eye • 9
[ o-lho
ô/substantivo masculino
1. anat. o órgão da visão, nos animais e no homem.]
Acho que estou enlouquecendo, ele está na minha frente com uma taça de vinho na mão e contando algo engraçado e eu só presto atenção no brilho de seus olhos... Algo realmente louco aconteceu aqui, eu cheguei na hora certa e ele já estava aqui com um lindo sorriso em seus lábios. A comida está tão boa e eu me sinto em um encontro de verdade, daqueles que você vê em filmes e no fundo meio que morre de inveja.
Mas vamos voltar um pouco os fatos antes. Na quarta-feira quando eu Niall e Camila seguimos o Louis tivemos sorte. Ele foi até um escritório de advocacia, Styles Advogados. Eu dei um google e descobri ser dois irmãos que são advogados mas cada um trabalha em diferentes vertentes do direito. Gemma Anne Styles trabalha com casos familiares em geral e direito das mulheres.
Mas o que chamou atenção foi seu irmão, Harry Edward Styles, ele era mais novo, mas trabalha com direito criminal, mais especificamente entorpecentes. E isso me deixou muito curiosa. No site havia uma relação de casos ja ganhos que eram públicos e tinham muitos.
Louis estava com Harry, e foram direto para um condomínio. E devo dizer que fiquei sem saber o que fazer quando reconheci o antigo condomínio que eu morava com meus pais. Mas acabei não entrando mesmo que Niall implorasse por aquilo. Prometi investigar isso melhor em um outro dia e com mais tempo. Niall simplesmente tem me cobrado isso por mensagens a cada uma hora.
Ontem passamos o dia investigando um cara também. Outro suspeito da lista. E bem, não tivemos sorte, não era ele, não chegamos a lugar nenhum e o ponto alto do dia foi as histórias de Niall sobre New York. Foi muito frustrante ter gasto um dia todo para investigar alguém que não nos ajudou em nada. Talvez deva abandonar essa lista de Jared e procurar em outro lugar.
Mas então hoje foi um dia bom, fiz todos meus deveres diários para que Louis não ficasse dizendo que eu não levo o cartel a serio. E quando a noite começou a cair eu me senti muito ansiosa, realmente achei que ia vomitar a cada cinco minutos mas eu sobrevivi. E eu estava aqui, de frente com Zayn.
- Já sabe o que quer fazer depois que sairmos daqui? - Ele pergunta enquanto levo minha sobremesa até a boca e a saboreio.
- Eu estava pensando em fazer qualquer coisa que não seja normal, eu estou me sentindo uma garota rica de novo. - Murmuro a ultima parte com um tom de brincadeira.
- E qual o problema em se sentir assim? - Ele me pergunta confuso enquanto analisa meu rosto, eu me sinto meio violada com os seus olhares, é como se ele pudesse ver através das minhas mentiras.
- Eu não quero falar sobre isso... Nós podemos ir ao outro lado da cidade e invadir alguma festa, ou pichar algum murro... Eu não sei.
- Você sabe desenhar? - Ele ignora todo o resto da minha frase e faz a pergunta com um brilho lindo em seus olhos. Imagino onde ele queria chegar com isso.
- Não tão bem quanto minha irmã, mas digamos que sim... E você?
- É um dos meus passatempos favoritos. - Ele sorri, como uma criança.
- Vou me lembrar disso, quero vê-los. - Tomo um gole do meu vinho e ele observa.
- Hm... Eu posso fazer um agora, garçom? - Ele chamou, e para sua sorte um deles estava passando bem naquela hora. - Pode me emprestar sua caneta por alguns minutos?
- Ah... Claro senhor! - O jovem rapaz pega a caneta em seu uniforme e a entrega para Zayn que abre um sorriso sapeca.
- Obrigado - O rapaz volta ao trabalho e Zayn pega um guardanapo da mesa, eu continuo meu sorvete enquanto ele desenha algo no pequeno papel.
- O que está fazendo? - Pergunto curiosa.
- Você vai ver... - Ele responde sem tirar os olhos do papel.
