guns • 13

AVISO
ESSE CAPÍTULO CONTÉM CONTEÚDO SENSÍVEL COMO TORTURA, AO LER VOCÊ ESTÁ NA SUA PRÓPRIA RESPONSABILIDADE.

[ar-mas
s.f.pl. de arma
1.
as forças armadas de um país.
2.
feitos militares.]

O ar foge dos meus pulmões, eu recarrego a arma, espero o sinal de Matty para poder prosseguir. Ele faz um sinal de "quatro", "três" ao lado esquerdo e "um" ao direito. Ele aponta e diz pra eu atirar nos da esquerda, nos da ponta. Faço sinal positivo; cinco, quatro, três, dois... um, dou um passo e atiro. Um, dois homens no chão.

Corremos até o fim do corredor e então um tiro passa raspando a cabeça de Matty, em questões de segundos o atirador amador esta no chão. É um reflexo tão rápido que nem faz diferença, recarrego a arma. Mais seis balas para mais três andares e o tempo está acabando.

Matty vai na frente, ele faz um sinal para seguir direto e atirar apenas pra esquerda, concordo e vou caminhando atrás dele. Subimos mais um lance sem problemas mas assim que chegamos ao topo uns sete caras nos esperam. Dois tiros e logo alguém começa uma luta corporal comigo. Aplico alguns golpes e eles caem no chão, um inconsciente mas o outro ainda vivo solta um "é só o que sabe fazer garotinha?", no segundo seguinte ele tem uma bala na cabeça. Que belas últimas palavras não?

Continuamos o caminho até o próximo lance de escada onde só havia um idiota que foi capaz de errar dois tiros seguidos mas logo foi atingido por Matty. Próximos do último lance Matty recarrega a arma, assim que subimos damos de cara com uma porta de ferro trancada. Hora dos explosivos!

Coloco um explosivo de baixo alcance mas alta potência grudado perto da maçaneta, ativo o explosivo e desço metade da escada com Matty que o aciona. A porta explode, corremos até a entrada e encontramos a central de vigilância dos R5, eu conecto um pendrive que começa a roubar todas informações enquanto Matty procura a localização de Marcos, o dono dessa merda de cartel.

Na minha direita localizo umas maletas, vou até elas e vejo que há dinheiro nelas, mais é claro que eu vou leva-las... Pego o pendrive de volta e dou duas das maletas para Matty, vamos até a cobertura do edifício onde um helicóptero nos espera. Matty sobe primeiro enquanto eu jogo as maletas e em seguida me penduro na escada. Ele parte mas em movimento rápido já estou lá dentro.

A missão era simples, pegar informações e localizar Marcos, saímos no lucro com o roubo. Matty mandava a localização de Marcos para Louis que estava com Josh e Camila em outra missão que começa assim que a informação chegar até eles. Eles irão raptar ele e tentar descobrir quem é o filho da puta que está de sacanagem com Louis. Mas a parte da tortura é reservada apenas para mim e Louis, mais tarde.

- Vocês roubaram apenas por diversão? - Niall pergunta para mim.

- Mais e claro meu querido irlandês, na verdade foi uma estrategia muito bem executada já que eles vão primeiro dar falta do dinheiro e depois que vão perceber que invadiram o sistema deles. - Digo me gabando.

- Gênio, só tem um problema... As maletas tem rastreadores! - Matty diz.

- Tirem o dinheiro e joguem as maletas pela janela. - Digo, mas logo que Niall encontra alguns sacos eles fazem o que eu disse.

Em minutos, pousamos na base de controle onde já há carros esperando por nós. Tiramos os coletes e entramos no carro. Pego o meu celular e há uma mensagem de Zayn, abro um sorriso involuntário.

[Zee] : Fazer maratona de Black Mirror não é a mesma coisa sem você, vou ter que me virar com as minhas mãos hoje :( - Z

Tento pensar em algo legal para responder mas talvez meu dom seja atirar nas pessoas e não responder mensagens românticas.

