TRÊS ANOS DEPOIS

- Sinto que faz uma eternidade desde que consegui tocar em você. - Jin murmura enquanto passa os lábios carnudos pela lateral do pescoço do marido e as mãos pela cintura dele. Namjoon passa as mãos pelos cabelos de Jin e o segura com força.

- Eu sei. - Namjoon suspira quando levanta os joelhos e aperta os quadris de Jin com eles. Jin geme contra o pescoço do marido e uma onda de arrepios toma conta de Namjoon. As mãos de Jin voam sobre a pele de companheiro antes de parar para brincar com o cós de sua cueca. - Não perca tempo. - Namjoon bufa.

- Eu quero levar o meu tempo. - Jin diz suavemente enquanto se afasta do pescoço de Namjoon e beija seus lábios suavemente.

- Não temos tempo. Namjoon insiste enquanto olha para o relógio. - Já são 5:15 da manhã.

- Certo, então devemos ter pelo menos meia hora. - Jin sorri quando seus dedos voltam a brincar no topo da cueca de Namjoon. Ele não provoca por muito tempo e rapidamente remove a barreira, em seguida, passa a mão grande em torno do pênis de seu parceiro. Namjoon joga a cabeça para trás e suspira de alívio e prazer.

Jin desliza pelo corpo de Namjoon e beija seu quadril antes de passar os lábios pelo seu pau.

- Porra, Oh!! - Namjoon respira.

Jin beija o lado do pau de Namjoon antes de finalmente abaixar a boca sobre ele, girando sua língua sobre cada ponto que ele consegue alcançar. Um pequeno grito faz os dois congelarem. Jin olha para Namjoon com o pau dele ainda na boca. A cena seria absolutamente cômica, mas a expectativa tensa mata qualquer habilidade de rir. Eles esperam um minuto, dois minutos e, no momento em que Jin abaixa os olhos para continuar, um choro enche o espaço silencioso do quarto.

Namjoon abaixa a cabeça para trás.

- Droga.

Jin o tira da boca com uma careta triste.

- Fique. Eu vou pegar ele.

- Você sabe que se ele acordou, ela acordará em seguida.

- Eu sei eu sei. - Jin diz enquanto rapidamente sai de Namjoon e pega sua calça de pijama e uma camiseta. - Mas você não está em condições de me ajudar. - Ele diz com um sorriso e um olhar para a ereção ainda ansiosa do marido. Ele se inclina e pressiona os lábios nos de Namjoon antes de sair correndo do quarto.

Namjoon sorri com carinho quando ouve Jin através do monitor de bebê.

- Ei, homenzinho, você acordou cedo. - Ele arrulha. - Shhhh, você tem que se acalmar ou vai acordar sua irmã e sabe que ela precisa dormir até pelo menos seis.

- Papa. - A pequena voz chora.

- Shhh, Woojin, papai está chegando. Papai está aqui.

- Ona. - Woojin choraminga, esfregando o rosto no peito de Jin.

- Yeona está dormindo, Woo. - Jin responde suavemente, balançando para frente e para trás enquanto balança o filho de quatorze meses. - Vamos lá, quer suco? - O menino balança a cabeça contra Jin quando suas mãos pequenas se agarram à camisa.

Jin se vira, ele mal sai do quarto quando ouve um pequeno.

- Papai.

Ele para, um sorriso gentil e carinhoso tocando em seus lábios. Ele se vira e entra no quarto novamente.

- Ei, doce bebê. - Yeona, irmã gêmea de Woojin, está de pé ao lado de seu berço, braços estendidos e mãos pequenas alcançando Jin.

- Ona! - Woojin sorri e se inclina para ela.

- Calma, calma. - Jin diz enquanto tenta fazer malabarismos com Woojin, enquanto desenvolve um plano para pegar Yeona.

- Preciso de uma mão? - A voz profunda de Namjoon soa atrás dele.

- Papa! - Woojin chama enquanto se contorce nos braços de Jin em uma tentativa desesperada de chegar a Namjoon.

Namjoon ri e agarra Woojin dos braços do marido.

- Vamos, Goober, vamos pegar um pouco de suco. Você pega Sunshine?

