Entrevista com Pequeno Pônei
Que tal desvendarmos os mistérios deste escritor que vem arrancando lágrimas de seus leitores com histórias envolventes, dramáticas e ao mesmo tempo excitantes?
Com quase 255k de visualizações em seus 4 magníficos livros, iremos conhecer mais desse brilhante escritor conhecido na plataforma como "Pequeno Pônei".
MathewsJose chega batendo a porta e balançando as paredes de nossa sala de entrevista. Antes de começar nossos trabalhos, da onde surgiu esse bendito pseudônimo? Não querendo ofender, mas por ser engraçado e fofo)
Own <3. Surgiu de uma música da Lady Gaga chamada "HighwayUnicorn (Road to Love)", do álbum "Born This Way", onde ela faz uma menção aos LGBTs — para que eles procurem seu amor a qualquer custo e nunca se importem com o que os outros dirão. Me identifiquei muito com essa letra.
Crika lança um olhar mortal para o intruso e o mesmo senta em silêncio. Agora podemos continuar.
Nome:
Lucas de Souza Rohling
Idade:
19 anos.
Cidade natal:
Porto Velho, Rondônia.
Cidade onde mora:
Porto Velho também.
Defina-se em uma frase:
"Se você é sortudo o bastante para ser diferente, jamais mude", Taylor Swift. É uma frase que me força a nunca seguir um padrão contra algo que eu amo.
Quando surgiu o interesse pela escrita? Você considera possuir o dom de se comunicar através das palavras?
Eu não sei ao certo. Antes era apenas um passatempo, mas conforme eu ia escrevendo, notei ter uma paixão por romances e pela escrita. Então me dediquei mais a isso. No começo eu escrevia livros héteros— para agradar as pessoas que me cercavam. Um dia, porém, conversei com uma amiga virtual sobre querer pôr em escrita minha real paixão: os livros gays. Queria poder digitar aquilo que realmente tinha a ver comigo. Então eu ignorei toda a parte do meu cérebro que me mandava ter cuidado e escrevi meu primeiro livro LGBT. Não me arrependo disso.
Sim, eu acho que tenho dom para isso — mais porque as pessoas me diziam do que por suspeita própria. Cada vez que alguém me manda uma mensagem dizendo que chorou com tal livro, mas eu sei que eu fiz do meu hobbie algo que valeu a pena.
Lucas, menino lindo e doce, que me conquistou desde o princípio. Você escreve muito bem, isso vem com facilidade para você? (Por @vilma34).
KKKKKKKKKKKK, eu pensei besteira mesmo. Olha, sinceramente vem. Não tenho dificuldade para escrever, e tudo sai com naturalidade. Isso é incrível. Acho que descobri isso conforme eu ia escrevendo e as pessoas iam me elogiando. ❤
Seus pais sabe que você é gay? Se não sabem, como você acha que vão reagir quando souberem? (Por @vilma34).
Eles não sabem. Eu creio que não serão tão radicais assim, mas com certeza haverá uma mudança na personalidade dos dois. Minha mãe já me disse que, se algum dia eu me revelar, é para eu nunca levar meu namorado para casa. Mas eu nunca me revelo.
Seus amigos e familiares sabem que você escreve? Se sim, eles te apoiam?
Somente meus amigos sabem — alguns, inclusive. Não contei aos meus familiares porque eles são recatados e do lar, então já sabe... Por conta disso, morro de medo de que algum dia eles me peguem vendo escrever livros LGBTs, pois eu saberia a guerra que viria. Eles nem desconfiam.
Qual gênero você mais gosta? Qual não escreveria?
Romance. Acho que todo mundo precisa de livros assim.
Eu provavelmente não escreveria livros de guerras — não sei qual o gênero que se atribui a isso. Eu também não me vejo escrevendo romance incesto. Acho estranho.
Pretende publicar seus livros?
MEU SONHO!!!!!!! O problema, como eu disse, são meus pais. Se eu publicasse um livro LGBT, as chances de eu não ser bem recebido seriam enormes. E quanto mais eu escuto dos meus leitores para publicá-los, mais eu quero publicar. Ah, e falta dinheiro para investimento, claro (KKKKKKK).
Como você lida com as críticas?
