Helena Silva
Hoje o Wattentrevista, trás uma escritora, que nos conduz ao mistério, de uma forma dolorosamente racional e romântica, com a criação de personagens com alta carga emocional e segundo ela sem pretensão de seguir a carreira de escritora, fazendo assim, com que desperdicemos mais este talento do wattpad. Queridos leitores, venham conhecer Helena, seu trabalho e me ajudem a convencer que um talento nato e de indescritível poder de envolvimento, não se deve manter Unilateral!!!
Nome:
Helena Araújo da Silva
Idade:
Vinte e sete anos
Cidade Natal:
Boa Vista - RR
Cidade onde mora:
Prefiro não comentar
Defina-se em uma frase:
Não tenho a mínima idéia.
Como descobriu o Wattpad?
Eu sempre li muito, muito mesmo, principalmente na adolescência, mas acabei me afastando um pouco dos livros e chegou a um ponto em que a vontade de ler me sufocava. Então arrisquei um dia fazer uma pesquisa na loja virtual do celular e achei alguns app, o Wattpad se destacou pelo gigantesco numero de usurários, foi assim eu embarquei nele também.
Alguma vez você aprendeu algo com uma crítica? se aprendeu, isso mudou seu jeito de escrever?
Eu acho que eu me faço as piores críticas. Mas se tratando de um leitor, me deixa pensar um instante... Sim, as primeiras críticas são as mais avassaladoras para quem está começando, como eu. As mais sérias, por assim dizer, foram sobre a familiaridade entre as duas primeiras obras que publiquei na plataforma Wattpad, Unilateral e Amigos. Essas críticas realmente doeram. Mas eu entendo o ponto de vista desses leitores que me procuraram em particular para saber sobre o assunto, aliás, agradeço a discrição deles. Eu percebi que, minha forma de escrever é egoísta, eu escrevi essas obras para mim, não para os outros lerem, especialmente Unilateral. É algo que eu tenho trabalhado, aprender a escrever para os leitores.
Helena, o que te levou a começar a escrever? Quando exatamente iniciou tudo? (@paulacristina20)
Oi querida, que bom te ver por aqui. Eu comecei a escrever com uns dez ou onze anos, sempre fui muito introspectiva e acho que era uma forma de me expressar. Mas eu escrevia escondido, nunca mostrava para ninguém porque eu tinha vergonha de mostrar as minha historias, imagine uma menina tímida! Acabei guardando muitos papeis, outros eu joguei fora, minha família se mudava muito, então as vezes eu tinha que me desfazer de algumas coisas.
Qual foi o primeiro livro que você escreveu em sua vida?
Eu escrevia muitos contos românticos, curtinhos, nem chegava dar nomes, muitos foram para o lixo, mas livro, livro mesmo, foi Crime Passional, a historia de uma adolescente chamada Suzan, é um romance repleto de emoções fortes, superação e valores como a amizade. Por mais ridículo que pareça ele surgiu por causa de um sonho que eu tive.
Seus defeitos interferem no seu livro?
Com certeza. Absoluta certeza. Como eu disse antes um dos meus defeitos é escrever para mim, só para mim, mas creio que essa foi uma mania que eu trouxe comigo desde sempre, por ter vergonha de mostrar para as pessoas o que eu escrevia, acabei sendo minha única leitora por muito tempo. É difícil perder certos hábitos quando estes são bem enraizados. Mas também tenho um... não sei se posso chamar de defeito, é mais um vício criativo, eu escrevo de trás para frente, ou seja, primeiro eu escrevo o fim dos capítulos, depois o meio e depois o começo. É meio estranho, mas quando tento fazer diferente, em outra ordem, eu me atrapalho toda, me dá um bloqueio horrível e a historia fica parada. Isso interfere muito na minha escrita, porque eu faço esses quebra-cabeças de texto e depois tenho que montar tudo, sair ajustando os textos para que completem.
Já se imaginou tirando foto para orelha do seu livro?
Nunca. Nem passou pela minha mente uma coisa dessas, primeiro porque escrever é uma coisa que faço em primeiro lugar para mim mesmo, não me considero “Escritora”. Acho que se esse dia chegar, eu vou optar por não colocar foto nenhuma. Sou muito, muito, muito tímida mesmo.
Você conviveria fraternalmente com alguém que, em público ou particular, declarasse não gostar dos livros que você escreve?
