☾ ℂ𝕒𝕡𝕚́𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟜 ☾

  AVISO: CAPÍTULO LONGO

   Ficar no hospital era cansativo, estava quase sempre sozinha e sinceramente achei que fosse isso que me irritava, até que minha mãe começou a me visitar cada vez mais e ai eu fui percebendo.

   Eu estava cansada do hospital, mas não da solidão que eu tinha.

   Não me lembro de ser uma pessoa que gosta de solidão, muito pelo contrário, eu tinha medo de acabar sozinha, medo de um dia ficar só. Porém, agora, ter somente minha própria presença me servia.

   Talvez este novo gosto para tal sentimento esteja ligado à atenção de uma mãe super protetora. Eu nem podia respirar que ela perguntava se estava tudo bem. Antigamente eu não me importaria, eu era mimada e sei disso e amava todo o tipo de atenção que recebia, mas, depois do acidente, tudo parece ter mudado.

   Continuo a mesma, mas não me sinto igual.

Será que estou fazendo sentido?

   Ouço o bater da porta, me fazendo despertar de meus pensamentos.

— Bom dia, dorminhoca.— saudou a doutora Santiago, me encarando com um sorriso.— Como você está se sentindo? Alguma dor? Incomodo?

— Não.— murmurei, meio sonolenta.

—Bom. Os resultados dos seus exames já saíram.— informou, me despertando totalmente.

— Vou poder ir embora?

— Nossa, ninguém que já foi meu paciente quis sair tão rápido assim. Estou levemente magoada, Erika.— levou a mão ao coração, fazendo graça. Acho que ela estava tentando aliviar o clima para mim, talvez a mesma também entendesse que ficar tanto tempo em um hospital desgastava as pessoas.

— Só quero ir para casa. Já passei tempo suficiente aqui para nunca mais querer voltar.

— Não discordo porque na sua idade eu achava o mesmo.— anotou alguma coisa na prancheta que continha meu prontuário.

— Quando vou poder sair?— questionei ansiosa.

— Assim que trocar de roupa. Sua mãe foi buscar para você já faz um tempo— a mesma checou seu relógio de pulso.—, provavelmente já deve estar chegando.

   Assinto, voltando meu olhar para minhas mãos.

   O silêncio reina no quarto pelos próximos minutos e, ao contrário do que esperava, não era um silêncio constrangedor e sim um silêncio acolhedor.

– Cheguei, cheguei. – Debbie diz entrando com um saco cheio que aparentava estar pesado. – Acho que já fiz o meu exercício da semana.

   A Stone mais velha me entrega o saco cheio de roupas para eu escolher o que queria e sai do quarto, junto com a doutora Santiago, me dando privacidade.

   Ficar por mais tempo nesse hospital não me era uma ideia agradável, tanto por eu já ter passado meses aqui dentro como por ter que sempre ver as mesmas paredes brancas e ter que fazer dezenas de exames para checar se não há nenhuma consequência do coma.

   Cansada, peguei o primeiro par de roupas que achei na sacola, apenas querendo sair da li o mais rápido possível. Em questão de minutos, eu já estava com outra roupa, calçando os sapatos quando mamãe adentrou a sala, checando se estava tudo bem.

– Estou bem e pronta para sair deste lugar – sussurro estando cansada demais até para falar.

   Me dirijo à mamãe acompanhando a mesma pelo corredor fora.

   Vejo me procurando aqueles olhos dourados que me cumprimentaram quando acordei.

   Não o encontrando suspiro voltando minha atenção a mamãe que carregava minhas malas até seu Opel Corsa 1.2 N'Joy de 2004.


— Como se sente? – minha mãe pergunta, pela terceira vez desde que entramos no carro.

— Bem, como estava à 5 minutos a trás quando perguntaste o mesmo. – suspiro cansada.

— Só quero ter a certeza que o meu girassol está bem.— justificou.

— Estou bem, mãe. Apenas cansada.— respondi, desviando o olhar para a janela.