Eu normalmente não me importo tanto. Acho que é porque é raro eu recebê-las. Entretanto, quando eu as recebo, as uso para meu próprio bem — como uma inspiração, sabe? Se eu ligar muito para o que as pessoas me dizem e deixar que isso me interfira, vou acabar ficando triste. Já mencionei esse comentário em um dos meus livros, mas eu ainda acho que a melhor crítica é aquela que vem de você mesmo.
Já enfrentou preconceito em suas obras? Como você reage nesses casos?
Não, por incrível que pareça. O público hétero que lê meu livro me surpreende muito nesse ponto. Eu admito que ficava com receio no começo de que em algum momento eu fosse receber comentários maldosos nos meus livros, porém esse momento ainda não chegou — e espero que nunca chegue.
Algum dos seus personagens tem jeitos, manias ou personalidade sua ou de alguém que você conhece?
A maioria dos meus personagens tem a ver comigo. Eu nunca escrevi as características de alguém do meu livro com base em alguma pessoa que eu conheço.
Qual a maior loucura que você cometeu até hoje?
Meu Deus KKKKKKKKK. Eu não sei se isso é loucura, mas é algo que me gelou muito. Provavelmente foi ter arranhado um óculos CARÍSSIMO do meu professor de matemática de um curso que eu fazia. Eu estava na fila para entregar o caderno, bem atrás de uma amiga, e um óculos de sol havia caído da mesa dele. Como ela se disponibilizou para pegá-lo, eu pensei que dela, e acabei arranhando a tela dele contra o chão. Então descobri que não era dela. Até hoje eu me arrependo disso e morro de vergonha só de lembrar.
Pior livro que você já leu?
Cinquenta Tons de Liberdade. Eu não diria que ele seja o pior livro que já li — até porque não leio muito —, mas o "menos legal". Achei a história muito arrastada, e ainda me recordo de que demorei exatamente um mês para lê-lo. O segundo da série foi o melhor de todos para mim.
Melhor livro que já leu? E por quê?
Foi "Tormenta", o segundo livro da série "Fallen". Não sei o que a autora pôs nesse livro, mas o clima que se passa a história me prendeu muito. Amei o cenário, os diálogos, o final... TUDO! E também porque entra o melhor personagem da série todo, o Miles. Ele é fofo.
Você acha que falta união entre os escritores LGBTs?
Se eu disser que sim, então eu tenho culpa, pois não me mexo para fazer algo. Acho que deveriam criar mais grupos em redes sociais para o público LGBT. Tem escritores maravilhosos na plataforma e leitores igualmente incríveis, mas quase não há comunicação com eles.
Uma resposta que eu daria era: falta mais união entre os escritores e leitores do que escritores e escritores. Já vi livros onde o autor nem responde um comentário sequer — não que isso seja obrigação, mas acho que ao menos uma mensagem de agradecimento seria bem-vinda. Às vezes nem isso tem.
No seu livro "Eu Entrego Meu Corpo a Você", o Chris sofre uma situação homofóbica dentro de sua própria casa. Esse tema vem sendo discutido com cada vez mais frequência em nossa sociedade, se tivesse que reescrever baseado na evolução do tema nos dias atuais, o Chris teria o mesmo destino?
Teria entre aspas. A parte de que ele pudesse ser expulso novamente seria a mesma, uma vez que acontece isso com muita frequência. Só acho que seria complicado ele arrumar um "Trevor" da vida como ele arrumou. Não sei se esse tipo de relação é realmente possível, ainda mais nos dias de hoje.
Trevor , também em "Eu Entrego Meu Corpo a Você", tem uma postura de dominador e controlador. Você acredita que estas sejam atitudes que temperam um bom romance? O sucesso de um relacionamento depende de que um dos parceiros tenham essas qualidades?
Acho! O que eu mais tentei transmitir em Trevor é que, embora você tenha mil e um motivos para machucar alguém, optar pela calmaria e conversa é sempre a melhor resposta. Tudo bem que ele discute, mas consegue ser paciente depois. Todos deveriam tentar ser como ele: tropical, e não se deixar levar pelo momento, o que pode romper o relacionamento.
No final de "Meu Príncipe é uma Princesa", você pensou em algum momento desistir (sem spooler) e dar um final ao qual os seus leitores lhe pressionavam?
