Luís Gustavo

luizgustavo05

Tudo começou com um diário e um adolescente comum, que precisava se expressar, hoje um homem maduro e expressivo que gentilmente aceitou dividir conosco suas opiniões e sua vida pessoal!!!

Apresento a vocês o escritor de "Sobre o Amor"!! Essa história cativante onde encontrarás tudo sobre todos os amores.

Nome:

Luiz Gustavo. Gustavo. Gu!

Idade:

Eu tenho 35.

Cidade Natal:

Feira de Santana, Bahia. Pra quem não conhece, fica a 100 km de Salvador.

Cidade onde mora: Camaçari... Salvador... Feira de Santana... Eu, na verdade, moro no carro, e nós dois estamos na maior parte do tempo nestes lugares...

Defina-se em uma frase:

Em três frases:

"E que fique muito mal explicado;

Não faço força pra ser entendido;

Quem faz sentido é soldado"

É do Mário Quintana.

O que os leitores podem esperar de "Sobre o amor"?

Ah... Puro sentimento! Sentimento, sentimento...

Nas primeiras linhas do livro, eu faço a quem tá chegando uma pequena advertência: "são escritos bestas, dos quais eu nunca tive coragem de abrir pra ninguém, e vou mandar pro universo, com erro, sem nexo, atrativo, e que toque a quem tem que tocar..." na verdade, é um pouco mais do que isso, tá? Rsrs. Eu peguei o meu diário e abri a história da minha vida, sim; mas, estruturei em forma de livro, então... tem um desenvolvimento narrativo, uma "cara" de romance.

Bom, no fim das contas, trata-se da história de uma pessoa comum, que vivia uma vida até certo ponto comum, e que aos poucos vai vendo tudo virar de cabeça pra baixo, se vê em situações completamente inesperadas, ao mesmo tempo em que descobre a paixão por outro homem... e de como essa pessoa reagiu (nem sempre bem) a tudo isso.

Então, o que os leitores podem esperar é uma história forte, intensa, de descobertas, sofrimento, mas também de muita amizade, amor, risos e luta.

O Wattpad já trouxe prêmios, amizades e muitas coisas boas para os autores, devido às suas excelentes obras. O que ela lhe trouxe?

Pra mim, que vim do Orkut, a melhor coisa do Wattpad é a interação. Essa coisa de a gente poder seguir e ser seguido, como numa rede social, acompanhar as atividades, e o melhor de tudo: os leitores comentarem a cada parágrafo! Além disso, a gente pode se falar no inbox, então, o feedback que eu recebo dos leitores é massa! Às vezes tem uma mensagenzinha lá: "poxa, eu acabei de ler tal capítulo e aquilo me tocou tanto", ou então "gente, aquilo sou eu"... Isso pra mim foi o que de melhor o Wattpad me trouxe, essa aproximação. Isso sem falar nas amizades que fiz aqui...

Além de romance, em qual categoria a sua obra se encaixaria?

Tem tanta coisa ali, misturada, ao mesmo tempo, e pra mim que sou libriano, então... porra! Fica difícil escolher, hahahaha! Descoberta; Drama; Comédia; Biografia; LGBT.

Quais são as vantagens e as desvantagens de possuir livros no Wattpad?

Assim... eu não sou escritor profissional, então acho que não tenho vivência pra responder essa pergunta. Eu, de onde estou, só vejo vantagens, até então: poder publicar suas histórias, interagir...

Os bugs que ele dá às vezes eu até já abstraí, hoje eu dou risada, rsrs.

O que você acha de plágio no Wattpad?

Velho, é um crime e é uma conduta horrível de quem faz. Não é um problema exclusivo do Wattpad, eu imagino, embora já soube de cada caso aqui, que nossa... Mas fico pensando na dedicação do autor para criar; costurar uma história, enriquecê-la, trazer algo bom e novo pra o mundo... e mais: no trabalho que dá materializar isso, digo por que é extenuante, gente, ficar horas em frente a um computador, escrevendo, revisando, pensando no melhor jeito de fazer cada pedaço... Aí, no final, vem uma pessoa que não teve o menor esforço e rouba tudo isso de você! Não... inadmissível.

