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[ PRIN-CÍ-PIO :
1. O primeiro momento da existência (de algo), ou de uma ação ou processo; começo, início. ]
Eu já havia terminado minha terceira cerveja naquela noite, e eu odeio cerveja. O novo servidor estava atrasado à quase uma hora. Eu já olhei tanto para o meu relógio nesta última hora que poderia lhe dizer quantos diamantes há nele sem ao menos parar para contar.
Que o Louis me perdoe, mas eu vou tomar um shot de tequila e vou embora para a boate mais próxima. Eu peço uma dose que chega quase em seguida e a viro rapidamente. Seria eu capaz de achar algum problema esse noite?
Você deve estar confuso, irei explicar isso melhor.
Conheço Louis há muito tempo, ele sempre foi um amigo distante, matava aulas e sempre fazia as melhores festas. Reencontrei ele há dois anos em um festival de música eletrônica, eu queria fugir dos meu pais e largar a faculdade, porém sem meus pais eu não iria ter dinheiro. Sim, eu era garota rica e metida, mas tudo mudou. Louis me fez uma proposta, ele disse que eu poderia trabalhar com ele, no tráfico.
Eu nunca fui santa, mas sempre estudei nos melhores colégios de Londres, estive sempre em festas com a elite. As pessoas ricas são as piores, por trás de todos aqueles luxos e rótulos, todos esses caras não passam de viciados, mentirosos cheios de hipocrisia.
Me lembro da minha primeira festa, era tudo tão normal, que não me senti mal em usar drogas. Em menos de cinco meses, já havia experimentado de tudo, já havia dormido com mais caras que pude contar.
Isso me fez ser uma mulher forte, nunca deixei que alguém tentasse me manipular ou me machucar, que me dissesse o que eu deveria ou não fazer. Para mim, tudo é uma questão de querer. Se eu quero eu posso. Todos deviam ser assim.
Eu já sabia atirar, sabia lutar e sempre fui bem inteligente, eu era a pessoa perfeita para Louis. Ele procurava por um braço direito e eu por independência. Eu peguei o jeito em pouco tempo, nós reconstruímos o seu império no cartel de drogas novamente.
E nesse momento eu tenho 30 mil libras na minha jaqueta, para pagar um carregamento. É pequeno, pois é um servidor novo. E o filho da puta ainda não apareceu, há um cara sentado na bancada no bar, uma mulher chorando do outro lado e um cara escrevendo. Onde eu me meti?
Tem algo muito estranho aqui, esse tipo de coisa não leva tanto tempo. Então eu me levanto e sento a dois bancos do cara. Ele olha com uma certa expectativa. Seus olhos são castanhos, não é castanho comum, é como caramelo, mel, fogo ou avelã, eu não sei. Lábios rachados e uma barba a fazer, cabelo cinza, eles foram descoloridos. Obviamente. Piercing no nariz, brinco, eu acho que o conheço de algum lugar...
Seu olhar de expectativa se tornou um olhar de curiosidade, provavelmente parecido com o meu. Eu pedi uma dose de tequila para o barman, ele então ele pulou os bancos entre nós.
- Esperando por alguém? - ele diz com uma voz cautelosa sem parecer rude, apenas curioso, ele carrega um sorriso sacana no rosto.
É tão óbvio assim?
- Talvez - Minha voz paira no ar.
- Talvez - ele repente o que eu fiz no mesmo tom que o meu, da os ombros bebe outro gole da sua cerveja. Me olha novamente e continua com aquele sorriso no rosto. Eu retribuo o sorriso.
- Posso te pagar outra dose? - Ele aponta pra o pequeno copo e lança um olhar que eu não consegui identificar.
Analiso sua pergunta com cuidado enquanto aperto meus lábios com os dentes. Não me parece ideia ruim.
- Acho que sim - Digo baixo mas o suficiente para que consiga ouvir, e imediatamente sua expressão muda. Ele vira para a direção que o barman está e faz um sinal para que ele venha até nós.