- Parece mais que ta rabiscando o papel todo sem propósito nenhum... - Digo brincando, com um tímido sorriso no rosto. - Ande, deixe-me ver!
- Calma... estou terminando, coma sua sobremesa - Ele diz tranquilamente.
Eu fiz o que ele pediu, por dois motivos, aquilo estava muito bom e eu não tinha outra coisa para fazer, Zayn era muito teimoso.
- Aqui. - Ele me estende o papel e eu fico meio sem reação ao ver o desenho, era o que eu estava pensando? Ou eu estou ficando doida? Olho para ele com uma uma certa duvida.
- O que é isso? - Pergunto e ele me olha como se eu fosse uma retardada.
- Você não reconhece? É um de seus olhos...
- Você realmente é muito bom. - Ele abre um sorriso grande eu me derreto.
- Muito obrigada - Ele diz meio sem graça.
- Mas...
- O que? - Ele me olha assustado.
- Você nem ficou me olhando para fazer o desenho...
- Eu sou um bom observador, não me olhe como se eu fosse um maníaco que esteja obcecado por você, por favor. - Eu começo a rir, ele coloca a mão sobre o rosto como se estivesse com vergonha.
- Não estou - Digo ainda rindo e estico minha mão na mesa, na esperança de que ele toque minha mão.
- Está sim. - Ele olha minha mão e não hesita em toca-la.
- Eu só estou... impressionada. - Aperto nossas mãos e fico olhando para elas.
- Sério? É difícil impressionar você. - Volto a olhar para ele, totalmente confusa, não existe nada nele que não me impressione.
- O que?! Por que?
- Quando eu tento, você nem nota. - Ele cospe as palavras, talvez seja difícil para ele dizer isso, mas Zayn era assim, ele dizia o que ele sentia mesmo que fosse difícil dizer.
- Por que você quer me impressionar?
Ele parou para pensar e deu um sorriso tímido, ele estava sem graça.
- Eu não sei, homens gostam de impressionar as mulheres...
- Isso é muito estúpido - Digo rindo.
- Não poderia concordar mais. - Ele toma um gole de vinho.
Nós terminamos o jantar no mesmo clima, eu poderia dizer que Zayn estava sendo um cavaleiro. Mas realmente fiquei irritada quando ele insistiu em pagar a conta, ele foi tão teimoso e eu cedi, mas não acho que um cavaleiro de verdade teria feito isso.
Já fora do restaurante eu estava nevosa e Zayn simplesmente ria da minha cara, ele fumava um cigarro encostado em um pilar.
- Você não pode ficar brava comigo por causa de algo tão bobo por tanto tempo.
- Acredite que eu vou. - Eu estava com frio e eu fechei minha jaqueta. Ele começou a rir e eu me virei de costas. Eu ia deixar ele ver que estava rindo também.
E então eu senti suas mãos puxando meus braços, eu deixei que ele me abraçasse. Mas não me movo muito para que ele não saia o quanto eu estou amando isso.
- Eu senti sua falta. - Ele tinha seu rosto apoiado em mim, sua voz era roca e seu abraço acolhedor.
- Eu também Zee.
...
Nós tínhamos ido até a colina novamente. O céu não estava tão estrelado hoje, eu não estava drogada hoje, mas eu ja havia bebido muito com certeza. O vento era forte ali, eu não estava com frio mas era tão bom estar em seus braços que eu disse que estava.
Zayn falava sobre Bradford, como a cidade era diferente de Londres, eu falei sobre minha viagens e quais eram meus lugares favoritos. Mas nenhum assunto realmente se aprofundava, nós flertamos muito, estar tão perto dele faz com que eu sempre quebre a conversa para começar uma sessão de beijos.
- Você fica mais carinhosa quando esta bebada - Zayn tem uma voz mole, eu estou com minha boca no seu pescoço e não posso ver sua expressão.
- O que você quer dizer com isso? - Digo sem parar de deixar beijos ali.
- Que você tem uma necessidade constante de manter as pessoas afastadas, as vezes me olha como se estivesse prestes a ir embora...