Se você plagiador, acha que assim vai pra a frente na vida, tá enganado! Pode até por um tempo ganhar notoriedade nas costas do trabalho de outro, mas, a Vida não recompensa quem age assim. Se o teu talento não é esse, você com certeza têm outros, só olhar pra dentro e se reconhecer, tá? Faz isso não, bicho...

Como leitor, o que te atrai numa história?

Tenho sede de novidade. Gosto de coisas que me tragam algo novo, mesmo que seja uma nova visão de um assunto muito pisado, ou um jeito diferente de contar uma história considerada clichê.

Não curto muito histórias que ofendam a minha inteligência também, sabe, aquelas coisas forçadas, difíceis de acreditar (a pessoa cai de um avião e não morre, por exemplo, kkkk! sem que seja fantasia, claro...).

E eu curto um negócio bem escrito. A história ainda é mais importante! Mas, não tendo aqueles erros ortográficos gritantes (porque os menores todo mundo comete, né?), com as pontuaçõezinhas no lugar, a fluidez do texto... é um plus.

Você acredita em romances sem histórias tristes?

Acho que na maioria dos romances tem um momento em que isso ocorra, assim como a alegria, a raiva e todos aqueles sentimentos que nos cercam na vida real. Mas, sim, acredito em romances sem tristeza! A tristeza não é item obrigatório para uma história boa.

Olá Luiz querido! O livro "Sobre o Amor" é uma história autobiográfica. Como iniciou a sua obra? (@paulacristina30)

Vixe, tu não sabe como eu sou tagarela, gata... eu não sei contar nada resumido... bom, vamo lá, pega a pipoca e senta aí:

Láaaa pelos meus 17, eu tava perdidamente apaixonado por uma vizinha minha, que sofria na mão do pai, o cara era meio violento, e tal. Eu era muito fechado, e não tinha como conversar com ninguém sobre aquilo. Era seco, pequenininho, banguela, a visão do cão; se eu fosse falar que tava apaixonado pela vizinha linda, kkkk, ô Pai, a pessoa ia ter um treco de rir. Pronto, aí comecei a escrever num caderninho. Eta, saía cada coisa... mas era o jeito que eu tinha de desabafar. Foi virando um diário.

Um dia, eu já tava na faculdade, pegaram uma das minhas anotações no estágio, e foi muito ruim. Me senti invadido, os caras riam das besteiras que tinha lá. Fiquei um tempão sem escrever, joguei tudo fora, mas algum tempo depois eu criei uma pasta no meu computador e pronto. Tudo meu tava lá: o que acontecia na minha vida, algumas letras de música, poemas, pensamentos soltos... Esse costume perdura até hoje. O nome da pasta no meu notebook é "Anotações". Hahaha.

Na época que eu me dei conta que também era gay, um colega me mostrou algumas comunidades do Orkut de meninos e meninas que partilhavam essas dúvidas, essas descobertas; contavam suas histórias, suas experiências. Tinha a "Será que ele curte?", ou "Contos Eróticos Gays", e outras também, mas a essência era: quero contar como estou me descobrindo, ou tô na dúvida em relação a um amigo meu que eu tô gostando, e o pessoal participava, dando pitaco, enfim... todo mundo se ajudando. Na época me ajudou muito. Vi que eu não tava só naquilo tudo.

Depois de um tempo esse colega meu me falou: "pô, imagine se tu postasse aqui as loucura da tua vida, puta que pariu, essa galera ia surtar, kkkk!" Ele conhecia a história toda, né, as confusões que aconteceram entre mim e um "hetero" complicadíssimo... Bom, na hora dei risada, mas aquilo ficou na minha cabeça.

