AMIGOS TAMBÉM BRIGAM
ESSE CAPÍTULO É DE TOMBAR, COMENTEM MUITO.
Capítulo 12 – Amigos também brigam
O mundo estava caindo em Busan e para a tristeza de Taehyung sua ideia de praia havia sido cancelada graças a chuva. Tentando não ficar mal-humorado, ele e Jimin foram assistir um filme junto com a Tia Liny e eu passei a manhã toda com a minha mãe.
Decidimos que seria melhor aproveitarmos esse último dia aqui com a família, já que na manhã seguinte levantaríamos cedo para pegar estrada e a situação com Jimin ainda estava esquisita depois da casa da árvore.
Eu não sabia ao certo, mas era como se eu estivesse no limite e não aguentasse mais aquilo. Ele não queria Taehyung e eu era a pessoa certa, ele havia dito isso, então porque não podia ver toda essa merda de uma forma boa, inferno? Por que não podia ver que eu o amava?
Eu sabia que tinha que criar coragem e falar para ele, engolir todo o medo e a insegurança e falar, mas sempre que eu o encarava era como se um tsunami me afogasse e me levasse para o fundo do maior medo de todos: viver sem ele.
Ser amigo dele me permitia estar em um lugar seguro, ficar ao lado dele independente de qualquer coisa, ser ambicioso e querer mais poderia me custar tudo. Eu era um covarde de merda e merecia morrer sozinho, sendo o padrinho do casamento dele com um cara perfeito e bem melhor do que eu.
Essa era a verdade.
Quando acordei no dia seguinte, com uma dor de cabeça infernal e querendo que o mundo explodisse, me despedi dos meus pais e dos pais do Ji com um abraço carinhoso, porque eles não tinham culpa de que eu fosse um merda e me sentei no banco de trás do carro, deixando Taehyung ir na frente.
Ele estranhou a situação, mas não reclamou. Logo uma discussão boba sobre a música começou e eles começaram a me contar que na noite anterior Taehyung teve que dormir na sala, porque Jimin quis dormir no próprio quarto e agora Taehyung estava com dor nas costas porque estava velho demais para aventuras como essas, mas eu não quis participar da conversa, porque me sentia a pior das companhias naquele momento e não queria ser grosso com eles.
E eu agradeci quando finalmente chegamos a Seul, porque eu queria finalmente ficar sozinho e pensar com calma em tudo, colocar cada sentimento na balança e calcular os riscos que eu estava tomando, as consequências dos meus atos, porque Jimin era importante demais para arriscar assim.
– Vocês deveriam conversar. – Taehyung disse assim que o carro estacionou em frente à sua casa.
– O que? – Jimin questionou desviando a atenção da rua para o homem ao seu lado.
– É. É meio óbvio que algo aconteceu e vocês estão estranhos. Deveriam conversar e se resolver.
– Não aconteceu nada. – Negou. – Só estamos cansados. Nossas mães sabem ser intensas quando querem e reviver memórias é sempre exaustivo. Jun deve estar louco para dormir na própria cama, não é?
– É.
– Viu? – Disse para Taehyung, mesmo que mantivesse os olhos em mim pelo retrovisor. – Vamos ficar bem.
– Se você está falando. – Taehyung deu de ombros. – Então acho que não tem problema se a gente subir um pouco certo?
– Taehy... – Jimin negou, com um tom cansado. – Estamos cansados. Foi uma viagem e tanto.
– Eu ouvi, mas só estou chamando para subir um pouco, quem sabe fazer uma massagem e relaxar um pouco. Sei uma forma ótima de fazer vocês dois conversarem e relaxarem.
– Tae, o Jun ta cansado, eu acho que realmente... – Jimin iria negar mais uma vez e jogando a culpa em mim, como se eu não o quisesse e por um impulso o interrompi.
– Vamos. Acho que estamos mesmo precisando de algo assim. – Respondi tirando o cinto e Jimin me encarou como se eu estivesse enlouquecendo, mas não negou, também tirando o cinto e saindo do carro.
Logo nós três estavamos entrando no apartamento de Taehyung, que parecia animado para o que estava prestes a fazer e eu não sabia se acabaríamos apenas conversando de fato ou tendo outra aula estranha sobre como fazer sexo de formas diferentes e inusitadas, mas, de qualquer forma, eu queria ir até o final porque queria olhar nos olhos de Jimin e fazer ele ver que eu era o cara certo.
– Que tal uma massagem? Tenho certeza de que está com dor de tanto dirigir. – Taehyung gritou indo corredor adentro e Jimin tentou refutar, mas se calou ao ver que era inútil.
– Sério? Agora? Você veio o caminho todo basicamente em silêncio, completamente mal-humorado e faz quase dois dias que não fala comigo direito e resolveu agora que quer fazer isso? – Se virou pra mim, resmungando em um tom baixo, mas claramente bravo.
– Eu não estou mal-humorado ou bravo com você, eu tô só... tentando entender ou tentando te fazer entender algumas coisas, mas é difícil pra mim também. – Eu resmunguei confuso.
