eu me preocupo com você ➤ steve rogers
Ideia concebida a mim pela raquelbennet21. Capítulo inspirado em um pov do tik tok; user: hpwebtoon. Espero que gostem!
Perguntinha literária aleatória: alguém aí já leu Vermelho, Branco e sangue Azul? Pq eu to lendo e to morrendo alguém me manda eu parar de ser boiola desse jeito aff
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As famosas festas no complexo organizadas pelo ambicioso Tony Stark já haviam ficado super conhecidas por entre os Vingadores, já que a sua grande maioria sempre fazia questão de comparecer as mesmas quando possível. Não era de se enganar que essas festas de Tony serviam como uma válvula de escape; talvez um modo de fazer com que as mágoas e a exaustão dos super heróis fosse afogada nas bebidas — e quem não bebia ficava excepcionalmente ocupado rindo e gritando com os que haviam bebido. A junção do cansaço coletivo com as angústias acumuladas por todos sempre resultava em uma festa.
Nessa noite, em especial, Tony havia convidado não só os Vingadores, mas também uma grande quantidade de amigos empresários e demais, todos reunidos no grande salão de festas do complexo onde as bebidas já haviam sido distribuídas a todos. Murmúrios de conversas distintas — desde planos sobre negócios importantes até conspirações idiotas depois do terceiro copo de uísque — preenchiam o salão juntamente com o som da música abafada; nem tão alta ao nível adolescentes bêbados na garagem da casa dos pais e nem tão baixa para agradar os mais idosos e as audições sensíveis.
S/N estava sentada sobre o braço do sofá, graciosamente envolta em um dos seus vestidos favoritos enquanto bebericava o seu primeiro copo daquela noite. A mulher havia feito um de seus penteados e maquiagem leve favorita especialmente para essa ocasião, ao que ela dedicou algumas horinhas da sua tarde para ficar pronta para a festa. Ultimamente, S/N andava muito ocupada com as missões de resgate e coisas desse tipo que andavam lhe custando grande parte do seu tempo precioso e da sua segurança perante acontecimentos perigosos; como por exemplo em uma das suas últimas missões, onde ela fora gravemente baleada e teve parte dos movimentos do seu ombro esquerdo comprometidos por vários dias a fio. S/N respirou fundo, cruzando as suas pernas enquanto levava o copo até os seus lábios em um longo e generoso gole, digerindo todas as suas angústias e fúrias dos últimos dias.
Ela escorou as suas costas sobre o sofá e, lentamente, pôs-se a pensar na sua desavença mais recente. S/N e Steve Rogers estavam juntos há muitos meses, e não era de se duvidar que o casal se amava incondicionalmente e irreversivelmente. Entretanto, Steve estava um tanto quando incomodado e nervoso nos últimos dias; e o real motivo desse seu descontentamento e dessa sua preocupação era ninguém mais, ninguém menos, que a própria S/N. Já havia virado um fato que Steve se preocupava demais com a mulher, já que ele sempre fazia questão de cuidar da mesma embora ela soubesse muito bem como de defender na grande maioria das vezes. Rogers era um cavalheiro; um homem bom que daria tudo para o bem estar de S/N sem nem pensar duas vezes. O loiro ficava excepcionalmente revoltado perante o fato que S/N parecia estar sempre vivendo no extremo; suas missões eram perigosas e arriscadas, principalmente quando ela insistia em realiza-las sozinhas por pura convicção e profissionalismo. E não era de se duvidar que S/N era uma agente e tanto; habilidosa, sagaz e ágil, realizando seus feitos com extrema competência e aptidão.
Era da sua natureza viver sempre no limite, assim como levar tiros e apanhar em missões e treinos eram quase uma rotina para ela. Steve, por outro lado, sentia que essa sua vida extremista ainda acarretaria muitas consequências para a mesma. Era óbvio que Rogers não a proibia de realizar o seu trabalho promissor enquanto agente assim como ele mesmo; porém, ele sentia-se mais angustiado a cada vez que S/N retornava de uma missão cheia de hematomas e cortes por todo o corpo — uma missão que, obviamente, a mulher realizara praticamente sozinha sem a ajuda de ninguém. Steve não se importava em ter que cuidar de S/N nesses casos mas, depois da última vez, quando a mulher fora drasticamente baleada no ombro esquerdo e acabou tendo um dos nervos parcialmente rompido por alguns dias, se recuperando um bom tempo depois, Steve sentiu-se mais angustiado do que nunca com a probabilidade de perder S/N. Era nítido o seu amor por ela — e recíproco também —, mas a preocupação corroía o interior de Steve pouco a pouco, deixando-o claramente desnorteado perante as ações malucas de S/N. Ademais, ele a amava incondicionalmente; e, obviamente, S/N também.