- Duas doses por favor, para mim e outra para ela, por minha conta. - Ele ao barman, e assim ele o faz. Em menos de um minuto as doses já estão servidas e então brindamos e viramos juntos. - Você é daqui?
Não achei que seria uma cantada ou alguma pergunta apenas para jogar conversa fora, simplesmente ele realmente queria saber.
- Sim e não, sou do outro lado da cidade, costumo vir aqui com uma amiga mas ela furou. Não sou muito fã deste lado da cidade.
Ele parece levemente ofendido com a meu comentário, o fato de eu estar num bar meio caído para a grandiosidade da cidade, mas eles tem uma tequila ótima. Ele parece pensar no que dizer.
- É eu realmente não costumo frequentar o centro, e passei uns três anos fora então... - Ele deixa a frase morrer e tem um tom de mais sério. Alguma coisa que provavelmente ele não me contaria.
- Mas agora você está aqui - eu disse com um tom de positividade que não costumo usar.
- E você também- ele diz e toma um gole da sua cerveja.
- Então acho que deveríamos aproveitar esse oportunidade - Digo com um sorriso parecido com o que ele lançou mais cedo.
- Acho que sim - Ele imita a responder que lhe dei mais cedo.
- Outra rodada por favor - digo e ao barman que trás a garrafa e enche os copos de novo - O que acha de sair daqui e ir para um lugar mais legal?
- Acho melhor fazer isso o mais rápido possível.
Viramos a outra dose assim que ela foi servida. Eu deixei uma nota de 50 libras no balcão, a conta não chegaria nem a metade disso, mas eu tinha uma pressa que não me permitiria esperar pelo troco. Ele deixa uma nota também e então ele sai atrás de mim daquele bar depressivo que tem uma tequila boa.
Provavelmente perdi uma carga, mas vou ter uma noite boa!
- E então, já que você conhece essa parte da cidade, alguma sugestão? - Lhe pergunto assim que saímos definitivamente de lá, dou um passo chegando mais perto dele.
- Conhece 'O Inferno'?
Ah, O Inferno, o bar mais perigoso e divertido de Londres. Eu sempre que ir, Louis sempre diz "você vai se perder lá, não é lugar para você". Não que Louis mande em mim, é que se for sozinha teria que tomar um litro de absinto, se for acompanhado só cinco shots. Como um ritual de passagem, uma espécie de batismo que eu não estava disposta a participar.
Louis nunca quis me levar lá, e até então não havia conhecido alguém disposto a me levar. É o único bar da cidade onde as drogas são "liberadas", a polícia recebe uma grana para não passar por lá. É como 'O Pais das Maravilhas' dos viciados. E essa é a razão de "não ser para mim", eu já tive uma overdose, digamos que eu perco o controle. As vezes.
- Eu já ouvi falar, porém nunca entrei lá. - Digo com desdém, tentando esconder o quão feliz estou com esse convite. Louis vai me matar.
- Ótimo, quer ir?
QUE LOUIS ME PERDOE MAIS EU VOU SIM!
- Pode ser... - Dou um sorriso tímido, e lhe dou os ombros, ele ri do meu ato mas não o comenta.
- Você está de moto, carro? - Nós ainda estávamos parados na frente do bar.
- Eu estou de carro.
- Ah, estou de moto, quer ir comigo ou com seu carro?
Eu realmente gostaria de ir com ele mas eu estou armada e tem dinheiro pra caralho comigo, não há a opção de ir com ele já que preciso me livrar disso, vou ter que ir com meu carro.
- Eu vou com meu carro, se você não se importar. Você vai na frente e eu lhe sigo. - Lhe ofereço meu melhor sorriso como um pedido silencioso de desculpas.
- Pode deixar! - ele pisca e eu solto um sorriso, e eu vou andando até meu carro e desativo o alarme.
