eu posso ter um irmãozinho? ➤ t'challa

Pedido de Marybloom123. Espero que goste e perdão pela demora!

(notas importantes ao final do capítulo)

Esse capítulo remonta a gravidez e filhos. Sei que muitas pessoas não pretendem passar por isso, então peço que, se não gostam de ler sobre isso, não leiam. Já vi muitas críticas em outras obras sobre isso e só queria deixar claro que essa foi a ideia do pedido que me fizeram, então, se não se sentir confortável, não leia.


A união matrimonial estabelecida entre casais no geral pode muitas vezes evoluir para um "algo a mais". Manter uma conexão estável, dividir tarefas e procurar entender um ao outro são ações que, apesar de básicas, muitas vezes são impossíveis para alguns. Porém, por mais clichê que isso possa soar, amiudadamente, o amor compartilhado entre duas pessoas em uma relação é tanto que acaba transbordando e, com isso, algo novo surge: como consequência da escolha de ambas as partes do relacionamento e por total escolha própria e noção de sustentação, uma criança nasce para transbordar de uma vez o amor existente na relação e, com isso, mostrar que, apesar de belo, novos desafios deverão ser enfrentados como um todo.

Esse fora um breve resumo do que acontecera com o casal S/N S/S e T'challa, o rei de Wakanda, há cerca de dois anos atrás. Ter um filho ou uma filha já estava no planejamento familiar do casal há tempos e, após muita conversa e cálculos, a decisão já estava feita. Foram longos meses aguentando todas as mudanças sofridas durante uma gravidez e, apesar de belo e poético, S/N sofrera demais com isso. Ademais, apesar das dores, das mudanças corporais e hormonais e apesar do fato de que uma criança saira de si, S/N sentia-se gratificante com tudo o que conquistara ao lado do homem da sua vida; e aqui, devemos frisar uma garotinha de cabelos volumosos, rosto angelical e com a energia de uma usina hidrelétrica inteira: a pequena, porém incansável, Zuri.

Herdando os cabelos rebeldes da mãe o os olhos curiosos e cativantes do seu pai, a criança de dois anos e meio deixava os seus pais de cabeça para baixo a cada segundo do dia. O casal S/N e T'challa já haviam se acostumado com a energia caótica de Zuri, e sabiam que sempre podiam contar com a ajuda de Shuri, de Ramonda, e do restante de Wakanda - literalmente. Surpreendentemente, todo o reino havia sido hipotizado pela doçura e ingenuidade da garotinha rebelde não somente por uma questão de respeito ao seu rei, mas, principalmente, pelo fato de Zuri ser uma alma cativante e criativa. Estando no ápice da sua idade mais caótica, por assim dizer, Zuri passava a maior parte do tempo brincando pelos corredores do palácio do Pantera Negra e destruindo o laboratório de Shuri dos pés à cabeça. Porém, apesar disso, todos sentiam-se gratificados pela presença da garotinha ali.

O dia estava exepcionalmente normal até o exato momento, tirando o fato de que T'challa havia saído para uma missão ainda pela parte da manhã, deixando esposa e filha aguardando incansavelmente a sua volta. As saídas de T'challa já haviam tornado-se recorrentes, porém, nunca superáveis, principalmente para a pequena Zuri. Ao primeiro momento, S/N sentira-se triste pelo fato de que T'challa saira em missão justamente no dia dos pais; porém, não havia anda que ela pudesse fazer. O dever havia o chamado, e S/N não gostava de interferir no trabalho promissor do seu marido. Então, só lhe restou aguardar a volta de T'challa ao lado de Zuri que não havia parado sequer um segundo de pedir sobre o paradeiro do papai. S/N, gostaria de dizer que não, mas já estava ficando louca ao lado da criança.

- Papai vai voltar em breve. - a mulher respondeu, calma, retirando o seu celular do bolso da sua calça jeans para checar o horário. Na sua frente, largada sobre o centro da imensa sala do trono, Zuri brincava com um quebra-cabeça concentradamente, encaixando as peças com as suas pequenas mãozinhas gordas. - Já são seis horas da tarde.

A garotinha murmurou um "aham" e continuou a revirar as peças do seu quebra-cabeça, completamente concentrada no trabalho. S/N suspirou e cruzou os braços, começando a caminhar pela sala rumo às grandes janelas de vidro do local que exibiam uma vasta visão de praticamente toda e extensão do reino de Wakanda.

O lugar era exuberantemente planejado, com todos os seus edifícios magníficos e sua tecnologia de primeira. S/N parou em frente ao vidro e olhou para baixo, na direção do chão de concreto plano que dava entrada às portas inferiores do palácio. Ela sentia saudades do seu rei.

Talvez, se S/N tivesse prestado um pouquinho mais de atenção, talvez teria visto a protuberância de uma nave a mais na pista de pouso, uma que antes não estava ali. E, se não estivesse divagando dentro de seus próprios pensamentos desconexos, teriam pressentido uma presença a mais na porta da sala do trono, uma que esgeuirava-se pelos cantos na ponta dos pés sem fazer o mínimo de barulho possível. T'challa possuía um plano em mente ao adentrar a imensa sala sem ser notado, e esse quase foi concretizado se não fosse pelos olhos curiosos e a visão aguçada da pequena Zuri.

- Papai!