Jin passa a mão na cabeça de Yeona, afastando os cabelos do rosto.

- Sim, eu a peguei. Vamos, Sunshine, vamos mudar de roupa.

Namjoon nunca esquecerá o dia em que a agência de adoção os chamou. Graças a Deus eles estavam juntos porque no momento em que seu advogado disse a Jin que eles foram totalmente aprovados e que, se ele e Namjoon quisessem já poderiam adotar os gêmeos de três meses, Jin perdeu toda a capacidade de funcionar. Ele começou a soluçar incontrolavelmente e, trêmulo, estendeu o telefone para Namjoon com um aceno de cabeça. Namjoon não se saiu muito melhor, mas conseguiu marcar um dia e um horário para que eles conhecessem seus futuros bebês, e depois de quatro dias os levou para casa.

[...]

- Amor! Esta pronto? - Jungkook chama do pé da escada.

- Uh, sim. Sim. Aguarde um minuto. - Jungkook ouve Jimin remexendo no quarto deles. - Você ligou para a escola? Eles sabem que vamos buscá-la mais cedo?

- Sim, eles estão nos esperando. - Jungkook grita de volta. Jimin finalmente aparece. O mais novo sorri com carinho para ele. - Você está muito bonito.

Jimin suspira com os olhos arregalados.

- Bonito o suficiente para representar a foto na Assembléia Nacional?

Jungkook passa o braço em volta da cintura do marido.

- Absolutamente lindo. - Ele pressiona seus lábios firmemente na testa de Jimin. - Nossos pais nos encontrarão lá. Assim como Namjoon, Jin, os gêmeos, Hobi e Yoongi.

Jimin assente.

- Tudo bem então, vamos lá.

[...]

Jimin, Jungkook e Minji encontram todos na frente do prédio da Assembléia Nacional em Seul. Reunidos com abraços e conversas animadas, todos percebem que isso é real. Eles estão prestes a testemunhar um projeto de lei que tornará seus casamentos legais e totalmente reconhecidos.

- Não acredito que isso está realmente acontecendo. - Jin diz com um aceno de cabeça e olhos lacrimejantes.

- Eu sei. - Jimin concorda. Ele se vira para o pai. - Você fez muito para levar isso adiante. Eu apenas...

Hojun dá um breve aceno para ele e aperta seu ombro.

- Apenas falei com alguns amigos.

--Você é sempre tão humilde. - Chanri brinca e aperta a mão dele.

- Tio Jinnie! Posso carregar Yeona? - Minji pergunta com um sorriso. Jin não pode negar que seu coração canta com o fato de que, apesar de agora ter nove anos, ela ainda o chama de tio Jinnie.

- Eu não sei Minnie. Ela está ficando maior e pesada. Que tal eu levá-la para dentro, e ela sentar no seu colo quando estivermos na sala de espera? - Ele pergunta com um pequeno carinho no topo de sua cabeça quando ela alcança sua priminha, e começa a brincar alegremente com suas mãos pequenas.

- Tudo bem, tio Jinnie. - Ela diz antes de voltar sua atenção para Yeona. - Eu vou aconchegar você daqui a pouco. - Minji diz antes de fingir comer as mãos gordinhas dela, o que faz Yeona se contorcer e rir.

- Quando diremos a ela? - Jungkook sussurra para Jimin enquanto a assistem brincar com Yeona.

- Eu acho que hoje à noite seria bom. Já é um grande dia, então pode torná-lo enorme. - Jimin responde enquanto se inclina para o abraço de Jungkook.

- Vamos precisar de uma casa maior em breve. - Jungkook brinca.

Ele não espera que Jimin se vire para ele, seus olhos brilhantes e esperançosos.

- Sério?

- Se você quiser. Quero dizer, eu estaria aberto a mais...

Os olhos de Jimin se iluminam antes de desaparecerem por causa de suas bochechas rosadas e cheias quando sorri. Ele coloca as mãos em ambos os lados do rosto de Jungkook e o beija com firmeza.

- Eu quero três.

Jungkook passa o braço em volta da cintura de Jimin.

- São três.

[...]