- Talvez eu tenha algum motivo específico para isso, mas agora eu não vou a lugar nenhum. - Deposito um ultimo beijo no seu pescoço e atinjo seus lábios, ele não demora nem um segundo para me beijar de volta. Tento aprofundar o beijo e ele o quebra, oh isso é novo.
- Já se apaixonou? - Ele passava a mão meu cabelo deixando uma mecha presa atrás da minha orelha.
- Não que eu saiba - Arqueio as sobrancelhas, ele da um sorriso fraco.
- Não vem com essa, todos nós já amamos alguém... - Ele diz, olhando diretamente em meus olhos.
- Eu já amei muito alguém, mas nunca dessa maneira... era algo mais... fraternal? Eu não sei, estou bêbada - Solto uma risada nervosa e tento sair desse assunto. - Você já amou?
- Sim... Mas acho que não era amor. - Ele agora passa seu polegar a minha bochecha, fazendo um carinho leve.
- Você é meio contraditório, não?
- E você nunca está sóbria - Ele diz rindo, a mais pura verdade, eu sinto que deveria ficar chateada mas talvez eu tenha bebido de mais para isso, e não queria ter que ficar brava com ele e me afastar, então engoli seu comentário, com um gole de uísque.
- Isso é verdade - Bebo um gole da garrafa - Sabe uma coisa que não sai da minha cabeça?
- O que?
- Por que você não perde a graça? - Ele me olha estranho e eu nem sei porque estou dizendo essas bobagens. - Porra, eu estou com tanta vontade de te beijar agora.
A luz baixa não me permitiu ver seu sorriso perfeitamente, até porque em poucos segundos seu lábio já estava junto com o meu, suas mãos não foram passear pelo meu corpo como das outras vezes, estava apenas encaixada ainda mais elas ao meu rosto e eu meio que gostei disso.
A música no carro já parece tão distante como qualquer barulho da cidade, e meu coração bate mais rápido. Ele para o beijo e fica me encarando, eu estou rezando para que ele não diga nenhuma bobagem agora...
- Eu gostaria de te levar para minha casa hoje, dormir com você e te preparar um café amanhã.
- E o que te impede? - Não sabia se era um convite ou não.
- Meu amigo... Mas isso não vem ao caso, aquele hotel é meio caído, não acha? - Eu reviro os olhos.
- Um dia jantando em um restaurante chique e você não quer mais saber do hotel do gueto? Como se a gente já não tivesse transado no carro antes... - Digo rindo e ele me acompanha.
- É fácil se acostumar com coisa boa, como o restante, como você... - Eu pude sentir meu ossos quase quebrando dentro de mim, me senti moída pôr dentro, totalmente rendida a ele.
Mas antes que pudesse dizer algo seus lábios tocavam o meu novamente e eu agradeci aos deuses por isso.
Mas então eu sinto meu celular vibrar e quero o beijo.
- Hey, onde você vai? - Ele pergunta assim que começo a me afastar.
- Eu preciso fazer xixi, você me embebedou de mais... - Ele revirou os olhos mas me ajudou a levantar.
Caminho até atrás de uma árvore e pego meu celular que não parava de vibrar, vejo uma mensagem de Louis.
[Louis] : Preciso falar com você.
[Louis] : Houve uma emergência Gigi
[Louis] : Me respondaaaaaa
[Louis] : Alguém invadiu o armazém! Onde você esta???
Mas que merda, eu não posso ter um momento de paz? Eu simplesmente ignorei, desliguei o telefone, eles não precisam de mim para viver. O armazém já foi invadido, o que mais eu posso fazer? Não é como se minha presença fosse fazer qualquer diferença.
Voltei para perto do carro e Zayn falava no telefone.
- Eu te disse que EU iria fazer isso Liam, você não sabe o que... - Pausa - Liam, vá dormir, conversamos depois.
- Algum problema? - Digo assim que ele desliga o telefone.
- Amigos bêbados com idéias estúpidas na cabeça, não é uma boa combinação. - Ele parecia muito irritado agora.
- Entendo, quer ir embora? - Me mante afastada.