Na terça de carnaval de 2014, eu tava numa bad do caralho, peguei o notebook e comecei a escrever algo pra me apresentar. Depois li tudo e falei: "pff, que cocô...", e deixei lá. Meses depois, em junho, tomei coragem, escrevi qualquer coisa e postei correndo, pra não desistir. A galera foi colando, pedindo pra contar mais, enfim. Começaram os shippes. Eu ia organizando as coisas do diário e contando, até que... o Orkut acabou. O pessoal da comu ainda criou um fórum e migramos algumas histórias pra lá, mas em 2015 eu me dispersei e meio que parei de contar, as postagens ficaram muito espaçadas. Mas a vontade de concluir continuava, e aí eu conheci o Wattpad. As postagens viraram esse livro.

Como você conheceu a Wattpad e porque decidiu postar nesta plataforma? (@paulacristina30)

Quando o Orkut acabou, o pessoal da comunidade começou a pesquisar outros jeitos de a gente continuar junto. Criaram o fórum, sugeriram o Wattpad e o Grupia. Fiz minha inscrição nos três sites, mas deixei o Wattpad de lado e fiquei apenas com os outros dois. O Grupia acabou e a minha vida foi ficando complicada, as postagens ficaram raras.

Em abril desse ano, eu tava de férias e resolvi olhar meu perfil do Wattpad. Deu aquele frio na barriga de novo, comecei a ler uns livros, tinha muita coisa do Orkut lá... Pronto, fiz que nem da outra vez: taquei seis capítulos e fiquei esperando.

Ninguém leu porra nenhuma.

Aí um dia uma leitora me mandou um inbox, dizendo que tava adorando a história e quando é que eu ia postar, haha, aí continuei e decidi desencanar dessa coisa de visualizações. "Toque quem tiver que tocar", me lembrei da minha própria promessa. Mas o plano era só postar o que eu tinha pronto, que eram 30 capítulos, contando assim uma parte da minha vida.

Mas, um dia, decidi que não era hora de acabar, e aí desisti de desistir (libriano). E aqui estamos.

Qual o livro que você leu e te marcou? (@paulacristina30)

Olha, dos muitos livros físicos que eu já li, o que mais me marcou foi "Os Maias", de Eça de Queirós. Ele pertence à escola realista, por conta da crítica social que de fato é forte nos livros dele, mas, pô... eu nunca li um autor que descrevesse os nossos sentimentos de uma forma tão real, tão detalhada e profunda... Me apaixonei, e já li três vezes.

No Orkut, eu li dois relatos que me prenderam muito, o "Preciso Entender", do André, e "O Namorado da Minha Amiga", do Cláudio. Aqui no Wattpad, eu tenho uma relação especial com o "Insônia", do Rafael Segredo. Que história, boa, que escrita elegante!

Vixe, você perguntou só um... Ah, eu tenho dificuldade com escolhas, hahaha!

Qual a sua maior dificuldade na hora de escrever? (@paulacristina30)

A minha maior dificuldade é ter tempo pra escrever! A minha vida é muito corrida, pego estrada quase todos os dias, inclusive final de semana, e aí, chego em casa tarde, só o bagaço. Aí fico tentando encaixar a escrita nos intervalos de almoço, antes de dormir (já teve casos de cair em cima do notebook SIM), e aos domingos, assim, quando a casa tá tranquila. Quando eu pego pra valer, aí, vou embora...

Como você lida com as críticas, sugestões ou elogios? (@paulacristina30)

Com as críticas, eu reajo bem, com os elogios não.

Quando eu recebo uma crítica negativa, ou sugestão, seja por meio dos comentários, ou mesmo pelo inbox, eu leio bastante (depois daquele sustinho), suspiro e vou buscar a validade dela, e sempre cresço no final do processo. Eu gosto quando elas vêm, porque sempre me traz uma visão nova, algo que eu não tinha percebido, e também significa que de alguma forma o que eu escrevi tocou a pessoa, não a deixou incólume, indiferente. Isso é bom.

Mas os elogios... me tiram o equilíbrio. Fico dando risada à toa, abestalhado, lendo toda hora, me sentido um Shakespeare ou Oscar Wilde, a pessoa mais foda do mundo. Olho no Decolar se dá pra pegar um avião e ir encontrar o leitor, dar um beijo nele e voltar. Isso não é normal. Kkk. Auto estima baixa, gente. Tá na fila pra tratar na terapia.