O pequeno grupo de famílias; Jimin, Jungkook, Minji, Chanri, Hojun, Aesook, Jinho, Vovó Kim, Jin, Namjoon, os gêmeos Woojin e Yeona, e Hobi e Yoongi se instalam na sala de observação acima da câmara da Assembléia Nacional para assistir aos procedimentos. Minji abraça Yeona, brincando com ela enquanto seus pais mantém as mãos juntas, emoções apertando o peito.

É nesse espaço que eles assistirão ao projeto de lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo ser aprovado pela Assembléia Nacional e depois transmitidos ao Primeiro Ministro e aos membros do Conselho de Estado para serem assinados antes do Presidente assinar. O presidente acena com a cabeça em direção à sala de observação e a segurança pigarreia atrás do grupo.

- Me sigam.

- Aqui vamos nós. - Jimin sussurra.

Jimin, Jungkook e Minji seguem Hojun e Chanri. O resto da comitiva que veio com eles, ficam parados no fundo para assistir. O Presidente estende a mão, incentivando os cinco a avançar e sorri gentilmente. Com o presidente estar o chefe de justiça do Supremo Tribunal. A imprensa que está no fundo da sala tira fotos freneticamente e transmitem ao vivo os procedimentos. Enormes multidões estejam reunidas do lado de fora, um mar de arco-íris e altos aplausos comemorativos e gritos ouvidos por quarteirões. A oposição ainda esta de pé, mas muito pouco podem fazer para abafar os espíritos daqueles que tiveram que permanecer escondidos por muito tempo e que agora podem ficar orgulhosos juntos daqueles com quem juraram suas vidas. Um dia que entrará na história. Jimin não acha que eles merecem uma honra estar na vanguarda de um momento, mas isso havia sido insistido.

- Almirante e Sra. Park, Sr. e Sr. Jeon. Que honra estar diante de você. Essa lei demorou muito tempo e só veio porque vocês, entre inúmeros outros corajosos cidadãos coreanos, lutaram por ela. Admito que a posição do Almirante Park foi o que abriu as portas para discussões mais profundas neste fórum, e sou grato por isso. Este projeto de lei não fará magicamente as dificuldades desaparecerem em casamentos do mesmo sexo ou não tradicionais, como tenho certeza de que você está ciente. - Jimin e Jungkook assentem. - Mas é um passo na direção certa. É incorreto acreditar apenas que normas sociais criam leis; também devemos reconhecer que leis criam e moldam normas sociais. É nossa esperança como nação que esta lei ajude a remodelar nossas normas sociais, e nossa capacidade de abraçar e amar as pessoas diferentes de nós. Esta é a minha honra.

O presidente então pega a caneta oferecida a ele, assina seu nome com um grande floreio e segura-o para a imprensa. Então, os cinco convidados são organizados ao redor dele para a enxurrada de flashes que os cercam. As coisas se acalmam e o Presidente volta-se para Jimin e Jungkook.

- Antes de vocês irem, eu gostaria de lhe oferecer o Chefe de Justiça, para que o seu casamento seja o primeiro casamento legal do mesmo sexo na República da Coréia do Sul.

Jimin olha para Jungkook, que parece absolutamente encantado.

- Sim, Senhor, é claro, ficaremos honrados. - Jungkook se apressa em dizer.

- Vamos precisar de duas testemunhas para assinar também. - O Chefe de Justiça diz com uma voz profunda e grave, desgastada por muitos anos falando longamente em casos que moldaram e mudaram a Coréia do Sul. Jimin e Jungkook voltaram-se para sua comitiva de apoio e dão um breve aceno para seus melhores amigos.

- Acho que não podemos decidir entre os quatro. - Jimin murmura.

- Pedra, Papel, Tesoura? - Jungkook sussurra.

- No meio da Assembléia Nacional? Não. - Ele repreende. Embora Jungkook possa dizer que ele está dando uma risadinha.

- Nós já fizemos pedra, papel, tesoura no caminho. - Jin diz baixinho enquanto se aproxima de Jimin. - Será Namjoon e Hoseok.

- Vocês são muitos gênios. - Jimin diz com um sorriso.

Jin e Yoongi ficam ao lado de Hojun e Chanri, enquanto Jimin, Jungkook, Minji, Namjoon e Hoseok permanecem com O Presidente e o Chefe de Justiça.