Já na Land Hoover preta brindada, tiro o dinheiro da minha jaqueta e deixo apenas o suficiente para uma noite divertida. Pego a arma que estava escondida em minha cintura e coloco junto com o dinheiro no porta luvas. Deixei um saco de cocaína e a maconha na jaqueta. Talvez eu precise mais tarde.
Ligo o carro e vou seguindo o cara lindo e sem nome até O Inferno. Meus documentos falsos estão na jaqueta. Paro o carro á uma quadra do bar/boate, os olhos de avelã para a moto perto do carro. Então ele pede que eu deixe seu capacete dentro do carro e o faço.
- Belo carro, mas por quê blindado? - Ele parece totalmente confuso assim como todos que não sabem de quem eu sou filha.
- Era do meu pai, ganhei quando fiz 17 - Dou os ombros porque é verdade, e não era nem de longe o carro mais caro que meu pai comprou, talvez o mais barato considerando que não sou a filha favorita e nunca serei.
- O seu pai é traficante? - ele diz rindo, era uma brincadeira.
Não amigo, mas eu sou.
- Na verdade ele é um empresário, vamos? - usei meu sorriso malicioso para que ele esquecesse o rumo que a conversa iria tomando, odeio falar do meu pai.
- Vamos - ele passa seus braços pela minha cintura eu faço o mesmo, faríamos um belo casal se isso não fosse tão casual.
Andamos até a entrada da boate estava cheia de gente. O segurança cumprimentou o cara misterioso.
- Hey Z! Já faz um tempo, não? - Zayn pulou toda a fila e simplesmente foi recepcionado pelo segurança com um sorriso no rosto.
- Sim, eu estava fora, resolvendo algumas coisas, sabe como é... Mas estou de volta, avise o pessoal...
- Ah sim, é a primeira vez dela, certo? - O cara me olha mas com respeito.
- Sim. É por minha conta. - Z parecia serio.
- Use o que quiser, os dois, cortesia da casa, pelos velhos tempos. Qual seu nome, querida? - Ele tinha uma caneta na mão.
- Bella - digo o nome que está em meus documentos falsos.
- Ok Bella e Z. Eu vou tirar a foto...
Ele pega a Polaroid e tira uma foto minha com o "Z", tira duas cópias e escreve "Bella and Z - 22/05/2015". Deu uma foto para mim e guardou a outra.
- Olha só, sai maravilhoso nessa - Z diz - Você está linda - Abro um sorriso e guardo a foto na jaqueta.
- Vamos logo com isso - Já um pouco impaciente eu viro as cinco doses que já estão preparadas, eu só devia pegar e virar, haviam cinco para o Z também, ainda bem, não queria ser a primeira a ficar bêbada.
Copos vazios, e estamos dentro da boate. Nada do que eu já imaginei deste lugar, é o que ele é. O primeiro plano me parece normal, música, dança e bebidas. Numa versão mais explícita talvez , pois nem todos tem cara de bonzinho.
Subindo as escadas temos streapers usando apenas uma pequena calcinha e dançando, servindo bebidas e até mesmo fazendo danças individuais, lapdance. Há sofás também, e dois quiosques. Um com bebidas (uma versão menor do andar de baixo), e o outro provavelmente de drogas.
Isso pode parecer superficial para alguém normal, mas para alguém como eu, esse lugar é o que eu vou conseguir chegar mais perto do paraíso, esse é o trocadilho com o nome.
Meus olhos brilhavam, eu era 100% luxúria naquele momento. Poderia gastar todo meu dinheiro aqui, poderia ficar aqui o resto do meus dias miseráveis.
Z que tinha sua mão ligada a minha, foi até meu ouvido e sussurrou que iria pegar uma bebida. Eu acenei, ele se distanciou por um tempo e tudo que eu queria fazer era subir para o andar de cima.