— Certo.— assentiu, ligando o rádio e deixando que Let’s Get It Started de Black Eyed Peas preenchesse o silêncio que havia se instalado dentro do carro.

   Pelo menos, com o passar dos meses, ela não havia mudado totalmente, ainda continuava com o mesmo gosto musical.

   Batuquei os dedos na porta do carro, acompanhando o ritmo da música com o dedo, me surpreendendo quando notei que conseguia lembrar de sua letra. Cantei a mesma mentalmente, cansada demais para proferir palavras em alto som.

    Ainda perdida na paisagem, observando tudo ao meu redor não notei quando o carro parou.

– Pronta para voltar para casa? – mamãe pergunta, com um enorme sorriso em seu rosto.

– Óbvio – estava surpreendentemente animada.

   Sai do carro tendo um pouco de tontura quando me levantei, mas logo segui em direção à entrada, passando pelo jardim bem cuidado de Debbie.

   Mamãe abriu a porta me deixando entrar primeiro, sigo pelo corredor rústico notando fotos minhas de quando era pequena penduradas.

   Entro na cozinha que era junto à sala sendo separadas somente por uma bancada, olho em volta sentido me em casa, finalmente em casa.

– Eu vou deixar você explorar um pouco – mamãe sorri carinhosa –, enquanto isso vou levando suas coisas para seu novo quarto.

   Novo quarto? Como assim? Decido deixar para mais tarde para perguntar, agora estava demasiado ocupada vendo minha casa, minha antiga casa que mesmo igual parece diferente, como se algo estivesse faltando.

   Continuo andando pela casa parando em uma porta de madeira que aparenta ser antiga, era como se algo me estivesse puxando a entrar. Levo a mão à maçaneta na intenção de abrir a mesma e saciar esta vontade espontânea, porém quando o vou fazer a campainha toca, me assustando.

– Porra! – ponho a mão sobre meu coração, sentindo o mesmo bater tão rápido em meu peito que parecia que a qualquer momento ia saltar fora.

– Charlie, entra. – ouço mamãe dizer quando volto para a sala.

   Parada na porta para o corredor onde estava, vejo um homem vestido numa farda policial.

   Caminho em direção à mais velha, me sentido como quando era criança e me escondia atrás da mesma com vergonha, mas lembro que isso durava uns 5 segundos pois logo a seguir já estava falando sem para, mesmo não conhecendo a pessoa.

– Rika, meu girassol, você deve se lembrar do Charlie, certo? – mamãe pergunta.

Charlie.

Charlie.

Charlie Swan.

Isabella Swan.

Corro para o banheiro com o rosto encharcado com lágrimas que desciam sem parar.

Era meu primeiro dia de aula e eu não tinha feito nenhum amiguinho, na verdade fiz amigos mas amigos ruins que falam coisas ruins para mim.

"Nossa como você é gorda e feia, você se olha no espelho? Que cabelo é esse? Fazer uma dieta não calhava mal"

Mamãe sempre disse para não se importar com o que as pessoas diziam mas era difícil e magoava, magoava bastante.

Soluço alto dentro da cabine querendo ir para casa e nunca mais voltar.

– Tudo bem? – uma voz feminina pergunta. Levo as mãos à minha boca, tentando não fazer barulho. – Eu ouvi você chorando, você está bem?

Fico em silêncio esperando que quem quer que seja que estava do outro lado da porta esquecesse o que ouviu e seguisse em frente.

– Eu vou ficar aqui, ok? – noto uma sombra perto da porta. – Aqui sentada para quando você quiser falar.

Quais eram minhas opções? Ficar aqui e chorar para sempre ou sair e ver quem me está ajudando?

Salto do vaso sanitário andando até à porta com um pouco de receio, abro a mesma notando uma garotinha que parecia ter minha idade sentada no chão.

– Eu sou a Isabela, Isabela Swan. – se levanta ficando na minha frente.

– Erika, Erika Stone. – sussurro.

– Você está melhor?

– Não sei.

