beijo de despedida ➤ steve rogers ᴘᴛ 2
Quem deveria estar terminando os temas de matemática nesse momento? Eu mesma. Quem também deveria estar escrevendo pra outra obra de Imagines? Eu também. O que eu estou fazendo? Boiolando por Steve Rogers. Enfim, não consegui me aguentar e fiz uma parte 2 do último cap do Steve. Espero que gostem.
Edit: acabei de achar essa música da mídia aí e simplesmente falei fodase combina com esse Imagine. Eu sei que ela não é tão antiga assim mas a gente finge que sim.
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ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴇ: ɪ ᴄᴀɴ ᴅᴏ ᴛʜɪs ᴀʟʟ ᴅᴀʏ
"A guerra é uma luta de homens bons que estão brigando por causa de homens maus".
- Autor desconhecido
ᴀᴄᴀᴍᴘᴀᴍᴇɴᴛᴏ ᴅᴇ sᴏʟᴅᴀᴅᴏs, ᴇsᴛᴀᴅᴏs ᴜɴɪᴅᴏs, 1943
- Com licença, você sabe onde ela está?
O soldado fez uma breve reverência para Steve Rogers antes de responder um simples "não" para o homem, quase acabando com as últimas esperanças de Rogers. Steve tirou o capacete apertado que estava usando e o colocou embaixo do braço, logo tornando a correr desenfreadamente pelo chão lamacento do acampamento de soldados.
Peggy Carter havia contado para Steve que havia dado um jeito de infiltrar S/N dentro do acampamento restrito para que ela e o soldado pudessem se encontrar nesse breve tempo em que o batalhão de Steve havia voltado para a América e instalado suas bases ali; era por um período de tempo curto, na verdade, mas Steve com certeza não iria perder a única oportunidade de ver a sua mulher amada depois de passar semanas combatendo nazistas pela Europa.
Do outro lado do acampamento de chão lamacento, S/N caminhava em passos apressados em linha reta sem saber exatamente que caminho deveria seguir. S/N definitivamente não deveria estar circulando por entre os diversos soldados carregando armas e munições para lá e para cá, mas lá estava ela; Peggy Carter havia dado um jeito de infiltrar a mulher ali dentro sem que ela levantasse suspeitas, obrigando S/N a usar o casaco de frio mais pesado que ela já havia vestido na vida- assim como um chapéu marrom que cobria metade do seu rosto e botas de combate extremamente desconfortáveis. Felizmente ninguém havia a parado até aquele momento pedindo sobre seus documentos ou coisa do tipo; e mesmo se o fizessem, S/N não queria que a tirassem dali. Não agora. Sentia que a cada vez que suas botas afundavam no chão lamacento ela estava aproximando-se cada vez mais de Steve, a pessoa pela qual ela estava literalmente invadindo um acampamento de guerra.
Uma fina garoa cortou o céu nublado acima de S/N, indicando a predominância de um tempo ruim naquele fim de tarde de clima úmido e sombrio. A mulher continuou a caminhar para lá e para cá pelo acampamento sem ter nenhuma noção de onde exatamente ela encontraria Steve. S/N sequer podia parar algum dos solados que cruzavam pelo seu caminho e perguntar sobre o paradeiro do seu homem, já que eles provavelmente iriam expulsá-la dali. Ela correu os metros restantes que a separavam das tendas erguidas sobre uma plataforma de madeira acima daquele chão escorregadio e lamacento, no qual S/N quase derrapou diversas vezes antes de estar finalmente sã e salva abaixo daquele abrigo improvisado. A mulher olhou várias vezes para os lados e, após obter a certeza de que não havia nenhum soldado aparente ali, tirou aquele chapéu ridículo da sua cabeça e tentou inutilmente domar os seus fios de cabelo espantados, resmungando em indignação ao perceber que eles já não se encontravam tão arrumadinhos como eles estavam antes de S/N sair de casa.
A mulher seguiu silenciosamente pela trilha lamacenta abaixo de si, procurando inutilmente por algum soldado que se assemelhasse à Steve; Peggy havia lhe dito que ela só tinha uma chance de encontrar Rogers ali dentro e, caso confundisse ele com qualquer outro homem loiro de olhos azuis ali no acampamento- os quais com certeza não eram poucos-, S/N não iria conseguir entrar ali dentro novamente.