Logo os olhos de avelã estavam de volta com um sorriso em seu rosto, me deu um copo (com o que eu identifiquei como "lua azul") e uma pílula que tomei com um gole da bebida e então ele juntou nossos corpos.
- Quer dançar?
Uma música sensual tocava naquele momento, era o lugar errado e a música certa. Eu não pensei muito, apenas juntei meu corpo ao dele e fiz o que queria fazer. Eu rebolava na sua frente e deslizava as minhas mãos pelo seu corpo, virei de costas e continuei no ritmo da música, sua mão pousava na minha cintura porém ele estava louco para desce-la.
Eu já estava tão quente e nós nem tínhamos nós beijado, eu precisava acabar com aquilo, ou começar. O encarei novamente e passei meu braços por cima nos seus ombros. Enquanto a música soava, nossos lábios se tocaram, eu pude sentir a eletricidade, a energia, o quão diferente aquilo era. Era tão bom e tão estranho, uma sensação indescritível , como usar heroína pela primeira vez.
Se eu não tivesse usado alguma coisa, poderia dizer que era algo como uma conexão de almas, se eu não tivesse bebido poderia dizer que achei a pessoa certa. Porque eu juro que isso nunca havia acontecido antes, isso nunca foi assim, tão intrigante.
Talvez seja o lugar, a música, essas luzes, mas eu me recuso pensar que seja ele. Ele é só um cara, vamos lá.
Continuamos na pista, no ritmo das músicas, nossos corpos se uniam, dançávamos, e bebíamos e nos beijávamos.
Até que o calor do corpo estava tão forte que nós queríamos mais. Uns beijos não eram o bastante. Subimos para a parte de cima, e o meu corpo estava em chamas, eu precisava me controlar.
Ficamos vendo uma streaper dançar por um tempo, jogamos algumas notas para ela, Zayn preparou um baseado. Minha jaqueta já estava em algum lugar do sofá em que estávamos. Eu estava no seu colo, esperando ele acender o cigarro, e eu estava tão excitada.
- Você está me deixando louco... - Sua vez era rouca e enebriada.
- Então, por favor, não se controle - Minha voz faz com que ele trema levemente.
- Não estava nos meus planos de qualquer forma - nós sorrimos como bobos e então ele me entregou o isqueiro.
Eu deslizei meu polegar pela parte superior e então a pequena faísca fez com que nossos olhos brilhassem perante a pequena chama. Cheios de luxúria, assim que ele tragou pela primeira vez eu deixei que a chama se apagasse. E então, me aproximei como que em um beijo, abri brevemente a boca e então ele soltou uma fumaça ali, a inspirei, aspirando em seguida.
Ele traga novamente e então me passa o cigarro, repito o mesmo processo feito por ele. E então nós vamos desta maneira até que não há mais nada.
A música começou a ficar abafada na minha mente, as luzes iluminavam o rosto dele de uma maneira diferente. Seus olhos pareciam mais intrigantes e sua boca ainda mais convidativa. Ficamos encarando um o outro por um tempo indeterminado, hipnotizados e chapados.
Tudo era um borrão atrás dele, eu me esqueci de onde eu estava, qual era meu objetivo naquela noite. Tudo girava e estava paralisado ao mesmo tempo. E então em algum momento nós beijamos, eu pude ver tudo com os olhos fechados, todas as cores e sabores. Tudo que tem graça na minha vida, estava tudo com ele, ali, aqui, agora.
É estranho sentir isso quando está com alguém que nem se sabe o nome, mas não se pensa muito nos porquês quando se está chapado.
É tudo tão confuso na verdade, em algum momento eu comecei a morder seu pescoço e pude ouvir seus gemidos abafados. Suas mãos exploravam meu corpo sem pudor, minhas mãos desarrumam seus fios cinzas. Nós estávamos em chamas e derretendo um sobre o outro.
- Hey... Vamos... Sair daqui? - Ele diz sem fôlego, seus olhos cheios diretamente aos meus.