– Você quer falar sobre o que aconteceu? – nego com a cabeça – Tudo bem, não precisa falar. Mamãe diz que às vezes não precisamos de alguém para nos ouvir e sim alguém que fique a nosso lado segurando nossa mão em momentos difíceis. Você quer que segure sua mão?

– Por que você faria isso?

– É o que amigas fazem. Somos amigas, certo?– somos? É, nos somos.

– Somos. Nós somos amigas, Bella Swan.– estendo minha mão na esperança que a mesma entenda que pode segurar.

– Bella? Por que Bella? –  pergunta, segurando minha mão estendida.

– Seu nome é difícil de dizer, assim fica fácil e rápido.

– Bella, Bella Swan.– a garota fala em voz alta – Soa bem.

Sorrio para minha nova e única amiga.

   Bella Swan, minha antiga melhor amiga, ela costumava viver aqui, porém, quando seus pais se separaram, ela passou a viver em Phoenix. Mesmo vivendo longe, Bella ainda visitava o pai, mas essas visitas foram ficando casa vez mais raras, até finalmente pararem.

– Sim, eu lembro. – volto à conversa – Pai de Bella, certo?

– Sim, sim, isso mesmo.– Charlie sorri – Era para Bella vir , ela estava ansiosa para ver você, Rika, mas ela tinha as malas para arrumar.

– Ela voltou? – lembrava que ela tinha ido morar com a mãe. Quando ela voltou?

– É, ela vai passar um tempo comigo.

   Mamãe segue em direção ao sofá, sendo seguida pelo mais velho.

– Eu vou indo ver meu novo quarto. – aviso me dirigindo ao corredor.

   Caminho no corredor em direção a meu novo quarto, ainda não entendendo o porquê de ter mudado de lugar. Iria questionar a mamãe, mas não hoje. Estava cansada e só queria tomar banho e dormir.

   Paro no meio do corredor, lembrando que não sabia onde meu novo quarto era. Como pude esquecer de perguntar? Ótimo, Rika, agora vou ter que voltar para trás, perfeito.

   Retorno meu caminho, agora indo em direção à sala, para perguntar a mamãe onde que era meu novo quarto.

– Ela já sabe? – ouço Charlie perguntar.

– Sabe o quê? – mamãe pergunta parecendo desconfortável.

– Debbie não se faça de sonsa, a Erika merece saber a verdade.

Verdade?

Que verdade?

O que mamãe estava escondendo?

   Paro meu caminho querendo ouvir o resto da conversa.

– E ela vai, mas não agora, ela acabou de sair de um coma. – sua voz se aproxima me fazendo recuar. – Ela precisa descansar, quando eu achar que ela está pronta ela vai saber.

Um suspiro é ouvido.

– Tudo bem, a escolha é sua – o homem fala derrotado–, mas não te iludes pensando que ela não irá se lembrar do...

– Não digas seu nome. – mamãe interrompe parecendo assustada – Ela pode te ouvir.

– Se lembrar dele. – charlie corrige, continuando sua antiga fala.

Ele quem?

O que me estavam escondendo?

De quem é que não me estava lembrando?

   O barulho da porta abrindo me tira de meus pensamentos.

– Rika, anda dizer adeus a Charlie – mamãe grita da entrada.

   Entro na sala indo até à porta chegando bem a tempo de ver Charlie se despedindo de mamãe.

– Rika – o mesmo me cumprimenta com um aceno –, foi bom ver você. Não esquece de passar lá em casa para ver Bella um dia destes.

— Tudo bem. – sorrio falso sabendo que não o faria.

   Charlie se afasta indo em direção a seu carro, que só agora noto ser uma viatura de policial.

   Dor, era tudo o que sentia, minha cabeça pesava.

   Manter os olhos abertos tinha se tornado uma tarefa difícil, eu só queria descansar, mas eu sabia, eu não podia fechar os olhos.

   A música Trouble de Pink continuava tocando me irritando profundamente.

   Sinto minhas pernas doerem, levo minha mão as mesmas sentido algo molhado.

Sangue.

Eu estava sangrando.

– Aguenta firme, e em nenhuma chance feches os olhos. – o homem ao meu lado fala, queria mover me para o olhar mas não conseguia. – me dá sua mão, Erika, me dá sua mão.