Apenas o sentimento de passar mais dias longe de Steve fizeram com que lágrimas enchessem os olhos da mulher, expressando toda a saudade e paixão que ela sentia por aquele homem. O último ano fora excepcionalmente incomum para o casal: Steve havia ingressado no exército- contra a vontade de S/N e Bucky mas, no final, a mulher descobriu que Bucky a "traiu". A mesma quase matou Barnes e Steve quando eles lhe confessaram que o moreno havia o ajudado a adentrar naquele lugar- e S/N quase surtou quando ouviu dizer, dias após Steve ingressar no exército, o loiro havia literalmente se lançado sobre uma granada ativa. Logo após, S/N fora informada que Steve aceitou fazer partes de experimentos estranhos aos quais a mulher não compreendia muito bem, só sabia que tinham como objetivo fazer com que Rogers tivesse seu físico e as suas habilidades aprimoradas. Quando recebeu uma carta de Steve contando sobre esse tal experimento ao qual ele voluntariou-se para, S/N quase desmaiou sobre a mesa, tendo a total certeza de que Steve ou estava morto naquele momento ou havia virado um super soldado ou coisa do tipo, assim como constatado na carta.
E -S/N ainda não sabia exatamente se deveria dizer felizmente ou infelizmente-, os experimentos haviam dado certo. Entretanto, a mulher havia se encontrado com Steve apenas algumas poucas vezes depois desse ocorrido; mas podia afirmar com total certeza de que, por Deus, Steve havia literalmente "acordado" da noite pro dia com um físico musculoso, extremamente forte e mais alto- bem mais alto. S/N, que antes era praticamente da mesma altura de Rogers, precisou erguer a sua cabeça quando encontrou-se com o homem pela primeira vez logo após seu aprimoramento; e se dissesse que Steve não havia ficado mil vezes mais atraente estaria mentindo.
Ela não importava-se com o físico de Rogers, na verdade; o que realmente importava era a sua personalidade inspiradora de sempre e o seu amor e apreço pela mulher. E S/N teve a total certeza de que ele continuava o mesmo homem bom e amoroso que sempre fora quando ele a tomou nos braços e a beijou quando ambos encontraram-se pela primeira vez após o aprimoramento de Steve.
Apesar de todas as circunstâncias- como as semanas em que ela e Steve precisavam ficar separados e o fato de que Rogers estava sempre rodeado por aquelas mulheres usando mini vestidos com a bandeira dos Estados Unidos de estampa-, S/N só conseguia sentir orgulho do homem que Steve havia se tornado. Era como se seu amor por ele se intensifica-se cada vez que eles precisavam ficar separados por tempo indeterminado e, embora S/N sofresse demais com isso, ainda assim ansiava e sonhava diversas vezes com momento em que ambos fossem se reencontrar novamente.
Toda vez era como da primeira vez. E toda vez Steve conseguia provar para S/N que era sim possível fazer com que alguém se apaixonasse pela mesma pessoa mais de uma vez.
- Está perdida, senhora?
S/N paralisou no mesmo instante ao ouvir o timbre firme e desconfiado da pessoa atrás de si, obrigando-a virar o seu corpo lentamente na direção da origem daquela voz. Mas quando seu olhar amedrontado cruzou-se com aqueles olhos azuis inconfundíveis ela socou-se mentalmente por não ter reconhecido aquela voz antes.
- Seu maldito.- ela falou, enquanto suas lágrimas salgadas misturavam-se com o seu riso contagiante.- Essa é a quinta vez que você quase me mata nos últimos três meses.
Steve riu, abrindo seus braços em frente ao corpo no mesmo instante em que S/N lançou-se contra ele, sendo recebida por um abraço caloroso de receptivo por parte de Rogers.
- Odeio você.- a mulher falou contra o peito do homem, tentando inutilmente controlar a sua voz chorosa.- Odeio você por ter me persuadido a aceitar que iria lutar na guerra. Odeio você por passar tanto tempo longe de mim.- ela apertou mais o corpo de Rogers contra o seu, tentando matar toda a saudade que ela sentiu do abraço caloroso de Steve.- E odeio você por ser tão... você.
- Você sabe que não sou eu quem decide quanto tempo preciso ficar fora, né?
- Eu sei. E também te odeio por isso.- S/N respondeu, sentindo o peito de Steve vibrar contra o seu rosto quando ele soltou uma risada abafada.
- E eu te amo por isso.- ele beijou os cabelos úmidos da mulher, fazendo-a perceber o quanto ela havia sentido falta do toque delicado do homem.
- Vocês conseguiram encontrar o Bucky?- S/N perguntou com certa ansiedade ao lembrar da última carta que Steve enviou para a mesma. Ele havia comentado que Barnes havia sumido no último combate ao qual fora enviado, o que deixou o coração da mulher em pedaços.
S/N nunca pensou que iria ter de ficar longe até de Bucky; era como se os dois homens mais importantes da vida da mulher foram arrancados dela sem mais nem menos, deixando-a totalmente desolada.