Sim. Sem problemas, eu já faço isso. Não vou entrar em detalhes, mas na verdade a maior parte das pessoas com quem convivo atualmente é contra o que eu escrevo, declaradamente contra. A maioria já sabe que eu publiquei romances no Wattpad, mas ninguém leu nem uma linha, ficaram decepcionados comigo por se tratar de literatura LGBT. Tem aqueles que me aconselham a parar, segundo eles é errado e é pecado, creio que não preciso explicar porque, sabemos todos do que estou falando. A outra parte simplesmente não liga, só querem que eu pare de perder tempo na frente do computador e faça outra coisa que tenha retorno financeiro. Tem ainda uma terceira parte, uma parcela minúscula, que apenas quer que eu retire esse livro do Wattpad e publique os outros no lugar, que eles chamam de “normais”. Eu não discuto, não gosto de brigas, detesto mesmo. Honestamente já esperava por isso, mas foi muito frustrante no começo, para me poupar de desgastes maiores, eu “fico na minha”, porque sou muito quieta mesmo, muito pacífica. Atualmente eu escrevo unicamente para o meu público no Wattpad, porque absolutamente ninguém que conheço pessoalmente tem interesse em conhecer esses livros.
Assim como seu personagem Toni, você tinha sonhos na infância. Conseguiu realizá-los?
Todos nós temos sonhos na infância. Eu queria ser professora, tive sim a oportunidade de experimentar ir para sala de aula algumas vezes. Mas eu não era mais aquela criança que achava que ia ajudar os alunos. Quando lembro disso eu percebo como eu era uma criança tola, ou talvez apenas inocente demais, eu achava que ia mudar o mundo sendo professora, mas eu queria ser aquela que fazia a diferença, sabe aquele professor super especial que temos uma vez na vida e nunca mais esquecemos? Eu queria ser essa! Mas a realidade da sala de aula afogou o sonho, não era para mim. Mas acho que foi o sonho mais verdadeiro que já tive. Talvez por isso, tenha colocado o Samuel como professor, apesar de Unilateral ser baseado no Samuel Franco da vida real, eu agreguei algumas coisas muito minhas no livro.
O que você mais gosta de fazer, além de escrever?
Desenhar. Pensaram que ia dizer "ler”, não é? Kkk. Eu sempre desenhei a minha vida toda, acho que desde que aprendi a pegar num lápis, faço desenhos artísticos, inclusive já desdenhei todos os meus personagens, tenho um portfólio só para eles.
Algum livro já te fez chorar?
Sim Pode parecer forçado, porque o livro é meu. Mas eu já chorei horrores com Unilateral. Realmente tenho um carinho muito especial por esse livro. Tem alguns comentários, inclusive, que eu demoro para responder porque fui visualizar e acabei lendo o capítulo de novo e acabei chorando. Mas os que me lembro com nitidez foram Wild, da rrumancek, Um Amor Nas Estrelas, do DinhoCDC, este último realmente me fez chorar horrores, precisava parar de ler por que não tinha condições de prosseguir.
Livro que você leria novamente?
Sim, muitos. O Homem Que Calculava, de Malba Taham é um dos meus preferidos. No Wattpad aqueles que nunca deixam minha biblioteca. Como Lobo da Neve, NMCMsama.
Livro que você gostaria de ter escrito?
Tem um. Cheguei a ter os primeiros capítulos, mas parei o projeto porque é algo um pouco perturbador. Um livro com relatos dos meus sonhos, por muito tempo eu tive insônia e quando dormia tinha sonhos horríveis, um dia eu resolvi escrever eles, o que acabaria resultando numa série de contos. Mas se um dia eu chegar a terminar esse projeto, vai ser um livro de horror, porque meus sonhos eram muito feios.
Se você pudesse entrar no mundo de algum livro, qual você entraria?
Um que eu pudesse escrever sem culpa com certeza... Brincadeira. Eu não me imagino dentro de livro nenhum, sou muito apegada ao meu próprio mundo.
Quanto tempo você leva para escrever um livro?
Amigos eu escrevi em menos de dois meses, Unilateral levou cerca de dois anos, Crime Passional está em aberto há uns quinze anos, nunca terminei, tem outros precisando apenas revisar, como Falsidade Ideológica, Tom: O Ladrão e por aí vai. Acho que varia muito da intensidade da obra, os temas que ela aborda, o clima geral, a necessidade de fazer pesquisa e estudar os temas abordados e claro da minha paz de espírito, as vezes minha consciência pega pesado comigo.