Rogers e S/N haviam brigado no corredor a caminho da festa dentro do complexo, quando Steve tocou no assunto estopim que era a cicatriz aparente da bala no ombro de S/N. O casal raramente discutia, já que Rogers era a alma pacífica e tranquila da relação capaz de acalmar S/N até nos piores momentos de fúria — secretamente, ele tinha esse poder calmante em relação a mulher, ao passo que ela sentia ser impossível nutrir algum ódio por Steve após um abraço ou um beijo gentil. S/N até podia demonstrar-se durona ao estar em ação, mas, sozinha, ela possuía um coração mole e uma paixão incondicional por Steve.
Resumidamente: S/N, já desgastada pela semana puxada e exaustiva que teve, acabou perdendo sua paciência com Steve, que reclamava com a mesma pela centésima vez sobre as suas "ações imprudentes, inconsequentes e irresponsáveis". S/N debochou da cara dele. Steve precisou conter-se bravamente para não falar um palavrão.
Agora, sentada sobre o braço do sofá, com o olhar perdido e enevoado paralisado em algum ponto aleatório dentro do salão, S/N arrependia-se profundamente da sua discussão com Steve e sobre o modo como ela o tratou mal ao deixar-se levar pelo seu cansaço da semana. Rogers era um homem extremamente bom — bom demais, na verdade —, e S/N sentia-se culpada por remediar a preocupação do mesmo perante ela mesma. Esse era o modo como Steve demonstrava o seu amor por ela, mas ela havia pisado na bola naquela noite e seus planos que antes eram passar a noite inteira agarrada a Steve mudaram para passar a noite inteira afundando no sofá luxuoso e macio do salão enquanto pensava e repensava na sua vida inteira. Ela precisava urgentemente de uma bebida mais forte.
S/N estava prestes a levantar-se do sofá quando uma figura corpulenta e bem apessoada de um homem alto surgiu na sua frente, obrigando-a semicerrar os olhos na direção do sujeito. Por um instante ela pensou ser Steve; por causa dos cabelos loiros bagunçados e dos olhos azuis ofuscantes. Entretanto, uma boa analisada revelou que, não, aquele cara com certeza não era Steve. Havia um traço a mais de jovialidade na expressão empolgada no rosto daquele homem desconhecido.
— S/N S/S? — ele questionou, sorrindo, ao passo que S/N analisou discretamente o seu terno preto impecável. O homem era, com certeza, um dos amigos ricos de Stark.
— A mesma. — ela respondeu, simples, apertando mais o seu copo pela metade por entre uma de suas mãos.
— Stark me falou sobre você. — touché. — Prazer em conhecê-la. Sou Rafael Rodriguez.
Uma breve olhada para um dos cantos do salão e lá estava Steve Rogers escorado de braços cruzados sobre a parede, queimando S/N com o seu olhar fulminante. Ao lado do seu namorado, Sam Wilson falava animadamente com Steve, claramente bêbado o suficiente para não notar que Rogers não estava dando a mínima para o que Wilson estava falando. S/N desviou seu olhar do de Steve, tentando parecer indiferente após notar a expressão matadora no rosto do namorado. Se ele estava levemente enciumado — o que quase nunca acontecia —, Steve jamais deixaria isso claro por meio de palavras.
— Acho que você dispensa as minhas apresentações. — S/N respondeu, voltando o seu olhar para Rafael parado bem na sua frente.
— Com certeza. — o homem respondeu, sorrindo, exibindo duas fileiras de dentes brancos e impecáveis. — Está sozinha?
S/N analisou mentalmente as suas opções.
— Não. Eu supostamente deveria estar acompanhada, mas estou tendo desavenças no amor.
Rafael riu.
— Compreendo. — ele respondeu. — Já provou o drink tropical?
S/N desviou seu olhar para a o copo em sua mão, quase vazio.
— Ainda não.
— Podemos...?
A mulher ponderou por alguns segundos.
— Claro.
Rafael sorriu e virou-se de costas enquanto S/N levantava-se do sofá, logo começando a caminhar juntamente com o homem em direção ao bar do salão. Teoricamente dizendo, ela quase foi capaz de sentir o olhar de Steve queimando-a pelas costas.
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Foi às duas da madrugada o exato momento em Tony Stark despachou todos do complexo alegando que alguém havia vomitado no carpete novinho do salão e que ele estava muito puto com isso. Ele bem que tentou mandar os próprios Vingadores embora, mas estava tão bêbado que esqueceu que alguns deles literalmente moravam ali e outros iriam passar a noite no local por causa do horário. Steve e S/N eram duas dessas pessoas que não iriam retornar para casa ao término da festa, ou seja, quando as luzes do salão se apagaram e os últimos carros no estacionamento saíram, S/N perambulou pelos corredores do complexo até encontrar o quarto espaçoso onde ela havia deixado as suas coisas antes de ir para a festa ainda nas primeiras horas da noite.
A mulher localizou o interruptor e ascendeu a luz do cômodo, imediatamente se deparando com uma cama de casal espaçosa completamente arrumada e totalmente vazia. S/N adentrou o quarto por completo e sentou-se sobre a penteadeira do mesmo, analisando minuciosamente o seu reflexo abalado no grande espelho a sua frente.
