dream a little dream of me ➤ steve rogers
↳ header feita por mim (peço perdão pela aparente falta de qualidade)
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Entre meio ao vaivém incessante do aglomerado habitual de pessoas dentro do museu mais visitado de Nova York, a jovem e destemida S/N S/N percorria com exímia rapidez os metros restantes que a separavam da seção considerada a mais importante ali para ela: o tão famoso memorial da Segunda Guerra, com todos os seus itens de grande valor e suas homenagens prestadas às figuras mais importantes do fatídico ocorrido.
A exposição feita especialmente para homenagear o ocorrido estava sendo mais divulgada do que nunca, fato esse explícito pelos cartazes de propaganda espalhados por todas as paredes da grande construção histórica importantíssima para o legado da nação americana. Geralmente, às terças-feiras, o museu costumava estar mais cheio do que o normal. Talvez fosse porque, exatamente nesse dia, a entrada no local era gratuita, e os mais bem aventurados viam nisso uma oportunidade a ser aproveitada. E S/N não pensava diferente; afinal, quem recusaria um desconto? De qualquer forma, ali estava ela, adentrando o memorial da Segunda Guerra, segurando a dog tag militar em uma das mãos e o seu coração palpitante e teimoso na outra.
E lá vamos nós de novo.
Em passos firmes e decididos, S/N adentrou a grande e exuberante sala, desviando das pessoas em seu caminho enquanto analisava brevemente todas as fotos, itens e prestava atenção na narração da voz monótona soando plausível nos auto falantes espalhados pelas paredes do local. O memorial, apesar de cheio, fazia com que S/N se sentisse vazia, e isso denotava que ela, obviamente, queria estar ali na companhia de uma pessoa em específico. Mas, infelizmente, ela não estava. E, agora, S/N precisava atravessar aquele memorial sozinha e lutar bravamente contra as lágrimas teimosas que já ameaçavam rolar pelas suas bochechas coradas pela força que a mulher fazia para não sucumbir-se à sua própria dor.
Não importa para onde S/N desviasse o seu olhar castigado; a cara da América sempre estava ali, estampada nas cores azul, vermelho e branco, a estrela brilhante e o rosto angelical e perfeitinho daquele homem: o bondoso e importantíssimo Steve Rogers, salvador da pátria e exemplo de luta, resistência e patriotismo para os demais cidadãos americanos orgulhosos da sua nação. E não era atoa que cartazes preenchiam as paredes do museu inteiro, desde a entrada até o memorial. Porém, ali dentro, as homenagens se multiplicavam: fotos exibidas em painéis tecnológicos nas mais diversas fases da vida de Steve, desde a sua época de homem asmático e frágil até o dia da aplicação do soro de super soldado, até gravações históricas em preto e branco eternizadas pelo tempo.
— Um símbolo para a nação... — a voz masculina, forte e decidida, pôs-se a narrar através dos auto falantes, tirando S/N do seu transe. — Um herói para o mundo...
A mulher continuou a caminhar lentamente pelo corredor, admirando e absorvendo toda a narração histórica, as fotos, as esculturas e os vídeos ali presentes, sentindo como se tivesse feito parte daquilo em algum momento da sua vida. Ademais, isso era impossível. Mas, de qualquer maneira, S/N sentia como se também fosse parte disso tudo, como se o sangue americano que corria sem parar nas suas veias tivesse presenciado tudo o que ocorerra em mil novecentos e quarenta e cinco. Talvez S/N estivesse ficando louca, mas nada podia apaziguar o sentimento de pertencimento que a assolou quando ela olhou para o grande painel em uma das paredes ali, no memorial, onde as figuras de Steve ao centro, seu fiel amigo, Bucky Barnes, ao seu lado, e o restante dos homens que fizeram parte da trágica missão para a Europa em busca do Doutor Arnin Zola. Além das figuras, os uniformes em manequins colocados simetricamente um ao lado do outro eram impressionantes e, apesar de S/N não saber ao certo se eram réplicas ou se eram os reais em si, tudo era muito, muito impressionante. Seu coração encheu-se de orgulho por alguns segundos, fazendo com que um sorrisinho triste escapasse por entre seus lábios franzidos.
— A história do Capitão América é uma história de honra e sacrifício...