[Gigi] : Talvez eu lhe mande alguma coisa que possa animar seus ânimos mais tarde... - B

Guardo o telefone e acendo um cigarro, já estava na meio do caminho para o deposito mas eu estou em um bom dia hoje, seria melhor se eu pudesse ver o Zayn mais tarde mas ainda tenho que esperar mais um dia para vê-lo. Eu odeio as regras que eu imponho à mim mesma.

Assim que chegamos ao deposito, eu entro. Caminho até a sala do bar e coloco uísque em um copo com gelo. A luz é baixa e eu apenas tento relaxar, meu celular vibra.

[Zee] : Porque não agora? - Z

Bom, eu estou sozinha, por pouco tempo mas o suficiente para mandar uma foto dos meus peitos para ele.

[Gigi] : Você é mimado de mais... B [photo]

Envio e guardo o celular, olho ao redor da sala e vejo o cofre de Louis, ando até ele e digito a senha. "010294", não faço ideia do que seja.

Há algumas maletas lá, procuro por uma preta e fina, assim que a encontro a coloco na mesa e fecho o cofre. Abro a maleta e vejo meus ítens favoritos do universo: facas, soco-inglês, canivetes e um cordão de fino de aço. Objetos para tortura.

Fecho a maleta e termino meu drink em apenas um gole. Deixo a sala com a maleta e caminho em direção as escadas do prédio. Subo alguns lances e vejo alguns caras fumando e conversando.

- Vocês deveriam estar apostos como os soldados da rainha, talvez seja por isso que estamos sendo ferrados por uma pessoa que nem sabemos quem é... - Digo e eles logo ficam apostos, pego o cigarro de um e o trago bem na sua cara. - Eu deveria comunicar o Louis sobre esse incidente quando ele chegar Leo?

- Se isso for do seu agrado, não temos nada contra suas decisões Gigi - Ele diz sem nem piscar.

- Espero que isso não se repita de novo, vocês não recebem para ficar fumando e contando piadas.

- Isso não irá se repetir - Um outro fala.

- Até porque se eu ver isso se repetindo pode ter certeza de que vocês terão que imprimir muito currículo pra poder achar outro emprego - Dou um sorriso falso e faço sinal para que ele abra o portão blindado, tarefa que ele faz no segundo seguinte.

Começo a preparar a sala de tortura, a cadeira no centro da sala escura e abafada é de aço e grudada no chão, tem suas fivelas para poder prender as mãos e os pés. Coloco a maleta na mesa e a deixo aberta, a mesa tem alguns compartimentos e neles há mais algumas coisas como cordas, alguns vidros de álcool, copos, alicates e um maçarico.

Não curto esse negócio de queimar pessoas, isso é coisa do Louis mas mesmo assim coloco o maçarico junto com os outros ítens na mesa.

Bom, essa deve ser a décima vez que eu torturo alguém e eu não me orgulho muito disso mas quando é a sua vida e a sua liberdade que está em jogo eu realmente sou capaz de fazer qualquer coisa.

Na primeira vez foi preciso injetar heroína na minhas veias, eu não seria capaz de fazer isso sóbria. Louis me mostrou aos poucos como fazer aquilo. "Eles são pessoas ruins, te matariam na primeira oportunidade e não se sentiriam culpados por fazer isso com você. Eles sabem de algo que pode te ajudar e se não te ajudarem por bem, faça com que eles te ajudem por mal."

A voz de Louis na minha cabeça ainda é bem clara. Eu faço questão de me lembrar disso todas as vezes que vou fazer isso. Eles não são pessoas boas, são pessoas más!

Pego um pino escondido na minha jaqueta e derramo metade do pó na tela do meu celular, com a menor faca faço duas fileiras paralelas. Pego uma nota qualquer na minha carteira e a enrolo, cheiro a cocaína de maneira rápida, uma atrás da outra.

Tudo ao meu redor se amplifica, eu posso sentir o ar contra a minha pele, posso sentir ele entrando e sai o do meu corpo, cada barulho do lado de fora da sala é ouvido perfeitamente. Eu correria uma maratona agora mesmo, poderia passar a noite toda transando com Zayn, roubaria um banco ou até mesmo voltaria para a casa.

