Entrevista com Caio Cavellari
https://youtu.be/g9hHNTk6RqI
Caio Cavellari chegou aqui na Wattpad há pouco mais de um ano e já tem cinco obras publicada em seu perfil. Juntos, os livros somam a incrível marca de mais de 400 mil visualizações, mais de 30 mil votos e cerca de 9 mil comentários. Uau!
É bem verdade que boa parte desses comentários vêm da parte do próprio Caio, que faz questão de responder a cada leitor, em todos os capítulos e em todos os livros. Esse pequeno "mimo" com seu público já virou a marca registrada do rapaz e é um diferencial perante os demais escritores desta plataforma.
Cavellari ainda é apenas um iniciante no mundo da escrita, mas já alcançou resultados promissores em sua jovem carreira. O maior destaque, certamente, fica com o fato de seu livro, "Um Vício Chamado Rafael", ter sido o único romance LGBT a vencer a premiação #Wattys2016.
Vamos conhecer agora, um pouco mais sobre o escritor. Ele é o nosso primeiro entrevistado e abrirá os trabalhos falando sobre sua vida pessoal e profissional. Acompanhe:
Primeiramente, gostaria de agradecer por você iniciar os nossos trabalhos. É uma honra tê-lo aqui.
A honra é toda minha, Gabí!!!
Eu querendo fazer a phyna, mas ele não ajuda. Então vamos, respode aí Palhaço.
Nome:
Caio Castro, ops, Caio Cavellari.
Idade:
É mesmo necessário?
Claro.
Tá, tá bom... 18 anos.
Oi??
Que foi, @Carioca_Santos? Não me olha com essa cara! Tá bom, tá bom... (suspiro profundo) 28 anos. Está satisfeita agora?!
Bem melhor.....
Cidade Natal:
Osasco.
Cidade Onde Mora:
São Paulo, a capital da fumaça!
Apelido:
Clementina. Não, é óbvio que estou brincando, meu apelido é Cacs.
Algum amigo ou familiar sabe que você escreve? Se sim, eles te apóiam?
Alguns sim, outros não. A maioria não sabe. É complicado expor isso para todos, não sei como eles reagiriam se soubessem que escrevo literatura LGBT. Quem sabe me apoia e receber o incentivo deles é crucial para me manter nesse ramo.
O que te levou a começar a escrever? Quando foi exatamente o início de tudo? (Por @PatyFerSilva).
Obrigado pela pergunta, Dona Paty Maionese. Eu nunca falei isso para ninguém, mas eu escrevi a minha primeira história ainda na adolescência.
Eu devia ter uns 14 ou 15 anos, talvez menos, e na época era bastante inquieto, então um dia peguei um caderno e comecei a escrever uma história boba sobre amigos que iam viajar.
Não tinha nem título e ficou horrível (risos). Acabei jogando fora e não me arrependo, ficou mesmo péssimo. Serviu de aprendizado.
Comecei a escrever pra valer mesmo em 2013, quando redigi "Bruno", hoje "Marcas do Passado".
O que me levou a isso? Nem eu mesmo sei responder, essa que é a verdade!!!
O que te dá inspiração para escrever?
Olha, Luciana Gimenez, essa é uma pergunta difícil para mim. Não tenho um ritual, não tem uma receita para ter inspiração. Ela vem, ela brota, ela surge e quando eu vou ver, o capítulo ou a cena está no Word.
Sei que isso pode parecer clichê ou história de escritor, mas é a mais pura verdade. É meio maluco, meio sobrenatural, sei lá. Eu realmente não sei de onde vem tanta inspiração, mas deve ter o dedo de Deus no meio disso tudo, só pode.
Você esperava que suas histórias fossem tão conhecidas?
Obviamente que não, Mariana Godoy. Acho que nenhum autor espera por isso.
Não sou hipócrita, trabalho para que sejam conhecidas, mas mantenho os dois pés bem firmes no chão e sei que talvez não façam sucesso.
Como foi vencer o #Wattys2016? Como você recebeu a notícia? Como se sentiu ao saber que seu livro foi o único romance LGBT a ganhar a premiação? Você esperava vencer?
Jô do céu, foi um choque! Eu estava na rua quando os vencedores foram anunciados e quando cheguei em casa, vi a mensagem da Raquel e fiquei besta!
Abri imediatamente o Wattpad e estava lá a mensagem falando que eu tinha vencido na categoria "Voto Popular". Foi a maior festa no meu grupo de leitores do Telegram.
É uma responsabilidade muito grande ter vencido esse prêmio, eu não esperava por isso. Estava crente que não venceria, fui surpreendido com esse resultado.
Você tem cinco livros aqui na plataforma, algum deles é seu preferido?
Difícil isso, hein? Muito difícil! Eu gosto de todos, cada uma com sua particularidade. Tenho um xodó enorme por "Marcas do Passado" e um carinho imenso por "Um Vício Chamado Rafael", porém creio que agora a minha preferida seja "Laços de Sangue", porque é nela que estou mergulhado de cabeça.