Você possui inúmeros personagens. Qual foi o mais complexo na hora da criação e por quê?
O Eduardo, de Unilateral, com certeza e não estou completamente satisfeita com ele. Ainda falta profundidade nesse personagem. Foi complicadíssimo criá-lo porque, honestamente eu não sei o que faz uma pessoa fazer as coisas que ele fez. Embora ele seja um personagem indispensável na trama, tive muita dificuldade com as motivações dele, tanto é que numa leitura mais atenta é possível observar essa lacuna. Ele não apresenta motivos sólidos para suas ações radicalmente preconceituosas, não que justifique, nada justificaria. Um dia, talvez, se eu revisar Unilateral eu consiga preencher esse vazio.
Você tem algum personagem preferido? (@paulacristina20)
Toni, com certeza. Ele transmite força, sabe? Acho que nem preciso explicar muito não é? Acho que quase todo mundo gosta dele apesar daquele jeito bruto que ele de amar, ele é muito inocente, coloca o coração nas coisas. Acima de tudo você sempre pode contar com ele, a qualquer hora, em qualquer momento.
Quais são as vantagens e as desvantagens de possuir livros no Wattpad?
Eu só tenho livros no Wattpad, foi uma forma que achei de mostrar minhas obras. Os comentários e críticas do leitores me ajudaram e enriquecer minha escrita e evoluir. Por enquanto não vejo desvantagens.
O que você acha de plágio no Wattpad?
Plágio de uma forma geral é algo terrível. Eu passei por essa amarga experiência uma vez, mas não aqui no Wattpad, foi uma personagem que criei para um romance policial. Eu estava sendo incentivada a época a mostrar minhas criações, até hoje tenho ela no meu portfólio de desenhos, mas um dia topei com ela, na internet, meu desenho e meu enredo mal modificado. Foi frustrante. Obviamente voltei a guardar minhas coisas só para mim. Aqui na plataforma ainda não passei por nada parecido, espero que não aconteça.
O que você acha de premiações aqui na Wattpad, como o #Wattys2017 e o #OscarLiterário?
Eu cheguei a participar do Oscar Literário, mas desde o começo não esperava ganhar o concurso, tenho consciência que estou começando ainda e não sou nenhum prodígio. Eu queria realmente viver essa experiência, participar de um concurso, pode parecer uma coisa infantil, mas era uma vontade minha. Creio que esse tipo de premiação, a cima de tudo, trás visibilidade as obras, já que tantos olhos estão voltados para o concurso.
Você já pensou em escrever com parcerias?
Sim. Já estou trabalhando em parceria num livro novo. Fui convidada e acabei aceitando, apesar de ter dificuldade com essa questão de parceria, mas creio que vai ser uma experiência válida e estimulante. Ainda não foi publicado, nem tenho nenhuma data prevista, acabamos de começar os trabalhos, ainda não sabemos se vai dar certo, caminhamos em passos muito lentos.
Uma música que te inspire a escrever?
Eu não gosto de música, que decepção hein pessoal? Desculpe, mas é verdade. Eu comecei a ouvir música perto dos dezoito anos e sou bem eclética, ouço de tudo, mas gosto de românticas e rock. Mas não para escrever, a música me distrai muito.
Você costuma seguir o trabalho de outros Wattpaders? Se sim, quais?
Sim, TomAdamsz, o meu preferido dele é O Prostituto, mas eu acompanho ele no Wattpad e na Amazon também. O IcaroTrindade, JotaKev , narcisopetran, NatanCaetano, ninagurgel, ela é uma diva! Outros, muitos outros.
Com a sua obra você conseguiu passar a tensão de um adolescente que sofreu violência doméstica, você se baseou em estudos ou somente deixou a inspiração fluir para falar deste assunto?
Você me pegou de jeito agora. Já estou chorando, olha que manteiga derretida que sou! Bem, Eu vou tentar ser o mais honesta possível, apesar da discrição e do cuidado que esse personagem exige de mim. Eu não estudei e nem deixei a inspiração fluir. Unilateral é uma historia baseada em fatos reais, na vida de uma pessoa, que eu nomeei Samuel Franco, mas obviamente o nome dele não é esse. A primeira versão desse livro, nada mais era do que um relato, sobre a infância e adolescência dessa pessoa, mas era um texto tão pesado, tão intenso, que não havia condições de deixá-lo daquela forma, eu não conseguia ler aquilo, especialmente porque na vida real “Violeta” não morreu, o “Mauro” não foi preso no fim. A impunidade estava implícita ali, isso era revoltante, ainda mais porque essa historia horrível aconteceu de verdade, acontece mundo a fora. Em cima desse relato, trabalhei um romance, onde Samuel não ficava com a menina no final. Originalmente não era um Romance gay, mas acabou se tornando naturalmente.