Louis entra na sala com mais algumas pessoas que carregavam Marcos ainda desacordado. Eles colocam ele na cadeira e prende seus membros, Louis checa o celular naturalmente.

- Foi fácil encontrá-lo? - Pergunto para Louis que começa a bolar um baseado.

- Não, ele fugiu como uma galinha. - Ele da uma risada fraca.

- Acha que ele tem a resposta para nossas perguntas?

- Tenho certeza! Se algum filho da puta voltou para essa cidade, ele teve que passar por ele ou ter contatado seus serviços. Ainda mais alguém como nós.

- E se for alguém daqui de dentro? - Lou olha para mim como se eu tivesse ofendido ele.

- Eles viram o que aconteceu da última vez, seriam burros de mais cometendo o mesmo erro.

- Nós ja vimos diversas vezes que as pessoas são burras Louis, não subestime a burrice delas.

- Eu ainda prefiro acreditar que não, se ele não tiver nenhuma informação relevante o matamos e então iremos procurar por alguém no nosso meio.

Discutir com Louis seria inútil, já tentei fazer isso mas o resultado é sempre o mesmo.

- Não deixe nada passar dessa vez. - Digo assim que ele da o primeiro trago.

- Não vou. - Ele diz vagamente.

Depois de uma meia hora, Marcos acorda, hora de começar a brincadeira.

Louis coloca o soco-inglês na mão direita e caminha até ele que o olhava com um olhar sínico.

- Como se sente sendo meu novo hóspede? - O tom irônico de Louis me deixa boba às vezes.

- Pra ser sincero, não estou curtindo muito o serviço de quarto.

- Vai se foder - Digo sem paciência.

- Novidade para você: eu já estou fodido. - Ele diz debochando de mim.

- Não me faça te bater antes da hora Marcos - Reviro os olhos enquanto coloco o soco-inglês.

- Duvido que esses braços finos faça algum estrago... e eu nem estou falando de você Louis.

Assim que ele termina a sua frase ele leva um soco de Louis, sua cabeça fica tombada por alguns momentos.

- Eu avisei - Louis sorriu e eu apenas observei o fio de sangue que saia da sua boca.

- Você é bem falante, provocador... vamos ver como se sai respondendo algumas perguntas... - Digo com a menor faca na mão.

- O que quiser princesa...

Só sinto nojo.

Cada vez que ele abre a boca eu sinto mais vontade de socar a cara dele.

- Ótimo, quem está entregando as coordenadas das nossas cargas aos policiais?

- Com essa boca sexy e esse sotaque  eu só consigo pensar em como você deve ficar de quatro na minha cam...

Eu apenas lhe dou mais um soco, ele cospe um pouco de sangue.

- Eu gosto tanto de garotas más... vou bater uma punheta ótima pra você.

Eu respiro fundo, foco. Não posso perder o foco.

- Se eu não tiver minha resposta, vou ter que usar essa faca...

- Tire a blusa querida, e vai ver a mágica que minha boca faz... - Eu enfio a faca toda na sua coxa direita e ele grita, eu respiro fundo ao ouvi-lo gritar, isso de alguma forma me acalma.

- Se não me responder, eu tiro a faca e jogo álcool.

- Você é tão sexy... Jesus eu estou duro.

Louis apenas observa.

Assim que eu aproximo minha mão da faca ele fala.

- Ei, não tem como saber quem passa as coordenadas, são mensagens de números bloqueados e de celulares descartáveis. É preciso um longo trabalho pra chegar a essa resposta, eu não tenho certeza.

- Algum suspeito?

- R5 ou alguém daqui de dentro... São os únicos com tecnologia o bastante para fazer algo assim.

- Está querendo dizer que eu tenho um traíra no meu cartel? - Louis se aproxima.

- Não, estou comentando os fatos. Mas não descarte as possibilidades Louis, já aconteceu uma vez... pode acontecer de novo.

Louis tira a faca com muita rapidez e sem nem pensar joga quase meio litro de álcool puro nele. Marcos grita, agoniado.

- Não gosto que me desrespeite na minha casa.

Louis acende um cigarro e nós esperamos ele parar de gritar, há lágrimas em seus olhos.