Você tem algum personagem seu preferido?
Eu tenho muitos personagens, é difícil escolher um só. Seria óbvio demais listar os protagonistas aqui, então vou escolher outro.
Acho que a Janaína é a minha preferida. Além de ser cômica por natureza, ela é uma grande amiga e uma mulher de fibra. Acho que fico com ela.
Qual a sua relação com a escrita hoje em dia? É só um hobby ou você tem vontade de virar escritor profissional?
Era um hobby, até vir para a Wattpad, até lançar "Um Vício Chamado Rafael" e o livro bombar de críticas positivas dos leitores.
A partir do momento que a coisa foge do nosso controle, acho que automaticamente o hobby fica de lado. É claro que eu adoro escrever, é claro que isso me diverte e me dá prazer, no entanto não é mais hobby.
A cada dia que passa, eu levo o assunto mais a sério e tento, o máximo possível, me profissionalizar a cada capítulo.
Reconheço, porém, as minhas limitações. Sei que tenho um certo talento pra coisa, mas não posso ser hipócrita. Ainda não sou profissional e ainda tenho muito a aprender, mas um dia eu chego lá, se essa for a vontade de Deus.
Como você lida com as críticas e os elogios?
Ser elogiado faz parte do jogo, mas pra mim não é o essencial. Eu gosto, é claro, quem não gosta? Mas pra ser sincero, não é prioridade.
Prefiro as críticas, desde que elas sejam bem elaboradas e construtivas, porque elas podem me ajudar a entender onde acertei e onde errei.
Só não gosto quando a crítica é destrutiva, quando a pessoa não sabe se expressar ou quando me ofendem. Não estou aqui para ser ofendido, respeito é bom e eu gosto!!!
É bom receber elogios porque a gente percebe que está indo pelo caminho certo, só não curto "puxa-saquismo".
Pra você é importante escrever o que você gosta, ou o que os leitores gostam?
As duas coisas. Eu preciso unir as duas coisas, senão o trabalho não dá certo.
Como é a sua relação com seus público?
A melhor possível, pelo menos da minha parte. Nunca tive grandes problemas com quem me segue, ao contrário! Sou muito grato a todos, porque a nossa relação é sempre muito produtiva e carinhosa.
Acho que para qualquer autor essa relação deve vir em primeiro lugar, então eu procuro sempre tratar meus seguidores com respeito, carinho e gratidão. O que eu seria sem eles? Nada! Amo meus leitores, falo isso de coração.
Já mudou alguma coisa em suas histórias pensando em algum leitor? E se sim, por quê?
Não, nunca. Não até o momento, pelo menos. Eu vou explicar o porquê.
Livros são obras fechadas e embora eu poste semanalmente aqui na Wattpad, procuro manter a história fiel ao que eu imaginei, fiel a tudo que planejei.
É claro que eu fico balançado quando vejo um leitor pedindo um determinado rumo para os personagens, mas procuro não levar isso em consideração caso esse desejo não esteja de acordo com o que planejei para a personagem.
Não é descaso com o leitor, juro que não é, é apenas respeito para comigo e para com a minha obra.
Não descarto a possibilidade de um dia mudar de ideia. Se eu ver que é o melhor a ser feito, se eu entender que o leitor tem razão ao pedir modificações, eu mudarei. Não tenho nenhum problema com isso.
Vamos falar de "Marcas". É mesmo baseado em fatos reais? 100% fatos reais?
100% não, mas é baseada em fatos reais sim.
Você pode falar algo sobre "Marcas do Passado" que mate de verdade a curiosidade de seus leitores?
Em hipótese alguma!!! (risos).
A curiosidade dos leitores é a alma do negócio, se eu matá-la, a saga de Lucas perde a graça. Sinto muito.
"Lady Janaína" é uma história mais curta e você alegou que ela é inspirada em sua amiga. Por quê?
Porque Janaína é uma palhaça, só por isso (risos).
Agora sobre o "Vício", ele também é baseado em fatos reais? 100% reais?
"Um Vício Chamado Rafael" é uma história fictícia, mas a ficção que inseri é baseada em fatos reais.
Normalmente coloquei coisas que acontecem no nosso país e no mundo, como gravidez na adolescência e sequestro por exemplo. É nisso que me refiro sobre "fatos reais".
Essa história continua em "Laços de Sangue", de onde veio essa ideia?
A ideia surgiu a partir do momento em que vários leitores começaram a encher as minhas caixas de mensagens de todas as redes sociais reclamando do fim de "Um Vício Chamado Rafael".
Verdadeiramente, eu não tinha a intenção de fazer um segundo livro. Para mim, a história dos Albuquerque Alves poderia morrer com Eder e Fael, mas fiquei comovido com os pedidos dos leitores. Foi então que resolvi prosseguir e criei "Laços de Sangue".