- Vamos - digo firmemente e então o beijo novamente, pego minha jaqueta e me levanto, ele cola em mim e começa a beijar meu pescoço.
A diferença de tamanho não é tão grande, uns centímetros. Saímos dali entre beijos, já era tarde, eu nem tinha visto o tempo passar.
- E agora? Pretende me foder na rua? - digo ironicamente enquanto ele deixa mordidas no meu pescoço, mas não me opus a ideia.
- Não, tem um hotel aqui... Já fiquei hospedado lá. - ele diz no meu ouvido, filho da puta... Ele coloca meu cabelo atrás da orelha e deposita um beijo na minha bochecha. - Eu vou te foder como você nunca foi fodida antes.
Um arrepio percorreu pela minha espinha, esse cara estava acabando com resto de sanidade mental que eu tinha em tão pouco tempo.
E então ele soltou um sorriso sujo e pegou minha mão me arrastando para o outro lado da rua. Eu estava tonta, atordoada e enlouquecida, uma pequena parte da culpa era da maconha, o resto é culpa dele.
Ele não andava muito rápido, poiso estava chapado também, eu não sei o quanto andamos só que estávamos nós beijando descontroladamente em um corredor e então ele tirou uma chave de algum lugar e abriu uma porta.
Assim que a porta fechou novamente eu estava presa entre ela e ele. Seus lábios alternavam entre minha pele e minha boca, suas mãos eram ágeis e eu gemia. Tirei sua jaqueta e sua camisa, seus braços eram cobertos por tatuagens assim como seu tronco, um abdômen quase definido, eu diria na medida perfeita.
E então minha jaqueta tomou o mesmo rumo da sua, o chão. E então estávamos na cama, sem blusa e sapatos, corpos juntos e bocas ocupadas, com o barulho das nossas próprias mentes. Ele tirou minha calça de vagar, eu estava impressionada pela quantidade de tatuagens que cobriam seu corpo, temos uma ou duas iguais, não sei direito, estou tão excitada.
Assim que minha calcinha atinge o chão, eu alcanço o céu, sua língua na minha intimidade começa de vagar e tão suave que eu não sei explicar, aos poucos meus gritos tomam conta daquele quarto entanto sua boca explora toda minha pele. Eu estou delirando? Meu orgasmo me diz que não, essa sensação é bem real.
Nossas bocas unidas novamente e o resto das roupas no chão, ele está tão duro que seus gemidos eram desesperados. Comecei a masturbar-lo com a mão, mas ele não quis esperar muito, apenas se afastou e tirou uma camisinha da gaveta da mesa ao lado da cama. Abrindo o pacote com agilidade e o colocando rapidamente, ele me penetrou. Foi tão rápido que minha única reação foi dar um grito, ele estava por cima e então tomou o controle da situação.
Tudo parecia tão certo, mesmo estando tão errado.
Ele foi cuidadoso á princípio, porém estava calor de mais para isso então não demorou para acelerar as coisas. Outro orgasmo, e mudamos de posição, eu estava no comando agora, é a minha parte favorita. Não só no sexo, na vida.
Tudo se tratava de fazer com que ele implore, então você começa rápido e depois faz tão lentamente que chega a ser torturante. Seus gemidos roucos e descompensados soam perfeitos aos meus ouvidos, ele pede mais e quando eu o dou mais ele não aguenta e goza. Eu continuo até repetir o ato novamente.
Sem fôlego nossos lábios se unem novamente, e então eu me surpreendi. Ele continuava duro e excitado. A pílula de mais cedo talvez?
- Eu estou derretendo, vamos continuar isso no chuveiro baby... - Digo em seu ouvido e ele apenas concorda me pegando no colo em um movimento rápido.
Minha boca colou em seu pescoço deixando algumas marcas, ele disse algo que eu não entendi de imediato até o jato de água bater contra minhas costas e me fazer tremer com a eletricidade que causou no meu corpo.