Ela não estava bêbada; nem havia chegado perto de desfrutar da sensação de esquecer um pouco dos seus problemas recorrentes naquela noite pelo menos por algumas horinhas. S/N havia bebido apenas dois copos: o seu próprio logo ao chegar na festa e um drink especial na companhia de Rafael, que acabou sendo de grande ajuda na hora de distrair a mesma da sensação angustiante de estar desentendida com Steve. Ela havia ficado sóbria pelo simples motivo de: mais tarde ela conversaria com Rogers, obviamente. A mulher recusava-se a dormir na mesma cama que ele caso ambos continuassem a agir como dois inimigos mortais.
S/N agarrou uma pequena bolsa em cima da penteadeira e tirou de lá um demaquilante, logo pegando um pedaço de algodão enquanto fazia movimentos circulares em seu rosto para retirar a pouca maquiagem que ela havia passado em si mesma para a noite anterior. No exato momento em que a mulher terminou o seu trabalho a porta do quarto abriu-se subitamente, revelando a figura cabisbaixa de Steve adentrando no cômodo. S/N encarou-o de soslaio pelo reflexo do espelho, mas Steve mal ergueu o seu olhar enevoado do chão. Agora, ele parecia mais triste do que bravo. Sem nenhuma palavra, ele atravessou o cômodo e entrou no banheiro do quarto, fechando a porta do mesmo logo em seguida.
S/N bufou alto suficiente para que Steve ouvisse, retirando o seu colar e o colocando sobre a penteadeira. Era nítido que ela não iria conseguir agir como uma criança emburrada com o seu melhor amigo por muito mais tempo, então, enquanto retirava a sua pulseira lentamente, ela pôs-se a falar no tom mais indiferente que conseguiu reproduzir:
— Você percebeu que a noite passou e você nem dançou comigo?
O clique inconfundível da porta do banheiro sendo aberta revelou Steve em pé, com o rosto levemente molhado e os cabelos desgrenhados. Seu olhar continuava impassível.
— Não me faça rir. — ele respondeu, firme, saindo do banheiro enquanto caminhava na direção da cama espaçosa, desviando seu olhar do de S/N. Ele retirou a sua jaqueta de moletom e a jogou sobre a cama, indiferente. — Eu bem que pensei em tentar fazer isso em determinado momento da noite, mas parei quando vi você rebolando para os outros caras.
— Rafael é gay.
Steve virou-se na direção de S/N ponderou a resposta calculada que estava na ponta da sua língua. Ele claramente não esperava por isso.
Com a expressão parcialmente mais relaxada, ele completou:
— Isso não anula o fato de que eu ainda me preocupo com você.
— Que legal.
— Você mal me deu uma chance a noite toda.
S/N semicerrou os olhos na direção de Steve.
— O quê?
Steve respirou fundo e completou com a voz reativamente baixa:
— Posso ter outra chance?
S/N levantou-se da cadeira da penteadeira e virou-se na direção da porta do quarto.
— Estou indo embora.
— S/N!
Steve avançou na direção da mulher, fazendo com que o mínimo chamado do seu nome a fizesse virar-se para trás.
Sem nenhum aviso prévio ele selou os seus lábios contra os de S/N com uma vontade e necessidade incalculáveis, agarrando as costas da mulher com uma das mãos para evitar que ela caísse para trás perante a súbita pressão do corpo de Steve sobre o seu. Involuntariamente, ela levou ambas as suas mãos até o rosto do loiro, deixando-se levar pelo beijo necessitado de Rogers. Em nenhum momento ela cogitou a ideia de afasta-lo; até porque, internamente, ela havia sentido falta de um beijo desses a noite toda.
Quando ambos separaram os seus lábios para poder recuperar o fôlego, Steve sussurrou contra a boca de S/N, soando rouco:
— Eu anseio por fazer isso desde o momento em que você brigou comigo.
— Você brigou comigo. — S/N rebateu na defensiva, sorrindo.
— Nós vamos realmente discutir isso?
— Vamos.
Mesmo tentando se conter, Steve sorriu.
— Me desculpa.
— Ainda temos muito para conversar. — a mulher respondeu. Steve quis beijá-la mais uma vez apenas para fazer com que ela calasse a boca.
— São duas e meia da manhã, S/N.
Ela sorriu.
— Vamos conversar amanhã.
Antes que Steve pudesse concordar, S/N deslizou uma de suas mãos até a gola da camisa de Steve e puxou-o para perto de si, selando os seus lábios mais uma vez. Era óbvio que S/N S/S não iria perder a oportunidade de esclarecer as coisas com Steve Rogers em algum momento mas, por ora, ela apenas queria desfrutar da companhia do loiro depois de longas horas ignorando-o por puro orgulho. Entretanto, durante o beijo rítmico, isso não importava nem um pouco.
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