E é alí, na frente de todos os membros da Assembléia Nacional, da imprensa, da multidão do lado de fora assistindo e de milhões de cidadãos da República da Coréia do Sul que ligam as televisões, smartphones, telas públicas e computadores, que Jimin e Jungkook mais uma vez declaram seu amor incondicional e eterno um pelo outro, juram suas vidas um pelo outro e selam as promessas com a conexão de seus lábios. O Chefe de Justiça assina o decreto de casamento e entrega a eles com um aperto de mão firme e um sorriso suave.

[...]

- Então, vocês são o 'primeiro casal gay' oficial da Coréia? Tipo, a primeira-dama da Casa Branca nos EUA? - Yoongi provoca quando eles finalmente saem do prédio da Assembléia.

Jungkook olha para Jimin com um sorriso atrevido e pisca.

- Nós samos.

Eles correm para os carros estacionados na parte de trás do prédio, não querendo arriscar a segurança de ninguém deixando-os na frente. Embora a maioria seja provavelmente apoiadores amigáveis, eles não querem que as multidões assustem os gêmeos e não querem arriscar a chance de haver algum fanático desequilibrado que deseje acabar com sua frustração neles.

- Querida. - Jimin começa quando ele, Jungkook e Minji rastejam na parte de trás de um dos carros da família Jeon. - Papai e eu queríamos conversar com você sobre algo antes de chegarmos ao hotel.

- Ok papai. - Minji diz enquanto tenta deslizar o fecho do colar de volta para trás do pescoço, a luz do sol brilhando nos diamantes rosa em sua flores de cerejeira.

- Você gosta de ficar com Yeona e Woojin, certo? - Jungkook pergunta.

O rosto de Minji se ilumina com um sorriso instantâneo, os olhos brilhando de alegria.

- Eles são tão fofos. Adoro eles.

Jimin encontra os olhos de Jungkook e engole em seco antes de soltar um longo suspiro.

- Eu sei que já faz um tempo desde que conversamos sobre isso, mas você se lembra do tio Jinnie e tio Joonie, essas coisas levam tempo...

Os olhos de Minji se arregalam quando passam entre seus pais. Sua boca se abre lentamente.

- Papai. - Ela sussurra.

Jimin pega seu telefone e vira-o para Minji.

- Recebemos a notícia há dois dias, Minnie. Esta é Areum.

Os olhos de Minji brilham e ela funga enquanto luta contra as lágrimas.

- Papai, ela é linda. - Ela para por um momento. - Ela é nossa? - Sua voz é baixa, hesitante.

Jungkook aperta o joelho de Jimin, seu próprio olhar aguado enquanto observa a filha se apaixonar por sua irmã mais nova.

- Queríamos que você fosse a primeira a saber, Pequenucha. - Jungkook diz.

Minji, com relutância, desvia os olhos do telefone de Jimin.

- Quando a trazemos para casa?

Jimin sorri brilhantemente, aliviado por Minji estar tão animada. Faz tanto tempo desde que eles falaram sobre tentar adotar que ele se preocupou com o fato dela ter renunciado a ser filha única.

- Bem, isso depende. Quantas compras você acha que podemos fazer em um dia? - Ele ri. - Ainda tenho coisas de quando você era bebê, mas precisamos comprar coisas como fraldas, mamadeiras, berçário, roupas, brinquedos, cobertores.

O rosto de Minji fica sério.

- Vamos agora.

Jungkook ri ao lado de Jimin.

- Devemos jantar com todo mundo no hotel da Grammy e do vovô.

- Seu hotel, pai. - Minji declara.

- Detalhes. - Jungkook diz. - O ponto permanece.

- Mas vamos ter um bebê, pai! Precisamos ir às compras agora.

Jimin estende a mão e segura as mãos de Minji.

- Nós iremos imediatamente depois do jantar. Prometo. - Ele garante e Minji bufa. - Não devemos contar a todo mundo?

- Eu suponho que sim. - Ela murmura.

[...]

A mesa está cheia de conversas e risadas, o espaço preenchido com uma sensação avassaladora de família e lar.

- Vamos comer a sobremesa? - Jin pede para uma rodada de acordos.