A água gelada fez meu corpo em chamas estremecer, eu não iria mais responder por mim se isso continuasse assim.
- Porra, eu preciso que você me chupe - Ele disse com a voz falha e então eu desço minhas carícias até seu membro, já não estou mais em seu colo e sim ajoelhada no box. Começo a fazer movimentos com a mão e depois o coloco todo na boca com uma certa dificuldade. Ele puxa meu cabelo e começa a ter controle sobre os movimentos. Extremamente rápidos, e então ele goza novamente, tudo na minha boca. Eu não posso nem reclamar, porque seu gosto é bom.
Eu me levanto e nos beijamos novamente, suas mãos ágeis começam a trabalhar no meu corpo tão rapidamente que não consigo controlar meus gemidos. Ele se ajoelha e coloca uma das minhas pernas em seu ombro, me apoio na parede e então ele começa a me chupar. Realmente não sei se vou conseguir me manter em pé, agarro seus cabelos com força. Eu estou tremendo de tanto prazer, eu iria gozar novamente.
Não demorou muito para isso acontecer, eu ia cair e ele me segurou, não sei como. Nossos lábios já estavam juntos novamente e então um tempo depois terminamos o banho.
Deitamos na cama, nus mesmo, e estava tão tarde que nem me importei de avisar alguém o meu paradeiro. Continuamos entre alguns beijos e carícias até nós dois estarmos cansados de mais para continuar aquilo.
Não me lembro de como acabei dormindo, porém acordei nua e em seus braços. Eu olhei para ele, dormindo tão serenamente, ele era lindo até dormindo. Eu deixo um beijo em seus lábios e me levanto da cama sem fazer nenhum movimento brusco que possa o acordar.
Procuro minhas roupas pelo quarto e as visto, vou até o banheiro dar um jeito no cabelo e na cara. Não há muito o que fazer, eu estou com umas chupadas por todo meu corpo, como a noite foi boa... Eu gostaria de repeti-lá um dia desse, quem sabe.
Assim que deixo o banheiro vejo ele em pé, de costas e com a sua boxer já no corpo. Droga.
- Ia mesmo sair sem se despedir? - ele diz assim que nota minha presença, sua voz é divertida, não é uma acusação.
- É um defeito meu! - digo colocando meu celular na jaqueta.
- Não quer ficar pro café? - ele diz olhando pra mim.
- Eu gostaria porém realmente não posso. - Era verdade.
- O que é que tinha que fazer já não vai dar mais... São quase uma da tarde, fica - Ele olha pra mim com um sorriso.
- Eu não posso, me desculpe. Mas eu vou te deixar meu telefone, pode ser?
- O seu número de verdade? - ele pergunta ousado.
- Sim, meu número de verdade - Dou um sorriso bobo, como ele sabe que eu passo um falso?
- Mas eu não sou o tipo de cara que liga no dia seguinte... - ele disse rindo.
- O dia seguinte é hoje. E eu não sou o tipo de garota que da o número de verdade. Então eu vou te dar meu número, e quando estiver cansado das outras garotas ou querendo alguém pra beber, fumar com você, me liga babe...
- Eu vou ligar, quem sabe daqui duas semanas...? - Ele fazia uma voz estranha, passava a mão no próprio cabelo na intenção de fazer com que eles parassem no lugar.
- Ótimo, eu não vou esperar... - dou uma risada e ele me estende seu celular, eu disco meu número e então salvo meu contato com o meu nome falso, não é como eu tivesse prometido dar meu nome verdadeiro também.
Lhe entrego o celular e ele me puxa para um beijo, minhas mãos não conseguem evitar de passar pelo seu corpo. Assim que beijo termina dou uma piscada para ele e deixo o quarto.
Ando algumas quadras até achar meu carro, não ligo meu celular nem nada, apenas vou dirigindo até a onde moro com Louis e os membros mais importantes do cartel, tanto faz.
