrella da Rihanna ecoava por todo o interior do carro, obrigando-me a revirar os olhos em uníssono com Romanoff.

Steve não mandou-o calar a boca, mas estava expresso no seu olhar mortífero que Sam não duraria muito mais tempo dentro daquele carro. Era incrível como Fury tinha a capacidade de juntar Natasha, Steve, Sam e eu em uma missão importantíssima como aquela depois da última vez; Wilson e sua capacidade de arranjar problemas, eu e Natasha com a nossa pouca paciência e Steve com a sua mania de querer resolver tudo de modo pacífico haviam custado o sucesso da nossa última missão- assim como abriu uma brecha para o lado mais grotesco de Nick Fury. Ele gritou uma quantidade absurda de palavrões que eu nem sabia que eram humanamente possíveis de se dizer.

Mas nada fora tão imprevisível quanto o barulho de algo caindo no teto do automóvel; um som alto e inesperado que fez com que Sam perdesse o controle da direção por alguns segundos, desviando o caro para a pista contrária sem intenção.

Natasha jogou-se na minha direção a tempo de desviar de uma série de tiros que atravessaram o teto do carro no local exato onde a mulher deveria estar; as balas penetraram o estofado e deixaram várias marcas no local, enquanto Romanoff encolhia-se mais contra o meu corpo. No banco à nossa frente Steve puxou o freio de mão e parou o automóvel abruptamente, o barulho dos pneus deslizando pelo asfalto trazendo algum tipo de conforto para mim ao saber que pelo menos agora estávamos parados no lugar e não nas mãos das habilidades automobilísticas nada convenientes de Sam.

Quando espiei por entre os bancos da frente fora para visualizar a cena do Soldado Invernal sendo lançado para frente do carro subitamente, obrigando que o restante dos carros na rodovia desviassem abruptamente para evitar possíveis acidentes. Ele deslizou pelo chão graciosamente e apoiou seu braço de metal abaixo de si, seus dedos de vibrânio trilhando um caminho perfeito no asfalto até o momento que seu corpo estabilizou-se e o Soldado finalmente pôde erguer-se lentamente, encarando-nos com fúria por trás dos seus óculos protetores.

- Dirige essa droga, Wilson!

Sam estava prestes a pisar no acelerador quando algo chocou-se na traseira do carro, empurrando-nos a direção do Soldado mais uma vez. O mesmo ainda permanecia em pé na mesma posição de antes, apenas esperando o exato momento para lançar-se em cima do automóvel mais uma vez. Natasha engatilhou sua arma e atirou através do teto mas, sendo mais rápido e estando em total vantagem, nosso assassino pulou para a van atrás do carro e desviou de todos os disparos, deixando-nos em completamente encurralados. Natasha pulou para o banco do passageiro e eu fiz o mesmo, tentando inutilmente encaixar as minhas pernas no vão entre o assento e o painel do carro.

- Nós quatro não cabemos no escudo.- Steve gritou pela primeira vez, posicionando seu escudo contra a porta do carro enquanto o mesmo rodopiava diversas vezes na rodovia, pronto para capotar a qualquer momento.

- Droga, Sam. Foi bom te conhecer.

Wilson arregalou os olhos na minha direção.

- Nós vamos morrer! Dá pra parar de brincar com a situação?- ele gritou em completo desespero, jogando-se contra o banco de carona para garantir seu lugar no escudo juntamente com o restante de nós.

Steve empurrou a porta no mesmo instante em que o carro capotou de uma vez, enquanto nós quatro segurávamos uns nos outros na esperança de conseguirmos nos proteger em cima do escudo e da porta, respectivamente. Após deslizar pelo asfalto diversas e diversas vezes nós finalmente paramos gradativamente em certo ponto da rodovia quando Sam acabou soltando-se do escudo, acabando por rolar os metros restantes do asfalto até parar igualmente ao nosso lado.

Teria sido uma cena cômica se não fosse trágica. Ou talvez fosse os dois.

- Por que me soltou?!- Wilson gritou na minha direção, levantando-se do asfalto enquanto eu, Steve e Natasha fazíamos o mesmo.

- Porque...