Em Unilateral você aborda um dos assuntos que mais gosto e que mais tem carência, na minha opinião, no wattpad, que seria a situação de crianças que moram nas ruas, o que levou a abordar o assunto e quais medidas você acha viável para erradicação deste problema social?
Não foi algo realmente planejado.Abordei esse tema por causa do Toni. Eu estava escrevendo o primeiro capítulo de Unilateral onde o irmão dele aparece pela primeira vez na historia, simplesmente coloquei ele negro, quando a família toda do Toni é parda. Mas o Toni é o tipo de pessoa que ajuda, independente da situação, se ele existisse de verdade seria sim, perfeitamente capaz de pegar um menino de seis anos na rua e levar para casa, num ato de amor ao próximo. Acho que justamente o que falta no mundo agora, amor ao próximo.
Pode parecer ridículo da minha parte dizer isso depois de abordar temas tão polêmicos no livro, eu me distancio da política o máximo possível. Estou particularmente decepcionado e desiludida com as nossas políticas públicas, acho que não sou a única. Não faço a mínima ideia de como erradicar o problema, porque é uma ferida gigantesca na nossa sociedade. Existem inúmeros fatores que dificultam a solução do problema, por exemplo, os orfanatos estão lotados, e a preferência dos candidatos a pais pelos bebes de pele clara, não todos é claro, mas o fato é que as crianças mais crescida vão ficando. É uma visão pessimista da situação, eu reconheço, mas é verdade, é a nossa realidade. Pessoas como o Toni, que apenas pegam na rua e levam para casa são raríssimas, tanto por questões econômicas como culturais e também por cautela. Apesar da demora que leva uma adoção, que é alvo de muitas críticas, eu compreendo a cautela dos conselhos tutelares e todos os órgãos envolvidos nesse processo. Mas apenas tirar uma criança rua não basta, é preciso garantir que lá não volte para lá, isso envolve temas como violência doméstica, aliciamento de menores, drogas, planejamento familiar e por aí vai. É algo muito extenso.
Você consegue abordar a rotina de seus personagens, sem ser chata e repetitiva, essa é sua fórmula para colocar os personagens mais reais?
Eu não sabia que a rotina deles não parecia chata e repetitiva, você acabou de me contar, estou contente com isso. Minha fórmula para torná-los reais é mostrar os defeitos mais feios e imperdoáveis de cada um deles, de forma impiedosa. Por exemplo, o Samuel, ele é loiro, lindo, olhos cor de mel, sorriso perfeito, músico e professor, homem maduro, falando assim ele é um amor de pessoa, mas ele também é quase impotente sexualmente, é egoísta, medroso e covarde, a ponto de fugir e abandonar tudo para trás para evitar um confronto, talvez esse seja o seu pior defeito. A Vivi é outro exemplo, ela é linda, a amiga perfeita, cúmplice e companheira, te dá força nas horas difíceis, mas assim como a maiorias das pessoas de verdade, ela pensa primeiro nela mesma, talvez seja mais egoísta até que o Samuel, ela traiu a confiança dos amigos em prol da própria felicidade. Isso é real, acontece de verdade, as pessoas fazem loucuras por amor. Todos eles, tem defeitos feios na personalidade, desvios de conduta de algum tipo, porque na vida real ninguém é perfeito, mas mesmo assim, as pessoas amam, e são amadas, machucam e são machucadas, perdoam e são perdoadas. Não tinha porque idealizar os personagens de forma romântica.
O Ícaro é um dos personagens mais autênticos na minha opinião, o que pode nos adiantar do livro que você futuramente ira fazer dele?
O Ícaro é... O Ícaro não é? Não tem forma melhor de descrevê-lo. Sobre o livro, vou adiantar que vai ser no clima de Unilateral, meio pesado, desculpem. Só porque ele é um doce de menino não significa que a historia dele vai ser doce. Quem leu Unilateral certamente percebeu sinais da relação bruta e feroz que Ícaro tinha com o César, ambos tem gostos muito peculiares, ou nem tanto assim, vai abordar esse lado do sobre sexo e violência. Alguns temas que também já foram abordados nos livros anteriores vão voltar, mas de uma perspectiva diferente, especificamente da visão do Ícaro, que tem uma visão única de tudo. Minha consciência pesa um pouco porque ele vai sofrer, mas a vida de ninguém é um mar de rosas. Mas eu tenho certeza que estão todos realmente curiosos para saber sobre o romance, o César... Sobre isso só posso adiantar que eles vão se reencontrar sim.