- Ainda não.- ele sussurrou em resposta, compartilhando o mesmo sentimento de tristeza perante ao paradeiro misterioso do melhor amigo.
S/N ergueu seu rosto banhado pelas suas lágrimas do peito de Steve, suspirando com pesar enquanto lamentava aquela notícia avassaladora.
- Por favor, Stevie, volte para casa...- ela sussurrou, encarando profundamente o homem.- Eu sinto tanto a sua falta.
- Mas e o Bucky?
- Você e o Bucky, venham para casa.- S/N se auto corrigiu, sentindo que mais lágrimas de tristeza estavam prestes a rolar pelas suas bochechas coradas mais uma vez.- Eu não aguento mais conviver dia após dia com o sentimento de que vocês dois podem... morrer a qualquer momento...- ela continuou, abaixando sua cabeça na direção do peito de Steve mais uma vez.- Eu só quero que todo esse pesadelo acabe e que vocês retornem para casa. Eu não...
Steve ergueu o queixo da mulher com uma das mãos e fez um leve carinho com os seus dedos na bochecha da mesma, fazendo-a relaxar perante àquele seu toque amoroso.
- Eu prometo que, quando tudo isso acabar...- ele sussurrou, sua voz soando como um calmante para todos os sentimentos angustiantes que S/N vinha sentindo desde que Steve começou a afastar-se dela involuntariamente.- Eu vou voltar para casa e nós vamos poder ficar juntos. Para sempre.
Mas o que S/N não sabia - porque Steve realmente não pretendia contar para a mulher sobre isso, talvez não agora-, era que, após o uso do soro, Rogers também teve o seu envelhecimento suspenso. Ou seja, S/N iria envelhecer e morrer quando chegasse a sua hora e Steve ia continuar vivo por sabe-se lá quanto tempo. Muitos anos a fio, talvez...
Só que sem a sua mulher amada ao seu lado.
- Como estão as coisas no Brooklyn?- Steve perguntou de modo divertido, tentando afastar da sua mente aqueles pensamentos tristes e deprimentes.- A lanchonete anda muito movimentada?
- Estamos em uma guerra, Stevie. O movimento reduz a cada dia...- S/N respondeu com pesar, suspirando.- Não sei quanto tempo ainda vou conseguir mantê-la em pé.
- Se eu pudesse ajudá-la em alguma coisa você sabe que eu não hesitaria em fazê-lo.- ele falou, deslizando sua mão do queixo de S/N até a sua mandíbula.
- Você já está ajudando esse país. Eu não poderia exigir mais nada de você.- ela respondeu com certo tom de orgulho na voz, fazendo com que Steve abrisse um sorriso de orelha a orelha.
Ele aproximou seu rosto do da mulher e fechou seus olhos com força, enquanto diversas lágrimas desciam pela pele sensível das suas bochechas e pescoço, expressando todos os sentimentos que Steve precisava esconder dentro do campo de batalha.
Mas ele não precisava escondê-los agora. Não na companhia de S/N.
Existiam tantas coisas das quais Steve queria conquistar ao lado de S/N naquele momento que era quase impossível de se descrever em palavras- ele simplesmente não podia fazer nenhuma delas. Pensar naquela mulher era a única coisa que ele conseguia fazer quando não estava lutando em um campo de batalha ou vestindo aquele traje desconfortável de Capitão América; se bem que, até nesses momentos, suas lembranças sempre remetiam-se a S/N. Amá-la era a única coisa que ele sabia fazer quando estava triste ou inconformado com o rumo que aquela guerra estava tomando; bastava um pensamento e Steve automaticamente esquecia-se de todo o caos a sua volta.
Bastava um encontro com S/N que Steve obtinha a total certeza de que ele precisava continuar a lutar. E se, no final de tudo ele finalmente fosse retornar para casa e descansar ao lado da sua mulher amada, Steve estava totalmente disposto a lutar com toda a sua força e valentia para vencer aquela maldita guerra.
- Será que posso receber um beijo de despedida?- Rogers quebrou o silêncio que se instalou entre ele e S/N, fazendo com que a mulher sorrisse na sua direção.
- Com toda a certeza.
Quando ambos selaram seus lábios em um beijo calmo e sentimental Steve quis entrar em um loop infinito com aquele momento. Ele não podia ter certeza se aquele seria o seu último beijo compartilhado com a mulher ou o primeiro de muitos; o soldado só tinha certeza de que, se S/N estivesse disposta a esperar pelo retorno de Steve, ele mesmo estava mais disposto do que nunca para honrar a América com o seu nome e voltar para os braços da sua mulher no final de tudo.
Embora isso talvez levasse mais algumas semanas e várias outras batalhas perdidas. Ou, quem sabe, algumas décadas...
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