Bem à nossa frente uma explosão catastrófica aconteceu, deixando-nos totalmente desnorteados por alguns segundos; tempo o suficiente para que diversos tiros fossem disparados na nossa direção, dando a entender que o Soldado não estava sozinho. Steve defendeu-se com seu escudo e acabou sendo lançado para a parte inferior da rodovia abaixo de si enquanto o restante de nós saíamos em disparada na esperança de nos protegermos dos disparos atrás dos carros parados na avenida. Diversos tiros rebatiam contra o metal dos automóveis bem próximos a minha cabeça, obrigando-me a proteger meu rosto com os braços mesmo que eu não fora atingida nenhuma vez. Quando os disparos cessaram, foram para dar espaço para uma explosão ainda maior do que a última; essa obrigou-me a sair correndo dali em direção à extremidade da rodovia, enquanto mais tiros ricochetearam aos meus pés enquanto o Soldado continuava a mirar com a sua arma de fogo; com confiança e um único propósito ele acionou o gatilho na minha direção e, por pouco, não fui explodida junto com o carro ao qual eu estava me protegendo dos disparos de antes.

Usando a base da ponte de apoio eu pulei para a estrada abaixo da mesma, estendendo uma das mãos na direção da extremidade de concreto enquanto mirava minha pistola lançadora de ganchos para conseguir pousar no chão sem machucar-me por causa da queda. Corri até a outra extremidade da ponte com certa convicção, tendo a total certeza de que havia despistado o assassino.

Exatamente na minha frente o Soldado caiu de pé em cima de um carro estacionado, acabando por amassá-lo por completo, demonstrando toda a sua força sobre humana e do que ele era capaz enquanto eu me questionava o por quê ele parecia estar unicamente atrás de mim e não de Steve, Sam ou Natasha. O mesmo apontou a arma mais uma vez na minha direção mas antes que conseguisse puxar o gatilho, o escudo de Steve atingiu-o no rosto com uma força igualmente absurda, derrubando-o de cima do carro destruído enquanto sua arma voava a direção contrária.

- Maldito seja esse escudo!- gritei o mais alto que pude, enquanto Steve recolhia o seu artefato poderoso do chão enquanto o Soldado já estava à postos para uma luta decente.

Natasha e Sam surgiram às minhas costas carregando armas em mãos; Wilson ficou na retaguarda e atirou em diversos aliados do Soldado que ameaçavam avançar na nossa direção e Natasha fez o mesmo do lado esquerdo, derrubando homens pelas nossas costas. À minha frente, Steve e o assassino disputavam uma luta corpo a corpo com direito a troca de golpes com o escudo por parte de ambos e muitos socos e chutes bem calculados e potentes, demonstrando ambas as forças de dois super soldados fortíssimos; um corrompido pela Hydra e, o outro, o mesmo cara gente boa de cerca de setenta anos atrás.

Mas quando o Soldado retirou uma faca afiada do cinto e a girou nas mãos, eu tinha plena certeza de que esse era o meu momento de entrar em ação.

Treinada por anos para submeter-me ao dom da luta com armas brancas, um par de facas era tudo o que eu precisava. E lutar com elas era o que eu fazia de melhor. Quando o soldado derrubou Rogers no chão eu retirei o par de facas adornadas do meu cinto e as girei nas mãos assim como o nosso inimigo, apertando-as contra meus punhos enquanto corria na sua direção com convicção. Pelas costas, proferi um chute como o Soldado fizera naquela noite do apartamento; é claro que o meu não havia doído um terço do que o seu, mas eu tinha uma vantagem: havia o atacado pelas costas. O corpo do Soldado caiu contra o carro e ele virou-se na minha direção no mesmo instante em que dei-lhe outro chute central bem no meio do seu peito, prendendo-o contra o automóvel. Mais uma vez, seu olhar inexpressivo estava centrado em mim; aparentemente ele havia perdido seus óculos durante a luta, o que deixou seus olhos azuis à mostra esse tempo todo.

Tão azuis e tão intensos. Como se pudesse existir uma pessoa boa por trás daquele assassino perverso.

Pressionei as duas facas contra o seu pescoço em forma de X mas, para minha desgraça, seu braço de metal parecia ser o meu ponto fraco; o Soldado segurou ambos meus pulsos com a sua mão de vibrânio firme, empurrando as facas para longe da sua garganta. Enquanto o aperto da sua mão retardava meus movimentos eu aproveitei o apoio dos seus pulsos para impulsionar meu corpo para cima a fim de entrelaçar minhas pernas ao redor do seu pescoço, deixando-o imobilizado por algum tempo.