Enquanto escreve, você gosta de pedir conselhos a alguém para que possa usar no seu livro? (@BrunoJovovich)

No início, quando eu ainda tava muito inseguro, eu pedia conselhos ao meu amigo Edu, que inclusive conhecia a história toda. "como tu acha que eu devo contar isso?" "será que eu conto aquilo?", e tal. Até que ele falou: "bicho, conta a tua porra do jeito que tu acha que deve, porque é o jeito melhor, com certeza, e pra mim como leitor não vai ficar sem graça". De fato, ele tinha razão. Hoje, só uso minha cabeça mesmo, rss.

Para você, qual a melhor forma de se concentrar na escrita, em total silêncio ou com uma música de fundo? (@BrunoJovovich)

Música, sempre. Como eu trabalho muito com memórias, eu gosto de ouvir as músicas que eu ouvia na época, como por exemplo, Red Hot (que o Murilo amava), Vanessa da Matta e fundamentalmente Amy Winehouse (o CD Back to Black foi fundamental para escrever a Parte I).

Como é para você reviver tudo que passou através da escrita? (FlaviaF4mily)

No geral, tá sendo fantástico, mas quando eu comecei, eu não imaginava que isso iria mexer tanto comigo, que iria me mudar como está me mudando. Pensei que seria apenas "legal" contar pra a galera, e só. Mas, nossa... precisei de acompanhamento com a minha terapeuta em alguns momentos, pra poder continuar... Pra quem já leu sabe do que eu tô falando, não foi fácil pra mim reviver e contar em detalhes certos acontecimentos ruins da minha vida, e até os felizes também, porque a saudade apertava... Algumas pessoas não fazem mais parte da minha vida hoje, teve gente que já se foi, então, doía mesmo tocar nisso.

Mas o que mais mexeu mesmo foi contar os meus erros, as vezes em que eu não agi direito, pisei na bola... E isso é a parte mais importante: contar tudo sem me esconder ou aliviar as minhas merdas, entender porque errei, me perdoar e prometer a mim mesmo agir diferente, se possível.

Você em algum momento se preocupou com a exposição da sua imagem, ao divulgar a sua história de vida? (FlaviaF4mily)

Sim! Inclusive foi uma das coisas que me travaram no início. Mas não tanto quanto me preocupei com a exposição das pessoas que estão no livro, e que não pediram ou deram autorização para terem as suas histórias expostas. O Murilo, a Drica, o Jimmy, por exemplo... Eu, de alguma forma escolhi divulgar a minha história, mas e as pessoas que fazem parte dela? Então, de fato isso foi algo que me deixou um pouco reticente.

Hoje eu tô um pouco mais desencanado disso, mas na época do Orkut tinha gente que pesquisava mesmo, rss. Peço aos leitores, inclusive, que deixem isso de lado e foquem na história, que é o mais importante.

Como um craque dos números apaixonou-se pelas letras? Áreas opostas né? (FlaviaF4mily)

Ah... pra mim é tudo uma poesia só. Tem coisa mais bonita do que uma equação bem resolvidinha, tudo no lugar, chegando a um resultado? Ou uma planilha que bate tudo certinho? É igual a um soneto... rss. A matemática, pra mim, explica o mundo, os fenômenos da natureza, e as letras... também! E, além disso, embelezam...

A minha mãe e a minha vó são professoras de formação, e são loucas por leitura. Nunca forçaram a gente a ler nada, mas como eu as via sempre lendo com tanto prazer às coisas, minha mãe principalmente, naturalmente me bateu a curiosidade. Comecei pelos livros da série Vaga-Lume, quando criança (quem é velho conhece kkk). Amava aquelas histórias.

Quando eu tinha treze anos meu tio Mauro comprou de presente de aniversário pra minha prima uma coleção de livros de Sidney Sheldon. A minha tia pirou: "tá louco? Como você dá isso pra uma menina de quinze anos?" Lá foi o meu tio comprar algo mais juvenil... e a caixa de livros ficou lá, de lado, no quarto deles.