T'challa obrigou-se a rir, escorado na metade da parede direita da imensa sala, jurando estar invisível aos olhos da criança. Aturdia, S/N virou-se para trás e, da outra extremidade da sala adornada, visualizou a figura do seu rei vestido com o exuberante traje do Pantera Negra, denotando a sua recente volta para casa da missão. Bombardeada por uma onda súbita de êxtase, S/N descruzou os braços e sorriu, pondo-se a atravessar a sala em passos largos e rápidos.

À essa altura, Zuri já havia abandonado o quebra-cabeça e lançado-se nos braços fortes do seu pai, que a pegou no colo com extrema facilidade, beijando os seus cabelos bagunçados e apertando o seu pequeno corpinho contra si. Quando S/N alcançou-os, lançou-se contra um dos braços musculosos que T'challa estendera no ar para acolher a sua mulher amada, abrigando-a contra o seu corpo em um abraço de família apertado. O homem havia ficado fora por apenas algumas horas; porém, horas suficientes para que S/N sentisse a sua completa falta. T'challa era, com certeza, o seu lar, o seu abrigo; e o amor que retumbava entre os dois jamais poderia ser medido.

- Minha pequena Pantera Negra. - o homem falou, sorrindo, enquanto beijava mais uma vez o topo da cabeça de Zuri, que mantinha seu pequeno rostinho afundado no ombro do pai. - Minha rainha.

S/N ergueu sua cabeça do peito de T'challa a tempo de selar seus lábios com os do homem em um beijo breve, porém cheio de sentimentos. Quando separaram seus lábios, sorriram um para o outro, refazendo toda a conexão energizante que as horas longe separaram. Ambos se amavam mais do que tudo.

- Papai?

A voz fina e angelical de Zuri tirou o casal do transe compartilhado, obrigando-os a centrar seus olhares no rostinho maroto da criança. Aqueles olhinhos brilhantes e aquela expressão duvidosa com certeza escondiam algo.

- Posse te pedir uma coisinha?

S/N encarou T'challa de soslaio, arregalando minimamente os olhos na direção do homem que, por sua vez, deu de ombros e sorriu para a criança no seu colo.

- Eu posso ter um irmãozinho?

S/N franziu os lábios na mesma hora, tentando segurar o seu riso perante a expressão esperançosa no rosto da filha. Já T'challa fechou os olhos com força enquanto ainda sorria na direção de Zuri, provavelmente tentando ganhar tempo para pensar em algo plausível para responder.

- Hmm... - ele murmurou, desviando o olhar, porém sem conseguir parar de sorrir. - Se a mamãe estiver de acordo...

S/N arregalou os olhos na direção de T'challa que, por sua vez, riu abertamente. Zuri também acompanhou o pai nas risadas, obrigando S/N a fazer o mesmo.

- Podemos pensar sobre isso mais tarde. - a mulher completou, enquanto T'challa colocava Zuri no chão. - Agora; se lembra do que eu falei mais cedo, filha?

A criança permaneceu encarando sua mãe por alguns segundos antes de elevar seu olhar na direção do seu pai. Ela ajeitou os fios de cabelo que lhe caíam pela face, arregaçou as mangas da sua camiseta comprida e, respirando fundo, pôs-se a falar:

- Feliz dia dos pais, papai. - Zuri anunciou pausadamente. - Você é o melhor pai do mundo. Eu e a mamãe te amamos muito.

T'challa sorriu abertamente em resposta e seus olhos brilharam em êxtase e orgulho, enquanto S/N passava um dos braços por trás das costas do homem e deitava a lateral da sua cabeça no ombro do mesmo.

- E os cookies que a mamãe fez mais cedo queimaram todos!

S/N imitou uma falsa expressão ofendida na direção de Zuri, que pôs-se gargalhar sem parar.

- Esse era o nosso segredinho, bicihinho. - a mulher a repreendeu, sorrindo.

- Não mais. - T'challa riu, beijando a lateral do topo da cabeça de S/N enquanto Zuri desdobrava-se a rir na frente dos dois. Eles eram, completa e incondicionalmente, uma família extremamente feliz.


Obrigada por você ter lido até aqui.

Caso alguém tenha notado, eu acabei sumindo por considerável tempo por aqui, e acabei abandonando alguns pedidos. Peço imensas desculpas por isso e culpo minha falta de tempo perante esse acontecimento, e também o fato de que escrever estava tornando-se uma obrigaçao, e não um prazer, para mim.

Eu sempre gostei muito de escrever e, durante essa situação pandêmica, eu alimentei mais esse meu amor pela escrita. Porém, a normalidade está voltando (ainda bem) e o meu tempo livre ficando reduzido. Sei que não sou a única nessa situação, já que mantenho contato com algumas autoras aqui e estamos sempre compartilhando as situações do nosso cotidiano uma com as outras.

Além disso, muitas coisas aconteceram na minha vida pessoal nesse último mês, coisas que me esgotaram de verdade a ainda persistem na minha mente incansavelmente. Ainda tenho a questão dos estudos e da minha carga horária louca, então tudo está uma bagunça.

Essa é apenas uma breve explicação do meu sumiço por aqui, se é que alguém se importa. Ainda pretendo continuar escrevendo pq, meu deus, eu senti TANTA falta disso. Escrever é uma parte de mim, e eu sou imensamente grata por tudo que eu conquistei e continuo conquistando aqui. Então, obrigada por tudo e por todos que sempre me acompanharam aqui, vocês não sabem o quão gratificante em me sinto com cada comentário (mesmo que não respondido, porém com certeza visto), cada visualização e cada elogio. Meu imenso muito obrigada à todos 💖💖💖💖💖


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