drunk caregiver ➤ peter parker
Pedido de BrunaWayne. Espero que goste!
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Se enturmar em eventos que propocionavam interações sociais intensas não era lá o forte de S/N; e talvez fosse justamente por isso que ela e Peter Parker tivessem encontrado um no outro a sua outra metade — não era como se eles tecnicamente estivessem incompletos antes disso, mas vocês me entenderam.
Parker sempre fora tímido e recluso, e S/N também não ficava para trás nesse quesito. Ambos se conheceram por causa de Ned, a única alma viva animada do grupo caótico de amigos que de quebra incluía a sarcástica e intimidadora MJ. A primeira vista Peter pensou que gostar de S/N fosse uma ideia bacana; afinal, a garota era praticamente a sua versão feminina com a qual ele se sentia maravilhado em admirar "às escuras". E, quando a verdade veio à tona, ambos sabiam exatamente o significado da palavra "amor".
S/N não sabia exatamente em que momento da noite Peter simplesmente sumiu por entre a multidão festeira na casa de Liz Allen e voltou cerca de meia hora depois completamente tonto, grogue e e cambaleante, dando a entender que ele com certeza bebera mais álcool do que a sua sobriedade permitia. Peter nunca havia feito uma coisa dessas — ou seja, ou Parker havia apostado com alguém ou ele simplesmente havia decidido que seria uma boa ideia virar sabe se lá quantos copos de bebida na boca de uma só vez. E, obviamente, Ned estava ao lado de Peter esse tempo todo — e S/N nem surpreendeu-se quando o moreno alegou não ter feito nada para impedir o amigo e, depois, sumiu dali para evitar ser morto pela namorada do seu melhor amigo.
— Nós vamos para casa, Peter. — S/N anunciou decidida quando Parker lançou seu corpo vacilante por causa da bebiba na direção da namorada, usando-a como apoio. — Agora.
— Não... — Parker respondeu de modo arrastado, entrelaçando ambos os braços por cima dos ombros de S/N em busca de mais estabilidade.
— Sim, Peter. — a garota respondeu firme, passando um dos braços por cima dos ombros de Peter, puxando-o para conseguir deixá-lo em pé em cima das próprias pernas.
S/N olhou à sua volta dentro do salão abarrotado de adolescentes bebendo, dançando e cantando, submersos em algum tipo de animação coletiva que só o álcool conseguia lhes proporcionar. A sala da casa de Liz— veterana da festa de arromba — agora mais parecia um salão de festas, já que os garotos do time de futebol haviam arrastado os grandes e luxuosos sofás para um canto, a mesa de centro para outro e o grande tapete felpudo para o corredor em uma tentativa de evitar futuros acidentes imprudentes na mobília luxuosa e caríssima da casa da garota, já que os pais da mesma haviam saído horas antes para uma viagem de férias — e, a parte mais bizarra dessa história era que eles mal se deram o trabalho de levar a sua própria filha. E essa, nas suposições mais óbvias do mundo, com certeza iria organizar uma festa gigante com direito à dezenas de adolescentes com os hormônios à flor da pele reunidos em um único cômodo abafado e pequeno. S/N resmungou perante a situação.
Peter resmungou algo inaudível a frente de S/N e tentou se desvencilhar do braço da mesma, obrigando-a segurá-lo com mais força quando ele ameaçou cair no chão.
— Droga, Peter. — a garota resmungou indignada, apoiando a lateral da cabeça de Parker no seu próprio ombro a fim de mantê-lo parado. — Você nunca bebeu na sua vida.
Antes que Peter pudesse responder as reclamações de S/N, Ned passou de cabeça baixa e de ombros encolhidos pelo jovem casal, tentando inutilmente passar despercebido por entre meio ao fluxo incessante de adolescentes rebeldes ali dentro.
— Ned. — S/N chamou o amigo em tom firme, obrigando-o a parar de caminhar para longe dela no mesmo instante. — Você fez parte disso, não?