Houve duas versões deste livro antes de finalizá-lo. Uma foi a que eu publiquei e, a outra, era a que os leitores queriam depois da história ser publicada. Mas acho que há muita mesmice em livros românticos, e nem sempre os acontecimentos são lindos. Eu pensei em fazer um final alternativo por eles quando vi os comentários, só que eu queria que eles entendessem meu ponto de vista. Então continuei com minha ideia, sem alterar nada.
Vamos num pingue-pongue?
Nem sei como funciona, mas quero.
Opa dá licença, Dona Crika, que Matheus José entrou empurrando a entrevistadora de seu assento.
Lucas Souza, eu sou teu fã!!! Em menos de uma semana já li metade de suas obras e fiquei matutando algo em minha mente: todos os seus livros só tem tristeza, gostaria de saber da onde vem essa paixão por escrever histórias tristes que nos fazem chorar, derramar lágrimas!!! Mas já digo que não são histórias que nos fazem desistir de ler, por mais emocionante que seja, a tristeza prende o leitor (pelo menos eu é claro). Gostaria que comenta-se sobre isso.
Olha, obrigado, primeiramente! <3. Respondendo à sua pergunta: eu não sei. Juro que não sei. Todas as vezes que eu inicio uma obra, eu já tenho certeza absoluta de que em algum momento dela haverá uma cena de cortar o coração, seja antes do final ou exatamente nele. Talvez seja porque isso faz criar um certo sentimento em quem lê. Acho que um pouco de sofrimento faz bem. É por isso que você nunca pode esperar que meu livro vá terminar com flores ou caixões: depende do decorrer da história. Mas ela com certeza será triste em algum capítulo.
Já recebeu alguma crítica tão negativa na sua história que você pensou em desistir? Se sim, comente sobre ela.
Nunca recebi. E se algum dia eu fosse receber, eu também não me importaria. Acho que existe uma diferença ampla em "crítica" e "opinião", e você tem que saber separá-las muito bem para não se deixar levar por elas a ponto de abandonar o que ama.
A nossa amada Paula Cristina fez algumas perguntinhas também:
Lucas, como surgiu esse amor pela escrita? E de onde vem as inspirações?
Oi, amor" <3. Acho que foi acontecendo. Antes era somente um hobbie, mas acabou virando paixão. Eu não me vejo mais sem a escrita. Olha, boa parte das inspirações vem das músicas que eu escuto ou de filmes. Quando eu vejo uma tradução ou cena de algo que me tocou muito, eu me prendo àquilo e procuro fazer alguma coisa sobre. Há partes nas minhas obras, por exemplo, que vêm de canções tristes que eu escutei.
Você já tem 4 livros escritos, sendo que o último EU ENTREGO MINHA VIDA A VOCÊ está chegando na reta final. Qual deles foi o mais difícil para escrever?
O mais difícil foi o "EU ENTREGO MEU CORPO A VOCÊ". Acho a história forte. Eu tentei mudar o pensamento do protagonista para fazer o mais próximo possível da realidade árdua que ele teve, mas não foi tão fácil quanto pensei.
Lucas, de todos os personagens que você criou em suas histórias, qual foi o que mais te marcou?
Arthur. Nunca pensei que fosse criar um personagem tão perfeito aos olhos dos leitores. Eu o amo demais e até aprendo com algumas coisas que ele diz — apesar de que eu o criei. Dificilmente criarei outro personagem tão maravilhoso e fofo quanto ele.
Você tem intenção de migrar suas histórias também para a Amazon?
Eu nunca pensei em migrar minhas obras para outra plataforma além do Wattpad. Acho que lá é o suficiente.
Bom, deixa eu dar licença que a Crika já está vindo com uma vassoura para me pegar, mas agora não sei se ela vai voar ou me bater (carinha de pensador) #Fui.
Lucas amor, continuando nosso pingue-pongue antes que eu mate esse cachorro que me atrapalhou faço uma pergunta e você responde com a primeira coisa que vier em sua mente, tá bom?
Uma pessoa?
Lady Gaga.
Um lugar?
Praia.
Um momento?
Quando publiquei meu primeiro livro LGBT no Wattpad.
Uma palavra?