   Ofego sentindo mais memórias voltando.

   Entro em casa ainda em choque, alguém estava comigo, bem do meu lado segurando minha mão e me obrigando a ficar acordada, seja quem foi que estava do meu lado salvou minha vida, me manteve viva enquanto a ajuda não vinha, porque razão ninguém me falou nada sobre outro alguém no acidente?
Era isso que mamãe estava escondendo?

   Me sento no sofá tentando lembrar quem estava comigo.

– Girassol? Está tudo bem? – mamãe pergunta após fechas a porta da entrada.

– Sim, tudo bem – minto – só estou cansada.

– Vai descansar um pouco ok? – assinto – seu quarto é a porta branca à direita.

   Mamãe sobe as escadas indo provavelmente para seu quarto me deixando sozinha na sala com todas aquelas memórias me assustando, eu não queria admitir mas estava com medo, com medo da verdade.

   E se minha mãe tivesse razão? Talvez eu não esteja preparada para a verdade, para saber o quer que seja que ela estava escondendo mas algo dentro de mim não me deixava desistir.

   Vou até à cozinhar pegar num copo de água na intenção de me acalmar.
   Pegando no copo o levo até à pia enchendo o mesmo.

   Mais flashs invadiram minha visão. Era um homem alto e forte e ele sorria para mim, mesmo com seu rosto embaçado eu pude notar, era um sorriso amplo e caloroso.

   Algo em meu peito se iluminou com isso, mesmo quando uma pontada de mágoa me atingiu.

   Aquele homem... esse  homem foi alguém importante para mim, eu tenho certeza disso. O modo como ele sorria carinhosamente para mim me dizia isso, era como se ele fosse minha luz em meio a tanto caos.

Eram tantas perguntas.

E eu não tinha respostas.

Medo, angústia, traição, raiva, tudo isso se apoderava de mim.

   Para piorar um barulho esquisito sai da torneira, me assusto chegando mais perto para tentar achar o problema, quando o faço, a água fria da mesma salta para todo o lado.

   No desespero grito e pego no pano que antes estava na bancada, tento parar a inundação me molhando ainda mais.

   Sentia meu cabelo encharcado e minha blusa colada a meu corpo.

– O que aconteceu? – mamãe pergunta preocupada.

Estendo a mão sentido uma dor absurda quando faço o movimento, choramingo cansada.
Eu só quero dormir, só por um minuto, eu acordo depois.
Quando estava fechando os olhos uma mão gelada e molhada de provavelmente sangue envolve a minha.
– Não durmas Erika, abre os olhos. – mas eu estou tão cansada. – Abre os olhos Erika, agora.

Chorando eu os abro.
– Eu to cansada.

– Eu sei, eu sei, mas a ajuda vem a caminho, aguenta firme nós vamos conseguir. – sussurra respirando cada vez pior – você vai conseguir.

Tendo gritar por ajuda quando sua mão não aperta a minha.

– Não – tento me virar para ver o que tanto tinha medo – por favor, não me deixe.

Fecho os olhos os abrindo rapidamente.
Olhos abertos rika, mantenha os olhos abertos.

Sinto a estrada tremer, levanto meu olhar encontrando viaturas de policial e ambulâncias chegando perto.
As luzes vermelhas e azuis batiam forte em meus olhos, o barulho irritante das sirenes me dá esperança, nós vamos conseguir. Nós temos que conseguir.
– Ajuda. – falo suspirando derrotada fechando meus olhos sabendo que não aguentava mais.

   Ofego sentindo um grande aperto no peito.
– Erika, você está bem? – mamãe pergunta se aproximando.

   Quando olho para a mesma noto as luzes da cozinha piscando.
Me assusto com as luzes largando o pano sentido a água voltando no meu rosto.

  Me engasgo quando água entra na minha boca, começo a tossir na intenção de tirar a água engolida de meu corpo.

   Como se as luzes sentissem que estava mal uma delas parte, me deixando com ainda mais medo.