Parada em frente aos uniformes e a foto, entre meio ao vai e vem de pessoas, S/N ergueu uma das mãos e, involuntariamente, desenrolou a dog tag metálica do seu punho e a agarrou por entre os dedos, trazendo-a para seu peito, bem próxima ao seu coração. Apesar da distância entre a sua pele e o objeto militar — denotada pelo tecido grosso do seu moletom preferido — S/N era capaz se sentir toda a vibração energizante que a dog tag emanava, deixando-a mais calma quase que de imediato. Esse era o pedaço de Steve Rogers que S/N S/S carregava para lá e para cá, tanto no seu pescoço quanto nos bolsos dos seus casacos sempre quando ela se lembrava. Aliás, essa era uma memória linda: o modo como o frio metálico da dog tag entrava em contraste com o calor da sua mão fazia com que um arrepio percorresse a espinha de S/N toda a vez que ela tocava o objeto, deixando-a mais extasiada ainda. Só Deus sabe o quanto a mulher amava Steve Rogers.
S/N apertou mais a dog tag contra o seu peito, sorrindo, enquanto seu olhar orgulhoso e ao mesmo tempo tristonho vagava pela foto do seu amor.
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Poucas coisas no mundo podiam ser comparadas com a beleza da cidade de Nova York à tardinha, momento esse em que as luzes pulsantes dos prédios, a agitação tardia da população voltando para casa ou indo trabalhar e as cores vibrantes que preenchiam a linha do horizonte se misturavam com a graça de viver em uma cidade grande, apesar das controvérsias e dos perigos habituais. Enquanto retornava para seu apartamento no Brooklyn após um dia vagando pela cidade, desde o memorial no museu até sua lanchonete rústica favorita, S/N pensava muito sobre a lógica do luto ao perder alguém, como, por exemplo, a pessoa que você mais ama.
Devido a sua fobia de elevadores, S/N preferiu optar por subir os três lances de escada porque 1) asssim teria mais tempo para pensar sobre tudo e 2) seu medo de elevadores, é claro. Ao chegar em frente ao apartamento cento e doze, porta de madeira polida e uma maçaneta pra lá de teimosa, S/N buscou pelas chaves incansavelmente dentro de todos os seus bolsos, já que a mesma não se lembrava exatamente em qual ela havia as deixado. Ela conseguia ser bem distraída as vezes, principalmente quando estava triste ao extremo.
Quando S/N finalmente encontrou as chaves (que estavam nos bolsos frontais da sua calça jeans — quem realmente usa esses bolsos?) ela logo tratou de destrancar a porta, entrando calmamente dentro da sala aconchegante do apartamento. As luzes do cômodo estavam desligadas e a cortina estava aberta, fazendo com que a paisagem urbana da metrópole se projetasse através do vidro da janela. S/N tirou os seus sapatos e logo notou que as luzes da cozinha estavam ligadas, o que fez com que a mulher se sentisse um pouquinho mais relaxada e feliz, fazendo com que um sorrisinho se projetasse no seu rosto triste.
— S/N? É você?
E, graças aos Deuses, S/N não havia perdido o seu amor.
— Sim. — a mulher respondeu, fungando involuntariamente, enquanto arregaçava as mangas do seu moletom devido ao calor habitual que fazia ali dentro do apartamento.
Quase que imediatamente, Steve irrompeu pela porta que ligava a sala à cozinha em passos largos acompanhados da expressão preocupada no seu rosto angelical, fazendo com que S/N se sentisse mais triste ainda. Rogers vestia uma camisa de manga longa preta e uma calça de moletom cinza, tudo muito bem ajustado nas partes certas apesar de confortável. Steve parou alguns metros longe de S/N e encarou-a por alguns segundos, tentando decifrar os olhos marejados, as bochechas coradas e a expressão desolada no rosto da sua namorada.
Até que seu olhar de sentinela pousou na corrente metálica que estava enlaçada ao redor dos nós dos dedos de uma das mãos de S/N e, quase que imediatamente, Steve compreendeu tudo.
Involuntariamente, um sorrisinho de canto escapou pelos lábios finos do homem, enquanto ele continuava a encarar S/N com uma expressão mais relaxada que antes.
— Você foi ao museu? — questionou Steve, cruzando os braços em frente ao peito, sem desfazer o sorrisinho bobo estampado em seus lábios.