Um dia, peguei "Se Houver Amanhã" e devorei a história daquela ladra super inteligente, e depois peguei o outro, e o outro, e no final de dois anos já tinha lido a coleção toda, os doze livros. Pronto, aí não parei mais. Hoje tenho um quarto só pra guardar livros físicos.

Aaah, e tinha uma professora de português da minha adolescência também que era tão apaixonada pela língua portuguesa que me contagiou. Pró Lucia!

Você deve continuar com uma rotina pesada. Como você equaciona esse tempo para postar os capítulos e responder aos comentários? Já pensou em desistir? (FlaviaF4mily)

Amiga, eu gostaria muito de dizer que eu sou uma pessoa organizada, que reservo tempo pra isso e pra aquilo... Mas, ó, não sou. Então, não tem esse negócio de equacionar porra nenhuma kkk, é quando dá mesmo, quando eu tô na onda.

Por muito tempo eu deixei de lado a história, não tava dando mesmo pra escrever. Mas nunca pensei em desistir não. Leve o tempo que levar.

Até onde foi postada a história, você acha que "TODO MUNDO (ODEIA), OPA! REJEITA O MURILO? PS: Eu não! Mas já quis sacudi-lo algumas vezes.... (FlaviaF4mily)

Olha, Flavitcha, por incrível que pareça, o Murilo tem uma torcida, viu? Tem muita gente shippando ainda... o jeito de ele ser despertou empatia em algumas pessoas também. O que eu acho mais interessante, inclusive, em relação ao Murilo, é que nenhum leitor consegue ficar indiferente a ele: ou morre de raiva, ou adota o rapaz, torce por ele, rsss. É muito doido! Às pessoas que guardam mágoa ou ranço dele, que eu não sei se são a maioria, eu procuro mostrar que todos nós erramos, somos humanos, e aprendemos é assim, né?

"Sobre o Amor" é uma autobiografia, certo?! Partindo da premissa de que você é engenheiro, vamos a uma pergunta com números (risos). Mesmo ao escrever uma autobiografia é comum que haja uma adaptação e romantização dos fatos, para que a leitura se torne mais interessante. Percentualmente falando, o quanto dessa obra é fidedigna à tua vida? (@rafaelsegredo)

Rafa, gostoso, beijão!!

De acordo com os meus cálculos, estimo que aproximadamente 98,1578% ali seja fidedigno aos fatos, rss. Vou te explicar porque:

Desde que eu comecei a contar essa história, a minha maior preocupação é justamente ser fiel à realidade, por duas razões. A primeira eu já citei lá em cima, eu tô contando uma história que não é só minha, é de outras pessoas também, e por mais que não estejam lendo (ou sabendo que viraram "personagens"), acho que merecem que suas atitudes não sejam deturpadas apenas para atrair leituras ou comentários; eu não ia me sentir legal com isso não. A segunda é que eu acho que não existe nada mais atraente que a vida real, como acontece com a gente todo dia: nossas confusões, amores, risadas, tudo isso junto, é ótimo!

Então, eu me preocupo, a cada capítulo, em arrumar as minhas anotações do diário e contar com a minha memória, levando pra vocês de forma que possam visualizar da melhor forma possível; mas, carregar com tintas mais fortes, não curto. O cuidado que eu tenho com isso é tanto que tem até cenas, momentos, que eu pensei em colocar, mas não tinha nada anotado ou não me lembrava direito, aí eu não contei, pra não ter que inventar nada.

O seu hábito de escrever em diários se deu por algum fato específico ou foi algo que ocorreu aleatoriamente? (@rafaelsegredo)

Foi mais porque eu não tinha coragem mesmo de contar pra ninguém as minhas coisas, achava que era muita besteira. Quer dizer, ainda acho que é, mas agora é uma besteira pública, compartilhada, huahuahua.

Já que deu liberdade pra perguntar da vida pessoal (risos)... Qual o seu atual estado civil? Caso não seja "solteiro", o par é alguém presente no livro? (@rafaelsegredo)

Kkkk, olha aí, Lisa, quando eu digo, tá vendo?? Kkk...