- Na verdade não, eu gosto de ficar com você... - Ele abaixa a cabeça ao dizer a a ultima parte, meu coração bobo já começa a acelerar e eu não quero que ele pense que isso pode virar algo sério, porque a chance de eu estragar tudo eram grandes.
- A gente pode continuar de onde parou. - Digo e Zayn perde toda a pose de bravo, solta um sorriso e guarda o celular.
- Ótima ideia, mas você ainda me deve uma revanche no poker. - Eu dou uma gargalhada e ele vai pro carro pegar o baralho.
Abro um sorriso e pego um dos pinos que tenho na minha calça, coloco um pouco do pó no dedo indicador e o levo ao nariz rapidamente para que Zayn não perceba eu usando a substância. Então ele volta e nós começamos a jogar.
A primeira rodada eu ganhei, Zayn tirou a camisa e disse que não iria para de pegar leve. E ele realmente estava falando sério, eu perdi três rodadas seguidas até que então eu ganhei outra. Mas acabamos desistindo do jogo e terminamos nus em cima do carro, juntos mais uma vez.
Mas não durou muito, não estávamos sóbrios então acabamos chegando ao ponto máximo muito rápido, considerando toda excitação do jogo. E então eu tive uma ideia e comecei a me vestir.
- Já quer ir? - Zayn estava confuso.
- Não, vamos fazer uma tatuagem. - Ele estava ainda mais confuso.
- O que? Agora? - Ele diz sem entender.
- Sim, por que não?
- Ok. O que vai fazer?
- O seu desenho.
- O meu o que? - Sua cara era a melhor, ele colocava o cabelo para trás.
- O seu desenho! Você é surdo? - Digo pegando a garrafa e dando um gole. - Vamos?
- Isso é loucura, nem é um dos meus melhores desenhos.
- Zee...
- Ok, então vamos. Vou fazer um tigre, o que acha? - Ele realmente entra no meu clima.
- Acho uma boa ideia.
- Onde vamos?
- Joker's Tatto.
- Não posso entrar lá...
- O que? Não é o momento de preferir o gueto Zayn.
- Não é isso, é uma história muito longa e complicada. - Ele murchou na mesmo velocidade que havia se animado.
Eu encosto no carro e faço minha melhor cara de pedinte.
- Eu posso fazer em você - Ele diz acendendo um cigarro.
- Dês de quando é tatoador?
- Há uns 2 anos, era o que eu fazia em Bradford.
- E o que faz aqui em Londres? - Assim que eu pergunto eu me arrependo, não queria responder essa pergunta.
- Trabalho com meu amigo, ele desenvolve software, mas e então? Você topa? - Ele traga.
- Eu vou me arrepender?
- Provavelmente. - Ele diz rindo.
- Então, vamos - Eu me aproximo dele e pego o cigarro de sua mão - Vai me levar pra sua casa?
Ele pareceu entender o que eu quis dizer.
- Vou, mas não vai poder fazer barulho lá.
Sua mão se arrasta até minha cintura.
- Por que?
- Liam está lá.
- Liam é o seu amigo idiota de mais cedo?
- Sim! Mas não diga isso a ele.
- Ok. - Ele me trás até ele e inicia um beijo.
--
Entramos em um prédio no leste de Londres, não era exatamente o gueto mas não era um bairro luxuoso também. Zayn me arrastou até o elevador apertando o botão que nos levaria até o último andar.
- Último andar? Hm, uma cobertura - Eu digo e ele olha pra mim rindo, ele termina o espaço entre nós.
Ergo os pés para ficar na sua altura, passo o dedo no seu lábio inferior e então início um beijo, ele solta uma risada no meio do beijo mas mesmo assim continua. Pega no meu cabelo e me prende na parede, começa a morder meu pescoço e dar beijos leves. Assim que ele vai tirar minha blusa o elevador apita e abre, chegamos no seu andar.
Começo a rir e então ele me solta, saímos do elevador e ele abre a porta com "409" gravado. Antes de entrar ele faz sinal de silêncio, eu faço sinal positivo e então ele abre a porta, entra, acende a luz e olha a sua volta.
- Liam? - Ele grita, ninguém responde. - Ok, vamos para o estúdio.