Bondade.
Deus é?
Essencial.
Família é?
Essencial também.
Amigos são?
TUDO!
Leitores são?
Meu motivo pelo qual eu continuo escrevendo.
Visualizações são?
Importantes.
Sucesso é?
Gratificante.
Um defeito?
Impaciente em certas coisas.
E uma qualidade?
Acolhedor.
Um medo?
Sofrer agressão homofóbica.
Um sonho?
Ouvir a notícia de que os LGBT foram aceitos em público pelo mundo inteiro.
Um desafio?
Ser feliz demonstrando quem realmente sou.
Uma meta?
Publicar meu livro.
Um filme?
Shrek Para Sempre.
Um livro?
A Seleção.
Uma música?
All You Had To Do Was Stay, Taylor Swift.
Um escritor?
Lauren Kate.
VOLTEI LUCÃO, SAI PARA LA CRIKA!! (Empurrões e pontapés são ouvidos),
Pronto! Sentei em cima dela, acho que dá prazo para mais uma pergunta antes que ela consiga levantar. Lucas, você excluiria seu maior livro do Wattpad caso não tivesse convencido de que seu livro não terminasse como gostaria que tivesse terminado? E por quê?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK. Eu não excluiria, talvez. Se fosse excluir, guardaria o livro somente para mim.
Você já mudou ou pensou em mudar o rumo das suas histórias por causa dos seus leitores? E por quê?
Já fiz isso algumas vezes por eles. Mas não foi nada que mudasse radicalmente — como o final, por exemplo. Acontecia em partes que eles queriam de uma forma diferente do que eu pensava, então eu alterava. Agora estou cogitando publicar o livro por inteiro, e não por partes.
LEVANTA UMA MULHER MUITO IRADA E MATHEUS JOSÉ SAI CORRENDO!!!
EU MATO ESSA CRIATURA!!! Vamos dar continuidade...
Tadinho KKKKKKKKKKKKKKKKK
Um Wattpader?
Me recuso a dar nome para evitar confusão KKKKKKK.
Quando estou feliz, eu...
Escrevo muito.
Quando estou triste, eu...
Não consigo escrever, isso é horrível. E, nas raras vezes que consigo, a cena sai melancólica demais. Quando estou mais alegre e vejo que escrevi muita coisa triste, modifico tudo.
Quando fico com raiva, eu...
Não falo com ninguém.
Quando me emociono, eu...
Tento não demonstrar (e é raro, pois sou de Capricórnio, a Elsa do Frosen).
Quando acordo, eu...
Normalmente fico de mal humor, ainda mais se me acordam contra meu querer.
Antes de dormir, eu...
Eu já penso no que fazer o dia inteiro no dia seguinte.
Wattpad ou Amazon?
Como eu não uso Amazon, vai o Wattpad.
Ser escritor/Wattpader é?
Eu ironicamente não tenho, porque quase nunca leio lá. Apenas escrevo.
Deixe uma mensagem aos seus leitores.
Meu Deus, eu teria que ficar o dia inteiro aqui...
Bem, eu não me canso de falar o quanto vocês são tudo para mim. Posso não conhecê-los, mas meu amor por vocês é enorme! É sério! Obrigado por fazerem parte da minha vida e torná-la alegre e colorida. Sei que alguns de vocês me estrangulariam na rua por alguns acontecimentos do livro, entretanto isso não diminuio o amor que sinto.
Sejam gays. O mundo precisa de cor.
Lucas querido, você gostaria de almoçar comigo? Hoje o prato principal vai ser VIADO À MILANESA, eu só preciso achar o Matheus José para matá-lo com minha vassoura. Ninguém mandou aquela bicha reumática atrapalhar minha entrevista.
(Crika pega a vassoura e procura por Matheus José, que já não está na sala de entrevistas.
Viado filho de uma égua, sentou em cima de mim e saiu correndo para não apanhar, mas deixa estar. Eu sei onde encontrá-lo e ele vai me pagar por isso ou eu não me chamo Crika!!!
A equipe #WattEntrevistas agradece ao escritor Pequeno Pônei pela entrevista e lhe deseja sucesso em sua carreira como Wattpader.
Entrevista realizada por Crika.
Participação especial de Matheus José.
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