- Não! - Minji grita, fazendo com que todos parem e olhem para ela.

- Desde quando você não quer sobremesa Minnie? - Hobi pergunta. - Você ama o cheesecake daqui.

- Desde hoje. Pai Kookie, papai e eu precisamos ir às compras. Papai disse que poderíamos ir depois do jantar. - Minji estreita os olhos e Jimin se apressa para acalmá-la.

- Querida, ainda vamos...

- Compras? O que é tão importante que você precisa ir hoje à noite? - Chanri pergunta com uma risada leve.

Antes que Jimin ou Jungkook possam fazê-la parar, Minji deixa escapar:

- Precisamos comprar as coisas hoje à noite para que o bebê possa vim para casa imediatamente.

A mesa cai em um silêncio ansioso e excitado. Vovó Kim é a alma corajosa a falar primeiro.

- Jungkookie? Jimin? Um bebê? - Seu olhar passa entre os dois, Jimin morde o lábio quando o lábio de Jungkook se curva. - Você está adotando um bebê?!

- O nome dela é Areum. - Minji intervém rapidamente. - Papai mostra a foto para bisvovó!

Em um instante, o silêncio ansioso explode em excitação e parabéns infinitas.

- Oh querido, ela é absolutamente linda! - Chanri jorra ao aceitar o telefone da vovó Kim.

- Quando vamos conhecê-la? - Jin pergunta, olhando para o telefone enquanto Namjoon o segura um pouco além do alcance de Woojin.

- Bem, precisamos arrumar tudo para ela...

- É por isso que precisamos ir às compras. - Minji interrompe, frustração pintando cada palavra.

Jungkook acaricia sua nuca.

- Nós podemos buscá-la depois de amanhã, mas gostaríamos realmente de algum tempo para nos acomodar com ela antes de encher a casa de visitantes. - Jungkook diz.

- Ah sim, claro. - Aesook se apressa em dizer. - É importante que vocês três se relacionem com ela o máximo que puderem imediatamente. Você acabou de nos informar e teremos o cuidado de chegar lá.

- Bem, não vamos atrapalhar você então. - Jinho diz com uma risada. - É melhor você levar a Minnie aqui e fazer suas compras!

- Ugh, finalmente! - Minji bufa, colocando o guardanapo sobre o prato e se arrastando para fora da cadeira.

Jungkook ri enquanto se levanta.

- Ela está um pouco animada.

- Você não pode culpá-la. - Yoongi diz. Ele vai até Jungkook e o puxa para um abraço apertado. - Estou tão feliz por você, garoto.

- Você e Hobi são os próximos? - Jungkook brinca.

Yoongi olha para Hoseok e sorri com carinho.

- Não. Nós temos o Ziggy. Estamos bem. É bom poder estragar os bebês, mas depois devolvê-los.

- Por isso, o tio Yoon e o tio Hobi são os seus favoritos. - Jimin ri e chega ao par.

- Argh, podemos ir logo!? - Minji geme ao lado de Jimin.

- Vá, vá. - Hobi diz com um movimento amplo de suas mãos. - Nós não estamos ofendidos. Deixe-nos saber se você precisar de alguma coisa.

- Claro. - Jimin promete. Todos se apressam para se despedir, compartilhar abraços e correm para fazer as compras da noite.

[...]

Jungkook está no meio quarto, perto do berçário com tema de elefante cinza e azul-petróleo de Areum. Suas mãos, umedecidas de suor, tremem levemente. Em questão de horas, este quarto não ficará mais sem um bebê. Ela estará em casa. Com eles. Em menos de cinco anos, Jungkook havia passado de um jovem sem muita direção, para um homem apaixonado disposto a fazer qualquer coisa para fazer seu relacionamento funcionar, para um pai, um marido e um empresário de sucesso no processo de assumir o controle não apenas dos hotéis Jeon, mas também a administração dos quatro dojangs de Jimin. Ele fez bem ao entrar, mas Minji, Jimin já havia feito a maior parte do trabalho duro que ele supunha. Mas agora... agora ele está começando desde o início. A doce Areum tem apenas duas semanas e meia de idade. Ele está muito animado, porém não pode negar o profundo medo preso em seu estômago, alcançando cada centímetro de seu corpo.