Olá Helena! O livro "Unilateral" é um livro intenso e cheio de emoções, que retrata o preconceito, a intolerância e suas conseqüências. Como surgiu a idéia de escrever essa história? Você se inspirou ou se inspira em algo? (@paulacristina20)
Oi querida. A idéia era que fosse um desabafo do protagonista, Samuel, mas não era um romance gay originalmente, então não esperava abordar temas como preconceito e intolerância de forma tão direta. Na primeira versão do livro, o par romântico do Samuel era uma menina chamada Célia, mas eles não ficavam juntos no final. No fim quem restava ao lado dele era um amigo, que sempre estava lá nas horas ruins, que já era apaixonado pelo Samuel, mas respeitava o fato de não ser correspondido, foi assim que o Toni surgiu, junto com ele a Célia virou a Gabriele. Infelizmente, nos dias atuais, no mundo louco que vivemos, homossexualidade e intolerância andam de mãos dadas, como o livro acabou se tornando um romance gay, o preconceito ia dar as caras, mas o Samuel já tinha uma carga muito pesada nas costas. O Toni foi a escolha óbvia para “sofrer” com a intolerância, porque ele é forte, ele sobreviveria para estar ao lado do Samuel quando chegasse a hora. Ambos tem suas personalidades e se completam, tenho que respeitar isso, ou a historia se tornaria forçada. As cenas de violência e intolerância foram inspiradas nas comentários que ouvi por muito tempo quando assistia noticiário. Quando por exemplo, um casal de gays que foi espancado num beco até a morte numa dessas metrópoles do país, eu ouvia coisas como “mas o que eles esperavam”, eu não sei as outras pessoas, mas eu não espero ser espancada até a morte quando saio para ir na padaria, ou na farmácia e nem no mercado da esquina, por qualquer razão que seja. Eu me perguntei como teria sido se alguém fosse ao socorro dessas pessoas e assim surgiu o Toni justiceiro, que ia pelas madrugadas descontando sua frustração e revolta nos homofóbicos com quem cruzasse. Eu não sou ativista, nem justiceira, nem levanto bandeira nenhuma, atualmente eu nem acompanho as notícias, por que é decepcionante, acima de tudo sou apenas a favor da paz. Unilateral, apesar das questões que levanta, ainda é um romance, a historia do Samuel Franco em primeiro lugar.
Chegou a hora de nosso pingue pongue. Vou fazer uma pergunta e você me responde com uma palavra ou frase curta, tudo bem?
Ok
Uma pessoa?
Meu marido
Um lugar?
Minha casa.
Um momento?
Agora, um presente divino
Uma palavra?
Paz
Deus é?
Fé no impossível.
Família é?
Tudo
Amigos são?
Um mistério
Leitores são?
Meu combustível
Sucesso é?
Um sonho para o futuro
Um defeito?
Insegurança
Uma qualidade?
Saber ouvir
Um medo?
Perder minha família
Um sonho?
Ver um livro meu virar filme
Um desafio?
Evoluir
Uma meta?
Ganhar dinheiro com meus livros
Um filme?
Encantada
Uma música?
Um minuto para o fim do Mundo – CPM22
Um livro físico?
O Homem que Calculava – Malba Taham
Um e-book?
Lobo da Neve - NMCMsama
Um escritor?
Tom Adamz
Quando estou feliz, eu...
Choro
Quando estou triste, eu...
Escrevo
Quando estou com raiva, eu...
Fico quieta
Quando me emociono, eu...
Não sei como agir
Antes de dormir, eu...
Assisto televisão
Quando acordo, eu...
Assisto mais televisão
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Eu só posso agradecer a vocês por serem tão receptivos, eu realmente amo os comentários de vocês, leio cada um deles com toda a atenção, alguns me fazem rir, outros me fazem chorar, outros me deixam com vergonha, todos são muito preciosos para mim. Obrigado.
Helena foi um prazer lhe entrevistar e conhecer a pessoa por trás de personagens tão marcantes e que nos motivam a ser melhores todos os dias.
Entrevista realizada por crikabn
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