- Você tem um estúdio aqui?
- Sim, vem - Ele pega na minha mão e tranca a porta, me conduz até o fim de um dos corredores, abre a porta e acende a luz revelando um pequeno estúdio de tatuagens. Havia vários desenhos nas paredes, e algumas fotos, mas não tive tempo para observar tudo. - Onde vai fazer?
- Eu estava pensado em fazer na costela.
- É uma boa escolha. Tire a blusa, vou arrumar as coisas...
Ele sai do estúdio por alguns momentos e volta com uma camisa de basquete e uma caixa na mão.
- Tem algo pra beber?
- Só tem cerveja, serve? - Ele fica de costas, preparando alguma coisa, eu odeio cerveja mas estou um pouco nervosa.
- Pode ser. Onde seu amigo esta?
- No escritório, jogando algum jogo online. - Ele deu os ombros, ligou uma música baixa. - Vou lá pegar...
Ele sai novamente do cômodo, eu tiro minha blusa e me encaro no espelho, uma costela já está ocupada, terá que ser a outra. Fico na dúvida de tirar o sutiã ou não então espero que ele volte sentada. Pego novamente o pino na minha calça, um pouco incerta sobre usa-lo ou não novamente.
Eu realmente estou considerando não usar mas eu estou ansiosa, então eu derramo todo o pó na tela do celular, olho ao redor e vejo uma lâmina, faço uma carreira. Pego uma nota de 50 libras e a enrolo até que fique como um canudo. Apoio o celular na mesa e posiciono a nota, cheiro a carreira rapidamente. A droga da uma leve queimada e eu fecho os olhos. Limpo o nariz e guardo o celular e a nota, juntos.
Olho para o lado e vejo que Zayn estava me observando o tempo todo, ele tinha uma garrafa de cerveja em cada mão, uma delas aberta. Ele me olhava de uma maneira diferente, eu não sei descrever.
- Seu nariz ainda está sujo - Ele disse se aproximando, deixou as garrafas na mesa e parou de frente para mim, limpou o resto de cocaína que ali havia. Ele me olhava sério, mas a droga já estava começando a fazer efeito então eu não disse nada, não queria começar uma possível discussão. - Se você tirar o sutiã é melhor, eu já vou pegar o desenho...
Fiz o que ele me pediu, e ele começou o processo não muito demorado, o clima estava meio tenso até uns quinze minutos depois. Ele estava calado e eu não tinha muito o que dizer, só bebi da cerveja e tentei focar na música que tocava.
E então ele veio até a mim, bem concentrado, começou a fazer a tatuagem. Ele passava a máquina na minha pele e eu não sentia nada, ele perguntava se estava tudo bem e eu dizia que sim, mesmo sem ter certeza.
- Zee..
- O que? Ta doendo?
- Não. - Pausa - Por que...
- Não importa. - Ele não deixou que eu fizesse a minha pergunta, com certeza já sabia o eu diria.
- Claro que importa, pelo menos para mim.
- Se realmente se importasse, pelo menos consigo mesma... Não usaria isso.
Com certeza ele pensou que eu diria outra coisa.
- O que quer dizer com isso? - Ele ainda fazia a tatuagem.
- Você é uma garota legal, já vi muita gente matando e morrendo por causa disso, não quero que seja mais uma. - Seu rosto é duro e todo efeito da droga pareceu ter ido para um lado ruim, eu estava me sentindo mal.
- Você não sabe de nada Zayn.
Ele respira fundo.
- Você nunca diz nada. E eu não sou telepático, não vou saber mesmo.
Okay, ele estava sendo grosso mas eu provavelmente mereço isso.
- Você está chateado por causa disso?
- Isso faz diferença? - Eu não digo nada, porque na verdade, faz. - Como eu pensei.
- Não precisa de tudo isso Zayn.
- Tanto faz, eu já estou quase acabando.
Eu estava me sentindo mal por isso, e eu odeio me sentir mal. Talvez seja hora de eu parar de me envolver com Zayn, antes que seja tarde de mais e eu o faça sofrer. Não me perdoaria por isso.
revised at 31/07/2020
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