– Rika eu preciso que você mantenha a calma ok? – mamãe se abaixa no armário debaixo da torneira agora estragada. – está tudo bem, só mantém a calma.

Respiro fundo tentando me acalmar. Eu fiz aquilo? Eu que parti as luzes?

– Já cortei a água, vê se ainda está saindo. – mamãe fala se levantando.

   Lentamente retiro minhas mãos do pano não sentindo mais a água correndo.

– Acho que parou – falo me afastando, só para garantir.

Mamãe suspira cansada.

– Ainda bem. – Assim que minha mãe fala, a água gelada volta a atingir nossos  desta vês com toda a força.

   Mamãe e eu gritamos metendo as mãos em frente a nossos corpos tentando proteger os mesmos.

– Faz alguma coisa – a mais velha grita.

– Faz você.

– Porquê eu? – mamãe grita passando para trás de mim usando meu corpo como escudo.

– Você é a adulta aqui esqueceu? – mamãe continua me balançando – Pode parar?

– Ai eu odeio ser a adulta – minha mãe fala antes de sair de trás de meu corpo correndo em direção à entrada.

– Sério? Você vai me deixar sozinha? – grito com raiva – Depois leva com uma frigideira na cara e não sabe porque.

– Olha a agressividade. – mamãe fala voltando com um taco de basebol.

Afasto me vendo a mesma bater com o taco na torneira.

– E ainda fala da minha agressividade. – resmungão.

Mamãe grita quando finalmente consegue fazer a torneira parar depois de quase ter arrancado ela.

– Não se esqueça que violência só em último recurso. – mamãe fala após destruir nossa cozinha.

Hipócrita.

– Vai se sentar enquanto eu viu buscar toalhas para nos secar. – Debbie sobe as escadas depois de ter ir pouca o seu preciso taco perto da porta de entrada.

   Faço o que ela disse me dirigindo ao sofá, paro no caminho ficando de pé no meio da sal para não molhar o sofá.

   Sem nada para fazer, parada no meio da sala, estava olhando fotos que estavam espelhadas pela divisão.

   Eu estava presente em maioria delas outras estava minha mãe sozinha, continuei andando até que parei olhando a foto de minha mãe com um homem.

   Estava escuro, provavelmente foi tirada de noite ou a iluminação que era ruim, eles estavam sorrindo, o homem estava olhando para minha mãe que permanecia de olhos fechados.

   Quem é aquele homem? Porque minha mãe tem uma foto deles? Será que eu o conhecia antes do acidente? Eles parecem íntimos. Serão amigos de longa data? Não, ele olhava para ela de uma forma mais intensa do que somente amizade.

   Eu sabia quem ele era mas não conseguia lembrar.

– Quem é você?

   Uma voz feminina surge atrás de mim, me fazendo soltar um grito e pegar um vaso, antes pousado na mesa à beira do sofá, deitando as flores no chão junto com a água delas.

   Em pânico, lancei o vaso em direção à moça que desviou a tempo.

– Qual é a porra do seu problema, garota? – pergunta irritada, eu acho que ela não gostou de eu ter lançado o vaso.

   Reparo no taco que estava em suas mãos, ela segurava ele com tanta força que se notava os nós brancos de seus dedos.

– Quem é você?– grito, por fim, tentando não demonstrar o quanto estava assustada.

– Eu perguntei primeiro.

Justo. Mas ela que invadiu minha casa, não eu.

– É, mas você está na minha casa.

   Após minha fala a morena paralisa, deixando o taco cair, mas a mesma pareceu não notar, enquanto isso ela continuava com o olhar fixo em mim.

Que porra está acontecendo? 

Finalmente o encontro. Eu to surtando.

   𒆜 ☾ 𒆜

Notas de autora :

Tem uma surpresa vindo e eu tenho quase certeza que vocês vão amar.

Acham que a Kay e rika vão ter uma amizade de tapas e brigas ou beijos e abraços?
Elas iram se dar bem logo de inicio ou as coisas vão ficar complicadas?

Comentem vossas teorias.

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