– Estamos andando em círculos, Jun. Está ficando ridículo. – Ele disse frustrado, se aproximando e eu suspirei, porque ele tava certo.
– Eu concordo.
– Okay. Eu tenho esse óleo que é uma delicinha, você vai amar. Pode tirar os sapatos, a calça e a roupa de baixo, fique apenas com a camisa por enquanto. Ele vai começar com os pés. Vocês têm muito o que conversar e vai ser um processo longo, Jungkook pode subir conforme forem progredindo.
Jimin bufou, contrariado, mas logo começou a tirar o sapato e desabotoar a calça e se sentou no sofá, eu peguei o vidro das mãos do Taehyung e me sentei entre suas pernas, puxando seu pé pro meu colo e logo despejando o óleo, que parecia estranho, porque ele era gelado, mas depois esquentava, nas minhas mãos para logo começar a massagear com pressão seus pés.
– Podem começar, o que aconteceu?
– Não aconteceu nada. – Ele insistiu e eu bufei.
– Não aconteceu? Pelo amor de Deus, Jimin. Vamos parar de fingir que não vem acontecendo um monte de coisas, porque vem. – Apertei seu pé com mais força, deslizando os dedos e ele arfou, encarando Taehyung.
– Eu falei que era bom.
– De que merda é isso? – Ele questionou, tentando pegar o vidro de óleo no sofá.
– É uma erva estimulante, ela é muito conhecida em alguns tipos de afrodisíacos. – Disse com calma e até eu parei para encarar ele, porque também estava tocando naquilo. – Faz efeito mais rápido em algumas áreas, mas logo você também vai sentir, pode continuar. O que dizia? Algo sobre parar de fingir?
– Eu... Nós nos beijamos na casa da árvore e falamos um monte de coisa. – Tentei manter a linha de raciocínio, mas meu olhar desceu para seu perna e minha mão escorregou para uma área maior. – Eu te beijei porque eu quis beijar, porque eu gosto de beijar você e não entendo por que parece que isso é tão difícil pra você.
Ele esfregou a perna contra meu colo, ganhando minha atenção e eu conseguia ver suas bochechas coradas e sabia que eu deveria estar igual, já sentia minha respiração pesada e meu corpo quente e, Deus, eu odiava o Taehyung.
– É difícil porque você é tudo que eu tenho. É importante demais e eu não posso perder você. Sou egoísta e covarde. – Sua fala entrava na minha mente como um enorme Déjà vu porque era o mesmo que eu pensava sobre ele.
– Ji... – Eu ia questionar aquilo, explicar que novamente estávamos sendo ridículos e andando em círculos quando a linha reta nos levava na direção certa, mas ele se sentou, terminando de completar o caminho que faltava para subir em mim.
– Taehy...
– Estão aqui. – Escutei a voz do nosso lado, mas quase não tinha noção que Taehyung ainda estava ali.
Senti as mãos dele descendo até a minha calça, a abrindo, e ele se esticou para pegar algo que eu imaginava que Taehyung estava o entregando, mas não conseguia desgrudar os olhos do seu corpo para ver.
Sua mão me masturbava com pressão e logo ele rasgava uma camisinha com a boca e colocava em mim com cuidado, sem desgrudar os olhos do meu pau.
Levou uma das mãos até o meu ombro para ter apoio e com a outra segurou meu falo no lugar, se posicionou e sem se preparar ou qualquer coisa do tipo, apenas com a lubrificação da própria camisinha, ele desceu, sentando no meu pau devagar.
Eu imaginei que aquilo doeu, mas agora eu sabia que ele gostava daquele tipo de dor, que ele se deliciava ao sentir aquilo misturado ao prazer e que seu quadril rebolando levemente era um sinal bom.
Ofeguei ao sentir ele montado em mim, o apertando contra mim, notando apenas agora que nem havia tirado minhas roupas direito, Jimin não havia me dado tempo ou me deixado pensar e talvez fosse o maldito óleo de Taehyung, mas aquilo era bom como o inferno.
Ele me olhou nos olhos, gemendo sofrido enquanto começava a se movimentar e eu o puxei para um beijo, sentindo a necessidade de ter aquilo novamente. Conversaríamos quando acabássemos, seria nossa conversa de travesseiro, ele não escaparia daquilo, porque não tinha como fugir de algo como isso.
Assim que nossas bocas se desgrudaram, ofegantes e sem ar, carregadas de luxúria e intensidade, ele escondeu seu rosto no meu pescoço e eu me agarrei a ele com mais firmeza, o apertando com brutalidade para lhe dar o que ele gostava.
O forcei para baixo, o comendo com mais força e ele se agarrou a mim choramingando, tremendo, exausto. Nossos corpos se chocavam com força e ele murmurava algo entre um choro sofrido de prazer, como uma oração, como um pedido incansável em um sussurro que eu não conseguia entender.
Mas assim que seu corpo tremeu, chegando enfim em seu orgasmo, sua voz alcançou meu ouvido e eu ouvi com clareza o que ele falava entre o choro.
– Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.