Esse livro ainda não está finalizado, você pode adiantar algo sobre o desenrolar da trama?
Só o que posso adiantar é que esse romance será bastante intenso, no sentido literal da palavra. Não vou dar maiores detalhes sobre a trama em si, lamento. (risos).
Você se inspira em algum autor?
Com certeza, J. K. Rowling!!! Pelo menos no que diz respeito à escrita, porém ainda tenho que comer muito arroz com feijão para chegar na sombra do dedinho mindinho do pé esquerdo dessa diva.
Já pensou em desistir? Se sim, por quê?
Ah, sim. Às vezes ainda penso nisso.
Sabe, Gentili, não é fácil escrever e é bem difícil tentar agradar a um público tão distinto como o meu.
A gente começa a receber pedradas, começa a receber energia negativa que você nem sabe de onde vem. É um trabalho árduo e difícil de ser executado e não nego, dá vontade de desistir sim.
Mas aí você começa a olhar os frutos que aparecem aos poucos e volta atrás. Não sou um homem fraco, sou teimoso e agora vou até o fim. Não vou desistir jamais, por mais que esporadicamente tenha o ímpeto de fazê-lo.
Geralmente os protagonistas têm algum traço do autor. O que Eder e Rafael têm seu? Qual deles se parece mais com o Caio?
Os dois (risos).
Eu sou ciumento igual ao Eder, embora ele seja doentio de vez em quando. Já o Fael é batalhador, insistente, perseverante. Ele não desiste daquilo que quer com facilidade, eu também não.
Caio, sabemos que sua vida não têm sido um mar de rosas. Qual a maior lição que você tirou após tantas turbulências? (Por @racavara)
Obrigado pela pergunta, Seu Caveira. De fato, não tem sido e não é um mar de rosas. Eu tenho inúmeros problemas em minha vida pessoal e a maior lição que tiro deles é que, independentemente da dor que eu sinta, sempre há uma luz no fim do túnel.
Eu aprendi a ter fé, aprendi que existe um Deus no comando de tudo e que se hoje está ruim, amanhã pode estar melhor e que tudo na vida passa. Sempre passa.
Caio, por que o anonimato? Existe a possibilidade de um dia você mostrar o rosto?
Isso já virou a minha marca registrada, Porchat. (risos). Não faço isso por maldade, talvez seja timidez ou sei lá. Sinto que devo fazer isso.
Mas sim, existe a possibilidade de um dia eu aparecer. Quando? Não sei!!!
Deixe uma mensagem para seus seguidores.
Obrigado, muito obrigado por tanto carinho, por tanta admiração, por tanto respeito e por acompanharem o meu trabalho.
Por mais difícil que esteja sendo a sua vida, por mais apertado que esteja o seu sapato, por mais pedras que existam na sua estrada, tenha calma.
Existe uma razão para tudo nesta vida e, por mais que hoje você desconheça os motivos de seu sofrimento, lá na frente você os compreenderá.
Tenha fé, paciência, determinação e, acima de tudo, jamais deixe de lutar. Vá em frente, siga adiante, derrube os seus obstáculos e alcance a sua vitória. Você é capaz!!!
Você topa um pingue-pongue rápido? Eu faço uma pergunta, você responde com apenas uma palavra. Pode ser?
Claro que sim, Adnet!
Uma pessoa?
Luan Rafael.
Cor Preferida?
Verde.
Um Sonho?
Conhecer Jorge e Mateus.
Um medo?
Ser infeliz.
Um desafio?
Virar um escritor conhecido.
Uma palavra.
Deus.
Deus é?
Tudo.
Família é?
Sangue.
Amigos são?
Coração.
Leitores são?
Prioridade.
Sucesso é?
Consequência.
Visualizações são?
Estatísticas.
Uma qualidade?
Perseverança.
Um defeito?
Às vezes sou meio chato.
Um filme?
De Pernas pro Ar.
Um livro?
Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Uma música?
E se eu chorar (Jorge e Mateus)
Um ídolo?
No caso, dois: Jorge e Mateus (pra variar).
Um lugar?
Rio de Janeiro
Um escritor físico?
J. K. Rowling.
Um Wattpader?
Maycon_Zd.
Ser escritor é?
Poder viver várias vidas em uma só, poder voar sem tirar os pés do chão, poder transmitir aos demais tudo aquilo que se passa em seu coração,
Poderia deixar uma mensagem aos escritores que estão em início de carreira e ainda têm um longo caminho a percorrer?
Sim, poderia. Para eles eu só digo o seguinte: NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS, POR MAIS DIFÍCEIS QUE ELES SEJAM!!! BOA SORTE NA CARREIRA DE VOCÊS.
Muito obrigada pela entrevista, Caio (Querido) Cavellari!!
Eu é que agradeço, Oprah, foi um prazer imenso ser o seu primeiro entrevistado.
https://youtu.be/WfnoAkx8BA8
Instagram.com/caiocavellarioficial
Entrevista realizada por: Carioca_Santos
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