- Meu amor. - A voz suave de Jimin soa enquanto seus braços envolvem a cintura de Jungkook. - Você não tem nada com que se preocupar. Nós vamos ficar bem. Você vai ser um pai maravilhoso, você já é.

Jungkook balança a cabeça.

- Eu tenho.. ela é tão pequena, Jimin.

Jimin contorna Jungkook e acaricia seu rosto, trazendo seu olhar para seus olhos.

- Eu vou te ensinar. Você sabe que eu nunca vou deixar você falhar, Koo. - Jungkook dá um aceno inseguro. - Eu prometo. Você e eu, Kook, nunca pararemos de tentar, certo? Esta é apenas uma nova aventura. - Jungkook lambe o lábio inferior e dá um aceno firme. - Tudo bem então. Minji vai nos matar se não estivermos lá embaixo nos próximos trinta segundos.

- OK. - Jungkook diz através de uma respiração profunda. - Vamos pegar nosso bebê. - Sua garganta se aperta, mas ele força as lágrimas a voltar.

Jimin lembra-se dos sentimentos de terror, ansiedade e amor quando Minji veio ao mundo e, quando para no lobby da agência de adoção com Jungkook e Minji, é dominado por um conjunto de emoções completamente diferente. Enquanto a ansiedade leve ainda esteja lá, ele não está aterrorizado, ele não está tão inseguro. Ele está excitado, tomado de alegria por poder compartilhar a experiência com o homem que roubou seu coração com sorrisos de coelho e olhos de corça. Ele achava que não havia espaço para mais ninguém em seu coração quando Minji se enraizou lá, mas Jungkook provou que ele estava errado. Jimin não dividiu seu amor por Minji, não, em vez disso, o coração dele cresceu para acomodar os dois. E agora, enquanto eles estão de mãos dadas esperando o elevador, ele sente seu coração crescer mais uma vez, abrindo espaço para o bebê querido cinco andares acima.

Ele olha para Jungkook e vê facilmente o desconforto e a preocupação em seus olhos arregalados. Jimin aperta sua mão duas vezes para chamar sua atenção. Jungkook olha e Jimin murmura 'eu te amo'. Jungkook dá um sorriso nervoso de volta antes de entrarem no elevador. Minji aperta o botão do quinto andar. Jimin se inclina mais perto para sussurrar no ouvido de Jungkook.

- Você tem tanto amor em seu coração, Koo. Areum tem muita sorte de ter você como seu pai.

Jungkook engole em seco.

- Pare. Ou vou chorar. - Ele implora, com a voz embargada.

Eles saem do elevador para encontrar a agente Jisoo, que tem um sorriso encantado no rosto.

- Jimin, Jungkook! Bom dia, Minji.

- Onde está Areum!? - Minji pergunta.

Jisoo ri levemente.

- Alguém está animada. - Ela pisca para Jimin e Jungkook. - Ela está esperando por vocês. Por aqui. - Ela faz sinal para que a sigam. - Temos nosso fotógrafo esperando por vocês também. Adoramos documentar o primeiro encontro de todos.

- Isso é... realmente perfeito. - Jungkook diz. - Obrigado.

Eles se aproximam das enormes janelas e portas de vidro que os levarão à creche da agência. Jimin e Jungkook param uma última vez antes de seguir pela porta aberta. Este é o último momento deles, apenas os três, uma vez além do limiar, serão quatro.

A sala está cheia de crianças e adultos, brincando, lendo, dormindo, comendo. Todas agitados e com muita energia.

- Ela está bem aqui. - Jisoo diz suavemente. Eles dobram uma esquina em um espaço mais calmo, um punhado de berçário com bebês dormindo os cumprimenta. Jungkook aperta ainda mais a mão de Jimin.

Jimin, Jungkook e Minji seguem Jisoo até um dos berços onde Areum está dormindo, seu pequeno dedo chupado por seus lábios carnudos e rosados. Minji ofega ao lado deles e Jimin ouve um pequeno soluço estrangulado ser engolido por Jungkook. Jimin respira fundo, tentando manter a compostura.

- Esta é Areum. - Jisoo diz enquanto gentilmente pega Areum e a vira para Jimin.