Seu corpo despencou sobre o meu quando eu paralisei ao escutar aquilo, exausto e mole, fraco em absoluto, ele chorava, um choro diferente de todos os que eu já havia visto.
– Ji... – Tentei o chamar, engolindo em seco, pronto para o acalmar e entender tudo aquilo, porque se fosse verdade, Deus, se aquilo realmente fosse verdade... Eu daria minha vida a ele, mas antes que pudesse sequer falar algo, ele se afastou com brutalidade, me olhando nos olhos assustado.
– Amora.
– O que?
– Amora. – Repetiu trêmulo, puxando sua blusa para mais próximo do corpo em uma tentativa de se proteger enquanto se levantava do meu colo.
Eu fiquei estático por alguns segundos antes de ameaçar me levantar para o segurar, porque ao inferno com a amora dele, ele havia dito que me amava, não poderia fazer isso, mas Taehyung me segurou.
– Não. Ele disse a palavra, cara. Ele precisa de um tempo. – Disse enquanto Jimin vestia sua calça e sapatos com pressa sem conseguir parar ou esconder o choro.
– Ele também disse que me ama. Me solta, Taehyung. – Briguei em pânico ao ver Jimin correr para fora chorando, sem dizer uma palavra comigo ou olhar pra trás. – Jimin, não vai. Espera, porra. Jimin. Jimin. – Ele bateu a porta com força e eu encarei o idiota que me segurava. – Eu deveria socar a sua cara. Me solta, idiota.
– Não pode ir atrás dele agora.
– Por que não? Me dê um bom motivo? – Disse irritado, me soltando dele, enquanto me levantava e também me arrumava.
– Porque ele está envergonhado, assustado e com medo de você. – Disse como se fosse a voz da razão. – Porque ele passou a vida inteira tentando esconder que te amava e agora que você sabe ele ta com medo e não se sente pronto para enfrentar isso. Porque quando ele estiver pronto, ele vai voltar e vai te procurar.
– Como você sabe disso? Como sabe de tudo isso? – Eu disse bravo. – Por que sabe de mais coisas sobre nós do que eu?
– Porque ele me contou. Quando nos conhecemos ele me contou tudo sobre você, na verdade, sobre vocês. Falou sobre seus medos, inseguranças e sobre seu amor impossível e ouvindo ele falar eu realmente acreditei que era impossível e quando ele me pediu ajuda para te esquecer, eu aceitei porque ele parecia realmente estar sofrendo, mas ai eu te conheci e vi que ele tava errado.
– Espera. Era essa a ajuda que você estava dando a ele? Estava ajudando ele a me esquecer? E quanto ao Jaehyun? – Questionei perdido.
– Jaehyun e todos os outros com quem Jimin já tentou ter alguma coisa foram apenas tentativas frustradas de esquecer e superar você. Nunca passaram disso e imagino que todas as suas namoradas tenham sido a mesma coisa. – Ele respirou fundo. – Está mais do que claro para todos ao redor de vocês que os dois se amam, mas vocês tem medo e é compreensível em um certo nível e eu sinto muito por ter me metido, não queria ter chegado a esse nível e ter causado essa confusão, ter feito Jimin se declarar as lágrimas e no impulso, sem se sentir pronto, sendo forçado a isso, não era minha intenção. Não imaginei que iria acontecer na sua frente.
– Na minha frente?
– Já havia acontecido antes. Sempre que dormíamos juntos ele chamava seu nome e falava coisas como essa. Principalmente em posições em que não podia ver meu rosto. Por isso fiz questão de que, com você, ficassem cara a cara, para que o estímulo o provocasse, mas não era para ele se assustar, era para incentivar, ver que você estava aqui, que era você de verdade, para dar coragem pra ele, mas teve o efeito contrário.
– Ele me ama. – Repeti em compreensão. – Não como alguém que não pode ser tudo, mas ele me ama por completo. Ele passou a vida inteira se escondendo de mim e eu passei a vida inteira com medo que ele percebesse.
– Os dois tinham medo de perder o que tinham de mais importante e por isso nunca conversaram sobre o óbvio. – Disse com um tom tranquilo, como se aquilo fosse me acalmar.
– Então agora tem que me deixar ir atrás dele. Tem que me deixar ir até ele e dizer que eu também o amo, que sempre o amei e que ele não precisa sentir medo.
– Esse não é o momento, Jeon. Ele está com medo. Pediu um amora. Vai voltar quando se sentir pronto para conversar e encarar isso. Eu vou agora, vou tentar falar com ele, ajudar ele a ver que isso foi uma coisa boa e me desculpar por ter forçado a barra.
– Você ajudou a gente. – Eu afirmei sem hesitar, porque mesmo que agora ele tenha me impedido de ir e eu queira muito socar a cara dele, Taehyung havia ajudado a gente.
– Eu só estava tentando fazer vocês verem o óbvio.
| Voyeur |
O plot todo foi criado em cima desse capítulo. Boa noite.
kkkkkkkkk
Espero que tenham gostado. Faltam apenas mais 3 capítulos para o final.
Capítulo betado pela: mamaopapaia
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