Ned girou nos calcanhares na direção da garota e deu de ombros de modo culposo, abrindo um pequeno e estranho sorriso.
— Foi uma aposta entre Peter e Flash.— Ned explicou rapidamente, tentando soar mais alto que a música da sala. — Flash disse que Peter mal aguentava beber um copo de vodka por que ele era certinho e nerd demais para isso. E, bem, Peter estava bastante engajado com o conceito "só se vive uma vez", então...
S/N revirou os olhos.
— Eu vou levá-lo para casa. — ela falou por fim, começando abrir caminho por entre as os adolescentes aglomerados em direção à porta de saída da sala. — E não pense que eu vou esquecer facilmente disso, Ned.
O garoto ergueu as mãos em rendição acima da cabeça e riu, observando calmamente S/N tentando inutilmente fazer com que Peter andasse com as suas próprias pernas ao invés de ter que o arrastá-lo até a porta.
Abrindo caminho por entre meio aos jovens desgovernados S/N saiu da casa de Liz carregando Peter como se ele fosse um soldado abatido que mal conseguia caminhar por conta própria naquele momento — o que era, em partes, a realidade. A garota apertou mais a sua mão na cintura de Parker enquanto a sua outra agarrava a mão de Peter a qual o braço estava passado sobre os ombros de S/N, enquanto a cabeça do garoto pendia de um lado para o outro como se ele estivesse desacordado naquele momento — e S/N nem ficaria surpresa se ele estivesse mesmo.
Pelo menos Peter era um bêbado quieto. Agora, parcialmente longe da turbulência caótica da residência de Liz Allen, a música eletrônica abafada parecia mais atrativa do que antes, quando S/N estava propriamente dentro da algazarra adolescente barulhenta. Mas ela não podia voltar lá agora e, tecnicamente, a garota não queria; Peter precisava dos seus cuidados e, se tivessem sorte nessa noite, Tia May já estaria dormindo há muito e mal iria notar a volta repentina do jovem casal para casa.
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— Cale a boca, Peter!
— Mas eu quero...
— Shiu!
S/N pressionou a palma de uma das mãos sobre a boca de Peter em um ato de pleno desespero perante o falatório incessante do garoto, ao qual com certeza acordaria May que dormia pacificamente no seu quarto do outro lado do corredor. Ambos haviam chegado tão longe; conseguiram subir as escadas sem despencar do último degrau e caminharam pelo chão da sala do apartamento de Peter e May sem fazer barulho algum. Porém agora, aparentemente, Peter resolveu soltar a sua língua de bêbado sem noção de uma vez só.
Peter mordeu a mão de S/N em resposta ao ato inútil da garota ao tentar mantê-lo de boca fechada.
— Seu... — a garota recolheu a sua mão para perto do peito e segurou bravamente um xingamento importuno vindo do fundo do seu âmago. — Pare com isso!
Suas advertências, que não passavam de meros sussurros dentro do quarto parcialmente escuro de Peter que era apenas iluminado pela luz mínima da lua que irrompia pela janela aberta, não alteraram em nada o comportamento de Peter. Ao primeiro momento S/N pensou que ele iria capotar na cama logo após chegarem em casa, mas, aparentemente, sono era a última das coisas que Peter sentia naquele momento.
— Nós vamos acordar a tia May. São duas horas da manhã. — S/N alertou-o, apontando para o relógio digital em cima da escrivaninha de Peter. — Calado ou eu mato você.
Peter mordeu o lábio inferior em uma inútil tentativa de segurar uma gargalhada alta. Infelizmente — pelo menos para S/N — esse seu esforço fora em vão.
— Argh! — ela empurrou o peito de Peter contra a cama, pegou o travesseiro largado sobre a mesma e pressionou-o com toda a sua força contra o rosto de Peter, abafando as suas gargalhadas de bêbado. — Peter!