- Fraco - Louis diz rindo.

- Ok, segundo round. O que James quer aqui? - Continuo perguntando o que Louis quer saber.

- Vocês são dois otarios - Marcos ri. - James está devendo para o Jared, virou um escravo dele assim como você é de Louis, a diferença é que Jared tem uma boate de putas e Louis uma boate gay - Ele diz rindo mas sua risada não dura muito, Louis lhe acerta dois socos e corta seu braço esquerdo.

- Você tá me testando cara? - Louis diz olhando em seus olhos. A íris azul de Louis transbordava ódio, daquele tipo doentio, não é fácil deixá-lo assim.

Marcos não diz nada e Louis apaga seu cigarro no braço dele, um pouco acima do corte. Marcos arfa de dor.

- Vá direto ao ponto. - Louis diz para mim e eu apenas obedeço.

Pego uma faca grande dessa vez e a mergulho no copo de álcool.

- Nos últimos quatro meses... algum filho da puta que estava sendo caçado ou tenha sido banido voltou para cá?

- Eu vou gozar se você continuar com essa sua boca suja baby...

- Eu também. De tanto prazer que eu vou sentir quando você estiver agoniando de dor, querendo morrer mas eu não vou te deixar morrer tão cedo. Você vai sentir fome, sede e quando pensar em tirar sua própria vida você vai perceber o quão fracassada ela foi e então eu vou voltar aqui e te alimentar por uns dias e continuar te torturando até que você enlouquecer de vez.

Ele engole minhas palavras à seco.

- Qual era a pergunta mesmo princesa?

- Tenho certeza de que você se lembra - Digo sorrindo, pego a faca e me aproximo.

- Eu não vou dizer princesa...

Abro um sorriso e começo a fazer vários cortes no seu braço, jogo álcool e então acendo um cigarro. Enquanto fumo eu jogo as cinzas em suas feridas e depois o apago no corte da perna.

- Temos algum nome já?

- Ainda não baby...

- Eu estava torcendo para dizer isso...

Coloco o soco-inglês na minha outra mão também e me aproximo.

- Sabe, eu preciso praticar meus golpes... acho que não se importa se eu fizer isso em você.

Antes de outra resposta nojenta eu começo a acertar vários golpes nele, um atrás do outro. Direita, esquerda, chute, direita, esquerda, chute... e assim foram os próximos minutos.

- JÁ CHEGAAAAA! - Marcos grita, sem ar e eu paro por alguns segundos.

- Se eu não gostar dá resposta, você vai beber a urina do Louis.

- Tenho alguns nomes... três na verdade.

- Está esperando eu usar o maçarico para dizer?

- Nikollau MacMagan.

Olho para Louis e ele faz sinal negativo com a cabeça.

- Você pode fazer melhor.

- Não vou dizer mais nada - Ele diz e cospe sangue em seguida.

- Você quem sabe...

Jogo mais álcool nele e com a faca pequena eu começo a esfaquear seus membros, corto seus pulsos e ele começa a sangrar de mais. Jogo mais álcool e então pego a arma de choque e coloco na potência máxima e miro no seu mamilo direito. Marcos grita, eu desligo.

- E então?

- Eu subestimei você em princesa. Não vou dizer nada.

Louis levantou, eu vi o demônio em seus olhos. Ele pegou a corda de aço e em um movimento rápido passou ela no pescoço de Marcos, começou a sufoca-lo. Ele tentava gritar ou dizer algo mas Louis apertava cada vez mais e mais. Marcos estava roxo, quando eu pensei que ele iria morrer, Louis solta a corda.

- Acho melhor dizer o que eu quero ouvir e rápido.

Marcos tenta recuperar a respiração, ele tenta falar mas sua voz sai extremamente falha. Assim que sua respiração se estabilizou ele disse.

- Liam Payne e Zayn Malik. Eles voltaram faz alguns meses. Compraram equipamentos e pagaram muito bem para a informação ser guardada. Não sei o que estão tramando, mas é grande.

Zayn Malik? Minhas pernas tremem ao ouvir seu nome.






Revised at 02/08/2020

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