O Soldado se rebateu algumas vezes antes de Steve surgir à nossa frente com o escudo em mãos, chutando o peito do nosso alvo com a sola dos pés e empurrando-o contra o carro mais uma vez. Rogers pressionou o escudo contra o peito do Soldado e juntos conseguimos imobiliza-lo; eu com as pernas entrelaçadas ao redor do seu pescoço enquanto seus ombros largos serviam de apoio para mim e Steve encurralando-o pela frente, travando uma luta de força contra o Soldado que tentava diversas vezes empurrar Rogers para fora do seu caminho.

Mas a vitória dura pouco, disso eu tinha certeza. O Soldado chutou Steve por baixo do escudo e lançou-o longe, fazendo-o rolar bons metros para longe de si. Ele agarrou minhas pernas e obrigou-me a encerrar o aperto no seu pescoço, deixando-me totalmente sem defesas. As facas ainda continuavam apunhaladas em minhas mãos prontas para atacá-lo a qualquer momento, mas quando o Soldado abaixou-se e jogou meu corpo contra o asfalto abaixo de si, minhas costas chocando-se diretamente contra o chão rígido fazendo com que um resmungo de dor saísse pela minha boca, eu finalmente percebi que seríamos- mais uma vez-, eu e o seu braço de vibrânio em uma luta decisiva pela sobrevivência.

E, mais uma vez, sua mão de metal foi de encontro ao meu pescoço antes que eu pudesse fazer qualquer coisa a respeito da minha queda. Com as costas pressionadas contra o chão, a mão do Soldado contra minha garganta e seu olhar mortífero sobre mim, restara-me apenas uma opção: desmascarar aquele assassino de uma vez por todas.

Se fosse para morrer naquele momento, pelo menos gostaria de visualizar as feições verdadeiras do Soldado Invernal.

Com uma das mãos eu arranquei a máscara preta do seu rosto, deixando-o totalmente atordoado por alguns segundos.

Talvez eu esperasse um ser mais... maligno do que aquele que eu estava visualizando no momento. Talvez um cara com marcas de lutas antigas ou qualquer coisa do tipo; um homem abalado, que expressava somente o desejo de matar e nada mais.

Mas não. Ele exibia um ar de normalidade e, com certeza, certa relutância nos seus atos, como se realmente não quisesse fazer o que fazia; e, com certeza eu não deveria admitir isso nesse momento, mas sua aparência notável era... atraente.

- Bucky?

Não pude me virar na direção da voz incrédula de Steve, mas sabia que ele estava em pé logo atrás de mim enquanto segurava o escudo nas mãos, impassível; e igualmente desacreditado. Eu realmente não sabia o motivo para aquela sua tamanha incredulidade, mas quando o aperto da mão de metal do Soldado contra o meu pescoço diminuiu eu aproveitei para chutá-lo para longe de mim, conseguindo finalmente desvencilhar-me do peso do seu corpo contra o meu.

- Quem é esse Bucky?- o Soldado rosnou e levantou-se do chão para encarar a expressão abismada no rosto de Steve, seus próprios olhos mortíferos expressando certo esforço para se lembrar de Roger e em como ele sabia o seu aparente nome.

- Quem é esse, Steve?- indaguei de modo confuso enquanto Rogers gesticulava para que eu me calasse.

O barulho de um tiro sendo seguido da dor insuportável da bala atravessando o meu peito finalmente trouxeram-me para a realidade nua e crua: eu havia sido baleada, e a dor abominável que consumiu todos os músculos do meu corpo era a única coisa que eu conseguia distinguir naquele momento; certamente havia sentido os meus tecidos internos se contraindo dentro do meu peito, enquanto a bala atravessava minha carne de uma vez e deixava um grito agudo projetado na minha garganta que não pode ser expressado antes que meu corpo caísse totalmente imóvel no chão, contraindo-se contra o asfalto.

E, dessa vez, não houve escudo azul, vermelho ou branco nenhum para me salvar; apenas dois pares de olhos azuis, cabelos longos e um braço de metal estendido na minha direção, antes que meus olhos se tornassem pesados demais para serem mantidos abertos e os meus sentidos fossem todos substituídos pelo silêncio.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top