Se tia May acordasse agora os dois teriam sérios problemas. Ela sabia do paradeiro de ambos na casa de Liz; entretanto, não sabia e nem iria saber sobre o fato de que Peter está levemente alcoolizado. Se S/N conseguir fazer com que ele durma agora talvez ambos consigam passar batido por May essa noite.
Subitamente, Peter parou de rir e de se mexer perante o aperto do travesseiro pressionado contra o seu rosto por S/N. O corpo do garoto enrijeceu e ele paralisou na cama, como se tivesse acabado de desmaiar ou algo do tipo.
— Pare de fazer cena, Peter. — ela resmungou, desfazendo a pressão do travessseiro no rosto do garoto para visualizar as feições amassadas e os cabelos desgrenhados do mesmo. — Vamos dormir agora.
Parker passou ambas as mãos pelo rosto e, encarando S/N com muita dificuldade — já que o quarto estava escuro e sua visão levemente embaçada —, o mesmo sorriu abertamente, pegando a garota de surpresa. Peter virou seu corpo rígido sobre a cama e deitou-se de lado, apoiando a cabeça nas mãos enquanto continuava a olhar fixamente para S/N.
— Você é linda.
S/N semicerrou os olhos na direção de Peter.
— É a bebida no seu organismo, querido.
— Não. — Peter a interrompeu, soando surpreendentemente mais sóbrio do que antes. — Você é absolutamente incrível. — ele sorriu mais na direção de S/N, encarando-a com o olhar mais apaixonado do mundo. — Droga. Por que eu não namoro com você?
— Nós namoramos, Peter. — S/N lembrou-o, aproximando-se mais do garoto sobre a cama.
Peter arregalou os olhos.
— Então eu sou o cara mais feliz do mundo.
S/N sorriu em resposta e, elevando uma das mãos na altura do rosto de Peter ela tocou gentilmente a pele macia e quente por causa da bebida que o mesmo ingerira. Bêbado ou não e calado ou não, Peter continuava sendo mesmo garoto prestativo e introvertido que S/N conhecera meses antes e se apaixonara profundamente pelo mesmo. A garota sorriu com o pensamento e deitou-se no colchão ao lado de Peter, sem desfazer o calor gentil que a sua própria mão irradiava no rosto dele.
— Vamos dormir. — ela sussurrou para Parker e aconhegou-se mais contra o corpo do mesmo, sentindo-o relaxar perante a sua aproximação repentina.
— Não estou com sono. — ele respondeu prontamente. — Só um pouco confuso e tonto, como se o quarto estivesse girando...
Peter bocejou alto e S/N riu em resposta enquanto respirava fundo, cansada demais para discutir com o garoto sobre a sua falta de sono ou não. Ela aninhou-se contra o peito de Peter e, dispensando o uso de lençóis por conta da temperatura abafada do quarto, S/N fechou os olhos lentamente e permaneceu em silêncio, aborvendo toda aquela plenitude que preenchia o quarto no momento.
— S/N?
— Sim?
— Eu te amo.
S/N abriu os olhos a tempo de dar de cara com o rosto de Peter praticamente colado ao seu. Os olhos do garoto brilhavam em êxtase e admiração.
— Pois saiba que bêbados não mentem. — a garota alertou-o, rindo baixinho. — Vou levar isso pro coração.
Peter sorriu e selou seus lábios contra os de S/N, dando início a um beijo lento e apaixonado. Mais uma vez, estando bêbado ou não, Peter continuava sendo a mesma pessoa amorosa de sempre, protegendo e admirando S/N como nunca. Ele a amava; e não existia bebida no mundo forte o suficiente para fazê-lo se esquecer disso.
A garota aninhou-se mais ainda contra o peito de Peter e o mesmo retribuiu ao gesto, apoiando a sua cabeça sobre a de S/N enquanto fechava os olhos e, finalmente, caía em um sono profundo.
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