Vou responder à primeira pergunta: Sou casado, estou em uma união estável com uma pessoa que eu amo, amo, AMO! Tenho um filho humano e dois filhinhos de quatro patas cada um!

Mas a criatura eu não vou dizer quem é porque eu acho que vai estragar a história lá, tá? Guenta aí!

"Sobre o Amor" já tem um fim? Tem uma média de quantos capítulos mais vamos poder ler? (@rafaelsegredo)

Eu ia concluir no capítulo 30, e agora que eu decidi continuar, vou até o "fim", tem muita coisa pra contar (e resumir não é meu forte meeesmo), e acho que ele não tá na metade ainda... Bom, o que dá pra dizer até agora é o seguinte: ele vai ter nove partes, estamos na Parte 3; acredito que deva terminar no capítulo 90, mas, mais pra frente eu confirmo, lá mesmo no livro.

Gustavo, tu escreve maravilhosamente bem. Sou fã. Por isso, quero saber se tem mais alguma obra a caminho, para quando acabar "Sobre o Amor". Parabéns meu querido amigo. (@rafaelsegredo)

Ahhh... Aí, tá vendo? Já tô aqui tremendo de nervoso! Elogio é foda. Ai... puta que pariu.

Você sabe que eu também te admiro muito, sua escrita, e a pessoa que você mostra ser através dos contatos com os leitores. Sua gentileza já é marca registrada aqui! Beijão...

Eu não pretendo publicar mais nada depois de "Sobre o Amor", até porque ele vai demorar bastante pra acabar. A minha necessidade é apenas de compartilhar a minha história pra poder crescermos juntos aqui.

Ah, pode ser um conto, quero escrever algo lá no "Contos Wattpadianos" e no livro do BV.

Olá, jovem! Sei que sua profissão oficial não é a de escritor. Sei também que seu expediente de trabalho é bem puxado, trabalhamos na mesma empresa... kkk Como você consegue tempo para escrever? Em que momentos normalmente você escreve?" (Flavia)

Ah, irmã... não tem regras. Queria muito manter a minha promessa de reservar um tempo do dia só pra isso, ter um ritual, mas... a realidade é bem outra. Geralmente escrevo nos fins de semana, ou quando chego mais cedo do trabalho (tipo 19h, huahua), e às vezes, no próprio trabalho mesmo, na volta do almoço uma meia horinha. Enfim, regularidade zero.

"O que te agrada fazer nas horas de lazer?" (Flavia)

Pode falar aqui? Kkkkkk uu..

Além disso, gosto de ler, cozinhar, assistir série... e cinema. Sou viciado naquelas salas Deluxe aqui em Salvador, que tem quase uma cama pra você se esparramar.

Em "Sobre o Amor", você nos presenteia com um tema, bastante utilizado pelos escritores, o "Incidente". Para não dar muitos spoilers, vamos manter assim... Baseado nesse acontecimento o que você diria para ajudar aos pais a lidarem com a sexualidade de seus filhos?

O que eu queria REALMENTE que acontecesse era que os pais limpassem o preconceito das suas mentes, porque aí tudo se resolve por consequência, mas, acho que é pedir demais, principalmente se você observar a criação que eles (nós) próprios tiveram. Então, pô, procura conhecer o seu filho, aceitar quem ele é realmente, e não a pessoa que você quer que ele seja. Se é um menino que gosta de meninos, ou uma menina que se sente homem, ou até mesmo uma pessoa assexual ou antissocial, pense que quem mais sofre com isso é ele, porque ninguém quer ser diferente da maioria, da norma.

Seja a pessoa que ele vai procurar pra contar o que tá acontecendo com ele, e não a que ele evitará. Olhe também para dentro de si e veja se você não tá jogando nele as suas crenças, frustrações ou expectativas. Seja o porto seguro dele, o aconchego, e não o julgador, o castigador. É difícil? É! Mas ter filhos é difícil.

Seus amigos sabem do livro? O que eles acham?