Assim que entro na sala de visitas Josh vem até mim com os olhos arregalados, ele parece surpreso ou algo assim.
- Gigi onde você estava? Louis está louco atrás de você... - Ele tinha um celular na mão e parecia surpreso com a minha chegada não tão inesperada.
- Porra Josh, aquele cara de ontem era maior furada... Onde Lou está? - Tiro minha jaqueta e meus sapatos enquanto eu pergunto.
- Ele já vai descer para almoçar, por quê não atendeu seu celular?
- Bateria - minto, e ando até as escadas o deixando confuso - Vou tomar um banho e trocar de roupa e já desço, quando ver o Louis avise que eu cheguei.
Ele concorda e então eu subo para o andar que onde fica o meu quarto. Tiro o resto de toda roupa, tomo um banho rápido para não me atrasar ainda mais para o almoço. Coloco uma blusa de manga comprida e um short, desço de chinelos mesmo, já perdi o treino.
Assim que entro na sala de jantar, todos se calam, Louis senta na ponta principal e o meu lugar que é a sua direita está vago. Me sento e começo a me servir, eu estou tão faminta.
- Não tem nada a dizer Gigi? - Louis diz ainda me encarando.
- Não me venha com seus sermões... O servidor era uma furada, eu o esperei e nada, resolvi então aproveitar meu tempo e fui me divertir. - Eu estava muito chateada com o fato da minha negociação da noite anterior não tinha dado certo, isso nunca aconteceu antes.
- Você poderia ter avisado, prenderam uma mulher ontem no bar que você estava... Pensamos que era você.
- Você está me zuando? Era uma armadilha? - Então tudo faz sentido, o fato de ter um cara escrevendo num bar... Ele provavelmente era um informante da polícia.
- Provavelmente - Josh diz.
- Que merda Louis, Matt tem que conferir essas coisas direito... Isso não é brincadeira - digo irritada, todo o bom humor que haviam resultado da minha noite com Z tinha se diluindo em ódio.
- Digo o mesmo para você, temos uma missão na quinta e você perdeu o treino de hoje... Você tem obrigações á cumprir aqui, isso não é brincadeira. - Ele repete minha frase com o mesmo tom de irritação que usei.
- Eu sei Louis, porra foi um treino só, quando você sai pra se divertir ninguém fala nada...
- Eu não fico indo para a O Inferno. - Louis soltou a informação e então minha cara caiu no chão e com ela toda minha pose de garota injustiçada.
- Quem te disse que eu estava lá? - Perguntei sem ao menos pensar, mentir não me ajudaria em nada.
- Nick te viu, com um cara... - Nick era novo no cartel, provavelmente ainda não sabia como as coisas funcionam e resolveu puxar o saco do chefe.
- Você disse que achava que eu tinha sido presa mas sabia exatamente onde eu estava... Só vocês podem satisfazer os desejos da carne? - Uma pergunta retórica é claro, se eu fosse um cara, não estaríamos tendo essa discussão, mas eu tinha fome de mais para entrar nessa briga.
- A questão não é sexo Gigi, é a cocaína...
- Eu não usei cocaína ontem. - Digo firme, a questão é que eu realmente saio de mim quando uso drogas de mais, principalmente cocaína.
- Ótimo, assunto encerrado. Termina seu almoço logo e vá fazer seus deveres. - Ele diz como um pai irritado, e ele de fato está, mas eu tenho certeza que o assunto morreria ali.
- Sim, Senhor! - Bato continência.
- Isso é sério Gigi.
- Também to falando sério Lou! - Reviro os olhos e continuo comendo.
Ele levanta da mesa e sai da sala, os outros voltam a conversar e eu continuo a comer. Ainda tenho um plano de roubo de heroína do governo para revisar e descobrir quem era o otário que tentou armar uma para me prender.
revised at 24/07/2020
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