— Fui. — respondeu S/N, baixando o olhar para a mão onde a dog tag militar estava.
Steve ficou em silêncio.
Segundos depois, inclinou sua cabeça minimamente para o lado e, franzindo os olhos de modo divertido, proferiu a pergunta com a resposta mais óbvia naquele momento apenas para acabar de uma vez por todas com as suas hipóteses que, no final, estavam obviamente certas:
— Você está de tpm, S/N?
Quase que imeditamente, o lábio inferior da mulher projetou-se para baixo em uma tentativa falha para não desabar no choro, o que, obviamente, não deu certo. Por fim, S/N apenas deu de ombros e esperou que Steve a zoasse ou fizesse piadinhas com a sua situação hormonal descontrolada, mas, ao invés disso, Rogers descruzou os braços e caminhou até S/N, logo acolhendo-a em um abraço de firme e reconfortante — tudo que a mulher mais necessitava naquele momento.
— Eu fiquei pensando... — S/N pôs-se a falar quase que imediatamente, permitindo que os braços musculosos do seu namorado a acalmassem em um aperto gentil. — E se algum dia você morrer? E aí eu simplesmente comecei a chorar, chorar e...
— Foi até o museu e ficou mais triste ainda. — Steve completou, sua voz soando divertida, como se ele estivesse sorrindo, ao invés de furiosa.
— I-Isso... — S/N respondeu, abafado contra o peito do namorado. — Eu... sei lá. Odeio ser mulher.
— Eu nem imagino como deve ser... isso. — Rogers respondeu, meio sem jeito, sabendo que estava adentrando em um território inexplorado e delicado. Apesar de tudo, ele sempre procurava compreender e tentar ajudar S/N nesses momentos de fúria, dor, raiva e tristeza, sabendo que não era nada fácil para ela lidar consigo mesma nesse período.
— Horrível. — a mulher respondeu simplesmente, suspirando com pesar.
— Está sentindo dor? — Steve perguntou, dando início ao seu típico questionário de namorado preocupado de sempre.
— Não.
— Fome?
— Nah.
Longos segundos se passaram, até que S/N afastou sua cabeça do peito de Steve e, olhando bem no fundo dos olhos do homem, proferiu a seguinte pergunta em um tom de voz quase que inaudível:
— Você me ama?
Steve precisou segurar a risada.
— Se eu te amo? — ele perguntou de volta, sorrindo, fazendo com que o coração da pobre S/N falhasse uma batida. — Mas é óbvio que eu te amo. E muito.
Imediatamente, os olhos de S/N foram tomados por lágrimas teimosas, fazendo com que Steve soltasse uma risadinha divertida com a cena. Por fim, ela abraçou-o de novo, dessa vez permitindo-se chorar todos os seus malditos hormônios à flor da pele no peito do seu namorado de uma vez. Enquanto isso, Steve afagava as costas da mulher com uma das mãos, tentando reconforta-la.
— Tudo bem. Vem aqui. — disse Rogers, descendo suas mãos até a cintura de S/N para que ela pegasse impulso para pular. Quando conseguiu, a mulher entrelaçou suas pernas ao redor da cintura de Steve, aninhando-se ali, como um gatinho. Steve riu e, beijando o topo da cabeça namorada, pôs-se a caminhar em direção ao sofá.
— Amor?
— Uh? — murmurou Steve em resposta, parando em frente ao espaçoso e confortável sofá do cômodo.
— Eu te amo. — disse S/N, baixinho, fazendo com que um sorriso de orelha a orelha surgisse no rosto de Steve quase que de imediato.
— Eu também. — respondeu ele, sentindo-se mais do que realizado.
quem é vivo sempre aparece, né?
sei que sumi por um bom tempo e fingi q o wattpad nem existia, mas fazer oq né gente final de ano é assim mesmo.
acabei me distanciando daqui e, apesar de amar escrever, não estava conseguindo encontrar aquele pique de antes pra continuar com os meus rascunhos malucos de imagines pra essa obra. porém, cá estou eu, e já peço perdão pela minha escrita rala, já que fazia uma cota que eu não escrevia.
outra coisinha: muito muito muito obrigada pelos 100k na obra! e perdão por não agradecer antes, já que, como já falei, acabei nunca mais entrando aqui. vocês são fodas pra caralho.
um beijo e (talvez) até a próxima!
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