No início só o Edu sabia. Na época do Orkut ele era fissurado nas postagens, amava ler, e me cobrava atualização... Depois avisei que tinha voltado e me disse que tava sem saco pra voltar à leitura, aí eu mandei ele se foder, ele me mandou de volta, e pronto. Ele inclusive era quem me balizava no meu intuito de ser fiel à realidade, e eu ficava feliz quando ele falava "bicho, foi daquele jeito meeesmo, porra!", porque ele tá na maioria das confusões relatadas, né? É personagem do livro.

Ultimamente eu me aproximei bastante da Letícia (ela tá no primeiro capítulo do livro), e acabei contando numa noite de vinhos, ela foi correndo e tá lendo também. Como ela conhece todo mundo, tá adorando, kkk.

Meu marido uma vez viu no meu histórico algo como "Contos Eróticos Gays", que era o endereço do fórum. Ficou calado, mas algum tempo depois, a gente tava brigando, bêbados, e ele me passou na cara que eu tava procurando putaria na internet. Kkk! Nossa, eu ri! Aí acabei contando pra ele que eu postava umas besteiras nesse fórum, e tal, e que era por isso que eu visitava. Ele ficou curioso e eu compartilhei pra ele, mas confesso que fiquei com receio de ele ler, achava que ia acabar com a minha liberdade de falar tão abertamente como eu falo lá...

A minha sorte é que ele não tem paciência pra ler uma bula de remédio, então tá tudo certo, kkk.

A Drica, em "Sobre o Amor", passa por transtorno psicológico ainda muito jovem. Quais os alertas você daria para a identificação de sintomas? E qual a maior dificuldade em lidar com essa situação?

A verdade é que a Drica desde pequenininha requeria nossa atenção, mas creditamos sempre o seu comportamento reservado a uma questão de... personalidade, sabe? E depois era tanto problema sempre lá em casa que a gente nunca parou pra dar atenção a isso, até que... aconteceu.

Hoje eu procuro ficar atento às pessoas mais próximas de mim, meus familiares, e outras pessoas que eu amo, para que não seja preciso acontecer algo pior. Outro dia a minha sobrinha, filha da minha irmã, postou algo estranho no status dela do WhatsApp. Algo como "melhor morrer do que enfrentar colegas de sala de aula", não lembro direito. Liguei na hora pra a Mônica, ela conversou, e resultado: a menina tava sofrendo bullying sério no colégio e já tava pensando em se matar. Hoje, um ano depois, o problema tá superado, trocou de colégio, fez tratamento psicológico e tudo... Mas fico pensando se não estivéssemos atentos, o que não podia ter acontecido...

Então, gente, algum familiar ou amigo seu está com um comportamento estranho, uma tristeza prolongada, ou nervoso demais da conta? Procura se aproximar do dia a dia dele, pega um ambiente tranquilo e conversa... A pessoa está agressiva? Pode ser um pedido de socorro! Aproxime-se mais. Aproxime-se.

A maior dificuldade em lidar com essa situação... está em aceitar que seu parente tem um transtorno mental. É a parte mais difícil, mas se você ACEITAR, tudo fica mais fácil. A rotina da família muda, realmente, a vida como um todo muda, mas, depois das readequações todas, dá pra ser feliz, na medida do possível.

Chegou a hora de nosso pingue pongue. Vou fazer uma pergunta e você me responde com uma palavra ou frase curta, tudo bem?

Um lugar

Qualquer um em que eu esteja aconchegado no cangote do meu amor.

Um momento

A hora que eu deito, fecho os olhos, e vou dormir. Kkk. Lua em Touro.

Família é

Para mim, um desafio. O meu maior desafio nesta encarnação. O laboratório da minha alma.

Amigos são

A minha riqueza. Eu sou rico e não me falta nada por causa deles.

Leitores são

Uma conquista.

Visualizações são

Apenas números. Me ligo mais em feedbacks (comentários, mensagens, etc.).

Sucesso é

Perigoso. Pode te tirar o teu foco, te fazer esquecer a tua essência.

Uma cor

Azul.

Uma música

"Futuros Amantes", do Chico. Mas na voz de Gal.

Uma série

"Breaking Bad", do Vince Gilligan.