Jimin estende as mãos e suspira quando o pacote macio e quente é colocado em seus braços. Ele e Jungkook a encaram, olhos arregalados e brilhantes. Jimin a levanta mais alto e abaixa o rosto. Ele aninha-se contra sua pele perfeitamente lisa e respira seu perfume suave de loção de bebê. Ela se contorce levemente e chia um pouco e o coração de Jimin se aperta. Ele sente a palma da mão de Jungkook descansando na parte de baixo das costas, enquanto a outra traça suavemente a mão pequena de Areum.

- Ela é perfeita. - Jungkook sussurra.

- Aqui. - Jimin sussurra e se vira, fazendo um gesto para uma cadeira grande e estofada. - Sente.

Jungkook assente em silêncio enquanto se senta trêmulo, preocupado que não seja capaz de manter Areum firme se tentar ficar de pé. O fotógrafo da agência continua a ficar a uma distância respeitosa. Minji rapidamente se arrasta para o braço da poltrona estofada e vê Jimin transferir gentilmente Areum de seu abraço para Jungkook.

No momento em que a pequena menina é aninhada em seu braço, Jungkook sente seu coração explodir. Ele engasga com um soluço enquanto se curva sobre ela, beijando sua testa enquanto as lágrimas escorrem de seus olhos, pelas bochechas. Ele gentilmente as enxuga enquanto sussurra contra ela e chora.

- Oh, doce menina, nós esperamos tanto tempo por você. Oh, você é tão linda, tão perfeita. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. - Ele olha para Jimin e chora ainda mais. - Eu acho que nunca... tive a chance...

Jimin passa as mãos pelos cabelos de Jungkook, lembrando a noite em que Minji havia lhe dado sua pulseira 'papai número 1', e ele estava muito emocionado pelo amor e felicidade.

- Shhh, querido, eu sei.

Os olhos de Jungkook se fixam em Jimin enquanto ele iguala a respiração e lágrimas quentes continuam escorrendo pelo rosto.

- Você me deu tudo Jimin. Tudo o que eu poderia... eu poderia querer.

- Como você fez para mim, Kookie. Eu te amo muito.

Minji desliza um pouco e envolve-se em torno de Jungkook enquanto olha para Areum. Os ombros de Jungkook tremem quando ele é dominado por seus soluços, é demais, segurando Areum enquanto Minji o segura. Ele vira a cabeça e ela se aninha contra ele antes de beijar sua bochecha.

- Você quer abraçá-la, Pequenucha? - Ele pergunta, sua voz grossa com o turbilhão de emoções em seu peito.

- Sim, por favor. - Minji responde suavemente.

Jungkook fica de pé, segurando Areum perto de seu peito e faz um sinal para Minji tomar seu lugar na cadeira. Ela se senta ereta e aguarda sua irmãzinha. Ela morde o lábio contra um sorriso. Jimin senta-se no braço da cadeira ao lado da sua filha e observa Jungkook colocar Areum nos braços de Minji antes de se sentar no outro braço da cadeira. Minij passa os dedos pela lateral da bochecha macia de Areum. Seus olhos se arregalam quando os pequenos olhos de Areum se abrem e olha para ela. Um pequeno suspiro passa pelos lábios de Minji quando a mão pequena de Areum aperta o dedo dela.

- Oi Pequenina. - Minji fala. - Eu sou sua irmã mais velha, Minji. Estes são nossos pais. - Ela olhou para Jungkook: - Este é o pai Kookie. - E então ela olha para Jimin. - E este é o papai Jimin. - Areum leva o punho, ainda segurando o dedo de Minji, de volta à boca e chupa. - Nós vamos te amar muito. - Ela promete.

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FIM ☾ ◌ ○ °•
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Vocês gostaram da história?
Eu amei tanto ela, por isso tive a alegria e o prazer de traduzi-la aqui. Algo tão lindo merece ser apreciado em todos os idiomas.

I thank Ninjava for allowing the translation.

Obrigada a todos que leram e votaram. Beijos no coraçãozinho de vocês.

VEJA O PRÓXIMO CAPÍTULO PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE OUTRAS HISTÓRIAS>>>