Qual seu prato favorito?

O prato cheio. Kkk. Mas, se for pra escolher, o filé à parmegiana. Reúne tudo o que eu amo: filé, coisa empanada, queijo, molho de tomate...

Qual sua sobremesa favorita?

Uma foda kkkkk.

Mas pode ser um pedaço de torta.

Inverno ou verão?

Inverno.

Capital ou interior?

Interior.

Férias na praia ou campo?

Praia. Campo. Não sei. Libriano. Vou passar essa.

Quem você levaria?

O maridão.

Gênero de filme favorito?

Qualquer coisa bem escrita, bem dirigida.

Qual a pessoa inesquecível de sua infância?

Minha vó Liza.

Super-herói favorito?

Meu pai.

Maior defeito?

Procrastinação. Puta que pariu, odeio ser assim.

Maior qualidade?

Sinceridade.

Sonho ainda não realizado?

A minha família totalmente curada, incluindo a mim.

Sonho já realizado?

Não tenho mais sonhos além deste.

A wattpad para você é...

Maravilhosa. Foi o acontecimento do meu ano de 2017.

Ser escritor(a) para você é...

Libertador.

Uma pessoa?

Eu.

Uma palavra?

Amor.

Deus é?

"O Amor que move o sol e as outras estrelas."

Um medo?

Morrer sem ter vivido.

Um desafio?

Ser uma pessoa melhor.

Uma meta?

Ser uma pessoa melhor do que sou hoje.

Um filme?

"Central do Brasil", de Walter Salles.

Um livro físico?

"Os Maias", de Eça de Queirós

Um e-book?

"Insônia", do Rafael Segredo.

Um escritor?

Eça de Queirós.

Quando estou feliz, eu...

Fico agitado.

Quando estou triste, eu...

Durmo.

Quando estou com raiva, eu...

Fico esquisito, calado.

Quando me emociono, eu...

Fico aéreo.

Antes de dormir, eu...

Fecho os olhos e me preocupo com alguma coisa. Digo pra mim que vai ficar tudo bem.

Quando acordo, eu...

Abro os olhos e me preocupo com alguma coisa. Digo pra mim que vai ficar tudo bem.

Deixe uma mensagem aos seus leitores.

Meu sonho era tirar uma licença de um ano ou o tempo que eu fosse necessário só pra terminar o livro, postar bastante e acabar com a nossa ansiedade. Mas, enquanto isso não é possível, vou fazer o que puder pra levar pra vocês essa história. Agradeço demais a atenção, o carinho, você não imagina como é bom pra mim receber uma notificação de voto, ou ler os comentários, é o gás que me move.

Ah, outra coisa...

Vamos ser gentis com as pessoas, gente... cada um aqui na Terra está travando uma batalha particular: contra as suas próprias limitações e defeitos, ou superando algum acontecimento ruim... que você talvez nem imagine!

Procura sempre se colocar no lugar do outro, e mesmo assim, se você no lugar dele fizesse diferente, entenda-o.

Procure o preconceito que ainda existe dentro de você, quer seja contra pretos, ou gordos, ou doentes mentais, ou pessoas excêntricas, ou pobres, ou ricos, qualquer que seja! Tenta trabalhar isso... As pessoas são diferentes, e isso é ótimo! Imagina se fosse todo mundo igualzinho...

E ria, ria muito. Quando tudo der certo, ria de agradecimento e felicidade. Quando tudo der errado, ria porque deu merda! Quando tiver que chorar, chora também, mas se dê um prazo pra parar de chorar e... ria!

Queria marcar um dia pra juntar todo mundo, tomar uma e a gente conversar até altas horas sobre a história, seria massa né? Rss.

Amo vocês mesmo, com amor de irmão. De coração.

Beijo na bochecha de todo mundo.

Gus foi um prazer entrevistar você e reafirmar tudo o que extraímos de você de sua história. Sei que ser "escritor" não está no escript original, mas só considera um pouquinho essa possibilidade, nem que seja fazer do Wattpad seu diário oficial Um grande beijo e sucesso!!!


Entrevista realizada por crikabn

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